O reino de Randória

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Randória era um reino movido à magia. Seres fantásticos faziam parte dele, não apenas vampiros. Todos conviviam em harmonia, mas como em todos os lugares, existiam os invejosos, os egoístas, mas eram a minoria, e fácil de serem combatidos.

- Povo de Randória, eu, o rei Vandar, declaro aberto hoje, a Festa dos Lobos e Vampiros. Como manda a tradição, nesse dia, faremos jogos, disputas, caçadas, tiro ao alvo e voos rasantes.
Os vencedores ganharão troféus que foram confeccionados pelos duendes das montanhas.

- Mamãe, eu adoro essa festa! Sempre encontro meus amigos e brinco com os vampiros de Kebeck.

- Seu amigo Cadu também virá?

- Sim! Sua mãe ia aparar seus pelos.

- Está gostando da festa filha?

- Muito papai! O senhor é o máximo!

- Os adolescentes e crianças vão treinar os seus poderes com a bruxa Morgana, vá também.

- Vou sim papai! Adoro os vestidos e as vassouras que ela usa. É sempre tão estilosa!

- Aceita um copo de sangue, senhor rei? - falou o duende cozinheiro.

- Sim! E sirva a todos os convidados.

- Mamãe, vou dar uma volta, vou treinar meu voo.

Layca adorava voar pelo reino, sempre fazia isso com seus amigos, principalmente com a Tuny, sua melhor amiga.

- Tuny, viu que festão? O reino está tão lindo!

- Oi Layca! Sim, sim! Seus pais sempre arrasam em tudo!

- Os lobos estão no tiro ao alvo, vamos lá? Adoro ver aqueles peludos!

- A não! Vamos nas fadas, quero ver as mágicas.

E as duas saíram pelo reino, a festa era uma maravilha!

- Olha lá Tuny, a galerinha do Ângar, aqueles vampirinhos tóxicos, eles se acham.

- Concordo amiga! Mas eles são bem gatinhos, quer dizer, morcegos!

Os vampiros já chegaram colocando as presas para fora.

- Olha lá galera, a princesinha Layca!

- E aí, Ângar, vocês estão bem?

- Sim, e você linda, como está? Te trouxe um cordeiro, o sangue dele está fresquinho! E você Tuny? O Darma é seu fã sabia?

- Mesmo? Ele já tem poderes?

- Lógico! É filho de vampiro com fada. O que você acha?

- É que gosto de vampiros poderosos!

- Tuny, amor não tem nada a ver com poderes, e sim, com o coração.

- Mas, o nosso coração é frio Layca! Você pensa igual aos humanos.

- Se o seu pai souber...

- Souber o quê garoto? Só falei da boca para fora!

- Você precisa é namorar com um vampiro destemido, que não tenha medo, e que pense parecido com o seu pai, o nosso rei.

- Não penso em namoro, Ângar, quero descobrir meus poderes e ajudar os seres da floresta.

Por dentro, Layca sempre teve vontade de conhecer o outro mundo. Saber como eles eram, como viviam, o que comiam, se tinham poderes. Era um mundo que a atraía. Mas, ninguém poderia saber. Muito menos os seus pais.

- Vamos para as caçadas, ver quem pega mais lebres?

- Eu não! Vou procurar os centauros, eles são ótimos arqueiros, além de lindos!

- Vamos Tuny?

E a festa animava à todos! O rei ficava feliz com o seu povo reunido e participando dos jogos. Magia para cá, vampiros eram a maioria do povo, conviviam em bandos.
Uns em florestas, outros em árvores, um povo muito unido. Apenas um, deixava o rei com a pulga atrás da orelha. Era Destron, o filho de um vampiro que foi morto por humanos, quando há muitos séculos atrás, atravessou o portal e recebeu uma estaca em seu coração.
Desde esse dia, o garoto era revoltado e doido para se vingar dos humanos. Mas, o portal ficava num lugar escondido, onde só o rei Vandar sabia onde estava.
Abria todos os dias, às três da madrugada e fechava às seis da manhã. O ser que atravessasse esse portal, e não conseguisse voltar, morreria em poucas horas, ou seria morto por algum humano.
O rei sempre avisava, para que ninguém tentasse atravessar.
Mas, muitos ouvem, e poucos assimilam, e agem da forma errada.
E por falar nisso, o portal estará aberto daqui à algumas horas.

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