𝖈𝖗𝖆𝖛𝖊 (𝖓𝖔𝖛𝖊)

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– 𝖉𝖊𝖑𝖎𝖑𝖆𝖍 𝖍𝖆𝖗𝖙 –

Recebi pedidos de desculpas nos últimos dois dias.

Eu as aceitei? Não.

Mas o que aceitei foi que queria meus amigos de volta e aceitei que talvez – apenas talvez – eles não estivessem escondendo nada de mim. Que eu estava apenas deixando as coisas subirem à minha cabeça e que eu estava pensando demais em situações às quais não pertencia. Talvez eu estivesse apenas paranoica e talvez estivesse tentando perdoar algo que nem existia para começar.

Acho que aceitei o fato de que estava deixando um livro e meus pesadelos me afetarem.

Mas isso sempre me levava a pensar – se pesadelos eram pesadelos e vampiros eram vampiros, por que a morte de Theodore e Cedrico parecia tão real e por que eles ainda estavam vivos se fosse real? Por que eu tinha uma imagem deles mortos em minha mente, que parecia tão real que era quase inacreditável que fosse um sonho.

Foi exatamente isso que fez meu cérebro doer.

A água do chuveiro escorreu pelo meu corpo e, antes que eu percebesse, alguém estava batendo na porta do meu dormitório. Resmunguei irritada, peguei uma toalha e desliguei a água do chuveiro, prendendo o material roxo e macio ao redor do meu corpo e saindo do banheiro.

Me deparei com Maddie sentada em minha cama, com um olhar preocupado no rosto.

Se ela ficasse sentada ali por mais tempo – onde eu durmo – eu teria de testar a força com que meus nós dos dedos atingem sua mandíbula.

Ela olhou para mim, com as sobrancelhas franzidas, e se levantou quando me viu. — Delilah – ninguém atendeu a porta, imaginei–

— K.

Seu rosto caiu, mas eu não me importei. — Era sobre isso que eu queria falar com você. Você age como se me odiasse agora, eu fiz alguma coisa?

Eu queria gritar com ela, dizer que Draco a estava usando e que ela merecia ser usada por ser uma puta por atenção – mas, felizmente para ela, eu me mantive calma. — Eu estava tentando tomar banho–

— Olha! — Ela gritou, chegando mais perto de mim, e eu dei um passo para trás. Eu não tinha medo de lhe dar um tapa. — Você age como se me odiasse com tudo o que tem e eu estou cansada disso. Finalmente estou feliz com Draco e não suporto essa sua atitude sentimental–!

— Não envolva Draco nisso — retruquei, apertando a toalha em meu corpo e ficando mais perto de bater nela. — Ele nem sequer lhe contou que dormiu comigo antes do seu encontro com ele! Ele não lhe disse que só está com você para me "proteger" e que eu não preciso disso! Coloque isso em sua cabeça, Maddie. E descubra você mesma, porque não é tão difícil assim.

Ela pareceu surpresa com o que eu disse, com lágrimas nos olhos. Eu não me importava – foi em mim que ele tocou antes de sair com outra garota. Ele deveria ser o cara que respeitava as mulheres, não importava com quantas ele dormisse.

Ele também deveria ter sentimentos por mim e depois admiti-los para mim. Mas isso não aconteceu, porque não estou vivendo em um conto de fadas.

Sua voz vacilou. — Por que você não me disse que também gostava dele? Eu teria–

— Sério? — Apertei os olhos, meu rosto se transformando em uma careta. — Você o teria deixado por mim? Isso é besteira. Você gosta do fato de ter conseguido que o "primeiro e único Draco Malfoy" ficasse com você. De qualquer forma, isso não importa, não saia do meu dormitório. Estou farta dessa conversa.

Ela fungou e saiu do meu dormitório, fechando a porta atrás de si.

• ── ✦ ── •

A biblioteca era reconfortante quando não havia mais ninguém aqui.

No momento, eu estava procurando livros que sabia que não deveria. Livros sobre vampiros e como eles funcionam – livros que me ajudariam a tentar descobrir se eu conhecia alguém que fosse um. Mais especificamente, se Draco era um.

Eu sabia que era loucura, sempre dizia a mim mesma que não havia como ele ser um, mas, por algum motivo, isso fazia mais sentido do que qualquer outra coisa que vinha acontecendo ultimamente. Ele está sempre com frio, é pálido e o que mais notei foi que ele quase não come em nossas refeições. A única coisa que eu não tinha certeza era se ficaria com medo ou não. Ele está praticamente morto. Eu estaria me envolvendo com uma pessoa morta – embora ele seja gostoso, isso ainda me deixaria um pouco estranha.

Provavelmente eram pelo menos 9 horas da noite e, quando alguém entrou na biblioteca, eu corri para o próximo corredor porque vi que era o Ethan. Fiquei imaginando se ele sabia de alguma coisa – se sabia, provavelmente era burro demais para esconder.

Aqui está a minha chance.

— Ethan! — Eu sussurrei para ele, e sua cabeça se virou na minha direção e ele começou a se aproximar de onde eu estava. — Venha se sentar comigo.

Ele acenou com a cabeça, sentando em uma mesa circular e apoiando as pernas. — Você ainda está brava comigo? Porque se estiver, eu gostaria de ir embora, você pode ser um pouco irritada–

— Ethan, cale a boca — eu o interrompi bruscamente, minha perna balançando para cima e para baixo incontrolavelmente por causa da minha ansiedade. Se isso desse errado e ele não me desse nenhuma resposta, acabaria contando a outra pessoa que eu estava procurando por ela. — Preciso lhe fazer algumas perguntas.

Ele fez cara de sem noção. — Ok, manda ver.

A mesa estava fria quando coloquei meus cotovelos sobre ela, o olhando diretamente nos olhos. — Draco, ele é sempre frio, não é?

Ele soltou uma risada. — É, o cara é astuto– — ele arregalou os olhos, levantando de repente da cadeira e olhando para mim com uma expressão de mágoa. — Espere um minuto, Delilah, você não pode fazer perguntas aleatórias assim–

— Sério? — Eu também me levantei da cadeira, minhas pernas me levaram um passo em direção a ele. Eu estava vestindo apenas um suéter largo e uma calça de moletom. — Você literalmente acabou de me dar a resposta, pode agir como se nem sempre cedesse a mim. Apenas me diga o que eu quero saber, Ethan.

— Não!

— Sim!

— Delilah, ele só tem sangue frio. Isso não quer dizer nada–

— Sim, bem, pelo modo como você está se assustando e me dizendo que isso não significa nada, implica que você sabe que significa alguma coisa.

Ele zombou, se aproximando de mim, seu aroma de baunilha cobrindo meus sentidos. — Você quer saber por que eu me entrego a você?

Eu ia responder, mas suas mãos já estavam em minha cintura, me puxando para mais perto e colidindo nossos lábios.

[Tradutora: "K" está se referindo a pessoa estar chateada ou brava, geralmente em contexto de briga, quando ela não está afim de resolver.]

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| 𝕮𝖗𝖆𝖛𝖊 | 𝐃.𝐌. (𝟏𝟖+)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora