— Eu achei que tinha te magoado, você odeia qualquer comparação que te envolva — falou Peter parecendo um pouco envergonhado.

— Você não falou na maldade — falou MJ dando de ombros.

E como se encerrasse a conversa o carro parou e Tony se virou para eles.

— Mj eu tenho que perguntar, é uma abreviação do nome Michael Jackson? Já vi muita gente que coloca nome masculino nas filhas, e principalmente nomes famosos — perguntou Tony fazendo Peter se encolher no banco.

— Não é, mas agora eu estou muito curiosa dos tipos de nomes que o senhor já escutou por aí — falou Mj tentando de novo não rir.

— Um pior que o outro isso eu te garanto, então, Mary Jane? — perguntou Tony pensando alto.

— Não senhor, é Michelle Jones — respondeu Mj trocando um olhar rápido com Peter.

Peter sabia que o interesse de Tony no nome da Mj era uma tentativa de quebrar um pouco o clima, quebrar o clima era o dom de Tony, ele sempre tinha uma piada na ponta da língua, e Peter nesse momento agradecia por isso.

— Ok crianças, vamos as regras — falou Tony levantando os dedos de acordo com que ia falando — Um, nada de sair dessa área, dois, eu vou voltar em duas horas então estejam aqui no horário, três, não conversem com estranhos, quatro, façam algo legal, cinco, saiam logo do carro que eu vou ir comer um hambúrguer.

Peter sorriu agradecido e os dois saíram do carro e Tony nem deu chance de um deles desistir e saiu dali disparado.

— Ele é sempre assim? — perguntou MJ indo na direção do banco onde Peter tinha estado na última vez que esteve lá.

— Sempre, mas já me acostumei e até que eu gosto — falou Peter sorrindo fraco — Vamos começar então?

~◇~

Tony estava sentado num estacionamento com três embalagens de hambúrguer a sua volta, e era tudo que ele precisava no momento.

Depois de ver Peter e MJ lembranças sobre Adam vieram a tona, pensar que poderia estar fazendo aquilo pelo seu filho era doloroso, ele errou tanto com seu filho, não faria o mesmo com Peter, o garoto pode não ser nada seu mas ele é o responsável dele até May voltar e não erraria com o garoto.

Tony se culpava por não ter feito nada, por achar que ninguém seria louco o suficiente para invadir sua casa durante a noite só para sequestrar um bebê, e principalmente ele se sente culpado de não ter acordado nenhum momento e não ter estranhado a falta de choro de Adam durante a noite.

Ele não conseguia lidar com aquilo sozinho no meio de um estacionamento, precisava falar com Pepper ela saberia o que fazer.

— Ligação para Pepper Potts — falou Tony e o carro iniciou a chamada.

— Tony? — falou Pepper do outro lado da linha.

Não era primeira vez que Tony fazia uma ligação do tipo para Pepper, as vezes as lembranças vinham do nada e ele precisava de alguém para conversar sobre coisas aleatórias enquanto tenta acalmar a mente dos pensamentos ruins.

— Pepper, você acha que eu tinha que ter feito mais por Adam? — perguntou Tony pela primeira vez em anos querendo tocar no assunto.

A ligação ficou em silêncio e Tony sabia que Pepper estava tentando criar a frase perfeita para não magoa-lo, fazia anos que ela consolava Tony pela morte do filho, não sabia o que ele seria sem ela, provavelmente um bêbado sem rumo.

— Já conversamos sobre isso Tony, você ficou um ano procurando por ele e não achou nenhum rastro, acho que você fez todo o possível naquele momento — falou Pepper mantendo o tom calmo.

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