Capítulo 13 - Descobrindo o amor

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Suspirou ao ouvi-lo, sabia que doía, sabia que era difícil livrar-se da culpa, e arrependimento, seu ser estava em pedaços ao vê-lo daquela forma.

— Sabe isso é um insulto a suas memórias, não podemos mudar o passado, mas sim, usa-lo como forma de aprendizado, você não tinha como saber o que aconteceria e nem eles sabiam, então perdoe-se por isso, pois eu sei que se eles pudessem voltar ao tempo iriam querer conhecê-lo novamente — fala pegando o rosto do deus em suas mãos.

— Aine... — ele soluça permitindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, puxou-o em sua direção abraçando-o com força.

— Belzebub, eles amavam você, jamais iriam querer vê-lo dessa maneira — fala fazendo um terno carinho em seus cabelos negros, ficaram longos minutos até ele se acalmar, levantou secando as lágrimas.

— Lúcifer morreu... abraçado a mim, mesmo estando possuído pelo... monstro... ele não me soltou — Belzebub fala evitando contato com seus olhos.

— É porque ele sabia que aquele não era você, não queria que sentisse remorso por algo que não é sua culpa — fala sorrindo gentil para o deus, ele balançou a cabeça em negação soltando um fraco riso.

— Eu não mereço você, mas estou tão feliz de tê-la comigo — o deus fala puxando-a para um abraço.

— Você merece o mundo Bel, apenas não se deu conta disso — fala rente ao ouvido do deus.

Ele afastou-se minimamente para deixar um suave beijo em suas bochechas, sentiu-o mais tranquilo, apesar de a dor ainda estar lá, demandaria tempo para que ele se perdoasse pelo que ocorreu.

O deus deu um longo suspiro antes de olhá-la novamente, parecia estar tomando coragem para falar consigo, sorriu incentivando-o, ele sorriu tímido ao perceber que não precisava ter cautela, estava ali por ele afinal.

— Podemos continuar? — ele pergunta inserto.

— Você decide, está bem para continuar? — pergunta fazendo-lhe um terno carinho na bochecha.

— Estou — ele fala sorrindo tristemente.

Analisara com cautela suas emoções, apesar de estar triste, ele estava decidido, não poderia opor-se a isso se era o que ele queria, não queria sobrecarregá-lo apenas, já sofrera muitas emoções.

— Aine, eu juro que estou bem — ele fala segurando com carinho as suas mãos, suspirou exasperada ao notar que não iria conseguir convencê-lo.

— Qualquer sinal de desconforto seu, vou parar de imediato, está ouvindo? — pergunta cerrando os olhos em sua direção, ele sorri maroto roubando um suave selinho.

— A senhora quem manda! — ele responde com uma piscadela, riu indignada em sua direção.

— Feche os olhos e imagine-se novamente na piscina, seu corpo esta cada vez mais afundando na água, quanto mais fundo mais relaxado vai sentir-se — fala docemente ao deus que se entrega por completo a hipnose.

"Estava completamente obcecado a procura de pistas sobre o paradeiro de Satã, tudo que encontrava eram lendas e histórias duvidosas, mas não iria parar até encontrá-lo, o mataria com as suas próprias mãos, não se perdoava pelo que ocorrera com seus amigos, sempre duvidara da lenda envolvendo seu nome, mas ser trazido para a realidade daquela forma foi brutal.

Passos o tiraram de seus pensamentos, uma bela mulher entrou na biblioteca onde estava, fechou os olhos para ignorá-la, não era hora para se distrair.

Ela aproximou-se até parar em sua frente, continuou a mirar o livro sem dar a mínima bola para ela.

— Você é o Belzebub? — ela pergunta fazendo-o tirar os olhos do livro para mira-la, duas asas demoníacas estão presentes em cada lado da sua cabeça, dando-lhe uma aparência peculiar e atraente, pela aura percebeu que se tratava de uma deusa.

O Experimento do DeusWhere stories live. Discover now