Eles conversaram por um tempo e eu saí para falar com Jonathan que tinha acabado de chegar. Apresentei ele a todos e os meninos o puxaram para fazer uma competição de quem fazia mais pontos no jogo.

Mais tarde, os pais de Julie chegaram e em seguida os de Melissa. Nós já tínhamos pedido nossos lanches e alguns adultos já jogavam no boliche. O local também já estava mais cheio, então tínhamos que dividir a pista que reservamos junto as mesas.

- Isso! - Meu pai comemorou quando conseguiu tombar todos os pinos. - Agora eu estou na sua frente. Lide com isso. - Ele zombou Bryan como uma criança.

- Não vai durar por muito tempo, Sr. Anderson. Não se empolgue tanto. - Bryan provocou cerrando os olhos.

Todos em volta riram e eu me afastei para pedir uma nova lata de coca para mim. Na volta, olhei a hora no meu celular e me assustei quando mostrou ser oito da noite. Ele ainda não havia chegado, na verdade, nem sabia se viria.

Sentei na cadeira e suspirei, desanimada.

Olhei para todos na pista gargalhando e se divertindo e não pude deixar de pensar que ele perderia aquilo por minha causa.

- Ei, por que você está aí sentada ao invés de estar curtindo sua festa? - Julie e Melissa se aproximaram.

- Nada. - Sorri amarelo. - Só estava recarregando minhas energias. - Abri a lata de refrigerante que tinha pedido.

Elas me olharam desconfiadas, mas não disseram nada.

- Que tal pedirmos uma batata gigante com cheddar e bacon? - Melissa perguntou sentando-se na minha frente.

- Uuuuhm.... - Julie sorriu. - Eu topo!

Melissa chamou o garçom e ele anotou nosso pedido.

- Vocês acham que ele vem? - Perguntei apreensiva.

- Ele tem que vir, Lauren. Independente de como esteja a relação de vocês nesse momento. - Julie disse óbvia.

- Concordo. Querendo ou não, vocês convivem juntos desde criança. Seria estranho se ele não viesse. - Mel deu de ombros.

- Não sei, tenho minhas dúvidas. - Suspirei.

- Acho que acabaram de ser respondidas. - Mel disse olhando para algo atrás de mim.

Virei-me para ver o que era e lá estava ele entrando pela porta e passando a mão pelo cabelo úmido. Estava com um jeans de lavagem clara, blusa preta e casaco jeans do mesmo tom da calça. Bonito, como sempre. Mas, ele não parecia estar normal. Quer dizer, fazia um tempo que ele não parecia normal.

Aproximou-se com um meio sorriso e eu me levantei, ainda mais sem graça e fui até ele.

- Meus parabéns... - Passou a mão na nuca visivelmente desconfortável.

- Obrigada. - Sorri amarelo e ele assentiu.

Nossos olhos não se encontravam nem por um momento. Balancei meu corpo devagar sem saber o que falar para tirar o clima estranho que se formava ali. Ele suspirou colocando as mãos no bolso do casaco e olhou ao redor.

Nenhum dos dois sabia o que dizer, como dizer. Parecíamos desconhecidos e isso doeu.

- Daniel, querido. Como você está grande! - Minha vó apareceu ao nosso lado.

- Sra. Anderson! - Ele abriu um sorriso surpreso.

Fazia tempo que não o via sorrir tão espontaneamente.

- Quanto tempo não vejo a senhora. - Ele a abraçou carinhoso.

- Ah, sabe como é. Depois que a Diana foi para Londres, eu fui passar os natais lá. Como foi viver sem minha comida por três anos? - Ela perguntou contente.

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