capítulo 6

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-Caio pov-

"Calibre 12, eu só falo de arma
Deve ser porque eu só durmo com ela
Eu amo minha Scar, eu não amo mais ela..."

Cantarolei junto com a música que coloquei no volume máximo na caixa de som da sala.

- Abaixa essa porcaria agora. (Gabriel disse enquanto chegava aos últimos degraus da escada)

Olhei pra ele e levantei uma sobrancelha em questionamento.

- Porque eu deveria?

- Porque a casa é minha e eu mando aqui. (ele disse enquanto dava passos na minha direção)

- Errado. A casa é nossa. Acho que você se esqueceu do fato de ter casado com a minha mãe, huh?

Ele fez uma expressão pensativa por uns segundos e disse:

- Casei com a sua mãe, não com você. Então não pense que tem direitos aqui, pirralho.

- Eu faço o que eu bem entender, você não é meu pai. (disse sem ânimo)

- Eu não quero ser seu pai, eu quero ser outra coisa... (disse ele com um sorriso malicioso)

- Se você continuar com essas loucuras assim que a minha mãe chegar do trabalho eu vou contar a ela que voc- (ele me interrompe tapando minha boca com sua mão)

- Que eu o que, garoto? (ele sussurrou enquanto deixava beijos no meu pescoço)

Repito: O babaca estava beijando meu pescoço.

Mas eu não fiz nenhum esforço para afastá-lo.

- Eu... (murmurei enquanto basicamente sentia meu cérebro derreter, me impossibilitando de formar uma frase coerente)

Ele beijava e deixava leves mordidas no meu pescoço enquanto me empurrava para o sofá.
Quando senti a textura macia do acolchoado que percebi o que estava fazendo.

- E-espera... para!

- Parar por que? Você parece já estar muito animado. (ele disse apertando meu membro)

Meu deus! De novo não...

Engoli em seco e disse:

- Eu não posso fazer isso. Você é marido da minha mãe, porra!

- Dá pra você esquecer sua mãe por cinco minutos?

- Vai se fude- (ele colocou sua boca na minha enquanto descia minha bermuda até minhas coxas)

Seu beijo era diferente de qualquer outro que eu já tinha dado.
Esse tinha algo como fogo.

Começou lentamente e foi acelerando até que sua língua estava em minha boca e vice versa.

Beijar ele era como sentir que estava prestes a pular de para quedas: Você tá morrendo de medo, mas a adrenalina não te deixava desistir.
E quando você finalmente pulava percebia que era a melhor sensação que já sentiu na vida.

Ele colocou sua mão no volume da minha cueca e disse:

- Eu vou fazer você se sentir ótimo, pirralho.

- M-mas, eu não posso... (disse sentindo meus olhos lacrimejarem)

- Calma. Vai ficar tudo bem, ninguém precisa saber. (ele disse me olhando com confiança nos olhos)

Olhos estes castanhos e penetrantes, que fizeram eu me perguntar "Será que poderia mesmo ficar tudo bem depois do que ele estava prestes a fazer?"

Era estranho.

Meu novo padrasto (boyxboy) [EM PAUSA]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt