❧ 014 | afrodite ❧

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AFRODITE, Point of viewNYC, New York

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AFRODITE, Point of view
NYC, New York.

Chego no meu prédio louca para chegar logo em casa, e para a minha surpresa ambos os elevadores, tanto quanto o social como o de serviço estavam em manutenção

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Chego no meu prédio louca para chegar logo em casa, e para a minha surpresa ambos os elevadores, tanto quanto o social como o de serviço estavam em manutenção. Logo eu teria que ir mais uma vez — em menos de um mês — subir quinze andares de escada.

Subo devagar, chegando ao décimo andar acabada, desidratada, sedentária e quase desmaiada.

Respiro fundo e continuo a subir até finalmente chegar em meu andar. Antes de ir fundo em meu plano e pedir ajuda para meu vizinho, 6A, coloquei na minha cabeça que queria tentar sozinha primeiro. Afinal, por que ele conseguiria e eu não?

Então entro em meu apartamento e tomo um banho, eu estava literalmente fedida e suada. Me sentia nojenta. Então tomei um banho quente e vesti roupas confortáveis.

Ligo meu notebook e me sento no sofá, procurando informações sobre alguns dos meus ex namorados.

O primeiro da lista foi o meu namorado do ensino médio. O melhor namorado que eu tive. Apenas não seguimos em frente porque ele teve que se mudar no último ano e infelizmente perdemos o contato.

Jogo na barra de pesquisa do Google o seu nome, Quinton Riggs. Deu o total de 20 mil resultados. Isso por causa de sua família ser famosa e importante. Na verdade, eu não faço a mínima ideia do porquê que a família dele é tão bem falada nas mídias, não faço a mínima ideia do que eles fazem, mas eu sei que ele é poderoso.

Minha motivação de encontrá-lo diminuiu. Seria quase impossível achá-lo. Suas duas únicas redes sociais são Twitter e Instagram, redes que ele nem mexe, e sim, pessoas responsáveis por elas. O que me desmotivou ainda mais. Eu precisaria ter o seu número, e isso é impossível.

Deixo o Riggs de lado e pesquiso sobre alguns outros, mas não consigo as informações necessárias.

Me sinto tão exausta emocionalmente que prefiro entrar com o meu plano de início. Eu simplesmente não conseguiria fazer sozinha, mas Vinnie conseguiria.

Calço meus chinelos e atravesso o corredor, tocando a campainha de seu apartamento. Segundos depois ele abre a porta, vestindo — para variar — apenas uma cueca.

— Você não usa roupas? — foi a primeira coisa que eu falei.

— É que as garotas preferem que eu me vista assim — ele sorri sacana, me fazendo revirar os olhos. — Está precisando de alguma coisa, 6C?

— Lembra naquele dia em que você se escondeu de uma garota no meu apartamento? — comecei e ele assentiu, franzindo suas perfeitas e grossas sobrancelhas. — Você disse que seu pai é detetive e aprendeu coisas com ele, certo?

— Aonde quer chegar com isso, 6C?

— Preciso da sua ajuda para localizar alguns ex namorados meus. — assumi, um pouco com vergonha.

— O que? — ele pergunta, dando início a uma série alta de gargalhadas.

— Ah, qual é, Hacker! Por favor! Me ajuda nessa — eu peço.

— Se são seus ex namorados terminaram por algum motivo. E como é que você fala? — ele dá uma pausa, passando a mão em seus cabelos. — Ah é! Eu vou ficar do lado dos meus irmãos.

— Você não vai me ajudar nessa, V? — Faço bico.

— Gatinho? — ouço uma voz feminina manhosa de dentro do seu apartamento, interrompendo sua resposta.

— Tem uma garota ai dentro? — questionei-o.

Conheço Vinnie há dois anos e meio, e eu nunca vi seu apartamento um dia sem uma mulher.

— Preciso ir, 6C. — ele revira os olhos. — Antes que a Claire comece a ficar mais manhosa e me deixe com dor de cabeça, de novo.

Pelo menos ele sabe o nome dessa, pensei comigo mesma.

E digo isso, ele fecha a porta na minha cara.

Não, isso não vai ficar assim.

Corro para dentro do meu apartamento, visto uma calça jeans e um tênis qualquer e pego a primeira bolsa que vejo. Corro novamente para o outro lado do corredor e bato na porta 6A freneticamente.

— O que foi, Afrodite? — Vinnie pergunta um pouco estressado.

— Vinnie, a nossa mãe ela caiu no chuveiro! — eu gritei, entrando em seu apartamento, percebendo a enorme bagunça que ele é e avistando a garota ruiva de langerie deitada no sofá. — Oi! — sorrio para ela. — Ela está toda molhada e cheia de dor! Precisamos levá-la ao hospital, Vinnie! Agora.

Enquanto eu falava, ele estava parado na porta sem entender nada. Cato pelo seu chão uma blusa e uma bermuda e jogo em cima dele.

— Desculpa querida, é uma emergência! — digo a ruiva. — Ele te telefona. Vamos, Vinnie!

Empurro ele até o meu apartamento e tranco a porta.

— Já pensou em ser atriz? — ele pergunta, se jogando em meu sofá.

— É o seguinte, Vinnie Hacker! Você me ajuda a localizar meus ex namorados e eu te ajudo a escapar das suas. Fechado?

— Não vai mais proteger suas irmãs? — ele debocha.

— Elas são burras demais por dormirem com você, não precisam de mim — dou de ombros.

— Outh! — finge de ofendido. — Seu apê é bem grande né?

— Você pode se esconder aqui se quiser. 

— Fechado. — diz ele sorrindo e olhando tudo em dia volta, parando em minhas esculturas. — O que são?

— Esculturas, sabe, eu faço como um hobby — o respondi.

— São lindas, 6C.

— Valeu.

— Deveriam ser mais do que um simples hobby... — ele comentou, se jogando em meu sofá.

— Ok, você pode ficar aqui até a garota ir embora. Mas eu tenho coisas para fazer e eu acho que você também poderia começar a por a mão em massa — sugeri

— Tá, tá, você quem manda, 6C.

𝘄𝗵𝗮𝘁'𝘀 𝘆𝗼𝘂𝗿 𝗻𝘂𝗺𝗯𝗲𝗿?Where stories live. Discover now