↳ 078 ⚡︎ striptease

Comincia dall'inizio
                                    

Estico as minhas mãos até o banco dela e
entrelaço meus dedos em seu cabelo.

- Esses lugares me fazem pensar, por isso
que gosto deles.

- E você não pode pensar onde tem outras
pessoas?

Faço que não com a cabeça.- Pensamentos demais juntos, não consigo.

- Mas você não vai ouvi o que elas estão
pensando.

- Mas eu vou escutar o que estes
pensamentos as mandaram fazer, e as vezes essas ordens são barulhentas e chatas.

Clara revira os olhos e encara o sol batendo nas folhas das árvores de leve, espelhando o brilho para nós.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo as nossas respirações em
coro.

Ligo o rádio e procuro uma musica relaxante para aliviar meus ombros que estão tão tensos que quase chegam até as minhas orelhas. Isso é muito estranho. Ficar perto da clara ainda me deixa inquieto, como se eu fosse um garoto tímido no primeiro encontro com uma garota que é demais para mim.

- Vamos conversar de algo bom- ela diz,
logo depois que uma música instrumental
deprimente começa a tocar. Eu mudo a
estação de novo e encontro um jazz suave. Gosto da sensação que aquela música me transmite e deixo ela tocando.

- Essa musica é boa- comento.

Ela concorda com a cabeça e começa
a dançar lentamente, combinando
perfeitamente com o ritmo da música.

- Você gosta de jazz?- ela pergunta,
levantando um pouco da blusa até mostrar
seu sutiã de renda branco.

- Gos...- tento responder, mas na primeira
tentativa, a minha voz mais rouca que o
normal. Mas como poderia ficar normal
quando a clara está praticamente fazendo
uma striptease pra mim.- Agora eu gosto- corrijo, olhando fixamente para ela.

Ela sorri e balança a cabeça.

- Como você é clichê- dispara, aproximando seus lábios dos meus.

Eu a beijo suavemente e com gentileza,
como se seus lábios fossem feitos de
cristal. Mas a clara para de me beijar e olha nos meus olhos. Ela não apenas olha nos meus olhos, sinto como se estivesse
observando a minha alma. Me vejo
hipnotizado por ela, me encontro em transe.

- Algum dia você vai me contar sobre a sua
mãe?- ela pergunta, de repente.

- Nossa, era na minha mãe em quem você
estava pensando agora?- brinco, mas minha expressão logo fica séria.

Ela sabe que eu não gosto muito desse
assunto, por isso evita perguntar sobre isso. E para ser sincero, nunca me abri disso com ninguém, nem mesmo com meu pai, absolutamente ninguém além do meu reflexo no espelho.

Apenas de ouvir o nome mãe sinto meu
coração pesar. As últimas lembranças que
tenho dela não são boas, na verdade não é algo que eu queria ter experienciado, mas ela é a minha mãe, minha mãe.

Sinto meus pulmões se reduzirem e o ar fica curto. E de repente não encontro ar limpo em lugar nenhum. Uma vontade imensa de me despedaçar em um milhão de pedaços me invade, e tudo que eu vivi com ela, durante o tempo que eu estava lá, volta de uma vez, como um simples empurrão, mas que me faz bater a cabeça e o corpo no chão e me destrói por dentro.

 𝘿𝙄𝙂𝘼 𝙈𝙀𝙐 𝙉𝙊𝙈𝙀 ⚡︎ payton moormeier; Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora