II - HER

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O olhar de Steve estava fixo em alguma figura ruiva que tinha acabado de adentrar o estabelecimento. Ele não conseguia de forma alguma desviar o olhar, pensava se aquela poderia ser ela. O rosto nunca era nítido, e, por mais que desejasse não parecer um estranho psicopata, não conseguia deixar de encará-la. Aquela não era a primeira vez que isso acontecia.

Um tapa na nuca o fez voltar à realidade e lançar um olhar irritado para o amigo. Steve, Sam e Bucky estavam no Montero's Bar como de costume. Tinha se tornado tradição desde que deixaram o Exército; suas vidas tinham tomado rumos diferentes, mas a amizade permanecia firme e forte.

— Você estava fazendo aquilo de novo... — James, mais conhecido como Bucky, deu de ombros e Sam arqueou a sobrancelha.

— E você poderia ter me chamado ao invés de me agredir! — dramatizou enquanto pegava o chopp que Wayne, o barman, deixara no balcão.

— A ruiva misteriosa, huh? — Sam deu risada — Você é tão estranho... Deveria arrumar uma mulher de verdade. — Bucky concordou.

Murmurando um "que seja", Steve encarou seu copo na intenção de evitar olhar novamente para a ruiva. Não deveria ser ela. Não poderia ser ela. Nem ao menos sabia se essa mulher existia. Lembrou do artigo que Carol tinha lhe dado depois de desabafar sobre seus sonhos estranhos com uma desconhecida. Claro que ela existia. Nosso cérebro é incapaz de criar rostos através dos sonhos, então, talvez ele tivesse se batido com ela em algum momento e não fazia a mínima ideia. Será que tinha sido em alguma festa? Será que ele estava bêbado? Tinha até mesmo passado pela provação de participar de uma reunião entre pais e mestres da escola em que trabalhava para tentar descobrir se ela era mãe de algum aluno.

Pensou em procurar um psiquiatra, deveria estar ficando louco.

Os sonhos tinham se tornado esporádicos, entretanto, ele não conseguia deixar de remoer o assunto. Era sempre tão real, e a sensação ao acordar era bizarra para dizer o mínimo.

Abriu a carteira e observou o esboço mais recente feito no verso de um panfleto qualquer, nele a tal ruiva estava sentada com as pernas apoiadas em uma mesa. Como sempre, não conseguia ver ou lembrar do rosto com detalhes, mas naquele momento os cabelos ruivos tinham resquícios de loiro, ele se lembrava daquilo. Este fora um dos sonhos mais vividos que tivera, a ponto de se sentir quase culpado. Fora também um dos sonhos mais domésticos, como se ele estivesse chegando em casa e encontrando sua esposa, ou namorada. Por esta razão a culpa lhe consumia. Na noite em que sonhara com isso, tinha acordado com outra mulher ao seu lado. Pareceu tão errado no momento.

Steve fez sinal para Wayne após dar o último gole em sua cerveja. Pelo canto do olho viu Sam cutucando Bucky. Não se importava, precisava de mais uma bebida.

Precisava esquecê-la.

Diferentemente do que pensou, a bebida apenas o deu coragem. Coragem para fazer merda, diga-se de passagem. Extremamente determinado, Steve caminhou até a ruiva que estava a três meses distante dele. Rápido demais para ser impedido pelos amigos.

HIATUS | Where I Wander ─ Stevenatजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें