Capítulo 2

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Bom dia Amores :)

Estou imensamente feliz por já estar com mais de 500 leituras em tão pouco tempo, é um desafio diário colocar as ideias no papel, mas tem sido muito bom... Primeiramente seria apenas uma postagem na semana, mas como estou com capítulos adiantados, vou postar mais um hoje.

Para quem quiser entrar no grupo, segue o link: https://www.facebook.com/groups/342915332562715/ ou procure no face por: Romances da Priscila Ferreira

Beijos e boa leitura ;)

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Capítulo 2

― Relatório. ­― Exigi, querendo me inteirar em que ponto estávamos. Pedro Morais, um dos agentes destinados a compor minha equipe, deu um passo à frente se apresentando. Esse será o meu primeiro caso como Investigadora Principal da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro.

― Fui o primeiro a chegar ao local, recebi a denúncia pelo 197, a informação inicial era de que haveria um corpo: mulher, jovem. Quando cheguei fiz algumas perguntas, mas ninguém soube informar mais nada.

― Sei, sei..., conheço, ninguém viu nem ouviu nada. Típico. Ok! Pedro coordene junto aquela equipe de policiais o isolamento da área. Clarissa, você vem comigo. Vamos ver o corpo.

― Pensei que não me convidaria pra festa. Vamos nessa! ― Onde essa mulher arruma entusiasmo às 4h da manhã?

­

A cena na nossa frente poderia facilmente ter sido reproduzida de um dos filmes de suspense do diretor Alfred Hitchcock. Um beco imundo, paredes com tijolos aparentes, ou rebocadas sem tinta, pichações com uma escrita estranha, ininteligível, postes com lâmpadas queimadas ou depredadas propositadamente e uma montanha de lixo completavam o cenário. O cheiro pútrido nos desafiava a manter o que quer que haja no estômago inerte.  E parecendo compor uma obra de arte macabra, o corpo.

Ninguém, nunca estará suficientemente preparado para vivenciar certos momentos. Nunca. E esse com certeza habitará meus sonhos por várias noites.

A jovem estava caída de lado, sugerindo que estava ajoelhada no momento que foi atingida. Uma execução? Calço as luvas e me agacho o mais próximo possível do corpo, evitando pisar na poça de sangue e tentando controlar meus sentimentos divergentes a euforia de poder voar na carreira solo e a fúria por existir pessoas frias o suficiente para acabar com a vida de outra pessoa dessa forma, soltas no mundo.

― Bonita, jovem, muito bem vestida. Parece um tanto deslocada, não acho que pertença a comunidade.

― Sim, essa também é minha avaliação inicial, ― concordo com Clarissa ― sapatos de griff, cabelos bonitos, maquiagem bem feita. Ela está vestida para festa. Nenhuma identificação, nem celular. ― Anoto todos os itens observados, será nosso ponto de partida. ― O quê essa garota estava fazendo aqui? Drogas? Talvez ela viesse abastecer seu estoque pessoal de porcarias? ― Reproduzo em voz alta meus pensamentos, testando as teorias, procurando um encaixe.

― É, talvez. O exame toxicológico poderá nos dizer se ela surfava nessa onda.

­― Tiro único, limpo, o projétil deve ter perfurado a carótida. Morte instantânea. Se o ditado for correto e tivermos a famigerada “sorte de principiante” encontraremos a bala ― Falo, esperançosa.

― Ou a isso. ― Completa Clarissa, apontando o feixe de luz da lanterna para um pequeno objeto, uma cápsula.

― Boa, garota.

Um Encontro Fatal (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora