monstros e flores

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É tão doido como coisas incríveis não teriam acontecido se não tivesse caído pequenas tempestades na minha cabeça. Já parou pra pensar na sua vida, na sua história, dessa forma? Eu já. Algumas várias vezes. E isso só me faz acreditar mais naquela história de que "depois da noite escura sempre sai o sol", ou que "é claro que o sol vai voltar amanhã". Sei lá, passei a enxergar a vida como aqueles momentos de chuva e sol, sabe? A chuva seria algo ruim, e o sol aquela pontinha de esperança. E aí, o arco-íris surge sendo o lado bom da tempestade que passou. Essa semana li um texto que se encaixa no que estou tentando dizer. Basicamente, sua mensagem era "se é bom ou ruim, só o futuro irá dizer". E o futuro diz. Vai dizer sempre. Voltando a metáfora do arco-íris: olhe para o céu e tente ver o que de belo ficou depois da chuva. Você vai perceber que talvez ela não foi de todo o mal. Tenho olhado para o céu sempre. E comecei a entender essas nuances da vida. Não como um todo, mas boa parte dela. Quando eu tinha 17 anos, por exemplo, passar no vestibular era o que eu mais queria. Não passei. "Que péssimo!", me pareceu. Isso fez com que eu me matriculasse num curso pré-vestibular da minha cidade. E lá eu logo entendi. Reencontrei a minha melhor amiga de infância. E voltamos a ser melhores amigas. Juntas, fizemos mais duas. E isso pode não parecer nada demais, talvez... Mas encontros como esse não acontecem sempre: a vida me deu pessoas de verdade em meio a tantas de mentira. Eu fico me perguntando se as teria conhecido se não tivesse me matriculado naquele curso, naquela turma, naquele ano. E se tivesse passado no vestibular de primeira? Aí que eu não teria mesmo. Que louco, não? Durante esse ano de estudos hard eu, enfim, passei no vestibular. Saí do curso, fui para a faculdade. Coisa boa? Talvez. Fiquei 1 ano e meio lá e saí. O que eu mais queria, não era mais aquilo que eu mais queria. Entendem? O que eu achava que me faria feliz não fez. Pergunto outra vez: coisa boa? Agora eu sei que sim. E vocês vão entender... Voltei a estaca zero. E durante esse maremoto interno pelo qual passei, escrevi e publiquei o meu primeiro livro. Comecei outro curso em outra universidade (o que me fez conhecer um lugar incrível, e mais três amigas incríveis que quero levar pra sempre). A vida sempre me presenteando... Agora me sinto bem. De dentro pra fora, de fora pra dentro, e aqui do lado esquerdo também. Percebi que quando um monstro cruza o nosso caminho, ele pode deixar cair uma flor no meio da estrada. Fiquemos atentos para recolher o bem que o aparente mal pode deixar.

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