Prólogo

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Prólogo

Todo o reino pensava que a rainha má tinha morrido, faziam dias que ela havia sumido. A verdade era que ela realmente morreu ao cair do penhasco enquanto perseguia sua linda enteada, a princesa Branca de Neve. No entanto, o que ninguém desconfiava era que a bruxa malvada tivesse deixado uma pequena e deliciosa surpresa para a princesa.
O reino estava em festa, afinal teria um lindo casamento do príncipe Florian com Branca de Neve.
Finalmente o dia tão esperado para o lindo casal tinha chegado. Branca, depois de todo o sofrimento que passou na mão da madrasta, agora estava tão animada se preparando para o momento mais importante da sua vida. Sentia-se realizada por esse grande acontecimento, sua alegria estava estampada em seu rosto.
Ela se olhava admirada no espelho, olhando cada detalhe do seu vestido de noiva e, a cada minuto que passava, seu coração acelerava e sentia um frio na barriga. De repente, ouviu seu estômago roncar. Pensou em descer na cozinha para comer algo rápido, mas desistiu ao olhar para a penteadeira e ver uma deliciosa e bonita maçã ao lado de um copo com água. Não pensou duas vezes, pegou a maçã nas mãos e a mordeu com muita vontade. Logo após comer aquele pedaço, Branca sentiu-se mal, começou a suar muito, estava tonta e com uma forte dor de estômago. Caiu de joelhos no chão quando a dor chegou ao coração e, não aguentando, morreu ali, em seu quarto, alguns minutos antes de ir para igreja.
Quando suas criadas a encontraram caída, saíram gritando e chorando desesperadas por todo castelo. Não acreditavam no que viram.
A morte da princesa abalou todo o reino, o príncipe estava arrasado, encontrava-se angustiado, pálido e com um olhar desolador. Nada o consolava!
Príncipe Florian escolheu um caixão de vidro, para que ficasse exposta no mausoléu de sua família, sob o caixão pediu que colocassem várias flores do campo, de cores variadas, as preferidas de Branca.
—  Minha doce e linda princesa, você será meu eterno amor, sempre te amarei e também sei que um dia nos reencontraremos. — disse, abaixando lentamente até que seus lábios tocassem os da princesa para dar seu último adeus. Beijou seus lábios rosados na esperança de que ela acordasse, como nos contos de fadas. No entanto, nada disso aconteceu.
Os dias foram se passando e o reino jamais voltou a ser o mesmo. A princesa tinha uma beleza, uma inocência e um coração tão bom que encantava a todos, sua alegria contagiante agora era apenas lembranças nos corações de seus súditos. O príncipe, com a dor e a tristeza em seu coração, foi perdendo o interesse pelo reino pouco a pouco, deixando seus afazeres de lado e se afogando na bebida.

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