Capítulo 8

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~Jenny~

Nós chegamos na lanchonete e eu estava tentando convencer Mason a me dar mais roupas, mas ele não parecia estar me dando atenção, de vez enquanto apenas concordando com a cabeça.

  --Se esqueceu de seus amigos, Mason? Porque nós não nos esquecemos de você!--Imediatamente, após de ouvir essa voz, Mason ficou branco como uma folha de papel. --Além disso, você não disse que tinha arrumado uma companheira. Interessante. --Depois disso eu levantei meu rosto para ver o dono da voz. O que encontre vai além de qualquer explicação lógica possível. Era um grupo de 4 homens, todos com uma mesma característica: seus olhos eram completamente negros, igual ao homem que eu havia visto quando criança, e agora eu sabia que não era apena uma ilusão. Não pude esconder minha cara de susto. O dono da voz era mais alto que o resto do bando. Tinha cabelos pretos até o ombro, vestia um casaco de couro preto e qualquer outro tipo de roupa também preto. Os outros seguiam o mesmo padrão. O homem á sua esquerda era mais baixo, com o cabelo loiro despenteado e muitos brincos. A mulher á direita era esbelta e com o cabelo preto quase azul. Ela estava segurando a mão de um outro cara. Esse, por sua vez tinha cabelos castanhos escuros, era magro, mas muito musculoso, e usava um colar muito diferente, mas que para mim pareceu familiar. Estranho...  Eu estava tão perplexa e perdida em meus próprios pensamentos que mal percebi quando Mason se levantou e partiu pra cima do dono da voz.

  --Mas o quê...? -- O homem alto nem teve tempo de processar. Mason partiu para cima dele com uma adaga empunhada, e acertou seu tórax. Imediatamente sangue começou a jorrar do ferimento. Não, espera... não era sangue. Era um líquido preto que logo desapareceu de uma maneira desumana e o homem se recuperou, mas não por muito tempo, pois Mason logo partiu pra cima dele de novo, só que dessa vez acertando no coração. Seu corpo sumiu e em seu lugar só sobrou uma espécie de pó, que logo foi levado pelo vento. Eu gritei, e muito, mas fui ignorada.

Vendo que seu amigo estava "morto" O resto do bando não perdeu tempo. Eles cercaram Mason e cada hora um atacava, o que foi um erro porque isso dava uma certa vantagem a Mason. Percebendo o jogo deles, Mason resolveu parar de se defender e começar a investir em golpes, atacando um de cada vez. Ele começou pelo cara de cabelos castanhos. Pulou para cima dele, saindo do meio do círculo, e habilmente segurou sua adaga em siga do pescoço do homem. Sem hesitar, ele desceu a adaga com certa brutalidade e sem nenhuma compaixão. O corpo do homem se dissolveu ao pó igual ao outro. Isso pareceu deixar a mulher mais furiosa do que já estava. Ela foi correndo na direção de Maison, com uma faca extremamente afiada em mãos. Mason, prevendo seus movimentos, se preparou para tal. Quando ela já estava perto ele desviou e a empurrou. Ela caiu e ele enfiou sua adaga bem no coração da mulher, que teve o mesmo destino que os outros.  Agora só restava mais um, que parecia estar meio receoso, mas ele não tinha escolha a não ser encarar Mason. Ele ficou cara a cara com Mason até que resolveu atacar. A morte desse demônio foi rápida. Mason dá um golpe prático e mortal, arrancando a cabeça desse último, e isso foi nojento.

Mason limpou sua adaga suja daquele líquido preto e guardou-a em seu cinto, junto com a arma. Foi aí que ele olhou para mim.

  -- Você está bem? -- Ele perguntou me olhando de cima a baixo. Eu permaneci no mesmo lugar durante toda a luta, e agora estava em choque. Fiz um leve aceno com a cabeça para ele, mas estava com medo. Afinal, que monstro ele era?

Olhei em volta e notei que, fora eu e Mason, não tinha mais ninguém. Tipo assim, ninguém mesmo. Nem o caixa, nem garçons, nem os cliente. Eu estava começando a ficar com muito medo.

  --Vem, vamos. -- Mason disse, mas eu ainda não conseguia sair do lugar. Vendo isso, ele veio até o lugar em que eu estava e me ajudou a andar de volta ao carro. Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Logo em seguida eu ouvi a porta ao lado sendo fechada.

Eu simplesmente não estava mais aguentando de tantas perguntas. Então eu explodi, começando com as perguntas mais simples:

  --Mason, quem eram aquelas pessoas?-- Eu disse com a calma controlada.

Ele esperou um momento, provavelmente pensando se me diria a verdade ou não. Quando ele por fim se decidiu ele disse:

  --Eram pessoas do meu passado, que, acredite, você não vai querer conhecer. Agora nós temos que sair daqui o mais rápido possível, antes que eles voltem -- Dito isso ele deu partida no carro.

  --Como assim, eles vão voltar?? -- Agora eu já estava a um fio de perder a paciência.

 Parecendo se arrepender, ele demorou para responder essa. Sem paciência eu indaguei:

  --Em, Mason?

  --Eles são pessoas perigosas que podem voltar a qualquer momento, e eu tenho certeza que você não quer vê-los tão cedo. Agora nós estamos á salvo, mas se nós não sairmos agora, eles vão voltar e nos atacar de novo. --Ele não respondeu minha pergunta.

  --Sim, Mason, mas você ainda não respondeu a minha pergunta.

  --Isso não importa e nem é da sua conta.

  --Mas é claro que importa! Caso você não se lembre, eles tentaram te matar lá dentro, mas você os conteve. Até aí eu já não estava bem. Eu presenciei um assassinato, um em que você é o assassino! E agora mais essa. Você está me dizendo que eles vão voltar. Como isso é ao menos possível, sendo que eu vi eles serem mortos POR VOCÊ, e depois se... se dissolvendo. Aliás, como isso também é possível?

  --Por favor, não me faça responder isso. Você não quer saber a resposta.

  --Anda logo Mason. Eu quero saber a resposta.

  -- Está bem, mas foi você que pediu pra isso. --Ele fez uma pausa, respirou fundo e começou a contar uma história longa e estranha.

A LuaWhere stories live. Discover now