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Me viro irritada para Derek, ando até ele e o puxo pelo colarinho.

— Olha aqui, esperto, se você espalhou por aí que você estaria sozinho comigo só pra ganhar popularidade, eu vou deixar minha mãe te castrar! — eu ameaço, o vendo engolir em seco, o que me deixa satisfeita.

— Eu não espalhei nada! Sua mãe deve ter confundido com o Derek Houston. — o garoto retruca. — Os pais dele viajaram.

O solto e começo a andar em círculos, absolutamente preocupada. 

— Ela vai te castrar antes que alguém possa dizer: Olá. — eu coloco a mão na testa.

— Não vai não! Eu quero ter sobrinhos! — Laura reclama e me puxa pela mão. — Vamos lá pra fora.

— Mas não é melhor chamar sua mãe? — eu pergunto, vendo Derek nos seguir.

— Minha mãe é super protetora, é melhor não. — Derek responde e Laura abre a porta.

Nós saímos da casa e ficamos esperando ali, comigo apavorada por estar no meio de uma floresta a noite. Por que é que eles tinham que morar numa floresta? Não podia ser perto de um riozinho?

— É o seguinte, vocês explicam pra sua mãe e eu vou tentar conter a minha. — Laura fala e eu assinto.

A morena entra na casa rapidamente e fica um silêncio constrangedor, entre Derek e eu.

— Desculpe ter achado que faria algo como... enfim. Me desculpe. — eu peço, olhando para o chão.

— Tudo bem, você estava preocupada. É normal. — ele sorri pra mim e se aproxima, ficando ao meu lado. — Mas não invada meu espaço pessoal de novo.

Eu rio e o empurro com o ombro:

— Só não faço sair do meu espaço pessoal porque estou com medo.

Derek me olha e desce o olhar para minha mão, então a segura.

— Relaxa, não morariamos aqui se não fosse seguro. — ele fala e sorrio assentindo. — Não sabia que queria ser policial.

Derek claramente mudou de assunto, tentando me acalmar, o que me faz sorrir feito boba.

— Parece incrível a ideia de proteger Beacon Hills. — eu comento. — Mas e você? Quer ser o que?

— Eu ainda não sei. — ele encolhe os ombros.

— É normal. Uma hora você encontra a sua vocação e, tenho certeza, vai ser maravilhoso na profissão. — sorrio para o moreno e sinto uma luz iluminar meu rosto.

Coloco a mão na frente dos olhos e vejo que minha mãe chegou, sacudo os ombros e tento me acalmar. Ela não vai matar ninguém. Certo, ela está vindo até nós feito doida. Puxo Derek para trás de mim e levanto a mão esquerda, em sinal de pare.

— Mãe, os pais dele estão em casa. — eu aviso. — Só não estão aqui fora porque a Laura achou melhor assim.

— Quero provas. — ela fala, cruzando os braços.

— Por quê? — eu pergunto, tentando ganhar tempo para Laura falar com os pais.

— Porque sim. — ela responde.

— Isso não é resposta. — eu retruco, louca pra revirar os olhos.

— É resposta sim! — a mulher exclama e ouço Derek rir baixinho atrás de mim, apertando minha mão.

— Mas por quê? — eu pergunto.

— Porque eu sou maluca! — ela fala alto e sinto a mão de Derek tremer na minha, significando que ele está rindo para uma caceta.

— Sra. Blake? — Derek sai de trás de mim, com o riso controlado. — Sou o Derek Hale.

— Hale? — ela franze o cenho. — Cancela o show todo. Aliás, finalmente acertou no namorado, filha.

Minha mãe pisca um olho para mim e eu fico de boca aberta, antes de ela entrar no carro eu grito:

— Nós não somos namorados!

— Ainda! — minha mãe grita do carro e vejo ela sumir pela estrada.

— Espera! Como é?! — eu grito pra ela.

Derek ri da minha cara e me puxa para dentro de casa.

Como assim ainda? Minha mãe é maluca, como ela mesma disse. Mas eu não posso dizer isso à ela, porque aí é falta de respeito.

— Você não devia nem ter saído! — Derek reclama. — Você está doente e fica andando por aí.

— Fica tranquilo, esperto. Seu moletom é ótimo. — eu sorrio e ele me puxa para seu quarto.

Não vejo sinal de Laura ou de seus pais, o que é estranho.

— Acho que devo desculpas por minha mãe. — eu começo arrumando minhas coisas na mochila.

— Não, ela estava preocupada. Minha mãe teria feito pior por Cora. — Derek sorri levemente e eu também, imaginando a cena.

— A caçula sempre é o bebê, mesmo com 40 anos. — eu comento, jogando a mochila no ombro. — Minha avó ainda fala que minha mãe é a bebê dela, e que eu sou a bebê do bebê dela. Sempre embaraçoso.

Derek solta uma risada gostosa e eu o acompanho, percebendo que ele deu um passo em minha direção, no entanto, dessa vez não me importo com o espaço pessoal.

— Acho que eu devo te devolver o moletom. — comento, puxando o moletom pra cima, mas Derek segura minha mão e a puxa para baixo.

— De jeito nenhum! Você está doente e está frio. Você pode me devolver outro dia. — ele coloca a touca do moletom em mim e sorri. — Não quero arriscar de sua mãe querer me bater por deixar a bebê dela no frio.

— Seu ridículo. — eu rio, batendo no seu peito. — Vamos logo pra minha casa.

Vejo um sorriso malicioso se formar em seu rosto e reviro os olhos.

— Você fica com o trabalho, ok? — eu aviso rapidamente, impedindo-o de fazer alguma piadinha. — Quando podemos terminar?

— Amanhã mesmo. — Derek sorri.

— Certo, vamos logo, esperto.

°°°°°

Espero que tenham gostado.

Teve uma clara referência à dona Hermínia! Quem pegou pegou, quem não pegou não pega mais.

Até a próxima.

19/04/2019.

Abrupto • Teen WolfWhere stories live. Discover now