Capítulo 24

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No fim das contas, o que era para ter sido apenas uma simples viagem, para eles reunirem forças e avançarem na segunda fase do projeto, tornou-se algo bem mais grandioso. Pelo menos para Darcy e Elizabeth, que, até então, não tinham certeza de seus sentimentos. Ou, ainda não assumiam para seus próprios corações o que sentiam um pelo outro.

Na manhã seguinte, no entanto, Darcy parecia mais feliz. Estava até determinado a aproveitar a viagem antes de ir ao encontro de seus pais. Sendo assim, ao anoitecer, os cinco decidiram fazer um luau entre eles. Escolheram a parte mais próxima da casa e, para burlar o vento que provavelmente apagaria as chamas da decoração. Charlene, Cecília e Elizabeth empenharam-se em comprar pequenas lâmpadas personalizadas que imitavam velas. Não optaram por fogueira, ao invés disso, preferiram colocar alguns lampiões dispostos em lugares estratégicos para iluminar ainda mais o local. Também havia algumas esteiras de praia, para que eles se sentassem. Além disso, improvisaram uma pequena mesa com frutas variadas e diversos coquetéis de bebidas coloridas.

— Está perfeito! - Cecília sorriu e enlaçou o pescoço do namorado.

— Tudo o que você faz não é nada menos que perfeito, meu amor. - Gustavo sorriu indo ao encontro dos lábios de Cecília.

— Céus, vocês não se desgrudam um minuto. - Charlene os provocou, mas mantinha um sorriso no rosto.

Enquanto isso, Darcy e Elizabeth permaneciam se encarando, mas nenhum dos dois tinha coragem suficiente para avançarem novamente no flerte, depois do clima que se formara no dia anterior. Todos haviam passado a tarde na praia, aproveitando o calor. Porém, Darcy e Lizzie não tentaram uma reaproximação. Darcy insistia na ideia de colocar a cabeça no lugar, antes de envolver-me com Elizabeth e ela, apesar de ter certeza dos próprios sentimentos. Permanecia um tanto insegura sobre os dele, achando que Darcy poderia ter confundido o que sentia, devido a situação com Melania.

— Agora só falta o violão, quem vai se aventurar? - Elizabeth tentou encontrar algum assunto e iniciar logo o luau.

Achando que, assim, poderia distrair a cabeça e deixar de espiá-lo a todo momento. Darcy, no entanto, não tinha nenhuma pretensão de desviar o olhar. Ao menos apreciá-la ele poderia, não? Esse era seu pensamento.

— Darcy toca violão. - Gustavo informou e saiu em disparada para dentro da casa.

— Sério, Darcy? - Charlene estava visivelmente surpresa.

— Só porque sou um empresário não posso ter talentos musicais? - Ele brincou e abriu um grande sorriso, enquanto aguardava o amigo buscar o instrumento.

Elizabeth, por sua vez, não evitou o sorriso que se formou em seus lábios, ao ouvir tal informação. Teria como Darcy ser mais perfeito? Ela achava que não.

— E quem vai cantar? - Charlene só queria colocar mais fogo na lenha, pois sabia que a amiga cantava perfeitamente.

Dessa forma, os dois teriam de fazer uma dueto. Esse era o plano inicial, tentar juntar Darcy e Elizabeth. Gustavo deu a ideia ainda pela manhã, quando o amigo informou que ficaria até a tarde de segunda-feira.

Cecília e Charlene prontamente aceitaram a proposta, achando que aquele plano poderia dar certo. Não fosse a cabeça dura dos dois, claro.

— Lizzie canta divinamente. - Cecília disse, de forma displicente.

Como se já não tivessem armado tudo aquilo antes.

— Oh, não. - Lizzie tentou esquivar-se. - Eu não canto tão bem assim, você também canta Cecília. Melhor que eu, aliás.

— Gostaria muito de ouvi-la cantar. - Darcy interferiu e olhou diretamente nos olhos de Elizabeth.

Sob aquela luz fraca, iluminada apenas pelo brilho da Lua e dos lampiões, o rosto de Elizabeth ficava ainda mais bonito, se é que era possível. Seus traços ganhavam mais evidência, os olhos de Lizzie brilhavam à luz da Lua, acentuando aquela cor que Darcy tanto admirava. E, aquela boca... Ah, Darcy daria tudo para provar o sabor daqueles lábios. Ele lembrou-se, então, de quando a viu na festa de recepção há meses, e de como ficara encantado ao vê-la. Naquela ocasião, o empresário achava que jamais se apaixonaria por Elizabeth e nem entendia o porquê de olhá-la tanto. Agora, contudo, ele sabia, não adiantaria negar e muito menos fugir daquele sentimento.

Um pedido à estrela cadenteWhere stories live. Discover now