O Lorde Dos Dragões

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Prefácio

- Vovô nos conte mais uma de suas histórias, solicitou a pequena Dio. ­– Sim vovô, suas histórias são as melhores de todo o condado, afirmou o Ratt. Irmão de Dio.

-E sabem porque minhas histórias são as melhores? Perguntou o velho anão Sor Duque Salazar por trás de seus largos óculos de leitura e coçando a longa barba. – Deve ser porque sua imaginação é grandiosa vovô Duque; disse, Amara entrando no salão. – Sim Amara, tenho uma imaginação muito fértil devo admitir. Mas não é só isso que faz de minhas histórias sucesso de público e crítica. Em uma só voz os três perguntaram: Nos conte o segredo então! Rasgadas foram as gargalhadas deles pelo sincronismo.

- Minhas histórias são boas porque são todas verdadeiras! Exclamou o velho. – Tudo o que conto a vocês aconteceu em tempos remotos. Tempo de reis poderosos, heróis improváveis que viraram lendas. Como a história do nosso grande herói Tullindor, que conseguiu matar um Orc branco com uma espada quebrada no vale da dor.

-Então vovô, nos conte mais uma das histórias do passado. Ratt estava eufórico.

- Hoje falarei de dragões. – Dragões? Perguntou Dio. - Sim Princesa, disse o ancião. Contarei como surgiram e como desapareceram.

- Um dragão não é visto a pelo menos quinhentos anos, nas primeiras eras eles eram feras indomáveis que devastavam rebanhos de ovelha e gado, incendiavam aldeias e roubavam tesouro de monarcas despreparados. Dragões de fogo das montanhas do norte e dragões de gelo das geleiras do Sul.

Com o tempo os homens os dominaram, essa foi uma era de gloria para eles. Há quem diga que eles ainda suspiram pela glória só por eles lembrada. Mas foram os da raça Lagar quem conseguiu maior feito com as serpentes aladas. Eles não só dominaram as feras, eles as ordenavam. Imaginem uma fera como um dragão recebendo ordens de um homem? Se bem, que os lagares não são homens.

– Mas nós também não somos vovô, declarou Dio sorrindo. – Sim, mas eles poderiam se passar por um enquanto que nós não nos assemelharíamos nem a um homem de média estatura de joelhos. há inferno, suspirou Duque. – Qual o nome dado a esse tipo de raça que lembra os homens? Perguntou Amara com os olhos arregalados. Os olhos amarelos que puxou de seu pai, Aegon Salazar.

-Tais raças são chamadas humanoide minha filha, como os Lagares existem os elfos e tantas outras.

– Qual a cor do sangue de um lagar vovô? Agora foi Dio quem perguntou. Sua mãe a dissera que cada raça tem uma coloração para o sangue. No mesmo dia ela cortou o dedo só para confirmar a teoria da mãe.

Duque Salazar tinha amor por cada um de seus netos, mas Dio era capaz de fazer o velho ter grandes expectativas quanto ao futuro da família. Que no passado ocupara cargos de renome nas variadas cortes de Âmbar. Dio era inteligente para a idade de nove anos, e tão madura quanto Amara de quatorze. E não nos é possível comparar a maturidade dela com a de Ratt, que como todo menino de onze anos só pensava em aventuras, se dando nomes de heróis do passado em cada nova brincadeira. Vovô Salazar por muitas vezes disse a Dio que ela deveria ter nascido homem e assim os Salazar poderiam sonhar em ter seu nome glorificado outra vez.

Claro que ela sempre defendia Ratt nessas horas, sendo ele o único homem entre os filhos de Aegon, e dizia que Ratt no futuro seria um anão importante, talvez chegando a trabalhar na corte do rei Anrafel, senhor do último grande império anão.

- O sangue de um Lagar é azul pequenina Dio, um azul claro vivo, vivo como o visto em nossas alegres manhas de verão. - E eles desenvolveram a capacidade de falar com os dragões na língua deles. Não demorou para os lagares travarem suas batalhas montados nas serpentes de fogo. Os lagares chegaram a dominar quase toda a terra de Âmbar. Foi Zacur quem primeiro falou com os dragões, ele prometeu aos demais lagares que se o fizessem rei ele ensinaria o idioma dragão a todos. No mesmo dia a família real lagar foi morta e servida de comida a Zodd o dragão do agora rei Zacur. A ambição de Zacur não parou e ele desejou dia a dia ser senhor sobre todos os reis de Âmbar. Durante anos seu exército foi preparado, tanto no idioma dragão quanto nas artes da guerra. E Zodd trouxe vários dragões jovens do Norte para lutarem com os lagares. Zodd era um dragão velho e forte e nunca ficou claro o que o levou a ser fiel ao lagar Zacur. Os principais reinos de Alarim fazem fronteira entre si, mas nunca ouve uma amigável interação entre eles. Essa era limitada ao condado mercante onde todas as raças se encontravam para comprar e vender.

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⏰ Last updated: Apr 15, 2018 ⏰

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