Capítulo 2

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THEO

Ela aceitou minha proposta! 

Eu não estava acreditando, achei que ela ia bater o pé e negar até a morte. Agora era começar a planejar... Mas antes tinha que ter certeza de que ela poderia ser minha e só minha.

— Pam, e o Marcelo? Como vocês estão? — Ela estava saindo com um dos seguranças da academia do primo dela, Rick, e se aquele lá em cima gostasse um pouco de mim, eles estariam de mal a pior.

— Não estamos saindo mais. Foi um lance passageiro, você sabe. Tô solteirinha de novo, e hoje, eu e a Di vamos a uma casa noturna nova, a Sanders. Quem sabe eu não encontro o novo Senhor Príncipe Encantado? — Começou a rir, aquele riso rouco e delicioso dela, que me deixava duro como pedra dentro do meu terno.

Teria que comprar umas cuecas mais apertadas para usar quando nos encontrássemos, ou seja, todo dia! Senhor, se eu tivesse que me levantar agora, chamaria a atenção de todos pelo volume na minha calça.

— Eu queria sair hoje também, mas levei Ella ao médico mais cedo e ela está em casa me esperando.

— E você deixou ela sozinha em casa? Ela está doente? O que ela tem para precisar ir ao médico? — Pam estava visualmente abalada pelo estado de saúde de Ella.

— Nada, vamos mudar de assunto, uma outra hora eu te conto tudo sobre a minha Ella.

Toda mulher gostava de adrenalina e o fato de eu ter esse compromisso, sempre deixava as mulheres doidinhas por mim. E eu me aproveitava disso, não me orgulhava, mas jogava com as cartas que tinha.

— Ok, mudando de assunto então. Não vai nem ler o contrato? E se eu te prendi para o resto da vida comigo, em alguma cláusula louca?

— Vou amar ficar preso a você por toda a eternidade. — Olhei em seus olhos e puxei sua mão, levando a minha boca e roçando de leve sua pele. Senti que ela estremeceu e em seus olhos vi algo como desejo cru passando rapidamente.

Ela me queria tanto quanto eu a queria... Humm. Era óbvio o clima entre nós desde a festa de Natal da academia, onde nos conhecemos, e a cada dia eu percebia mais e mais seu interesse por mim.

Ela desviou o olhar, olhando para seu café, que esfriava.

Ficamos conversando por mais um tempo, a cada oportunidade eu pegava sua mão e ficava acariciando com o polegar. Sua pele era tão macia e seu perfume de baunilha me deixava tonto.

Meu celular vibrou no bolso e eu sabia que era hora de ir. Era tão bom estar com ela, tão calmo e tão certo, como se fossemos feitos um para o outro... Eu não tinha vontade de sair de perto dela, mas precisava, minha Ella estava em casa e logo teria a troca de turno das enfermeiras.

— Linda, tá na minha hora. — Levantei-me e contornei a mesa. Abaixei colocando as mãos em seu rosto, segurando firme, olhei em seus olhos e dei um beijo em sua bochecha, muito próximo a boca. Senti que ela soltou a respiração quando meus lábios tocaram sua pele. O que será que aconteceria se eu a beijasse na boca e nossas línguas se tocassem? Afastei-me e me despedi. — Até mais.

Acenei para a Diana que nos observava e fui pagar a conta. O que essas duas aprontariam hoje à noite, hein? Duas mulheres lindas soltas em uma casa noturna numa sexta à noite...

Esfreguei o rosto afastando esse pensamento. Ainda não era da minha conta o que ela fazia, mas logo seria. Um plano se formou em minha cabeça e sorri. Sim, isso daria certo e ela seria minha!

Inevitável - Kacau TiamoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora