Capítulo (1) Marbella

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" Eu segui você no jantar com seus amigos.. você parecia triste... com traços de uma linguagem perdida.
E eu juro, eu só queria pegar seu olhar em mim, mesmo na sombra, eu quero assombrar você  enquanto você sorri para outros caras, eu queria manchar sua pele de sangue quando você abraçou aquele jovem.

Eu nunca senti tanta vontade de me apresentar a você, eu juro que precisei de todo o controle para não cortar os dedos daquele cara em você.  Eu me segurei, embora cada linha do meu pensamento marcava uma tempestade.
Escondendo o assassino em mim que pinta a morte de todas as cores.

Você é como uma magia negra sem pautas

Um ato maléfico para minhas veias.

Como se fosse uma epidemia atacando cada fibra dos cantos da minha pele.

Meus ouvidos ficaram viciados nas notas musicais dos seus lábios.

Eu vou entrar dentro de você

Nesta escuridão de um concerto sem público.

Nesta ópera sem fantasmas.

Neste teatro sem máscaras"

Eu reli o bilhete pela vigésima vez, era o décimo bilhete que eu recebi em dois meses...

Quem era o autor?

Inicialmente pensei que fosse uma brincadeira de algum jovem da faculdade, mas rapidamente percebi que era mais do que  isso... era arrepiante, sinistro no momento em que me senti vigiada, uma sombra do lado de fora da minha janela, me fez chamar a policia da primeira vez.

Mostrei os bilhetes e tudo o que recebi foi o olhar zombeteiro do policial.

Não é necessário falar que eles não me levaram a sério. Eu não os culpo, eu acho que nem eu mesma me levo a sério.

Quem era maluco o bastante para seguir a vida perfeita e aborrecida de uma jovem de 21 anos?

Ninguém, certo?

Talvez Alma, minha melhor amiga,  estivesse certa, e tudo fosse apenas uma brincadeira de algum jovem que se sentiu rejeitado por mim.

Eu senti o meu braço sendo apertado enquanto Alma me envolvia.

Rapidamente guardei na bolsa o bilhete que fora deixado na porta de casa logo pela manhã.

-Isso. É...tão maravilhoso - Alma gritou.

O meu peito se inchou de felicidade.

Eu sabia o quanto Alma amaria isso, embora o rock não fosse muito a minha praia, mas por minha melhor amiga, eu faria qualquer coisa, e além disso o lugar era melhor do que eu queria admitir.

Aqui parecia que todos estavam em casa.

Alma nunca seria capaz de vir sem mim.

Não só por causa do quanto somos inseparáveis, mas por causa do preço do bilhete.

Era uma festa de rock que os rapazes da fraternidade prepararam no terreno privado do pai de um dos alunos ricos da faculdade.

Um lugar perto do mar.

Mas dinheiro não era problema para mim, e eu estava sempre mais do que disposta a compartilhar com um amigo.

Apreciava imensamente poder dar a minha melhor amiga essa experiência incrível.

Parecia que não apenas Alma e eu estavamos felizes por estarmos aqui, mas todos pareciam estar se divertindo.

O alto astral da multidão era contagioso.

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⏰ Last updated: Mar 17 ⏰

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