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"-Por favor, senhor Carter! Eu preciso deste emprego mais que qualquer coisa" digo desesperada.

"-Já disse que não Hailey, essa é a quinta reclamação em uma semana! Além do mais, tens dormido frequentemente na hora do espediente." o barbudo a minha frente fala irritado.

"-Por favor, senhor Carter, eu juro que não faço mais isso, eu..." sou interrompida antes mesmo de completar a frase.

"-Eu já disse que não! Retire-se ou eu irei mandar os seguranças virem te buscar." ele diz visivelmente irritado. Saio batendo forte. O que eu vou fazer!?

"-Ora, ora, ora, o que temos aqui? Se não é a minha querida filha!" o homem que eu digo ser meu pai diz deitado no sofá surrado, rodeado de garrafas vazias de bebidas "-Preciso de dinheiro. Agora." ele fala se levantando na minha direção, arrancando fortemente a minha bolsa já sem cor.

"-Eu... Eu não tenho dinheiro" ele olha para mim depois de vasculhar a minha bolsa, joga-a no chão e chega mais perto de mim, vejo seus olhos ficarem mais escuros que o normal.

"-Como não!? Eu quero dinheiro, sua vadia!" recebo um estalo, e em seguids vários socos são progetados no meu corpo. Esperava por isso, ou talvez algo pior "-Sabes o que tu és!? Uma puta! Não mereces dormir onde dormes, por tanto vais começar a dormir na rua! Não quero mais ver-te, some."

Caio na calçada molhada e fria quando meu pai joga-me

"-Vadia" e fecha a porta na minha cara. Óptimo, não tenho para onde ir, não tenho dinheiro, não tenho nada! Olho para as minhas roupas que estão a ficar ensopadas.

"-Fogo" murmuro pra mim enquanto levanto-me e procuro um abrigo.

"-Olá, gostosa" acordo sentindo um cheiro forte de bebida. Vodka. Olho para cima e vejo três homens vestidos de preto "-O que essa belezinha faz cá sozinha essa hora? Teus pais não avisaram-te sobre os perigos?" o do meio completa com um sorriso cheio de malícia. Começo a ficar mais assustada e sem ter onde fugir, acabo por pegar uma garrafa vazia ao meu lado e jogar na cabeça do moreno, fazendo-o cabalear e cair por cima dos outros "-Peguem-na!"

Saio a correr do beco imundo, ouvindo passos apressados atrás de mim. Sinto-me como a chapeuzinho vermelho sendo perseguida pelo lobo mal. O sol já é bastante claro, o que leva-me a pensar que seja hora do almoço. Sinto o meu corpo ser projetado ao chão, e logo mãos a erguer-me, sem ver para onde sou levada sinto algo fofo embaixo de mim. Estou num carro.

Mas que diabos!?

to be continued...

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⏰ Última atualização: Jan 05, 2016 ⏰

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