Capítulo 3

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Desculpe se houver erros.

Grant.

— Olá Quinn — A cumprimento assim que ela entra no espaço para funcionários.

— Olá, segundo dia hein. — Ela ajeita os cabelos cacheados.

— Pois é, a Eva já chegou? — Não posso me controlar.

— Sim, ela foi direto para o balcão resolver alguns problemas. — Diz animada.

— Ouvi dizer que hoje é bem puxado.

— Sim, hoje é show triplo, não sei como vai funcionar o horário de vocês seguranças, mas fechamos só as 8:00h da manhã. — Ela suspira.

— Qual o horário da Eva?

— Ela entra agora às 18:30h, e tira duas horas de sono lá pelas 2h, senão me engano.

— Farei esse horário. — sorrio. — Por mais diferente que ela esteja, não vou desistir, passei dois anos martelando a cabeça para deixar o passado para trás, e minha única motivação era ela. Não vou desistir!

— Ela fez trança. — Quinn me olha como se isso fosse um marco.

— Não entendi.

— Ela nunca mais havia usado o xampu de morango que sua mãe também usava, ela nunca mais havia usado vestidinhos soltos e floridos, e nunca mais havia feito trança, Grant. — Ela sorri. Oh doce...

— E ela fez trança hoje? — Suspiro.

Quinn abre a porta apenas o suficiente para o balcão ser visível. E lá estava meu doce – nem tanto – Eva, os cabelos em uma trança caída sobre o ombro direito, um vestido florido e solto, mesmo não conseguindo sentir o perfume de seus cabelos, eu sabia que cheiravam morango.

— Ela fez tudo, Grant. Seria tolice acreditar que isso é graças a um ex-namorado? — Ela soa sarcástica e eu não consigo deixar de não rir.

— Queria entender o que se passa na cabeça dela, eu poderia dizer que ela me odeia por acreditar que voltei para a Caroline, mas você mesma admitiu que ela chegou a entender que me afastei pelo meu próprio bem. Não entendo, agora ela age como se eu tivesse passado esse tempo com minha ex-mulher.

— Eu também gostaria de entender.

***

— Meu Deus, o fluxo aumentará em meia-hora, tem certeza que consegue arrumar essa geladeira? — Jorge se altera na cozinha.

Esse homem precisa urgentemente de sexo! Minha vontade era de enfiar sua cabeça no congelador até ele dizer se realmente voltou a gelar, mas esse pensamento vai embora quando escuto aquela voz.

— Ele sabe arrumar essas coisas, Jorge. Por que não volta a recepcionar os músicos e seus amigos, enquanto nós terminamos aqui? — Eva sorri tocando seu braço.

— Tudo bem, Eva. Só mantenha a ordem. — Ele estava convencido por ela.

Eu te entendo, cara. Ela consegue tudo com esse olhar.

— Vai precisar correr para comprar alguma coisa? — Ela se aproxima de mim. Deixo a ferramenta folgada em minha mão enquanto a vejo ao meu lado, por eu estar ajoelhado sou capaz de ver suas pernas.

— Não, era só um fio que estava desencapado, eu estou terminando. — Termino de pôr a última peça de volta e fecho a tampa protetora.

— Vai gelar a tempo? — Ela foca seu olhar em minhas mãos sujas de graxas.

Doce Liberdade - DEGUSTAÇÃO.Where stories live. Discover now