Desculpe se houver erros.
Grant.
— Olá Quinn — A cumprimento assim que ela entra no espaço para funcionários.
— Olá, segundo dia hein. — Ela ajeita os cabelos cacheados.
— Pois é, a Eva já chegou? — Não posso me controlar.
— Sim, ela foi direto para o balcão resolver alguns problemas. — Diz animada.
— Ouvi dizer que hoje é bem puxado.
— Sim, hoje é show triplo, não sei como vai funcionar o horário de vocês seguranças, mas fechamos só as 8:00h da manhã. — Ela suspira.
— Qual o horário da Eva?
— Ela entra agora às 18:30h, e tira duas horas de sono lá pelas 2h, senão me engano.
— Farei esse horário. — sorrio. — Por mais diferente que ela esteja, não vou desistir, passei dois anos martelando a cabeça para deixar o passado para trás, e minha única motivação era ela. Não vou desistir!
— Ela fez trança. — Quinn me olha como se isso fosse um marco.
— Não entendi.
— Ela nunca mais havia usado o xampu de morango que sua mãe também usava, ela nunca mais havia usado vestidinhos soltos e floridos, e nunca mais havia feito trança, Grant. — Ela sorri. Oh doce...
— E ela fez trança hoje? — Suspiro.
Quinn abre a porta apenas o suficiente para o balcão ser visível. E lá estava meu doce – nem tanto – Eva, os cabelos em uma trança caída sobre o ombro direito, um vestido florido e solto, mesmo não conseguindo sentir o perfume de seus cabelos, eu sabia que cheiravam morango.
— Ela fez tudo, Grant. Seria tolice acreditar que isso é graças a um ex-namorado? — Ela soa sarcástica e eu não consigo deixar de não rir.
— Queria entender o que se passa na cabeça dela, eu poderia dizer que ela me odeia por acreditar que voltei para a Caroline, mas você mesma admitiu que ela chegou a entender que me afastei pelo meu próprio bem. Não entendo, agora ela age como se eu tivesse passado esse tempo com minha ex-mulher.
— Eu também gostaria de entender.
***
— Meu Deus, o fluxo aumentará em meia-hora, tem certeza que consegue arrumar essa geladeira? — Jorge se altera na cozinha.
Esse homem precisa urgentemente de sexo! Minha vontade era de enfiar sua cabeça no congelador até ele dizer se realmente voltou a gelar, mas esse pensamento vai embora quando escuto aquela voz.
— Ele sabe arrumar essas coisas, Jorge. Por que não volta a recepcionar os músicos e seus amigos, enquanto nós terminamos aqui? — Eva sorri tocando seu braço.
— Tudo bem, Eva. Só mantenha a ordem. — Ele estava convencido por ela.
Eu te entendo, cara. Ela consegue tudo com esse olhar.
— Vai precisar correr para comprar alguma coisa? — Ela se aproxima de mim. Deixo a ferramenta folgada em minha mão enquanto a vejo ao meu lado, por eu estar ajoelhado sou capaz de ver suas pernas.
— Não, era só um fio que estava desencapado, eu estou terminando. — Termino de pôr a última peça de volta e fecho a tampa protetora.
— Vai gelar a tempo? — Ela foca seu olhar em minhas mãos sujas de graxas.
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Doce Liberdade - DEGUSTAÇÃO.
RomanceEsta história é uma DUOLOGIA. Este é o segundo livro. O primeiro já está completo: Liberta-me. Finalmente Eva aprende a dizer não. Mas, eis que surgem as dúvidas: será que ela aprendeu da melhor maneira?! Será que sua essência continua intacta?! Ser...