Capítulo 4

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Meses depois...
-Pronto,você já está melhorando e muito,bom eu acho que já pode receber visitas.
-Jura doutor?
-Sim juro,e já tem sua primeira visita,seu amigo está ai.
-Eu posso ir lá?
-Ei,ei calma,ele vai vir aqui,espera,  eu vou chamar.
Ele sai do quarto e deixa a porta semiaberta,eu olho fixamente meus pés quando vejo meu amigo Fábio entrando:
-FÁBIO, QUE SAUDADE.-Eu corro até ele,pulando nele e o abraçando, temos muita intimidade, nossa amizade dura a 10 anos.
-Também estava haha.-Ele me coloca no chão, eu puxo ele pelo braço,para ele sentar na cama.
-Eai como ta todo mundo?Victória,Albert,Enzo,Mateus,Vanessa,Roberta,todo mundo...
-Morrendo de saudades de você.
-Eu também estou com muita saudades deles.
-Mas eai?como é aqui?
-Legalzinho,não é aquelas coisas até porque é uma clínica, e não um hotel, mas arranjei um amigo aqui,o enfermeiro, ele é muito legal comigo.
-Nossa que bom.Carlos,Posso te falar uma coisa?
-Claro.
-Você quer ver o povo ?
-Claro que quero,Mas como?
-Escuta o que vou te dizer,vamos fugir daqui.
-Não Fabi,eu já estou saindo só falta mais alguns meses eu já vou poder ser tratado em casa,ai eu poderei sair e ver todo mundo.
-Não, você não sabe quando vai sair,vai demorar muito,eles estão te iludindo,toma.-Ele me entrega um celular.-Eu estarei escondido no banheiro,e quando ti ligar, você anda até a porta,e espera até eu destrancar,okay?okay. Tchau.
-Mas Fábio,-Ele saí do quarto e logo em seguida entra o médico, eu escondo o celular nas costas:
-E ai como foi?-Ele me pergunta,esfregando as mãos com um sorrizinho no rosto.
-É-é foi bem,F-foi ótimo.
-Ai que legal...o que aconteceu?
-O que,porque,como assim?
-Seu braço ta pra trás.
-A,É-é que eu...to coçando, é isso eu to coçando.
-Ata então ta eu já vou viu.qualquer coisa os enfermeiros estarão por perto.
-Okay.-Eu deito e coloco o celular debaixo do travesseiro e fico pensando o que fazer,eu fecho meus olhos,e tento dormir...O celular começa a vibrar,eu pego ele e me levanto, coloco na orelha:
-Agora.-Diz Fábio,na mesma hora ele desliga,eu olho a porta,e me levanto e caminho até ela,quando ouço a porta se destrancar...

O EsquizofrênicoWhere stories live. Discover now