Capítulo 18 - Up All Night

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Ainda estávamos na casa da mãe do Harry, ficaríamos mais alguns dias e depois iríamos ver meus pais.

-Taylor, querida, você e Harry podem ir até a padaria? Acabei me esquecendo completamente de ir ontem, gosto de já deixar as coisas preparadas. -Anne pediu.

-Claro, vou chama-lo.

Harry estava sentado em um dos bancos de madeira que havia no jardim, seu lugar preferido da casa. Seus olhos estavam perdidos nas flores.

-Harry? -O chamei, mas ele nem se moveu. –Amor?

-Oi, oi Tay. -Ele falou meio assustado, me fazendo rir.

-Você está bem? -Pergunto porque sua aparência não está muito boa.

-Sim, aconteceu algo?

-Sua mãe pediu para irmos até a padaria, então vim te chamar. -Falei me sentando ao seu lado. -Está tudo bem mesmo?

Pergunto novamente para ter certeza, já que sua aparência diz o contrário.

-Sim, eu só... Estou pensando em algumas coisas. Fico assim quando venho pra cá.

-Quer falar sobre?

-Vai por mim, vai ser chato me ouvir, amor. -Ele me lançou um sorriso de lado, mas não era seu sorriso de verdade.

-Nada que venha de você é chato. Pode falar se quiser.

-Certo... -Ele fala e suspira, eu espero pacientemente até que ele finalmente volte a falar. -Eu sinto falta daqui, não poder vir sempre e ver minha mãe, Gemma e o Robin, até mesmo a Dusty, me deixa triste. Eu sei que estou fazendo o que eu queria fazer, era meu sonho ser cantor mesmo com a Gemma falando que eu cantava mal quando me empolgava demais... -Ele solta um riso baixo, como se estivesse se lembrando dos dias em que isso acontecia. -Eu nunca estou sozinho, sempre tenho o que eu quero, mas não tenho minha família sempre por perto. Então eu me pego pensando se tudo isso vale mesmo a pena. -Ele dá de ombros.

Eu entendia o que ele sentia, eu também passo por isso, mas doía muito vê-lo naquele estado, ele estava triste, os olhos vermelhos como quem já havia chorado. Beijo sua bochecha de leve e percebo que ele sorri, então beijo sua boca e ele corresponde.

-Eu te amo demais... -Ele sussurra ainda com os lábios próximos aos meus. -Obrigada por ter me dado outra chance.

-Eu também te amo, muito, muito. -Respondo no mesmo tom e junto nossas bocas novamente.

Ele faz carinho na minha bochecha e eu beijo todos os centímetros de seu rosto.

-Você faz com que eu me sinta em casa, te amo muito por isso. Obrigada, de verdade. -Ele cola nossas testas e fecha os olhos. -Você não sabe como eu me senti quando você foi embora, e eu sei que a culpa foi minha... Me desculpe...

A voz dele fica embargada e quase choro ali mesmo.

-Shiii... -Pedi passando os dedos em sua boca, sua testa ainda está grudada na minha. –Vamos esquecer isso, por favor.

Me lembrar daquilo era doloroso, porque o modo como eu me senti não tem explicação.

-Eu estou amando esse momento, e não queria que ele acabasse, mas acho que se demorarmos mais um pouco sua mãe vai vir aqui e nos empurrar até a padaria. Até porque ela está na janela nos observando. -Falo rindo, fazendo ele rir junto comigo.

-Vamos então. -Ele levanta e me puxa.

A padaria não era longe, ele já havia trabalhado ali e ainda era próximo de todos os funcionários que ali trabalhavam, mesmo depois de tanto tempo.

1989 (Haylor) - Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora