Como me tornei Priapo

9.6K 134 43
                                    

Acordei no Hard Rock Hotel Cancún com uma mulher me chupando. Fazia um calor infernal. Eu não me recordava do nome dela. Lembro-me vagamente que a conheci por meio de um amigo em comum há alguns meses. Ela me disse que também era empresária, que o marido era responsável por uma grande empresa de confecção na região mas, como ele a traia muito, ela, por raiva de não ter o amor dele, o traia também. Mas tudo escondido. História comum em vários lugares do mundo por onde eu passo. As vezes, sinto que isso é só uma desculpa para provar um sexo diferente, com alguém diferente. No fundo, eles ainda se amam ou, claro, só estão juntos por diversos interesses em comum. E que também não vejo problemas. Porém, nada da vida dela me importa. Apesar do sexo ruim feito naquela noite, pois ela não aguentou a penetração, ela até que me chupou bem. E, naquela manhã, nada melhor do que acordar sendo chupado por uma mulher. Eu olhava para a janela do hotel, uma paisagem linda, e só via a cabeça dela subindo e descendo, vagarosamente. Uma sensação incrível de poder.

Quando olhei para o relógio, percebi que poderia me atrasar para o voo. Embora o aeroporto estivesse próximo, eu jamais me atraso em qualquer compromisso. Pedi para ela para acelerar os movimentos e, em poucos minutos, gozei muito em sua boca. Ela me olhou, abriu a boca e mostrou que havia engolido tudo.

- Danadinha você.

- Seu esperma é doce. Gostei. Porém, você ainda não viu nada! - respondeu ela. Mas eu vi sim, o sexo foi péssimo. Mas não falei nada.

Me levantei. Vesti minha roupa. Olhei aquela paisagem linda daquele luxuoso hotel, peguei minha mala e sai. Antes, olhei para seus olhos e disse:

- Você foi incrível. Eu nunca havia transado tão gostoso em toda a minha vida.

- Jura? - disse espantada.

- Sim, juro! - respondi, apenas não disse que eu falava isso para todos, mulheres ou homens. Afinal, um dos princípios do poder é a bajulação que, quanto mais sutil, mais forte se torna.

- Meu Priapo gostoso! - disse ela olhando pro meu avantajado membro, mesmo mole, sobre a calça social. Eu apenas sorri. Em seguida, foi inevitável lembrar-me da onde ganhei aquele apelido.

Eu estava em Portugal, tinha saído do Brasil com apenas 19 anos e resolvi tentar a sorte na Europa. Lá conheci o Afonso, um técnico que consertava elevadores e que morava próximo ao The Cock em Lisboa, um bar bem caliente para homens que buscam brincadeiras gostosas com outros homens. Foi amor a primeira vista. Mas amor dele. Quando pegou no volume em minha calça, não acreditou e me levou diretamente para a sua casa.

- Moro aqui do lado. Vamos?

- Tudo bem, vamos! - afinal, eu era novo ali e toparia qualquer coisa.

A noite foi gostosa. Transamos muito e, pela primeira vez, eu consegui meter todo o meu membro dentro de alguém. Inteirinho. E sem a pessoa reclamar. Ele tinha a mesma idade. De manhã, ele me pediu em namoro e me chamou de Priapo. Como eu não sabia o que era, ele me explicou com suas palavras.

- Priapo era filho de Afrodite e Dionísio. Com inveja do amor dos dois, Hera trabalhou para que a criança nascesse com uma monstruosa deformidade. Por isso, Priapo nasceu com um pênis absurdamente avantajado. Muito grande mesmo. Quando chegou a fase adulta, por sua libertinagem e enorme sucesso com as mulheres, começou a fazer inveja aos outros homens que acabaram o banindo da ilha. Como forma de retaliação de Afrodite, a ilha caiu em ruínas e várias pragas surgiram na região. Os homens, os mesmos que o expulsaram, o trouxeram de volta. E assim, a praga sumiu e todos passaram a viver harmoniosamente com o homem de grande qualidade. Priapo, então, passou a dar prazer tanto para mulheres quanto para homens. Não existia mais ciúmes. Nem inveja.

Quando, na época, o Afonso me contou esta história, deste conto grego ou sei lá o quê, embora tenha acontecido na antiguidade, parecia que muitas coisas faziam parte da minha vida. Na escola pública onde eu estudei, em Salvador, os meninos tiravam sarro do meu pênis. Até então eu não sabia que faziam isso por inveja. Eu, na época tímido, só tentava esconder. Ir para a praia com sunga era um problema. Morria de vergonha. Porém, quando comecei a transar com meninas, percebia que a maioria gostava e acabava preferindo sair escondido comigo do que com outros garotos. Elas me falavam:

- Tem muita gente com pinto grande aqui João. - sim, depois que rodei o mundo, tornei-me John. - Mas nem todos sabem usar. O segredo é saber usar, independente do tamanho. E você sabe usar. Para ajudar, é muito grande. Me sinto preenchida e toda arregaçada cada vez que você entra dentro de mim. Quando você goza então, sinto algo enorme pulsando e um líquido quente entrando bem lá no fundo. É maravilhoso!

Aquelas primeiras palavras começaram a se repetir, com várias mulheres. Foi quando a mulher que acabara de me chupar, em Cancún, interrompeu minha lembrança.

- Não vai pegar seu terno?

- Desculpe. Obrigado pela gentileza. Agora preciso ir. Meu voo sai em 1 hora!

- Tudo bem. Já transferi seu dinheiro para sua conta. - disse ela usando um aplicativo no celular. - Você ainda vai me levar a falência! - continuou, sorrindo.

- Não! Tudo na vida tem um preço. Você sabe bem disso.

- Sim. Sei. E sei que você também não precisa desta pequena fortuna que eu e outros pagam pelos momentos de prazer.

- Preciso sim. Mas não pelo dinheiro. Você sabe que sou dono de muitas empresas ao redor do mundo. Mas, quando você e outros pagam, eu reforço meu poder. Poder que tenho sobre muitas pessoas, inclusive você.

Ela simplesmente sorriu. Não disse nada. Quase que concordando comigo. Como eu já estava em cima da hora, me despedi com um leve beijo em seu rosto, peguei minha mala, liguei para a recepção do hotel e pedi um táxi para o aeroporto. No caminho, liguei meu celular e comecei a ver e-mails e mensagens do dia. O principal recado daquela manhã era da minha secretária Amy.

"Bom dia John! O senhor Maycon Lorenzo, da corporação Lorex HK, está aguardando em Miami, daqui 4 horas, para sua segunda reunião com ele e a equipe de diretores. Já esta tudo ajeitado. Boa sorte!"

Eu olhei para a janela do táxi, a paisagem de Cancún continuava linda, suspirei e, minutos depois, respondi:

"Estou a caminho Amy. Daqui para Miami são apenas 2 horas. Caso ele ligue, diga que chegarei no horário. Grato por cuidar de tudo. Mais tarde nos falamos.".


O Poderoso Priapo. Suas mulheres e seus homens. (Literatura Erótica)Where stories live. Discover now