𝑂 𝑙𝑜𝑏𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑠𝑒𝑟á 𝑚𝑎𝑢 𝑠𝑒 𝑣𝑜𝑐ê 𝑜𝑢𝑣𝑖𝑟 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑎𝑝𝑒𝑢𝑧𝑖𝑛ℎ𝑜.
Aquela frase resumia bem a vida de Brianna.
Diferente do que sua mãe tinha sido para toda Prythian, Amarantha havia sido boa para...
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A escuridão da noite envolvia o denso bosque onde o Acampamento dos Exilados se escondia. A luz das estrelas, bloqueada pelas copas das árvores, mal conseguia penetrar as sombras que envolviam o local. O ar estava impregnado com o cheiro de pinheiros e a sensação de mistério era palpável.
Entre as sombras, podiam-se avistar as silhuetas de tendas rudimentares, agrupadas em torno de uma fogueira central. As vozes sussurrantes dos exilados ecoavam entre as árvores, misturadas com os sons da natureza noturna. Era um lugar de segredos e histórias não contadas, onde aqueles que foram rejeitados pelos reinos encontraram um refúgio precário.
O Acampamento dos Exilados era um lugar de contrastes e contradições. Erguido em uma clareira escondida, distante das estradas comerciais e das rotas de patrulha dos reinos, era tanto um santuário quanto uma prisão para aqueles que foram banidos de seus lares. Cercado por uma floresta impenetrável, era um testemunho silencioso das injustiças do mundo exterior.
Dentro das fronteiras do acampamento, as tensões entre os diferentes grupos de exilados eram palpáveis. Féericos, humanos, anões e outras raças, todas vivendo lado a lado, mas separadas por séculos de desconfiança e hostilidade. Cada um tinha sua própria história de exílio e seu próprio fardo para carregar, mas todos compartilhavam o desejo de encontrar um lugar onde pudessem pertencer.
Apesar das dificuldades, a vida no Acampamento dos Exilados seguia seu curso. Durante o dia, os exilados trabalhavam juntos para caçar, pescar e coletar recursos na floresta circundante. À noite, se reuniam ao redor da fogueira central, compartilhando histórias e canções para afastar o frio e a escuridão.
No entanto, nem todos os dias eram iguais. Conflitos surgiam com frequência, alimentados pelo medo e pela desconfiança mútua. Às vezes, era uma disputa por recursos escassos; outras vezes, uma disputa por honra ou vingança. Mas apesar das rivalidades, havia também momentos de solidariedade e compaixão, quando os exilados se uniam para enfrentar ameaças comuns.
A madrugada envolvia o Acampamento dos Exilados em um manto de escuridão profunda, apenas a luz tênue das estrelas e da lua iluminava as clareiras entre as árvores. O silêncio predominava, quebrado apenas pelo ocasional sussurro do vento entre os galhos.
Mas, uma tremenda cacofonia rompeu o silêncio noturno. O chão tremeu sob os pés dos Brianna enquanto estrondos ecoavam pela floresta, anunciando a chegada de algo. Os sentinelas soaram o alarme, e antes que pudesse perceber, Brianna estava de pé.
Então, antes que pudesse reagir, a entrada da tenda foi arrombada com uma força repentina. Criaturas estranhas e grotescas entraram cambaleando, suas formas distorcidas e grotescas contorcendo-se à luz da lanterna. Eram seres que pareciam ter saído de um pesadelo: humanoides com pele escamosa, olhos brilhantes e garras afiadas como lâminas.
Brianna mal teve tempo para reagir quando uma das criaturas avançou, seus olhos brilhantes fixos nela com uma intensidade selvagem. Ela tentou alcançar sua espada, mas foi pega desprevenida, as garras afiadas da criatura rasgando seu torso com uma brutalidade devastadora.
Um grito de dor e terror escapou dos lábios de Brianna quando ela caiu de joelhos, seu sangue manchando a lona da tenda. Ela lutou para se defender, mas as feridas eram graves demais, e a vida escapava dela rapidamente.
As criaturas continuaram a atacar impiedosamente, seus rosnados guturais ecoando na tenda enquanto se alimentavam da agonia de Brianna. Ela tentou lutar, e as criaturas só pararam quando ela já estava caída no chão, quase desacordada.
【...】
O tempo parecia distorcido enquanto Brianna lutava para manter a consciência, perdida em um borrão de dor e desorientação. Não sabia quanto tempo tinha passado desde que fora atacada pelas criaturas estranhas, nem quanto tempo ficara ali, caída e indefesa.
Então, o som de passos ecoou do lado de fora da tenda, quebrando o silêncio opressivo da noite. Vozes masculinas murmuravam ao longe, suas palavras distorcidas pela distância e pelo pânico que pairava no ar.
-Algum sobrevivente? - uma voz masculina gritou, mas parecia estranhamente longe.
Brianna forçou-se a abrir os olhos, piscando contra a luz fraca que filtrava através da entrada de sua tenda parcialmente destruída. Sua visão estava turva, mas ela conseguiu discernir as sombras dos homens parados do lado de fora, suas silhuetas obscurecidas contra o brilho indistinto da lua.
-Alguém está vivo?- outra voz masculina perguntou novamente, desta vez tingida de urgência.
Brianna tentou falar, mas apenas um gemido fraco escapou de seus lábios rachados. Ela moveu-se com dificuldade, cada movimento enviando ondas de dor ardente através de seu corpo maltratado.
-Ali! - uma terceira voz exclamou, e ela conseguiu ouvir passos apressados vindo na direção dela.
Os homens entraram na tenda, suas formas se materializando na penumbra. Seus rostos eram obscurecidos pelas sombras. Um deles se agachou na sua frente, mas ela não conseguia enxergar seu rosto.
-Nyx - uma das vozes soou - Esse cheiro...
-Ela precisa de ajuda - o macho parado a sua frente respondeu - Orion, avise a mamãe que vamos precisar de uma curandeira.
Ela tentou falar novamente, sua voz um sussurro fraco e trêmulo. O macho a ergueu delicadamente do chão, suas mãos gentis apoiando seu corpo frágil enquanto a retiravam da tenda arruinada.
-Você vai ficar bem - foi a última coisa que ela ouviu, antes de cair na inconsciência.
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O primeiro capítulo está oficialmente entre nós!
Um pouco caótico, admito
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