O destino encaminha pessoas, cria circunstâncias, faz reencontros de almas e atravessa o tempo, espaço, as dimensões e a matéria. Tal como se fosse um carro desgovernado agindo em prol de duas coisas que sempre caminharam juntas, e que querendo ou n...
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Numa manhã qualquer preenchida de ares puros, jazia um anjo de estatura pequena segurando um arco e flecha, andando entre os mortais sem ser sequer notado.
Aquele era um dia muito importante, um evento que ocorria uma única vez a cada dez mil anos.
Abdia, o anjo, não poderia estar mais ansiosa.
Vênus escolhia um de seus remetentes para vagar em algum lugar do multiverso, com um arco e flecha em mãos, tendo a ínfima missão de acertar duas pessoas, um par.
Porém, isso não era uma brincadeira supérflua onde quaisquer mortais pudessem ser atingidos sem motivo algum. Precisava de um olhar crítico, além do humano. Um olhar sensível e perspicaz o suficiente para coligar almas siamesas pela eternidade.
Era uma decisão altamente séria, de dar ansiedade e nervosismo, já que depois de disparadas as flechas, não haveria volta. O mal ou a benção, já estaria feita para todo o sempre.
Os destinatários já estariam permanentemente ligados pelo fio vermelho, e esse fio poderia se enrolar, ser puxado, esticado ou arregaçado, entretanto, nunca cortado.
