05 Filipe

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Atendi o pedido do meu mano Ramon e fiz o show no morro, dei o meu melhor e a galera correspondeu a altura. Depois do show troquei a blusa suada e subi pro camarote, já pegando uma cerveja bem gelada.

Peguei um baseado da mão do irmão e vejo três meninas lindas entrando, entre elas a menina que ajudei ontem, tava linda.

Elas se aproximaram, fiquei sabendo do aniversário da novinha, dei um aceno de cabeça pra ela cumprimentando ela e mais uma se afastou, enquanto Mireli ficou de namorico com Ramon, eles têm uma caso.

Elas ficaram perto da grade e vi quando Santos se aproximou delas, ele não é envolvido, mas assim como eu tem proximidade com muitos, de vez em quando faz uns adiantos pros caras, coisa que eu não faço.

Ele beijou o rosto dela, vi ele olhar seu corpo, secando, ele é afim, e se ela render ele vai pra cima.

Eles conversavam e fiquei de olho, nem deveria, mas ela me chamou atenção. Alguém chamou, ele saiu e chegou outro, mas trocava mais assunto com a amiga, então ela saiu pro banheiro e depois pro bar, aproveitei a deixa, cheguei perto.

Ela é bem mais bonita de perto,  falei isso pra ela, quando chamei pra respirar um ar do lado de fora.

Encostei no meu carro, senti ela um pouco retraída, distante, mandei uma indireta e ela respondeu com outra, aí eu nem perdi tempo, segurei na mão dela e puxei pra perto de mim grudando minha boca na dela.

Segurei a nuca dela com uma mão e com a outra toquei sua pele na cintura, puxei seu lábio e aprofundei o beijo.

Ela correspondeu a altura, seus lábios muito macios, minha língua explorou sua boca e me fez sentir o gosto da cerveja que ela bebe.

Ela encerrou o beijo, olhei sua boca vermelha, encarei seus olhos brilhantes, cheios de vida.

Ela desvia o olhar meio sem graça.

- Beijo bom - passei o nariz por seu pescoço - e bem cheirosa também.

Leona: Obrigada.

- Tá fazendo quantos anos?
Fiquei curioso.

Leona: Tô fazendo 21.

Filipe: Novinha, mas tem cara de bem menos.
Segurei uma mecha do seu cabelo, enquanto com a outra mão segurava ainda sua cintura.

- Todo mundo fala isso, mas se for pelo que eu já passei na vida, devia ter o dobro.

- Pode crê. O cara lá era teu namorado? Muito vacilão, dei o papo no Ramon, já tão no rastro dele.

Leona: Ele nunca foi meu namorado, fiquei com ele duas vezes e não quis mais, e ele não aceitou.

- Filha da puta, ele tá ferrado por querer te pegar a força.

Leona: Ele é doente, mas não quero mais falar dele, me dá nojo.

- Tudo bem. Tem coisa bem melhor pra gente fazer do que falar de coisas chatas - apertei sua cintura e senti ela ficar sem graça - tá com vergonha?

Leona: Eu não - ela riu, mordendo o lábio - é que você é bem direto.

- Eu quero e tô com vontade, então eu falo, simples.
Aperto mais um pouco ela, cheiro seu pescoço e dou um beijo molhado ali, sentindo ela respirar fundo.

Beijei seu queixo e sua boca, sentindo seu toque na minha nuca. O beijo tomou ritmo, se encaixou, a mão não consegue ficar parada e paro na sua bunda e dou um aperto, ela gemeu contra minha boca.

Ela mordeu meu lábio inferior de leve, chupou e sorriu, me deixando de cara com seu sorriso.

Tenho consciência que ela é bem mais nova que eu, tem pensamentos e vontades que talvez eu nem tenha mais, mas ela tem um ar de mistério que me fascinou.

Não consegue me encarar por muito tempo, como se quisesse esconder algo ou como se tivesse medo de se mostrar ou ser desvendada.

- Tu quer voltar pro baile? Tá de boa aqui?

Leona: Não sei, minhas amigas estavam tão ocupadas que nem sei se estão sentindo minha falta.

- Claro que sentem, mas elas estão se divertindo igual a gente - pisco pra ela - eu tô me amarrando de estar aqui com você.

Leona: Também tô gostando, nem imaginava.

- Você tá a vontade?

Leona: Tô sim, se não tivesse já teria pedido pra ir embora.

Ficamos conversando mais um pouco, aproveitei pra beijar, cheirar e apertar mais ela.

Voltamos pra dentro do baile pelo mesmo caminho e ela disse que ia no banheiro, entrei no camarote, chegando perto dos caras.

Ciclone: Fala irmão, achei que tu tinha se adiantado? Nem te vi depois do show.
Ele me deu um toque.

- Tava por aí, se ligou?
Pisquei pra ele pegando uma cerveja e vendo R7 me olhar.

R7: Foi visto em irmão
Ele fala assim que eu chego perto dele.

- Tava escondido não.
Ri de canto

R7: Tava com a novinha né? Se liga que a mina é de boa, tranquila.

- Também sou, tô nem entendendo a idéia.
Vi na hora que ela entrou indo pra perto das amigas que estavam sentadas no sofá num canto, sentou junto delas.

R7: Tô dando ideia não, sei que tu é de boa, meu irmão né, só tô falando pra não magoar a mina, ela pode se apaixonar rápido, sei lá.

Ele acendeu um baseado, deu duas tragadas e me deu.

- É mais fácil eu me apaixonar, mina da hora mesmo, beijo bom, papo legal, senti firmeza.
Ele me olhou de lado.

R7: Hii alá, já se apaixonou paizão?
Me zoou e os caras olharam.

- Tá vendo o mal é esse, já quer explanar o bagulho, deixa quieto, depois nós conversa.

Seguí alí com eles marolando de boa, bebendo e fumando, curtindo as músicas.

Vi também quando elas se levantaram e Mireli disse pro R7 que ia dar uma volta na parte de baixo.

Leona me deu uma olhada rápido com um ar de riso e saiu de mãos dadas com as amigas, olhei no relógio e já passava das duas da manhã.

Depois de um tempo só Mireli voltou, ouvi quando ela disse que as amigas foram embora, podia levar ela em casa, mas tá de boa também.

Fiquei por alí até o baile acabar, fui pra minha casa aqui no morro mesmo, tava cansadão e prometi pros meus irmãos que ia curtir o final de semana com eles.




Meu Raio de SolWhere stories live. Discover now