Capítulo 02

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**Sem revisão**

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AVA

Caminhamos para casa em silêncio. Eu nunca pensei que meu filho levaria uma advertência por bater em alguém, ainda mais em um adulto com o triplo da altura dele.

Olho para ele pelo canto dos olhos e ele parece novamente estar alheio a tudo o que fez.

— Filho — o chamo e Daniel responde sem me olhar. — O que acha de me explicar tudo enquanto tomamos um sorvete?

— Me parece uma ótima ideia, mamãe. — sorrio para o meu garotinho e seu talento para vocabulário, pego sua mão e seguimos para a sorveteria mais próxima.

*************

— Mamãe, eu vou ser preso? — Daniel me pergunta e seguro a vontade de sorrir com a sua preocupação. É perigoso ele estudar o sistema prisional inteiro depois dessa dúvida.

— Não, meu filho, claro que não. Você não sabia quem ele era. Mamãe vai cuidar disso. — Acalmo meu filho massageando suas costas como sempre faço quando ele está tenso.

— Pois é, eu não o conhecia, mãe. Como eu saberia quem ele era? — Daniel me fala e dá mais uma colherada em seu sorvete azul melando sua boquinha no processo.

— Mesmo assim, você poderia ter gritado pegado a Liv e corrido dali. Você é uma criança! Se aquele homem fosse mesmo um bandido o que poderia ter feito a você, meu amor?

Ele me olha e parece pensar.

— Verdade, mamãe, me desculpa.

— Está desculpado. Mas agora me explica, como aprendeu bater daquele jeito?

— Eu vi na tv. O tio estava assistindo MMA e eu sempre assisto com ele.

Respiro fundo e fecho os olhos pensando em tudo. Nem posso reclamar, minha irmã, meu tio e minha mãe me ajudam tanto a dividir os cuidados com o meu pequeno desde sempre. Esse deve ser mais um de seus hobbies diferenciados que incluem assistir documentários sobre animais marinhos, mascar chicletes e tomar sorvete de cores diferentes. Fora os lápis de cor dele que sempre estão impecáveis em ordem cromática em sua escrivaninha. Essa palavra também foi ele quem me ensinou.

— Bom, agora sabe que não pode bater nas pessoas assim. Aqueles homens da televisão são atletas. Eles ganham dinheiro para fazer aquilo, não estão brigando de verdade e treinam muito para fazer aquilo.

— Parece de verdade para mim — Daniel explica.

— É de verdade, mas como se fosse o emprego deles, entende?

— Entendo. Tipo Beisebol?

— Isso! Tipo beisebol. Aliás, falando em beisebol a mamãe já fez a sua matrícula no centro de treinamento.

— Verdade? — Daniel abre um dos raros sorrisos lindos dele.

— Verdade. Quer jogar, não quer?

— Quero muito, mamãe! Vou ser o melhor jogador do mundo inteiro!

Jogado aos seus pésWhere stories live. Discover now