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•DYLAN•

desde o começo não queria ir para aquela festa, estava sentindo que ia acabar dando algo errado.

mas aqueles putos me escutam?
é claro que não.

confesso que fui mesmo pela Olivia, ela devia estar angustiada por ficar tanto tempo dentro de casa.
como estávamos se dando bem, confiei que ela não tentaria fugir.

quando levei ela até o banheiro da festa, fiquei esperando na porta.
logo minha visão se focou em uma garota loira vindo na minha direção.

ela ficou a pouco menos de um metro de mim e começou a falar.

-oi gatinho, está acompanhado? (ela sorriu)

-sim. (respondi de forma fria me segurando para não revirar os olhos, não sentia o mínimo de interesse por nenhuma mulher que não fosse Olívia)

-ah, ela está no banheiro...? (ela apontou para dentro do banheiro)

-sim.

-humm entendi, você é um cavalheiro por estar esperando ela na porta, outros caras não dariam a mínima. (ela disse sorrindo)

-não gosto de deixar minha mulher sozinha. (eu disse ríspido)

-ela deve ser muito bonita pra fisgar um cara como você, hein! (ela piscou falando em tom de brincadeira)

-ela é sim, a mulher mais bonita que já vi na minha vida... (eu disse mais para mim do que para ela, ficava boiola pra caralho quando o assunto era a Olívia)

então, ela começou a tagarelar sobre como só conhecia caras que não prestavam e que era uma azarada.
revirei os olhos, olhando em volta e estranhando a demora da Olívia.
até que meus olhos focaram em algo no meio da pista, percebi que era Olívia conversando com um cara.

puta merda, quando essa desgraçada passou por mim?
deixei a garota para trás e fui rapidamente em direção a ela.
mas meu corpo parou abruptamente quando vi o homem beijando ela e pior do que isso, ela estava retribuindo.

senti meu interior queimar de tanta raiva, sem pensar duas vezes, saquei meu revólver a atirei na testa do desgraçado.
todos começaram a correr e a gritar como uns desesperados do caralho, me deixando mais irritado.
meu sangue estava fervendo, arrastei Olívia pelos cabelos até dentro do carro e dirigi para a casa de Henry novamente.
ele e Sabrina me conheciam, sabiam o que acontecia se me irritassem quando eu estava fora do controle, então ficaram quietos o caminho todo.

quando chegamos não pensei direito, estava enxergando tudo vermelho.
depois de mandar Olívia se despir e fazer o mesmo em seguida, pressionei minha arma em sua intimidade, esperando causar medo nela.
mas ao mesmo tempo que ela parecia tremer de medo, sentia que estava excitada.
aquilo me irritou, não era isso que eu queria.
quando joguei ela na cama e a fodi sem dó nenhuma não demorou muito para ela começar a choramingar de dor.
agora sim, eu estava satisfeito.
queria quebrar Olívia na porrada, não acreditava na merda que ela havia feito.
estava tão fora de mim que nem me importei em gozar dentro dela, coisa que normalmente eu não fazia.

me joguei para o lado e cuspi as palavras dizendo que ela era apenas meu depósito de porra, mesmo sabendo que eu não sentia que isso era verdade, queria magoar ela, fazer ela se arrepender do que havia feito.

dormi com raiva mas angustiado, escutando seus soluços de tanto chorar.

• • • • • • • • • • • • • • • •

acordei cedo, como de costume.
olhei para o lado e me sentei na cama, olhando Olívia dormir por alguns minutos.
tudo o que aconteceu ontem começou a passar na minha mente, me deixando puto.

puto pelo o que Olívia fez, puto por terem me enchido a porra do saco pra sair e puto por o que eu fiz.

me levantei de uma vez, não queria ficar me remoendo.

desci as escadas e vi Sabrina e Henry preparando a mesa do café, como sempre faziam.
Henry me deu bom dia e eu respondi, mas Sabrina apenas me fitou apreensiva.
sabia que ela queria me perguntar o que eu fiz com Olívia, se ela estava bem, mas também sabia que ela não se meteria nisso, assim como eu não me metia nos seus problemas com Henry.

peguei uma xícara de café e me sentei no sofá, olhando fixamente para as escadas pois sabia que a qualquer momento Olívia acordaria e desceria por elas.

mas o tempo passou e ela não apareceu.
achei estranho e fui até o quarto para ver o que estava acontecendo.

quando cheguei lá pude ver Olívia sentada na cama, com a cabeça apoiada nos joelhos.

me aproximei devagar.

-por que não foi comer? (eu perguntei vendo ela subir seu olhar até o meu)

-estou sem fome. (ela respondeu de forma fria, voltando seu olhar para frente)

-isso não importa, você precisa comer. (eu disse puxando ela pelo braço)

-por favor... para. (ela grunhiu com tristeza, tentando sair do meu aperto)

suspirei, sabendo que provavelmente ela estava assim por o que aconteceu ontem.

então, soltei seu braço.

-vai lá comer com a Sabrina, eu vou ir com o Henry no mercado. (eu disse antes de sair do quarto)

então, falei para Sabrina ficar de olho nela e entrei no carro com Henry.
fomos até o mercado e compramos algumas coisas que faltavam para dentro de casa.

cerca de meia hora depois, chegamos na casa dele novamente.
pegamos as compras e íamos bater na porta para alguém abrir, mas não foi necessário, pois a porta da rua estava aberta.
quando entramos, pude ver Sabrina desmaiada no chão.
Henry correu na sua direção e a segurou nos braços.

eu fiquei parado, em completo choque.
ela havia fugido.

Nas garras de um assassino Where stories live. Discover now