extra!

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Eu estava esperando o puto de Jungkook chegar em casa logo. Ok, eu amava o garoto, ele era meu melhor amigo e tudo mais, entretanto, desde o dia em que ele veio na minha casa para fazermos o trabalho de biologia, as coisas andam meio... irritantes entre eu e ele.

Naquele dia em questão, a noite, quando eu e ele estávamos nos preparando pra dormir, pra variar, o garoto de frágil heterossexualidade me atacou mais uma vez. Não sei qual era a dele, estava meio obcecado em me ouvir dizer que era gay ou algo assim, o que eu achava estupidamente cômico, mas eu sempre tive... uma quedinha pelo Jeon, então...

Ok, não era uma queda exatamente, eu não gostava dele e nem nada do tipo! Só achava Jungkook muito bonitinho e tinha uma curiosidade em provar daquela boquinha e bom... eu havia conseguido, né? Não só beijar aquela boca, como ganhar umas reboladas muito boas do garoto. Eu fiquei confuso? Sim! Mas quem era eu pra não gostar quando se tem um gostosinho como ele com a bunda em cima do meu pau? Ninguém!

Foi tão repentino e tão bom, que nem a insistência maluca de Jungkook em me fazer dizer que eu era gay havia me broxado.

Pensei então, que hetero como ele se dizia, aquilo havia sido um surto e não voltaria a acontecer, mas como eu disse ali em cima, a noite quando íamos dormir, ele se esgueirou até a minha cama — mesmo eu tendo instalado uma para ele no chão, a pedido dele mesmo — e se enfiou debaixo do cobertor.

Eu perguntei o que ele queria e ele disse que estava com frio e que tinha mudado de ideia acerca de ficar no chão, preferia dividir a cama, desde que eu não invadisse o espaço pessoal dele. Eu respeitei suas vontades e me virei para dormir, mas por algum motivo não conseguia. Algum motivo não, a verdade era que Jungkook respirava de forma esquisita e não apenas isso, ele respirava logo perto do meu cangote e isso tava me deixando biruta.

— Mano, cê tá bem? — Eu perguntei, meio preocupado, meio "para de respirar na minha nuca, filho da puta".

— O-o quê? Por quê? É claro que eu tô bem, por que eu não estaria bem? — Ele responde, claramente não parecendo nada bem, na verdade, parecia bem perturbado das ideias.

Mas se bem que ele já é assim naturalmente. Eu resolvo prosseguir com o assunto, porque apesar de ser alucinado, acredito que deva haver alguma razão pra ele estar sendo naquele momento:

— Sei lá, você parece com falta de ar. Quer um copo d'água?

— Eu não quero nada! Por quê? Você quer alguma coisa por acaso? Alguma coisa gay, talvez?

— O que seria "alguma coisa gay"?

— Não sei, vocês gays que sabem, eu não sei de nada.

— Ah, é claro que não sabe. — Revirei os olhos.

Eu me perguntava por que eu estava tendo uma discussão como aquela ao invés de simplesmente dormir, mas depois do que eu disse, tudo se seguiu em silêncio, então meio que era a deixa perfeita pra eu de fato ir dormir.

Mas eu não fui.

Estranhei o fato de Jeongguk ter ficado tão em silêncio e pensei até que o garoto tinha morrido, já que não sentia mais sua respiração desregulada no meu pescoço.

Eu não sabia disso, mas um pouco mais cedo, enquanto eu tomava um banho para ir dormir, Jungkook estava acessando um site de conteúdo "educativo" porque na cabeça alucinada dele, isso o ajudaria a ter uma noção de como poderia me fazer dizer as três palavrinhas que tanto queria ouvir: e̶u̶ ̶t̶e̶ ̶a̶m̶o̶ eu sou gay.

Então além dele estar com toda a nossa brincadeirinha de mais cedo na cabeça, também havia agora uma par de pornografia gay e isso estava deixando-o maluco — mais do que já era.

mano tu eh gay? - taekook oneshot.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora