4.

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Oláaaaa! 

Eu sei, já não atualizo isto há 9 meses! 9 meses! É muito tempo gente.

Mas volteeeeeei! Será que há aí alguém para continuar a ler esta história doida? Veremos não é. 

Aqui está o 4º capítulo. Espero que gostem.

                                                                              ****

As aulas começariam na manhã seguinte e eu estava super nervosa. Não estava com cabeça para recomeçar um novo período escolar, mas não queria nada aborrecer a mãe agora.

Coloquei-me em frente ao espelho para experimentar alguns possíveis looks que poderia usar no 1º dia. Mas rapidamente me arrependi. Parecia que nada me assentava bem, sentia-me gorda, gorda e feia. Uma gorda inútil e deprimida que não sabe o que fazer da vida. Quanto mais roupa retirava do guarda-roupa, mais as odiava, só queria pôr tudo no lixo. Seminua, sentei-me na cama em lágrimas. Ultimamente vejo-me envolvida neste ciclo vicioso. Revolta, choro, revolta choro, comer um monte de porcarias, e adormecer em lágrimas. Acho que no final de contas, eu só vivia pelo Derek. Ele era o meu modelo de perfeição, era bonito e muito mais magro que eu, Derek era o meu motivo de orgulho. Na verdade eu sempre quis ser como ele, parecia que nada o afectava, sempre com um grande sorriso na cara, tentando fazer os outros felizes.

Deitei-me aninhada na cama, e fechei os olhos com força, como se fosse espremer toda a dor que sentia para fora de uma vez. Mas aquele dia horrível insistia em voltar à minha cabeça, sempre, a cada minuto, a cada segundo, uma tortura que me matava aos poucos.

Acordei com o som irritante do despertador. Já estava um pouco atrasada, tinha-me esquecido de programar o alarme. Mas ainda assim levantei-me da cama, lenta e preguiçosa. Pensei em faltar à primeira aula, mas a mãe não acreditaria se eu lhe dissesse que estou doente. Tomei um duche rápido, vesti umas calças skinny, uma blusa, e coloquei uma sweat larga por cima para disfarçar a gordura.

-Já vais querida? – Já estava a abrir a porta da rua quando ouvi a minha mãe descer atrás de mim. – Nem te despedias! Já tomaste o pequeno-almoço?

-Sim mãe. – Menti. – Agora tenho que ir, já estou um pouco atrasada.

-Queres que te dê boleia?

-Não é preciso, a escola não fica assim tão longe – fiz um sorriso amarelo.

-Está bem meu amor, cuida-te, sim? Vai correr tudo bem.

Beijei-lhe o rosto.

-Vou andando.

Ela sorriu tranquila e ainda acenava encostada à porta da rua quando eu já ia ao fundo da rua.

***

A escola agora estava a abarrotar de gente. Caminhei nervosa até ao bar, pedi uma garrafa de água e sentei-me numa das mesas do canto. Olhei em volta, na esperança de encontrar Erin ou até mesmo Blair, mas sem sucesso. Mas localizei Madison numa outra mesa mais distante, com mais rapazes e raparigas. Mal me viu, acenou para mim com um sorriso cínico. Retribui com um sorriso forçado.

Senti alguém tocar-me no ombro. Automaticamente virei-me.

-Lea?

-Zayn! O que fazes aqui? – Exclamei surpreendida.

-Eu é que te faço essa pergunta- sorriu.

-Esta é a minha nova escola.

-Wow, então bem-vinda caloira!

-Caloira? Então e tu?

-Eu há muito que deixei de o ser.

-Ah... senta-te.

-Estava a ver que não convidavas! – Ambos sorrimos. E eu fiquei mais aliviada por não estar mais sozinha. Ele sentou-se à minha frente.

-Em que turma vais ficar? – Perguntou.

-Não sei, mas adoraria ficar na turma de umas amigas que já fiz por aqui.

-E eu adoraria que ficasses na minha turma.

-É, seria interessante... ou talvez não! Falas demasiado, e assim não conseguiria ficar atenta às aulas!

-Hey! – Ele fingiu ficar ofendido. Deixei escapar um sorriso rasgado perante tal reacção. -Mas pelo menos isso seria um bom sinal, pois significa que o que eu digo é interessante, não? – Sorriu, trocista

-Meh! – Torci o nariz, na brincadeira.

-Lea! – Erin e Blair dirigiam-se para a mesa.

-Olá meninas!

- Mas o que estás a fazer com o anormal do meu irmão? – Perguntou Erin, surpreendida.

-Irmão? – Perguntei, ainda mais surpreendida. Ela loira, ele super moreno. Nunca diria que eles eram irmãos. Será que um deles era adotado?

-Estas é que são as tuas amigas? Cuidado, elas são loucas! – Troçou Zayn.

-Olha aqui Zayn...

Começaram uma discussão típica de irmãos e eu limitei-me a assistir a tudo, atónita. Blair aproximou-se e sentou perto de mim.

-Sei o que estás a pensar. Eles são filhos de pais diferentes.

-Ah sim, como é que nunca coloquei essa hipótese?- respondi.

Zayn e Erin faziam-me lembrar de mim e Derek. As discussões inofensivas que logo davam lugar a abraços, promessas, risos. Tantas recordações boas. Eles tinham sorte em ter-se um ao outro. Apeteceu-me dizer-lhes isso. Mas não o fiz.

***

Depois da primeira aula, dirigi-me à casa de banho. Não tinha comido nada desde manhã nem tencionava fazê-lo. Fui refrescar o rosto com água. Senti a porta ranger e fechar lentamente atrás de mim. Quando levantei o rosto vi Cece refletida no espelho, encostada à porta com o sorriso desafiador de sempre.


-Então Leazinha, estás a gostar do Prestige?

-Dispensava algumas coisinhas aqui, mas fora isso sim, estou a gostar.

-Quem bom querida. Olha que tens muita sorte em cá estar.

-O que queres dizer? – Perguntei incomodada com a conversa. Por outro lado, ela divertia-se com o meu desconforto. Passou os dedos magros pelos cabelos ruivos em frente ao espelho e dirigiu-se novamente a mim.

 -Noutros tempos só gente de alto nível entrava aqui, mas pelos vistos, a escola está cada vez mais mal frequentada. Entendes?

Fiquei estupefacta com o que acabara de ouvir.

-Olha aqui, eu não sou obrigada a ouvir as tuas barbaridades, ok?

Cece deu um leve sorriso. Cabra.

-Calma meu doce, não te irrites, eu estou cá para ajudar, só isso. Vim falar contigo para te pôr a par de umas coisinhas aqui.


-O quê, por exemplo?


Então? O que acharam? 2 comentários e eu atualizo logo de seguida! Beijinhos <3

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