Eu quero estar aqui com você.

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NOTA INICIAL 

Eu escrevi isso durante um surto de madrugada. Passei umas duas horas escrevendo e bem, temos isso. Não odiei, então estou postando.

É algo que sempre me vem na cabeça quando penso neles, nessa situação onde Arthur tem bem mais poder sobre Merlin do que qualquer coisa. Gostaria de ver eles conversando e Merlin deixando bem claro que eles são iguais ali :)

(Eu mesmo revisei, então, qualquer erro, podem avisar se quiserem!)

Enfim, boa leitura!




Seus dedos deslizavam suavemente pela coluna de Merlin. A pele branca, marcada com algumas marcas de unhas e dentes, em contraste com os lençóis vermelhos de sua cama.

Ainda era muito cedo, ainda escuro e a lua brilhando no céu. Merlin respirava suavemente, ainda adormecido, enquanto Arthur olhava para ele, seus cabelos pretos espalhados pelo travesseiro que ele abraçava enquanto Arthur continuava a fazer carinho por seu corpo.

Observar Merlin dormir era calmente, e Arthur sempre adorava quando acordava antes dele depois de suas noites juntos e tinha a chance de observa-lo tão suave e calmo. Ele geralmente mexia em seu cabelo, ou acariciava sua pele como fazia no momento, vendo Merlin se aproximar dele mesmo em seu sono. Era bom vê-lo descansar, visto que ele sempre estava tenso e ocupado com as milhares de tarefas. Além de toda a responsabilidade que o destino havia colocado sobre o feiticeiro.

Desde que Arthur havia descoberto —após Merlin defende-los de bandidos que atacaram em uma noite de caça, onde Arthur foi golpeado na cabeça e Merlin era segurado por dois homens— a tensão em seus ombros fazia ainda mais sentido. Arthur se encolheu brevemente lembrando dos dias que passaram afastados, onde ele ainda estava absorvendo e entendendo a nova informação.

Mas, no momento, nem mesmo observar as respirações suaves do feiticeiro lhe traziam calma. Talvez porque a razão de sua angústia estava deitada exatamente ao seu lado.

Há alguns dias, os mesmos pensamentos incômodos e amargos vinham o atormentando. Um nobre havia vindo até o castelo e Arthur o pegou conversando com seu pai sobre suas servas. Arthur o ouviu dizer sobre como ele havia dormido com cada uma delas, e como elas haviam sido tão comportadas. Afinal, ele era o mestre ali, não era? Elas iriam ficar quietas e servi-lo como ele bem entendesse. Arthur o ouviu perguntar se Uther fazia o mesmo com suas belas servas. Ele não ficou ali para ouvir a resposta.

Aquilo fez Arthur sentir nojo. Ele imaginou o medo que aquelas mulheres deveriam sentir, ele imaginou o quão errado aquilo era. Elas nunca poderiam dizer não, pois o que ocorreria com elas se dissessem? Mas quando ele comentou aquilo com seu pai, tudo que ele disse era que aquilo era normal. Que os mestres tinham direito sobre seus servos, e que eles obedeceriam, pois, era o trabalho deles. Eram pagos para aquilo.

Arthur se sentiu enjoado depois daquela conversa.

Desde aquele dia, toda vez que pensava nos beijos ou na cama compartilhada com Merlin, ele sentia um sentimento ruim em seu peito. Merlin queria estar ali? Merlin o desejava tanto quanto ele ou apenas sentia medo de dizer não? Ele permitiu que Arthur o fodesse em seus lençóis macios porque queria ou, porque o príncipe era quem estava fazendo aquilo e ele, afinal de tudo, era somente um servo? Arthur estava o forçando...?

Mesmo que houvesse sido Merlin quem o beijou primeiro, que segurou sua nuca e arranhou seus ombros. Como Arthur saberia se ele havia feito aquilo porque sentia algo por ele ou, porque desejava agradar seu mestre? Porque ele viu que Arthur estava estressado e precisava relaxar de alguma forma?

Sempre escolherei você.Where stories live. Discover now