7. honey murphy

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Nunca sabemos como é um psicopata até lidar com um. Vinnie tem me deixado bastante confusa com seus ataques de bipolaridade. Naquele momento minha vida estava em jogo, conseguia ver pelo seu olhar que ele estava disposto a tirar a minha vida, mas eu ainda terei que viver para ver ele entrar na prisão.

Parei de beijar Vinnie por conta da falta de ar, nossas respirações estavam ofegantes, tentei me afastar mas Vinnie aproxima mais nossos corpos deixando claro que ele queria mais do que só beijo.

── Não, Vinnie ── Empurrei seu corpo ── Só beijei você porque não é tão cedo que quero morrer.

── Você não deveria ter me beijado, você me deixou duro, o que eu faço agora? ── Ele pergunta.

── Não me interessa ── Dou as costas para ele e vou até seu carro parado à 2 metros de nós.

[...]

Ao chegar na mansão de Vinnie, desci de seu carro rapidamente e corri até meu quarto. Comecei por tirar a minha maquiagem, em seguida abri o zíper de meu vestido, não sendo difícil porque era lateral. Deslizei o mesmo pelo meu corpo, de frente ao espelho conseguia ver os hematomas em minha barriga, a grande cicatriz em minha coxa, tudo provocado por Vinnie.

── Honey? ── Ouço o mesmo me chamar enquanto abria a porta sem minha permissão, seu olhar descia por todo o meu corpo seminu.

── O que você quer, Vinnie? ── Chamo sua atenção ── Porquê não me deixa em paz?

── Você é tão perfeita ── Diz ele ignorando o que eu disse ── Espero pacientemente até ao dia que terei você para mim.

── Sugiro que você espere sentado, Vinnie. Acho que você está esquecendo, mas eu faço lembrar. Você me sequestrou, me obriga a ser sua mulher.

── Porquê você é minha mulher ── Ele diz alterando o tom de voz.

── Sua mulher? Então porquê você me maltrata? Você diz que me ama, mas está vendo esses hematomas? Isso não é amor. Você precisa de ajuda.

Ele pega em meu braço e me leva para fora do quarto. Abre a porta de seu escritório e me empurra dentro dele, fazendo eu perder o equilíbrio.

── Lê tudo ── Diz ele jogando vários papéis em cima de mim.

Peguei o primeiro papel vendo que era de um hospício. Todos os dados eram de Vinnie, o mesmo entrou em Março de 2014, sendo diagnosticado com Esquizofrenia e Bipolaridade. No outro papel estavam todos os tratamentos que ele fazia diariamente, usavam medicamentos pesados para um simples garoto de 11 anos, o que justifica o comportamento de Bill.

── Meu Deus ── Falo já sentindo lágrimas cair de meus olhos.

── Agora você já sabe. Eu não preciso da merda de nenhum tratamento, não preciso da ajuda de ninguém, o que eu sou agora, as vozes em minha cabeça, tudo é graças à eles. Infelizes que eu vou acabar matando. ── Ele dizia furioso.

── Não Vinnie, nem todos são como eles, eu conheço alguém que pode ajudar você.

── Cala a porra da boca. Volta para o seu quarto antes que eu acabe com você.

Vinnie estava furioso e eu sabia que se eu continuasse falando, as coisas acabariam mal para mim. Saí de seu escritório e voltei para o meu quarto.

Passavam horas e horas, mas eu não conseguia dormir, tudo que eu fazia era chorar. Eu queria ir embora daqui, não aguentava mais. Pior do que estar presa é estar presa na casa de um psicopata.

━━ 08:00 AM ؘ━━

Vi o sol nascer, meus olhos e minha cabeça doíam. Levantei da cama e fui até ao banheiro fazer minhas higienes. Quando terminei, voltei para o quarto e no mesmo instante alguém bate na porta. Fui até lá e abri, dando de cara com uma senhora de mais ou menos 48 anos. A mesma segurava uma sacola e sorria para mim.

── Bom dia senhorita Honey. Me chame de Olívia. Trouxe essas roupas a mandato do senhor Vinnie e o pequeno almoço está servido. ── Diz ela simpática.

── Obrigada, Olívia. Me chame apenas de Honey ── Sorrio de volta para ela. Peguei a sacola de sua mão, ela acena com a cabeça e se retira.

Fechei a porta e abri a sacola com o nome Gucci, de lá tirei um vestido amarelo. Não me surpreendeu porque eu sabia que Vinnie tinha bom gosto. Após terminar de vestir, saí do quarto e fui até a cozinha, pelo caminho já conseguia sentir o cheiro delicioso da comida que fazia minha barriga roncar de fome.

── A senhora não vai comer na sala de jantar? ── Olívia pergunta ao me ver sentar nas cadeiras do balcão.

── Não, prefiro ficar aqui com você. Incrível que acabei de conhecer você e já me sinto confortável ao seu lado. ── Falo. Ela apenas sorri sem jeito.

Terminei de comer e ajudei Olívia com a louça, claro que ela não concordou de primeira. A mesma disse que tinha compras para fazer, então estaria novamente sozinha nessa mansão. Decidi ir até ao enorme jardim, mesmo que Vinnie não gostasse.

Toquei as rosas do jardim, por uns minutos me esquecendo o quão na merda minha vida estava. Virei para trás e tomo um susto ao ver a empregada estranha que conheci no primeiro dia que cheguei nesse inferno.

── Você não deveria estar aqui ── Diz ela. ── Senhor Vinnie proibiu você de vir aqui.

── Não quero saber ── Respondo indiferente ── Mas porquê não posso ficar aqui?

── Porque você pode não gostar do que encontrar. Não são apenas rosas nesse jardim ── Diz ela sinistramente.

── O que você quer dizer?

── Acho que já falei demais ── Ela tenta ir embora, mas eu puxei seu braço ── O que está fazendo? Me solta.

── Não, antes de você dizer o que tem aqui.

── Eu não vou falar, agora me solta ── Diz ela se debatendo. Mas eu não queria deixar ela fugir novamente, não como na última vez, eu precisava saber o que ela tanto esconde.

── O que você esconde? ── Insisto.

── Eu já disse que não vou falar ── Ela dá um tapa em meu rosto, mas em seguida o arrependimento era visível em seu olhar. Toquei meu rosto sentindo arder.

Ela tenta voltar para dentro, mas alguém a fez travar. Vinnie estava parado olhando para ela com fúria, como se tivesse prestes a explodir.

✔ 𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢 ✗ vinnie hacker Where stories live. Discover now