A Chefe

Cap 5

Meu primeiro dia de trabalho após tudo o que aconteceu, estava dirigindo em direção a empresa, quando vejo um morador de rua passando do lado do meu carro, ele me olha por um milésimo de segundos e sinto um arrepio percorrer por minha pele, uma sensação horrível e inexplicável, ele parecia estar coberto de lixo mas algo refletia em seu peito, parecia um broxe de...rosa? Fiquei imersa em meus pensamentos até ouvir a buzina do carro que estava atrás de mim, que fez com que eu voltasse a minha atenção ao trânsito

Chegando na empresa recebo olhares de todos os que estavam na portaria e logo vejo Valentina vindo em minha direção, ela era uma das gerentes daqui, ou pelo menos era quando eu saí

— Como está se sentindo respirando novamente o ar dessa empresa?

— Ótima até ver a cara da Briana, aquela garota consegue me tirar do sério simplesmente abrindo a boca (digo e logo sinto o ar ser contaminado pela voz daquela garota insuportável) e falando nela.....

— Olá priminha, está feliz em tomar essa empresa de mim? (Ela diz sorrindo mas eu sabia que por dentro estava querendo morrer, e eu amava isso)

— Oh minha querida eu acho que você entendeu errado (falo com ar risonho) eu não tomei ela de você, ela simplesmente, nunca foi sua (ela me fuzila com o olhar) o que foi eu..ofendi você? Ai me desculpa (faço uma cara triste)

— Não me ofendeu, mas acho que você talvez se ofenda com a quantidade de mensagens de ódio que chegou pra você hoje de manhã, seus fãs, estão  bravos com o seu "erro", inclusive espero que não erre de novo, você é a nova CEO da empresa, suas atitudes a afetam diretamente agora

— Acho que me perdi no meio da história, eu não cometi um erro, porque eu não erro, mas pode ter certeza que quando eu acertar novamente eu te ensino tá bom? Quem sabe assim, algum dia, quando a Valentina subir de cargo, você não vira a gerente ou até mesmo minha secretária pessoal, seria uma honra....pra você é claro, bom o papo tá ótimo mas agora tenho trabalho, sempre existe mais dinheiro a fazer, tchauzinho (pisco e saio escutando o barulho do meu salto batendo no chão laminado)

Vou em direção ao elevador e aperto no botão que dava na cobertura, era onde ficava a sala do CEO, ou seja, a minha sala, entro na mesma e ela está diferente desde a última vez que vim aqui, as cortinas finas, a mesa agora é preta, tem mais livros nas estantes, o tapete que era branco, agora é vermelho, e o sofá cinza com as poltronas que ficavam perto da estante de livros parecia um pouco maior do que eu me lembrava, mas o clima era o mesmo, o ar gelado trazia mais ainda a sensação de estar em um lugar frio, onde a única coisa que importa são negócios e era exatamente disso que tratava essa empresa, negócios, dinheiro, poder, se tinha algo em que eu e meu pai concordávamos era que, a dinastia sempre viria em primeiro lugar

— Entra (digo assim que escuto batidas na porta) Mark o que faz aqui?

— Já se esqueceu que eu sou o seu assistente pessoal? Quem você acha que mandou redecorar essa sala? O seu pai....digamos que talvez, não tenha muito bom gosto para decoração

— Concordo com você, e não tinha me esquecido, só fiquei surpresa em saber que agora seria o meu assistente pessoal aqui na empresa, sabe que ser o assistente da CEO não é fácil

— Principalmente quando a CEO é você (escuto a voz firme do meu pai invadir a sala)

— É eu acho melhor eu ir, tenho que arrumar alguns papéis (Mark diz e sai antes que eu possa sequer respondê-lo)

— Acho que ele tem medo de mim (meu pai diz e solta um riso pelo nariz) todos tem

— Não sei porque (digo balançando os ombros) e eu não tenho medo de você