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P.O.V Harry

FlashBack On

Sentamos na mesa da lanchonete do Bob, e logo vimos o homem vindo em nossa direção.

— Harry, quanto tempo! Parece que trouxe uma convidada pra cá, não? — ele pergunta olhando para a morena na minha frente e logo desvia seu olhar para mim. — Então, o que o casal de pombinhos vai querer?

— O especial da casa, Bob! — digo dando um sorriso para o mesmo enquanto ele assente e volta para trás do balcão.

— Então, seu nome é Harry, certo? —sua voz saiu embolada, e eu pude constatar que a mulher estava tão drogada quanto eu, então apenas assinto rapidamente desviando meus olhos dos seus castanhos everdeados, que agora estavam vermelhos e que insistiam em me dar borboletas na barriga toda vez que eu os encarava, tento ignorar essas sensações e volto a prestar atenção no que ela falava. — Então quer dizer que "Harry" trás suas paqueras para uma lanchonete? — a mulher pergunta com um tom brincalhão e sem perceber me aproximo um pouco mais dela encostando nossos joelhos um no outro, sinto seu corpo estremecer ao nosso toque e apenas tento ignorar isso mais uma vez.

— Essa lanchonete é muito boa, para sua informação. — digo mantendo meu olhar nela, que devolve me olhando com um olhar sarcástico enquanto fazia uma careta brava. — E outra, quem disse que você é minha paquera? — pergunto para a mesma que se afasta e coloca a mão da boca e fazendo uma cara de dramática enquanto finge chorar.

— Meu Deus, Harry acabou de dizer que não sou a crush dele, minha vida vai acabar. — a morena diz colocando a mão sobre a testa e curvando a cabeça pra trás imitando uma novela mexicana.

Ficamos rindo da situação até nós percebermos que nossos hambúrgueres chegaram.

Logo a menina abre o dela e começa a comer e eu observo a mesma se sujar com ketchup e limpando com seu dedo.

— Harry, eu sei que sou bonita, mas você tá parecendo um psicopata me olhando desse jeito. — a morena brinca e continua comendo seu hambúrguer.

— Quero te levar à um lugar, que amo ir para me distrair, mas é um pouco longe daqui, teríamos que ir de Uber. —minha voz sai devagar e ela não parece entender muito do que eu falo, mas mesmo assim ela se aproxima e diz.

— Como posso confiar em um estranho que conheci só faz algumas horas? — ela diz se aproximando de meu rosto e logo sinto sua respiração quente bater em meu rosto e automaticamente meus olhos descem até seus lábios tingidos de vermelho. Tento me aproximar da mesma mas ela volta ao seu lugar e se encosta no sofázinho da lanchonete. — Se você tentar fazer algo, eu corto suas bolas. — ela diz se embolando nas palavras enquanto cerrava seus olhos.

Levantamos da mesa e logo fomos para o caixa pagar a conta.

As luzes da lanchonete estão parecendo estrelas ou é impressão minha?

Ignoro esse pensamento pegando na mão da menina e levando ela pra fora da lanchonete para esperar o Uber.

(...)

— Uma praia? — a morena pergunta enquanto caminha pela areia olhando para o mar.

— Eu sempre venho aqui para me distrair. — digo voltando meu olhar para as luzes acima de nós. — Mesmo que seja idiota o que eu vou dizer mas aqui parece que fico longe dos meus problemas.

— Eu sei como é. — ela estende a mão pra mim e eu logo aceito a mesma sentindo as borboletas do meu estômago aparecerem.

Sua mão era pequena comparada com a minha e tento não sorrir com isso.

SHEWhere stories live. Discover now