THE UNIT • jikook

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[CONCLUÍDA] Jeon Jungkook era o queridinho do povo coreano, mas por passar tempo demais sem lançar nada, foi... Daha Fazla

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vinte e cinco
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta (último)
extra

vinte e seis

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J I M I N

Depois que chegamos em casa naquela noite, depois de termos um dia tão incrível, que poderia ter sido finalizado com chave de ouro com um boquete sensacional, um site de fofocas sobre famosos postou uma matéria sobre mim. E sobre Miso.

Eram fotos que eu nem sequer sabia que tinham sido tiradas. Eram da tarde que eu saí com ela, na intenção de distraí-la de seu quarto.

Fotógrafos pegaram cenas perfeitas dela segurando meu braço, sorrindo. Fotos que vaziam parecer que eu estava confortável em estar com ela.

Mas não eram apenas fotos daquele dia, e sim de todas as vezes que conversei com ela em lugares públicos.

Quando não era uma pessoa tirando as fotos, eram imagens de câmeras de segurança.

As afirmações mentirosas sobre ela ser minha namorada não paravam.
A Dispatch foi o primeiro site, mas não o único. Em questão de uma hora, era o assunto principal nas redes sociais.

Eu quase tive uma crise de choro, mas procurei manter a calma acima de tudo, sabendo que tudo iria se resolver.

-O dia de hoje tava sendo incrível -comentei, encostando minha cabeça no peito de Jungkook -Até essa maldita matéria sair...

-Calma, Ji -fez carinho em meu cabelo -Amanhã vamos resolver isso. Por agora, vamos dormir, ok? Você precisa descansar...

Me colocou pra dormir como se eu fosse um bebê, me cobrindo e dando um beijo antes de apagar as luzes.

Eu não consegui dormir de imediato, mas com os cafunés de Jungkook e o silêncio que reinava no apartamento, logo caí no sono.

Na manhã seguinte, acordei com barulhos vindo da sala. Jungkook levantou e ao ver que eu estava meio acordado, me disse com sua voz de sono:

-Eu atendo. Fica aí, ok?

Mesmo que tivesse ficado no quarto, deixei meus ouvidos atentos.

-Nayeon, Seokjin, oi, bom dia -ouvi a voz de Jungkook na sala, já parecendo nervoso.

Ouvi passos para dentro do apartamento. Entre eles, o icônico som dos saltos de Nayeon.

-E o Jimin?

-Dormindo.

-Viemos falar sobre... A puta do inferno, de novo. Que não deixa nem vocês e nem a gente em paz.

-Vocês vão tentar resolver isso? Mas nem são nossos staffs mais -pude sentir uma certa provocação na voz de Jeon.

-Cala boca moleque -era Seokjin falando -Vamos fingir que ainda somos.

-Pode ir acordar o Jimin, por favor? -a mulher pediu -Precisamos conversar com ele também.

E assim, tive que de fato levantar. Dei bom dia para ambos, e, preocupado, sentei no sofá, para conversar com eles.

Nayeon e Seokjin explicaram tudo que estava acontecendo.

As fofocas e especulações haviam se espalhado por toda a internet. Todo o tipo de site de celebridades falava sobre.

Não eram só tablóides falando sobre, mas também os fãs no geral.

Uns, queriam uma explicação. Outros, estavam apoiando o "relacionamento". Outros, destilando ódio sem nem saber a verdade.

Seokjin me arrastou um papel e me pediu para que eu lesse em voz alta.

A empresa iria publicar uma nota naquele mesmo dia, esclarecendo que as fotos foram tiradas em momentos inoportunos, e que eu não tenho nenhum tipo de sentimento pela garota das fotos, e muito menos tenho um relacionamento com ela.

Depois de ler a nota inteira, aceitei que publicassem.

Eu e Jungkook daríamos uma pausa de alguns poucos dias, sem comparecer aos stages, programas, ou qualquer coisa que envolvesse mídia.

Era hora de deixar a poeira baixar.

-Eu conversei com o jornalista que publicou a matéria -contou Nayeon -E ele me contou que foi justamente a própria Miso que enviou as fotos. Não samos quem as tirou, mas é claro que ela planejou.

-Por isso o "Ainda não acabou" -murmurei para mim mesmo, mas todos ouviram.

Depois de passarem mais algumas recomendações sobre o que deveríamos e não fazer naquela situação, os dois saíram do apartamento.

Naquele dia, como nossas atividades tinham sido suspensas, apenas ficamos sem nada para fazer o dia todo.

Jungkook deu seu melhor para me animar, se arriscando na cozinha para fazer um bolo, que por sinal ficou uma delícia e comemos tudo no mesmo dia.

Nos empanturramos de bolo, enjoamos de assistir TV, e cansamos de não fazer nada.

Jeon não me deixou pegar no meu celular. Não queria que eu visse o que estavam falando sobre mim na internet.

Era uma forma de me proteger, eu sei, mas estava me corroendo.
Para que tudo ficasse justo, ele prometeu não usar o próprio celular também.

De qualquer forma, tudo deveria ficar bem logo. A mentira foi desmascarada e tudo voltaria ao normal.

Pelo menos eu esperava.

ੈ✩‧₊

Nayeon tinha marcado uma reunião conosco para a próxima manhã, e por isso levantamos cedo.

Quando chegamos na empresa, um grupo gigante de repórteres e fotógrafos estava plantado na porta do prédio.

Respirei fundo. Contei até dez.
Jungkook apertou minha mão, e a soltou para sairmos do carro.

Foi na frente, me puxando para que passassemos rápido por todas aquelas pessoas e câmeras.

Eu bloqueava a maioria dos meus sentidos, mas minha audição não deixou de perceber uma pergunta em particular:

"Faz quanto tempo que vocês se envolveram?"

Fiquei confuso. A nota de esclarecimento não havia, de fato, esclarecido as coisas?

Consegui chegar inteiro dentro do prédio, mas com a respiração pesada.
Jungkook checou se eu estava bem, e então andamos até a sala de nossa -antiga-assessora.

Não tinha a melhor expressão quando chegamos, despreocupados.

-Meninos, eu vou pedir para que sentem -estava tensa quando apontou para as cadeiras na frente da mesa -A coisa toda vai ser demorada...

Eu não estava entendendo mesmo. Qual era o problema? Não era para estar tudo mais tranquilo?

-O que foi? -não consegui mais segurar a pergunta.

Ela limoou a garganta, pressionando os lábios. Estava sentada ereta, séria. Não estavam vindo boas notícias.

-Eu não sei se eu consigo explicar de uma forma menos... Sabe... De uma forma que não assuste -engoliu em seco e nos estendeu seu celular -Saiu hoje cedo.

Era uma matéria.

Jeon Jungkook e Park Jimin são vistos aos beijos em momentos íntimos

Meu coração poderia ter parado de bater ali mesmo. Não analisei outras coisas que estavam acontecendo em meu corpo por conta do susto, nem como Jungkook estava reagindo.
Eu estava focando nas fotos que ilustravam a capa.

Eu e Jungkook nos beijando, no meu aniversário.

Felizmente não na madrugada. Eu ainda podia manter aquele momento guardado, como só nosso.

A foto em questão era depois que eu havia chegado em casa, e Jungkook tinha trazido bolo.

E lá estávamos nós. Aos beijos. Com as cortinas abertas.

O fotógrafo merecia aplausos. Devia ter subido até certo andar do prédio ao lado, e ter ficado lá por um bom tempo, a fim de encontrar alguma coisa comprometedora sobre algum de nós dois.

E tinha conseguido.

Mas não era a única foto. Eram várias. Momentos em que não estávamos nos beijando, mas estávamos próximos um do outro, abraçados, trocando carinho...

As legendas diziam que, se analisar o beijo e a proximidade entre nós dois, era claro que estávamos tendo um caso.

Um caso.

Foi essa a expressão usada.

Depois que lemos tudo, voltamos a olhar para Nayeon. Estava mais tensa do que nunca.

-Bom, eu não sei nem por onde começar... -respirou fundo -Uma empresa de fofocas comprou essas fotos de um fotógrafo independente, faz algumas semanas. Mas estava esperando o momento certo para publicar. E achou que o momento certo era agora, já que a situação estava sensível depois das fotos de Miso.

A cada palavra, minha ficha caía mais. Aquilo realmente estava acontecendo. Não era uma pecadinha, um pesadelo. Era real.

Foi por isso que aquele repórter perguntou aquilo na entrada da empresa?

-Mas... -tentei falar, mas ela fez sinal para que eu esperasse para falar mais tarde.

-Não são como as fotos com a Miso, em que Jimin e Miso estavam só perto um do outro -voltou a dizer -São fotos de vocês se beijando. E então, várias outras de vocês se abraçando, segurando mãos, que poderiam ser apenas fotos normais de amigos, mas por conta das fotos do beijo, comprovam que vocês são um casal e dão forças para essa informação.

Minha mão e de Jungkook se juntaram, se apertando.

-Não é como se eu não soubesse, entendem? -foi a primeira vez que sorriu, mas foi fraco -Pra quem estava eprto, era óbvio. Mas não era algo que eu imaginava que se tornaria público. Vocês tiveram cuidado, eu sei. Nunca vi toques próximos demais em lugares públicos, e coisas do tipo. Essas coisas acontecem. Só quero que estejam preparados para a onda de ódio gratuito que vão receber. Serão xingados, humilhados, e perderão muitos fãs. Eu não estou aqui para apedrejar vocês dois, de forma alguma. Vocês não fizeram nada de errado.

Meu peito estava começando a arder, e a garganta ficou apertada. Não demorou para que meus olhos ficassem marejados.

Aliás, eu sempre fui meio chorão.

-Eu sou a CEO dessa empresa agora. Eu posso tomar a maioria das decisões. Mas tem algumas coisas que eu prefiro deixar para um departamento específico aqui da empresa. Eles cuidam desse tipo de escândalo, fofocas, mentiras... Tudo que de certa forma possa sujar a imagem do idol. Foram eles que fizeram tudo sobre o caso das fotos da Miso, por exemplo. fazem tudo e me avisam depois. Podemos mandar esse caso para eles, se vocês não negarem, é claro.

Parei para olhar para Jungkook. Os olhos estavam carregando preocupação e tensão, e do jeito que ele passava sua mão livre por sua calça várias vezes, também vi nervosismo.

Quis abraçá-lo ali mesmo, dizer que tudo ficaria bem. Mas não tinha certeza se ficaria.

No fim, acabamos ambos concordando com a proposta. Era melhor deixar que pessoas mais experientes nesse tipo de coisa resolvessem.

Ela pediu para que fôssemos para o tal departamento, e nos abraçou antes de sairmos.

Jungkook me puxou para um canto reservado no caminho, me abraçando com força.

-A gente teve tanto cuidado... -choraminguei contra seu corpo.

-Não é nossa culpa -beijou minha bochecha e acariciou meu cabelo -As fotos foram tiradas em momentos nada públicos. Foi invasão de privacidade. Isso vai dar um processo gigante nas costas do responsável.

Nisso, ele tirou meu rosto de seu peito, olhou nos meus olhos, e disse quase susssurando:

A gente vai ficar bem.

E então, cuidando que ninguém estivesse nos observando, me beijou rapidamente, e voltamos a ir até o departamento.

Lá, tivemos uma pequena reunião.
E Jungkook estava certo. A empresa iria abrir um processo contra o tal fotógrafo, o que me deixou mais aliviado, mas não resolvia nada.

As fotos já estavam na internet, pro mundo inteiro ver.

Mais uma nota seria publicada pela empresa. Nós dois lemos juntos.

Falava que a relação entre nós dois era muito próxima, como irmãos, mas nada além disso. E a foto do beijo em questão é uma montagem.

Uma mentira. Era verdade, eu conseguia sentir em meu corpo o que senti naquele momento. Mas precisávamos de alguma defesa.

E não tínhamos opção. Tinha que ser isso. Mentir sobre quem éramos.

E então veio a parte assustadora.

Daríamos um tempo como dupla. As promoções em dupla seriam canceladas, assim como todas as outras atividades programadas, interrompidas.

E o pior disso tudo, era que não viveríamos mais no mesmo apartamento.

O chefe do departamento falava rudemente conosco:

-Não podem mais se ver em público. E nem privadamente, para evitar. Nunca se sabe quando alguém tem uma câmera apontada na sua direção, certo?

Era isso. Eu e Jungkook seríamos proibidos de chegar perto um do outro. Por tempo indeterminado.

ੈ✩‧₊

J U N G K O O K

Jimin foi levado até o apartamento da dupla para arrumar suas coisas.
Enquanto isso, eu estava na empresa, agonizando com meus próprios pensamentos.

Ele teria que passar algum tempo na casa da avó, e eu teria que voltar para meu apartamento.

E não sabíamos por quanto tempo.

Eu chegava a esquecer que tinha meu próprio apartamento e que podia ir para lá quando quisesse, de tão acostumado eu estava a morar com Jimin.

No fim, eu só tinha que rezar para que fossem poucos dias. Porém, era para ficarmos longe um do outro até a poeira baixar, e como foi um grande escândalo, talvez levasse algumas semanas. Quem sabe meses.

Eu pensei em ligar para Hobi e conversar sobre tudo, e até recebi notificação de algumas mensagens preocupadas dele. No entanto, eu precisava de um tempo pra ficar sozinho.

Precisava pensar, raciocinar, ficar bem.

Eu fui o próximo a ir até o apartamento, enquanto Seokmin me esperava lá embaixo. Primeiro, fui ao quarto de Jimin. Era onde eu estava dormindo.

Poucas coisas dele ainda estavam ali, provavelmente algumas que não usaria tão cedo.

Mas o resto ele havia levado.
Fiz o mesmo, colocando meus pertences nas minhas malas e indo embora.

Antes de sair, dei uma olhada no apartamento silencioso. Não sabia quando entraria ali de novo.

Quando entrei no meu apartamento, senti frio.

Parecia tão vazio. Sem Jimin. Sem nossas coisas espalhadas e misturadas, sem os gatos, sem nossas conversas e os sons dos nossos beijos.

Doeu.

Larguei minhas malas no chão, me jogando no sofá. Iria ficar ali o dia inteiro.

Tirei a cara do estofado para olhar em volta, procurando Biscoito, mas então lembrei que ele não estava comigo, e sim com sua namorada felina e seus novos filhotes.

É. Eu estava sozinho.

E não sabia por quanto tempo aguentaria aquela situação toda.

ੈ✩‧₊

J I M I N

Talvez eu seja chorão. Desde sempre. E só nem sempre admita isso.

Deixei Seokmin preocupado, olhando pelo retrovisor a cada pouco, para checar se eu ainda estava chorando.

E estava. Chorei o caminho inteiro. Me sentia em uma novela mexicana infernal.

Alô? Roteirista? Chega de drama, pelo amor de Deus. Tava tudo legal, viu? Não pedimos nada disso. Só queria ficar de chamego com o Jungkook em paz!!

Vovó Boo tricotava rápido até demais, com a TV desligada, quando cheguei.

Nisso, já pude identificar que não estava bem. Sempre que tricotava, bordava, ou fazia crochê, assistia algo ou ouvia rádio.

Se fazia essas coisas sem nenhum barulho sonoro, estava preocupada.

Essa é a regra número um para entender os sentimentos da minha vózinha.

-Jiminie! -exclamou, quando eu entrei em sua casa e tirei os sapatos.

Meu rosto estava inchado, eu carregava malas, e fitava o chão ao caminhar.

Largou seus instrumentos de tricô para correr -na sua velocidade um tanto lenta -até mim.

Passou os braços sobre mim, e eu larguei as mochilas que carregava, até escorregarem por meus braços e aterrissarem no chão.

-Eu vi as notícias...

Meu rosto se contorceu em lágrimas, e apenas abracei-a forte enquanto chorava. Suas mãos acariciavam meus cabelos, enquanto dizia frases soltas e doces como "Já passou" ou "Calma, está tudo bem". O problema era que essas frases estavam incorretas.

Horas maia tarde, eu tinha tomado duas canecas cheias de chocolate quente, chorado litros, e estava de pernas juntinhas, sentado no sofá desabafando com minha avó.

-E é tudo minha culpa!

-Meu filho, não fala assim... Já passou... Não precisa chorar mais...

-Preciso sim, vó! -enxuguei o rosto nas cobertas que ela tinha posto em mim para me aquecer -Acabei com a carreira do Jungkook, e com a minha! Isso tudo vai acabar afetando a empresa também...

Ela não sabia reagir a tamanho desespero.

-Vou acabar tendo que largar minha carreira precoce e sei lá... Vender bolinhos com a senhora pelo resto da vida-bufei de tristeza.

-Ei! -brigou, franzindo as sobrancelhas -Qual o problema de bolinhos?

O choro que pensei ter ido embora voltou com tudo. Espremi os olhos e solucei.

-Viu? Agora eu magooei você! -tampei o rosto e falei abafado contra minhas mãos -Eu adoraria vender bolinhos com você pra sempre, mas eu teria que deixar meu sonho de lado pra isso. E pelo jeito é o que eu vou ter que fazer...

O drama que eu estava fazendo era gigantesco, mas eu estava tão destruído psicologicamente que pouco me importava pra aquilo.

Ela me abraçou e voltou a tentar me confortar.

-Acho que vou preparar mais uma caneca de chocolate quente...

Mais tarde, depois de beber várias canecas de achocolatado, tomar um remédio para dor de cabeça e ter matado a saudade dos gatos, eu entrei no chuveiro.

Lá fiquei, sentindo a água escorrer como se pudesse levar meus problemas pelo ralo. Me senti melhor.

Quando saí do banheiro, minha avó tinha carinhosamente preparado minha cama, e me pôs para dormir como se eu fosse uma criança que precisasse de cuidado e carinho.

Eu não sou criança. Mas estava mesmo precisando de cuidado e carinho.

ੈ✩‧₊

Passou uma semana. Uma semana em que eu e Jungkook simplesmente não nos falamos, nem por mensagem.

Não conversamos sobre, mas ambos sabíamos que era por precisarmos de um tempo.

E de qualquer forma, estávamos "proibidos" de nos vermos, e trocar mensagens só deixaria tudo mais doloroso.

Jihyo ficou sabendo do que tinha acontecido -assim como qualquer pessoa que tivesse acesso à internet -E sempre que podia, aparecia para dar uma força e me distrair.

Eu ajudava minha vovó Boo nas receitas de bolinhos para passar tempo, e dava toda atenção que eu podia para Panqueca e Biscoito e seus filhotes.

Para piorar a situação do meu psicológico, dois dos filhotes acabaram falecendo. Eram os mais pequenos e fracos da ninhada, e por isso tive tanta pena.

Panqueca e Biscoito sentiram. Eu percebi como estavam cabisbaixos.

Os dias não tinham emoção nenhuma, eram monótonos e nada produtivos, e eu estava quase jogando tudo pro ar.

Tomei mais um banho, me dando o direito de demorar um pouco, aproveitando para lavar meu cabelo. Escovei os dentes e limpei o rosto.

As luzes estavam todas desligadas quando saí do banheiro, e o silêncio reinava. Minha avó já tinha ido dormir e os gatos não pareciam estar acordados.

Me joguei em minha cama e me cobri até o pescoço.

Fiquei assistindo vídeos aleatórios para tentar me distrair e quem sabe cair no sono.

Mas quando uma mensagem de Jungkook chegou, eu quase deixei meu telefone cair no chão.

Escutei as batidas do meu coração sem esforço. Estavam tão altas que meu corpo todo devia poder ouvir.

Kook
[ ei

Fiquei fitando a mensagem na barra de notificações, sem visualizar. Minha respiração já estava ficando pesada. Sem perceber, roía as unhas, nervoso.
E então, por não obter resposta, ele mandou mais uma:

Kook
[ acordado?

Dessa vez, com medo de perder a chance de conversar, cliquei na notificação e me preparei para digitar.

To com saudade...
Apagar, apagar, apagar.

Jungkook, eu...
Apagar, apagar, apagar.

Eu queria tanto falar contigo, só não achava que era a hora certa...
Apagar, apagar, apagar.

Ele estava online, provavelmente me vendo começar a digitar, e apagar tudo depois.

Optei por uma resposta mais simples:

eu
kook ): ]

Eu tinha tanto para falar, tanta coisa entalada na garganta... Mas preferia começar devagar. E a pequena mensagem definia muito o que eu estava sentindo.

A resposta foi imediata:

Kook
[ to com saudade, amor.

Meu coração doeu. Doeu como se alguém realmente tivesse o tirado do meu peito e o espancado.

Fitei a mensagem por tempo demais, e até achei que ele pensou que eu o havia ignorado, por ter do visualizado. Mas na realidade, eu estava envolvido demais com meus pensamentos.

Digitei e mandei sem pensar duas vezes:

eu
também tô ): ]
eu só queria você comigo ): ]

Mordi os lábios com força. Aquela conversa era tão necessária. Eu deveria ter dado o primeiro passo, e muito antes.

Kook
[ eu preciso te ver
[ acho que já é questão de saúde pública

eu
não podemos, lembra? ]
pode piorar as coisas... ]

Kook
[ pode mesmo
[ mas só se alguém saber...

O que ele queria dizer com aquilo? Parei e pensei, por alguns segundos. Estava, indiretamente, me chamando para quebrar as regras com ele?

As minhas defesas estavam baixas. Ele não precisava de muito para me convencer, mesmo que eu soubesse que era errado.

eu
kook, já te prejudiquei muito ]
e se formos pegos? ]

E era verdade. Ele tinha trabalhado duro para chegar onde estava. E por minha culpa -pelo menos na minha cabeça era minha culpa -estava prestes a perder tudo.

Kook
[ e se não formos?
[ e você não prejudicou
[ vamos se ver, e aí podemos conversar direito

Precisei respirar fundo, já que nem estava percebendo estar ficando sem ar, de tanto prender a respiração.

eu
... ]

Kook
[ vai aceitar, né?

eu
... ]

Kook
[ mas vê se decide logo, amor
[ não demora não, to esperando.
[ tá frio aqui fora

Parei, arregalei os olhos. Lembrei do episódio do meu aniversário, quando ele me surpreendeu estando me esperando do lado de fora da casa de minha avó.

Estava fazendo a mesma coisa.

eu
você...? ]

Kook
[ o que?

eu
você ta aqui? ]

Kook
[ tô
[ isso facilita sua decisão?

Não só facilitava. Eu nem sequer precisava decidir. Meu corpo se levantou quase que sozinho, e meus pés correram silenciosamente até a janela da frente.

Um dejavu me passou pela mente. A madrugada de 13 de outubro. Eu o beijaria hoje tanto quanto naquele dia.

Avistei seu carro estacionado do outro lado da rua.

Coloquei um sapato rápido, não queria perder tempo.

Estava mesmo frio fora da casa, e um vento frio quase congelou minhas bochechas.

Dei a volta no carro e abri a porta do passageiro, entrando ali.

Mal tinha dado tempo de fechar a porta e eu já estava jogado nos braços de Jungkook.

Era tão bom sentir seu cheiro de bebê, aquele que ele tinha pós banho, não o de quando se perfumava.

O apertei no abraço como se ele pudesse desaparecer. Como se fosse tudo uma pegadinha, uma alucinação ou um sonho muito realista.

Estava espremendo meus olhos sem nem perceber, mas então os abri. Afastei um pouco o abraço, para olhar seu rosto.

As olheiras estavam fundas, um sorriso bobinho estampava o rosto aparentemente cansado, e seus olhos brilhavam ao olhar para mim.

Acariciei sua bochecha esquerda, sorrindo para ele também.

Parecendo meio desnorteado, talvez por me ver de novo depois de todos aqueles dias, ele soltou, com a voz rouca:

-Oi, Ji -e me deu um beijo rápido e doce-Desculpa o incômodo. Eu precisava mesmo te ver.

☆ continua ☆

OI BEBÊS

Decidi já deixar tudo resolvido no mesmo capítulo que a merda estoura kkkk

mas ainda tem umas coisinhas pra resolver...

pra avisar que o hot que vocês tanto querem é no próximo capítulo.

inclusive preciso de alguém pta betar hihihi se puder me manda mensagem aqui

enfim, comentem muito na #PanquecaEBiscoito belê???

e votem no capítulo também...

até terça que vem xuxus💜😚

xoxoxoxo
cam

Okumaya devam et

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