Resumo: Nico deixa o baile e faz um amigo.
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Nico não consegue lembrar quem o convenceu, mas ele definitivamente está se arrependendo das suas decisões. Honestamente, deve ter sido o Percy porque ele parece ser o que mais está se divertindo. (Provavelmente porque ele tem uma namorada incrível.) Nico, contudo, está tentando afundar na parede, mas o esforço não está gerando resultados promissores. Em vez disso, ele espera por mais uma música lenta acabar para ele poder escapar sem que ninguém note.
Enquanto a música muda, Nico foge. Ele não tem certeza se é o cardio abrupto ou o som do baixo que está fazendo seu coração bater rapidamente, mas não importa. Tudo o que importa é que agora ele tem tempo. Ele duvida que alguém note o seu desaparecimento até cerca de meia noite, o que deixa quase uma hora para ele fazer o que quiser.
Mas primeiro, ele precisa de comida.
Por conta de todo o hype que restaurantes chiques recebem, Nico meio que acha que eles são uma farsa. Se ele vai pagar mais de quinze dólares por uma refeição, ele gostaria que durasse até a próxima refeição com mínimo esforço. Contudo, o estômago dele está roncando há uma hora. Ele dirige rapidamente até o fast food mais próximo.
"Noite longa?" o caixa pergunta. Ele está inclinado no balcão.
"Você pode me dar a maior porção de nuggets de frango?" Nico pergunta. Ele não tem tempo para conversa fiada. Ele largou o baile para se afastar das pessoas.
"Claro. Algo mais?" Nico balança a cabeça, colocando uma nota de vinte dólares no balcão. O caixa transmite o seu pedido.
"Eu sou o Will se você precisar de algo mais," ele diz. "Sua comida ficará pronta daqui a pouco." Então ele desaparece prontamente para preparar a refeição de Nico. Nico fica na área do lobby, tomando goles da sua bebida enquanto aguarda. A loja estava vazia além dos dois, e música instrumental suave tocava nas caixas de som. Considerando tudo, esse não era o pior jeito de Nico passa uma noite de sábado, mas talvez esteja indo para essa lista.
"Pedido pronto!" Will anuncia, e Nico resiste ao instinto de revirar os olhos. Ele recolhe a sua comida e senta perto de uma das janelas. Pegando o celular, ele checa distraidamente se há alguma mensagem antes de começar a comer. Os nuggets de frango são definitivamente melhores do que a refeição de frango que comprara mais cedo. Honestamente, ele não deveria ter pago pela comida já que ele nem queria estar lá em primeiro lugar.
"Sorvete?"
Nico se assusta, olhando para cima. "O que?"
"Quer um sorvete?" Will está em pé ao lado da sua mesa, segurando uma casquinha de baunilha. "É por conta da casa."
"Pelo que?" Nico pergunta, mas já estendendo a mão para pegá-lo.
"Acho que um pouco de animação seria útil para você. E sorvete normalmente ajuda." Nico não pode discutir com essa lógica. Ele aceita a casquinha. Ele espera que Will retorne ao trabalho, mas ele continua ali.
"Quer se sentar?" Nico pergunta, incerto de se quer que Will sente ou não.
"Se não se importa," Will diz. Ele se senta, sorrindo para Nico. "Você não me disse o seu nome."
"Nico. E você é Will?"
Will concorda. "Yup. Então, o que te traz a esse estabelecimento adorável?"
Nico revira os olhos. "Bailes são horríveis."
"Par ruim?"
Nico balança a cabeça. "Não, só é ruim em geral. Provavelmente porque eu não tinha um par."
Will parece entender enquanto acena a cabeça. Ele rouba uma das batatas fritas de Nico, e por algum motivo, Nico não se importa. É meio legal estar sentado ali com alguém sem música alta e as expectativas de sexo, drogas, e dança. E Will definitivamente não é mal de se olhar. O cabelo ondulado e as sardas são adoráveis, e Nico tem certeza de que se Will ficava bonito de uniforme, ficaria melhor ainda sem ele. (De camiseta e calça, é claro.)
"Eu nunca fui a um baile," Will diz após algum tempo. "Meu irmão mais velho foi. Me disse que era um golpe. Não que o que esteja fazendo agora seja muito melhor."
"Verdade. Capitalismo pode ser um golpe." Will sorri com isso, e Nico se sente corar. Ele toma um longo, demorado gole do seu refrigerante.
"Então, Nico," Will diz, se inclinando na mesa. "Se você pudesse estar fazendo qualquer coisa agora, o que seria?"
"Provavelmente dormindo," Nico diz. "Ou lendo." Ele sabe que soa um tédio, mas ele não se importa de parecer chato nesse momento. Afinal, ele tinha largado o baile para sentar em um fast food e conversar com os funcionários. Não que tenha algo de errado com restaurantes de fast food. Ele está aberto para qualquer possibilidade no momento.
"Então você gosta de ler," Will diz, assentindo. "Gosta de poesia?"
Nico encolhe os ombros. "Sim. Depende, na verdade."
Will murmura. "Você escreve alguma?"
"Na verdade não. Bem, nenhuma boa." Ele termina o seu último nugget de frango. Will está distraidamente comendo as suas batatas.
"Você vai fazer alguma coisa depois disso?" Will pergunta, gesticulando para a bandeja de comida de Nico.
"Provavelmente vou para casa. Sabe, para fazer um pouco daquilo de dormir e ler que eu estava te falando sobre." Então lhe ocorre que Will pode estar tentando construir uma conexão entre os dois. Nico não tem certeza de como se sente em relação a isso, além de que não é um sentimento ruim. "Você?"
"Eu estou fechando hoje. Então talvez eu saia com uma pessoa bem legal mais tarde?" Ele está olhando diretamente para Nico agora.
"Legal. Espero que você e essa pessoa tenham uma noite bacana," Nico fala. "Cuidado com as pós-festas."
Will faz beicinho. "Eu estou meio que falando de você?"
"Eu?" Nico pergunta. "A gente acabou de se conhecer."
Will encolhe os ombros. "Eu não sei se você sabe, mas é assim que amizades funcionam. A gente conhece pessoas, saímos, conversamos. Nos conhecemos melhor." Ele pausa. "Então, Nico, quer que sejamos amigos?"
Nico pisca. De um lado, ele está curioso sobre o que Will vai querer fazer. Por outro lado, ele não conhece Will. E ele definitivamente não queria ser sequestrado. Ele olha para o celular. Era oficialmente meia noite, e seus amigos provavelmente estavam se deliciando com o brilho da realeza do baile. E qualquer outra coisa que acontecesse em bailes.
"Prometa que você não é um pervertido," Nico diz.
Will levanta a mão em uma continência de escoteiro. "Eu prometo que não sou um pervertido."
Nico realmente espera não se arrepender disso. Ele envia uma mensagem rápida para o seu amigo Jason antes de concordar.
"O que você queria fazer?"
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Will deixa Nico dirigir depois de fechar a loja e se trocar pra roupas comuns. (Nico estava certo. Will ficava incrível de jeans.) Ele está tentando dar direções, e Nico começa a se perguntar se deveria ter simplesmente ido para casa. Finalmente, Will o manda estacionar, e assim Nico faz.
"Está tudo bem se você não gostar desse lugar," Will diz, "mas eu acho que você vai gostar."
Nico segue Will para o que parece uma cafeteria fechada. Ele está prestes a dizer a Will que talvez ele só queira ir deitar quando Will abre a porta e entra. O lugar está definitivamente fechado com as luzes desligadas e cadeiras nas mesas, mas Will parece indiferente.
"Por aqui."
Nico inconscientemente pega a mão de Will enquanto ele os guia para os fundos da loja. E então eles estão em um pequeno cômodo. Há mesas e cadeiras e um palco.
"Isso é um concurso de poesias?" Nico sussurrou após um momento, os olhos na garota no palco. O sorriso de Will se ilumina pelas luzinhas de Natal distribuídas pelo local.
"Sim. A gente pode sentar ali." Ele os leva para uma mesa pequena, puxando uma cadeira para Nico. Nico se senta, olhando o lugar. Tem talvez vinte pessoas ali, de todos os tipos. A garota no palco faz uma pequena reverência antes de voltar ao seu assento.
"Qualquer pessoa pode ir?" Nico pergunta. Will assente.
"Yup. Bem, qualquer pessoa que conheça o lugar." Eles estão, de alguma forma, segurando mãos quando a próxima pessoa sobe ao palco. Eles leem de um pedaço de papel, mas isso não torna as suas palavras menos emocionantes. Nico se sente relaxar. A mão de Will está quente, e a atmosfera é agradável. Todo mundo parece encorajador e solidário, e a maioria dos performantes são realmente talentosos.
"Você performa?" Nico pergunta no intervalo entre trocas.
Will encolhe os ombros. "Na verdade não. Talvez duas vezes no passado, mas eu gosto de ouvir." Ele hesita. "Você pode ir se quiser."
Nico balança a cabeça. Ele não tem nada pronto. E mesmo se tivesse, ele não tem certeza se algum poema seu é bom o suficiente. "Talvez outro dia," ele diz.
Will sorri abertamente. "Então você gostou?"
Ele assente. "Como você encontrou esse lugar?"
Will deu de ombros. "Eu tenho meus contatos." Ele vislumbra o cômodo antes de se voltar para Nico. "Minha irmã é compositora, então ela conhece alguns lugares assim. E eu vou junto."
"Ela está aqui hoje?" Nico pergunta.
Will balança a cabeça. "Ela faz shows nos sábados em um bar no centro da cidade. Já acabou a essa hora, se não o teria levado para lá. Eles me deixam entrar quando ela toca."
"Não tem mais de vinte e um?"
"Não. Acabei de completar dezoito. Você?"
Nico assentiu. "Também. Idade de votar."
A conversação cessa enquanto eles escutam mais alguns poetas. E então as luzes ficam mais claras, e todo mundo começa a andar por aí. Parece um meet-and-greet, entretanto todos parecem se conhecerem. Eles estão todos sorrindo e se abraçando e compartilhando opiniões sobre os trabalhos um dos outros. É agradável, e Nico sabe que se ele quisesse compartilhar sua escrita com alguém, ele desejaria que fosse desse modo.
"Eu posso te mostrar algo agora?" Nico pergunta baixo enquanto eles voltam para o carro. Ele ainda não está pronto para essa noite terminar, e mesmo que ele esteja exageradamente vestido para a ocasião, ele quer mostrar para Will um lugar especial para ele também.
"Prometa que você não vai me sequestrar," Will diz, apertando a mão de Nico.
"Prometo. Eu estou muito bem vestido para fazer algo ilegal."
Will dá risada, e Nico sorri.
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Ele dirige até um pequeno lago próximo à sua casa. Ele e a sua irmã costumavam vir ali para nadar e fazer piqueniques o tempo inteiro. Agora que ela estava na faculdade, esses dias diminuíram, mas ainda eram especiais. Nico não tem certeza do porquê que se sentia confortável em compartilhar esse local com Will. Talvez fosse porque Will parecia uma daquelas pessoas especiais que às vezes entram na sua vida. O tipo que a conexão parecia quase instantânea.
"Então você não vai enfiar meu corpo em um saco?" Will pergunta quando eles saem do carro.
"Hoje não," Nico murmura. "Vamos."
O lago está bonito esta noite com a lua crescente refletindo na água. A grama está alta, e os grilos e as cigarras estão se aquecendo para o seu concerto noturno. Nico deixou a jaqueta no carro, mas ele não quer passar em casa para trocar de roupas. Se ele tiver que pagar por uma lavagem a seco, vai valer a pena, ele pensa.
"É agora que você me conta que é um tritão? Ou um sereio?" Will pergunta.
Nico o empurra gentilmente. "Essas não são perguntas para um primeiro encontro, sabe," ele diz sem pensar.
"Bem, essa não é uma noite de primeiro encontro," Will diz, mas sua voz é suave.
Nico o guia ao redor do lago sem nenhum destino em particular. Ele conhece esse lago como a palma de sua mão. Eles chegam na beira da água, e Nico assiste a volta suave da água para a praia. O lago não era grande o suficiente para barcos e docas, mas era grande o suficiente para segurar a imaginação de Nico.
Will estende a jaqueta para eles sentarem. Eles tem que se sentar perto um do outro, mas Nico não se importa muito. Will está com o braço ao redor da cintura de Nico, e Nico tenta não pensar demais em quão bem ele se encaixa na curva dos ombros de Will.
"Você quase consegue ver as estrelas daqui," Will respira. "Se eu fosse mais inteligente, eu te diria o que estamos olhando."
Nico ri baixo. "Eu também não faço ideia. Mas aquela é a lua."
"Eu sabia que você era inteligente," Will diz, e Nico sabe que ele está sorrindo.
"Não inteligente o suficiente para não ir ao baile," ele rebate.
"Talvez a gente não tivesse se conhecido," Will diz.
"Eu acho que a gente teria." Nico não consegue explicar, mas ele sente. Ele e Will iriam se conhecer, de algum modo, de algum jeito. "Mas é legal."
Will murmura. "Um pouco mais que legal."
Nico revira os olhos. Ele escuta Will bocejar, tirando a cabeça do ombro de Will.
"Eu acho que é hora de ir dormir."
Will faz beicinho. "Mas eu gosto de sair com você."
Nico sorri. "Eu gosto de sair com você também." Ele pega o celular, ignorando as mensagens que aparecem na tela. "Aqui, salve o seu número."
Will assim faz, e Nico escuta o telefone de Will tocar com a notificação de uma nova mensagem. Após alguns minutos, eles voltam para o carro. Will definitivamente está bocejando agora, com os olhos caídos.
"Então, talvez a gente possa sair amanhã?" Will pergunta quando eles entram no carro. "Ou talvez mais tarde?"
Nico ri, se certificando que os dois estão seguros. "Claro, mas vamos para casa antes."
Está silencioso enquanto dirigem em direção a casa de Will. Nico tem quase certeza de que Will está dormindo quando eles chegam na sua rua.
"Ei, Nico?" Will murmura, sorrindo cansado para Nico.
"Sim?"
"Bom dia."
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NOTAS DA AUTORA (wordsofink): eu não sou tão familiarizada com essa ideia, mas eu quis tentar :) eu também, como vocês podem dizer, estou tentando voltar a escrever.
NOTAS DE TRADUÇÃO:
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