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Henry C
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Olivia foge para a rua quando Kal me acorda e franzo a testa indo até a cozinha olhando James desconfiado.
- O que você fez? - pergunto baixo servindo uma xícara de café sem fome vendo ele encolher os ombros.
- apenas conversamos, ela é muito inteligente. - ele sorri orgulhoso e suspiro concordando, eu já sabia disso.
- puxou a mãe. - provoco vendo ele concorda perdido em memórias.
- Preciso ir, aqueles documentos não vão se entregar sozinhos. - James levanta e esfrego meu rosto lembrando do que achamos ontem. Isso poderia nos dar um ponto nesse jogo. - qualquer coisa me liga.
- pode deixar. - concordo terminando meu café começando a limpar o que ficou sujo. Respiro fundo ao terminar e saio para o jardim a procurando.
Olivia estava sentada embaixo de uma árvore com o Kal em suas pernas e ao celular, me aproximo devagar esperando que ela me escutasse, mas estava concentrada demais na conversa.
-Eu sinto como se pudesse passar o dia inteiro com ele e nunca ser suficiente, sinto que se ele estiver comigo eu sou capaz de enfrentar um exército, mas também me sinto como uma boneca de vidro que pode ser quebrada ao mínimo toque. - ela respira fundo junto com meu coração batendo rápido agora.- eu amo o perfume dele, e a voz, me deixa tranquila e feliz. E gosto de beijar ele também, eu acho que ele também gosta, mesmo eu não sabendo beijar...
- você está apaixonada por ele Olivia? - Elena pergunta do outro lado do celular e mordo meu lábio esperando a resposta dela.
- estou? - ela pergunta como se a amiga fosse responder. Sua testa estava franzida, e ela parecia sofrer com aquela dúvida.
- está? - pergunto baixinho a vendo se virar para mim com os olhos arregalados.
- Henry...- Olivia se levanta mordendo o próprio lábio e me aproximo um passo dela.
- Você sente tudo isso que falou? - pergunto erguendo a mão até sua bochecha a tocando com o polegar e ela apenas concorda parecendo sem voz. - e se eu disser que sinto o mesmo?
- você sente? - Olivia me olha com os olhos molhados e seco uma lágrima fujona. Ela tem a mania de chorar ao ficar nervosa, era incrível como eu já a conhecia
- Sinto!
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Olivia F
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O toque de Henry em minha bochecha era como um bote salva-vidas e eu um banhista me afogando. Seguro o pulso dele com minha mão tremendo um pouco enquanto encaro os olhos azuis dele, a manchinha marrom em evidência contra a claridade do jardim.
-Sente? - repito a pergunta quando ele apenas se aproxima. Em um segundo estou olhando para seus olhos, e no outro estou com a boca dele grudada na minha.
Não era um beijo como os outros que ele tinha me dado, dessa vez não parecia ter calma vinda dele. Envolvo o pescoço de Henry com meus braços ficando na ponta dos pés para alcançar ele e sinto as mãos grandes segurarem minha cintura. A língua dele passa por meu lábio e logo invade minha boca se esfregando na minha, um convite para uma dança confusa para mim. Suspiro contra a boca dele sentindo meu corpo se arrepiar quando ele chupa meu lábio para si mesmo e fecho meus olhos ofegante ao separar nossas bocas. Henry encosta a testa na minha e permaneço de olhos fechados com as bochechas pegando fogo.
- olhe para mim Liv. - Henry pede voltando a tocar minha bochecha com carinho e nego com a cabeça envergonhada. - por favor meu amor...
- porque? - abro os olhos o olhando abalada com o beijo, e o apelido, com tudo.
- Porque te beijei ou porque eu estou apaixonado por você? - respiro fundo quando meu coração da um pulo ao ouvir aquilo.
- os dois...- seguro a camisa dele apertando com meus dedos abalada.
- você é incrível Olivia. - Henry beija minha testa sorrindo largo e mordo meu lábio. - é linda, carinhosa, gentil, forte, decidida. Ama meu cachorro, se preocupa mais com os outros do que consigo mesma, e mesmo depois de ter passado um inferno consegue ver o lado bom das coisas. - Henry segura meu queixo e o olho respirando fundo. - Foi impossível não me apaixonar.
- eu sou uma criança ainda. - sussurro quase sem voz e ele nega com a cabeça.
- você é adulta, madura e forte. - esfrega o nariz no meu e morro mais um pouquinho ali. - E eu adoro isso.
- eu estou apaixonada. - sussurro puxando a camisa dele de novo o sentindo me abraçar e escondo o rosto no seu peito. - nunca senti isso por ninguém Henry, não sei como fazer isso.
- só seja você mesma Liv, não precisa mudar. - ele passa as mãos por meus cabelos. - eu não vou a lugar nenhum.
- meu pai perguntou se eu te amava. - sussurro sem notar a maneira que tinha me referido a James, e ele também não parece se importar.
- você ama? - a voz dele soa um pouco receosa. Há diferença entre amar e estar apaixonado.
- amo Henry...
- Eu também amo você Olívia. Você é minha garotinha.
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ALGUÉM OUVIU O ALELUIA?
ALELUIA IRMÃOS
OS REFRESCOS