Love Wings

By Primrosewords93

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"Diz-se que no amor, quando mais se dá, mais tem para se dar. Mas eu nunca tive nada para dar a ninguém. Às v... More

Capítulo 1.
Capítulo 2 .
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10
Capítulo 11.
Capítulo 12.
capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33
Capítulo 34.
capítulo 35.
capítulo 36.
capítulo 37.
capítulo 38
capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44. FIM!
PRODUTOS LOVE WINGS

Capítulo 13.

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By Primrosewords93

[*Notas da autora: O número de leitores e de votos está a aumentar a cada dia! Espero que estejam a gostar! Obrigado! :'D beijinhos, Prim*]

POV Rose

Acompanhei Niall à porta e fechei-a atrás de mim, suspirando profundamente.

- Já se declarou?

Olhei para Louis com a sobrancelha arqueada.

- Como é que...

Louis riu-se enquanto me ajudava a transportar a louça do jantar até à cozinha.

- Rou, qualquer um percebe que o miúdo está doido por ti.

Eu sorri tristemente e expliquei-lhe como Niall me tentara beijar, como eu o rejeitei, como ele usara a frase de Berny, e como no final eu lhe dissera que vivera coisas complicadas no passado que não estava pronta para contar.

- Ele foi maravilhoso, Lou. Compreendeu perfeitamente e pediu desculpa por qualquer coisa que possa ter feito. Depois acabou por me fazer rir com umas parvoíces quaisquer e felizmente não ficou um ambiente estranho entre nós! Eu gosto muito do Niall, ele é uma pessoa incrível.

Eu olhei timidamente para o chão e esperei pela pergunta que eu sabia que viria a seguir. Louis e Tris são os únicos que sabem do meu passado com Berny e dos meus handicaps emocionais, como eles lhes costumam chamar.

- Ainda não é desta? - Perguntou, receoso.

- Não.

Ele largou a louça na banca e mesmo tendo as mãos cheias de espuma, envolveu-me num abraço.

- Anda cá, não te sintas triste, a tua vez vai chegar, eu sei que vai. O teu coração é só mais fino que os outros, estás a ver? Não quer cá paixões rascas! A ser, tem de ser coisa de qualidade! - Eu ri tristemente e encostei a cabeça no seu peito, suspirando.

- Oh Lou, eu não quero nada disso. O amor não é para mim.

Ele acenou silenciosamente e beijou-me o topo da cabeça.

- Um dia, Rose. Um dia vais mudar de opinião.

*

POV Zayn

"Três segundos chegam para salvar uma vida. Três segundos chegam para evitar uma tragédia. Três segundos chegam para mudar a vida de alguém. Mas esses mesmos três segundos também bastam para acabar com ela.

- Porquê? - Gritei, com a voz dilacerada de dor. - Diz-me só porquê.

Ela encostou-se à parede suja, sem no entanto se encolher de medo. Ela não está com medo. Talvez frustrada, desiludida, mas não assustada. Há algo de errado: ninguém consciente de que está às portas da morte fica assim tão tranquilo.

Mas nesse momento eu vi. Foi um laivo rápido, uma expressão quase imperceptível, mas eu vi.

Desafio.

Ela não acredita.

Ela não acredita que eu sou capaz de disparar.

Essa idéia faz-me soltar uma gargalhada fria e dolorosa. Eu não preciso de um médico para saber que estou a entrar em histeria. Também sei que não preciso de um médico para saber que se não estancar a hemorragia em breve vou morrer antes de ter hipótese de matá-la.

Eu sei que ela não pretende matar-me, apenas imobilizar-me. Eu sou um bem demasiado valioso para ela poder prescindir assim de mim.

Agora o inverso já é diferente.

- Tu não és capaz. - Ela está plenamente certa do que diz. - Tu amas-me.

Eu amo-a.

Sinto as pernas fraquejar e inspiro dolorosamente, tentando não pensar no sangue que escorre por mim abaixo.

- Sim, eu amo-te Julles. - A minha voz está rouca de dor, mas não sei bem se é da bala que tenho cravada junto à cintura ou se é uma outra dor que nenhuma cirurgia poderá curar. - Eu amo-te, mas eu também tenho nojo da pessoa que me mostraste ser. Eu amo-te, mas eu também tenho mil razões para te odiar. Eu amo-te, mas eu amo mais a Emma, mais do que a minha própria vida.

Fiz uma pequena paragem para retomar o fôlego e percebi que começo a ver desfocado. Eu vou desmaiar em breve.

- Diz-me só. Porquê?

Ela avançou um passo e eu encostei-lhe o cano frio da arma à cabeça, fazendo-a recuar.

- Por dinheiro. - Respondeu, mecanicamente. - Isto não é um conto de fadas, Zayn. Há pessoas más, a fazerem coisas más, por objectivos igualmente maldosos. Eu não vou pedir desculpa pela minha escolha: é errada, é fácil, é vergonhosa, mas foi a minha escolha. Eu não estou arrependida, porque eu sou uma má pessoa. É tudo.

Ela parou de falar e sorriu.

- E tu amas-me.

A dor está a deixar de ser insuportável. É como se estivesse a deixar de sentir o corpo. Agora só tenho frio. Muito frio.

- Julles. - Arrastei-me um pouco para trás, apontando a arma ao seu coração. Ela ainda sorri. - Eu amo-te, mas eu também sou má pessoa.

O som do tiro propagou-se no ar e eu esperei uns segundos que o mundo desabasse sobre mim.

Mas tudo o que havia naquele momento era um silêncio apaziguador, apenas perturbado pelo choro fraco de Emma vindo da divisão ao lado. Coxeei até lá, atravessando o corredor destruído da casa devoluta, e vi um pequeno berço onde Emma estava cuidadosamente deitada.

Não vou pegar-lhe. Não assim. Num gesto pouco são, consciente que levariam poucos minutos até perder os sentidos, sussurrei uma canção de embalar.  Agora ela está a salvo e eu já posso dormir.

Eu quero tanto dormir. O Niall deve estar a caminho, não deve fazer mal eu fechar os olhos um pouco. Só um pouquinho...

Três segundos.

Três segundos fazem toda a diferença. Três segundos decidem entre a vida e a morte. E em três segundos eu fiz a minha escolha.

Eu podia dizer que foi a minha única opção, mas eu sei que não. Eu podia não ter matado Jullie. Eu podia deixar que a justiça se encarregasse dela, como uma boa pessoa faria. Eu podia ter usado os três segundos para escolher não disparar.

Mas eu não vou pedir desculpa pela minha escolha: é errada, é fácil, é vergonhosa, mas foi a minha escolha. Eu não estou arrependido porque eu sou má pessoa.

É tudo

E nesse momento tudo ficou escuro. "

*

- Emma! - Acordei sobressaltado e a gritar o nome dela, olhando em volta do quarto.

Ela remexeu-se na cama e esfregou os olhos sonolentos:

- Zazza? É hora de ir para a escola?

Suspirei aliviado e estreitei-a contra ao peito.

- Não amor, só tive um pesadelo, dorme.

E dito isto ela voltou a fechar os olhos, adormecendo em segundos.

Eu sei que já não durmo mais hoje, por isso levantei-me cuidadosamente para não a acordar e fui até ao antigo escritório, agora destruído pelo fogo. Com a ajuda de Leila já o havia limpado durante a semana, mas tive o cuidado de estar atento a possíveis provas de fogo posto.

Eu preciso urgentemente de descobrir quem fez isto pois eu não suporto a idéia de Emma estar em perigo. De novo a imagem de jullie surgiu no meu pensamento e senti as minhas mãos tremerem violentamente. Ela morreu. Eu matei-a. Ela não vai voltar. E o meu lado consciente berrou-me que não há forma de ter sido ela a fazer isto.

Mas então quem foi?

*

POV Tris

- Rose, explica-me. - Exigi, enquanto as duas tomávamos o pequeno no Nero. - Como é que não te lembras de nada?!

Ela nunca tomou substâncias ilícitas: pelo menos não que eu saiba! Ela suspirou e abanou a cabeça num gesto repetido.

- Eu não faço a menor ideia, e espero que o Zayn tenha a resposta para isso.

O Zayn outra vez? Hmm.

- O que é que o Zayn tem a ver com isto? - Perguntei com um olhar sugestivo.

- Tirando o facto de ter entrado em minha casa para fazer lasanha? Nada de especial. - Ironizou, bufando aborrecida ao ver a minha expressão de entusiasmo, mas sorrindo logo de seguida. - Quando acordei tinha um papel junto à cama a dizer para lhe ligar quando acordasse.

- Oh meu deus, Rose, tu estás a sorrir de forma estúpida! Tu estás apanhada pelo Mr. Imbecil-Jeitoso! - Sussurrei, não abdicando porém, de uma série de gestos dramáticos e entusiastas.

- Não sejas parva, Tris. - Retorquiu, batendo-me levemente no ombro.- Sabes que isso não vai acontecer.

Subitamente a sua expressão alterou e eu percebi que tinha trazido à conversa um assunto pouco confortável para ela.

- Rose, tu sabes a minha opinião e...

- Não é uma questão de tempo, Tris, não é. - Ela sorri nervosamente, como sempre faz quando fala de algo muito importante.

É curioso como somos tão iguais, e ainda assim tão diferentes no que toca aos nossos "handicaps emocionais". Eu, como ela, nunca amei ninguém. É claro que há o Louis…mas acho que se tornou mais um hábito confortável do que uma verdadeira paixão.

A diferença entre mim e Rose está na parte em que eu tenho esperança de um dia vir a encontrar alguém que me faça feliz. Eu não sei bem por o que esperar - ou por quem esperar - mas hei de ter sempre alento para aguentar mais um pouco para ter o final feliz que eu penso merecer, mesmo quando ele parece mais distante que nunca.

A Rose não acredita no amor, nem em paneleirices do gênero, como ela diz, e por isso acho que mesmo no dia em que estiver perdidamente apaixonada, vai continuar a embirrar que quer ficar sozinha, ou voar sozinha, como ela diz. Eu não quero isso para mim.

Eu quero o "tal"; não um tal perfeito mas suficientemente verdadeiro para que possa dedicar-me a ele de corpo e alma sem no fim sair magoada. Exigente? Eu sei. A Rose diz que, embora não perceba nada disso, o amor trás sempre uma parte dolorosa. Quanto mais não seja peja sensação de insegurança. Essa, trago-a sempre e mim.

E se eu me apaixono e essa pessoa deixa de me amar? Como é suposto eu viver depois disso?

Por isso é que a minha procura é tão exigente. Eu não quero beijar sapos, eu quero certezas. Eu quero um amor para sempre e vou esperar por ele o tempo que demorar. Ainda assim, sei que a insegurança vai estar lá sempre. Eu e a Rose tínhamos uma pequena brincadeira sobre isso: o meu medo é amar e não ser correspondida, o medo dela é ser amada e não saber corresponder.

Às vezes gostava de estar na mente dela, só para saber como é não acreditar naquilo que move toda a minha vida.

O amor. Para mim, é tudo o que procuro, nada mais.

Quero um amor, uma família e um cão, numa casa junto ao rio com um tapete de entrada às flores. O pior é a espera. E tu Rose, pelo que esperas? Se não é pelo amor, é pelo quê?

- Rose, eu quero que sejas feliz. - Falei, ao fim de alguns minutos em silêncio.

- Eu não quero ser feliz. Eu quero ser escritora. - Respondeu, fazendo referência a um dos seus contos e piscando o olho, divertida.

- Podes fazer ambas as coisas ao mesmo tempo. - Afirmei, tentando lembrar-me de algum bom escritor que não tivesse sido um desgraçado em vida, mas só me vinha à cabeça a idéia de Camões a nadar com o livro na mão.

Ela encolheu os ombros e levou o café à boca.

- Rose, qual é a tua razão de viver? - Perguntei subitamente.

Ela olhou-me durante alguns segundos e depois falou.

- Eu não tenho um amor pelo qual esperar e isso faz-te confusão, pois não percebes qual é a minha motivação, a minha vontade, o meu sonho. É isso?

Ela às vezes parece entrar dentro da minha cabeça, credo. Acenei afirmativamente.

- Eu não tenho uma razão de viver, Tris. Ainda. A minha razão de viver é procurar uma razão de viver. Não te preocupes comigo, eu terei sempre algo pelo qual esperar.

Ela sorriu e um silêncio confortável instalou-se entre nós, mas ao fim de alguns minutos lembrei-me de uma coisa:

- Rose, que vais levar vestido logo à noite ao jantar da empresa?

- Eu ainda não sei Tris, esperava que me desses uma ajuda com isso. - Disse ela, deitando a língua de fora e fazendo rir.

- Hoje tens folga não é? - Perguntei.

- Sim.

- Então vamos às compras! - Respondi, entusiasmada. - Vamos pôr-te um máximo!

E dito isto as duas abandonamos o café, prontas para um longo dia a passear pela Oxford Street.

*

POV Rose

            Depois de uma tarde em cheio a entrar em todas as lojas possíveis e imagináveis, finalmente encontramos um vestido preto perfeito para essa noite, assim como uns sapatos de verniz absolutamente deslumbrantes.

Tris precisava de comprar uma prenda para o primo e por isso antes de irmos para casa passamos por uma loja de brinquedos.

- Tris, olha só, é um peluche gigante do Spongebob! - Gritei, entusiasmada, abraçando o peluche que era quase maior que eu.

Ela riu da minha atitude infantil e eu acompanhei-a, mas subitamente a minha expressão alterou-se. Demorei a reconhecê-lo uma vez que ele estava de tal forma informal que quase nem parecia o mesmo.

Nossa, que sexy.

Num gesto impulsivo escondi-me atrás da pilha de peluches, esperando poder observá-lo sem que ele me visse a mim, mas a minha adorável melhor amiga fez o favor de mudar os meus planos.

- Zayn? Oh Rose! Oh, olha o Zayn! Zayn, estamos aqui! - Gritou ela, agitando os braços no ar. Bonito. Ele está claramente embaraçado, mas ainda assim consigo vê-lo aproximar-se de nós.

- Bom dia, Tris. Rose. - Cumprimentou, com uma formalidade que achei desnecessária, tendo em conta que, ao que parece, ainda ontem esteve a cozinhar em minha casa.

Com toda a dignidade que consegui reunir naquele momento, abandonei o meu esconderijo atrás da pilha de Spongebobs, não sem antes deitar uns quantos ao chão, apanhando-os de forma desajeitada. No meio da confusão deixei cair o meu chapéu (http://www.polyvore.com/before_dinner_13/set?id=124044087) e abaixei-me para o apanhar, colocando-o de novo na cabeça num gesto que me fez parecer um daqueles gentlemans antigos a levantar a cartola em jeito de cumprimento.

- Zayn. - Retribuí, com igual formalidade, embora o efeito tenha sido mais cómico do que indiferente.

Os seus lábios fizeram um trejeito divertido mas que rapidamente foi substituído por uma expressão fria e distante. Eu realmente não consigo acompanhar as súbitas mudanças de humor deste idiota: num dia está bem-disposto e super dedicado, no dia seguinte trata-me como se nada se passasse.

- Por aqui? - Perguntei, olhando para o objeto que trazia na mão e interrogando-me para quem seria aquele presente tão infantil e feminino.

- Parece que sim. - Respondeu secamente, olhando em volta.

- Zazza, estás aí!

Uma criatura elegante com umas pernas de fazer inveja, aproximou-se de nós e engatou o braço no de Zayn, abrindo-nos um sorriso de orelha a orelha.

Pergunta: quem é esta piranha?

*

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