Enquanto Houver Sol

Autorstwa gmireli

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Camila teve parte da vida conturbada por uma garota de sua escola, nunca descobriu a razão que levava à impli... Więcej

C1 - Trabalho
C2 - Sono
C3 - Chão
C4- Caça Às Fronhas Perdidas
C5 - Natureza
C6 - Os Jaureguis
C7 - Enquanto Houver Sol
C8 - Batman vs. Superman
C10 - Beijo
C11 - Triunfo
C12 - Vives
C13 - Verdade Ou Desafio?
C14 - A Meia Maratona
C15 - Viagens, Drogas E Sexo
C16 - Queda Livre
C17 - Jealous Tour
C18 - Oito Segundos
C19 - Lolo
C20 - Duas vezes
C21 - Camren?
C22 - Onde nascem os corações partidos
》Carta ao meu amor - LJ 《
C23 - Ódio Recíproco
C24 - Amigas
C25 - Fim?
C26 - Pela primeira vez
C27 - Minha metade - POV Lauren

C9 - Primeiros Sintomas

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Autorstwa gmireli

Ainda refletia muito sobre a noite anterior e a atitude de Lauren, não era nem um pouco convencional e nem o que eu faria em seu lugar, mas não poderia julgá-la por ser diferente de mim.

As explicações de Lauren me diziam onde esteve na noite de sexta, mas não os barulhos e os ferimentos nas mãos de sua mãe. A conversa de Chris e Taylor não se tratava do desaparecimento de Lauren e sim do que aconteceu durante sua criminosa saida.

Me perguntava como as coisas se passavam em frente aos meus olhos e eu dificilmente percebia.

Me sentia mal ao seber que Lauren era capaz de tomar atitudes tão drásticas. Como poderia alguém ser tão impulsivo? Minhas mãos tremiam só de pensar na hipótese de Lauren ser presa.

Eu havia mentido por ela, eu nunca mentia, mas havia feito isso sem pensar duas vezes em meus valores morais e éticos. E se quer me culpava por ter escolhido a mentira, o que isso significava afinal?

O fim de semana se passou de maneira leve e divertida. Lauren e eu não conversamos sobre assuntos muito relevantes, mas a presença da garota se tornou algo agradável, algo tão natural quanto a luz do sol que radiava em meu rosto em todos as manhãs.

Lauren cedeu à minha vontade de obrigá-la a assitir Grey's Anatomy comigo. Eu já havia assistido à série inúmeras vezes e me segurava para não repetir as falas dos personagens, já gravadas e repetidas inúmeras vezes em minha cabeça. A garota reclamou pelos primeiros vinte minutos, mas logo se envolveu ao enredo e aos personagens.

Passamos o restante do sábado e domingo vidradas na televisão. Sempre que desejava fazer algo diferente, a garota se fechava como uma ostra e só abria seu sorriso novamente quando eu me sentava ao seu lado para fazer companhia a ela.

O tempo parecia correr quando estava com Lauren, quando dei por mim já chegava à uma da manhã de segunda. Estava morrendo de fome, mas entretida demais para perceber. Ela sugeriu que fizéssemos um lanche e caminhamos tentando abafar nossos risos bobos para não acordar o restante da casa.

— Qual é o menu do dia, Jauregui? – pergunto me sentando e observando a garota que caminhava rumo à geladeira com seu curto blusão de basebol e seu largo moletom preto.

— Qualquer coisa que der para pôr dentro de um pão – ela disse abrindo a geladeira. Após olhar por alguns segundos a garota tira alguns ingredientes e põe na mesa.

— Não posso comer nada muito pesado durante a noite, se não terei pesadelos.

— O seu maior pesadelo está se concretizando agora, você está em minha casa e provavelmente não sairá daqui com vida.

— Não se comer as coisas que você prepara na cozinha. – brinco.

— Eu já fiz maravilhas nesta cozinha, minha cara Camila. – ela se gaba pegando uma frigideira e pondo no fogão.

— Não duvido dos seus dotes culinários. – confesso.

— Eu não me referia à culinária... – a garota tinha seu leve sorriso lateral estampado em sua face. Seu olhar se desvia para o balcão da pia e seu semblante muda, imagino o que a garota havia feito sob aquela estrutura de mármore.

Posso sentir minhas bochechas se esquentarem com o silêncio do ambiente e meus pensamentos que gostava de manter bem longe. eu estava maliciando com as palavras ditas por Lauren, e eu não costumava levar as falas das pessoas para o duplo sentido.

Continuamos no silêncio mortal até a garota terminar de preparar os dois sanduíches e pôr-los sob a mesa que nos sentaríamos.  A expressão da garota dos olhos verdes era satisfeita com se estivesse feliz por finalmente ter conseguido me fazer corar.

—  Estou aprovada?   – ela pergunta assim que percebe que já comida do sanduíche feito para mim. 

— Ele é excelente. – elogio enquanto levava meu copo de suco até minha boca.

— Nós temos duas opções, ou ficamos acordadas até o horário da aula ou podemos dormir um pouco, mas sempre há o risco de não conseguirmos acordar – ela diz de forma tranquila enquanto comíamos .

— Certo, acho que não conseguiria ficar acordada até a escola.

— Então você prefere a opção mais arriscada?  –  o sorriso de Lauren é vitorioso– Parece que passar um tempo comigo está te deixando menos cuidadosa.

— Veja bem, Lauren, eu ão consigo estudar não tendo dormido ao menos um poco durante a noite.– explico.

— Quem vai para a escola para estudar? – um semblante confuso se forma em seu rosto.

— O que mais se faria naquela escola? 

— Qualquer coisa que não podemos fazer.

— Tipo? 

— O armário do zelador é um excelente lugar para se levar alguém.

— Você levou quantos dos meus namorados para lá? – meu tom é ácido e provocativo.

— Nenhum, eu guardo esse lugar especial para uma pessoa especial.

— A pessoa pela qual tem sentimentos?

—  Exatamente

— Fiz um levantamento de todos os garotos que poderiam ser e tenho uma lista de amores possíveis de Lauren Jauregui. – meu tom divertido é acompanhado pela risada da maior.

— Você não precisava ter feito isso.

—  Não consegui evitar, tem um tempo para cá você é a unica coisa que tem estado em minha cabeça.

— Espere, isso foi quase um "não paro de pensar em você"? 

— Lauren, não foi quase, eu realmente não consegui parar de pensar na forma que as coisas acontecem sempre de maneira tão frenética quando estou com você. Uma hora você é a pior pessoa do mundo, mas em outros me faz feliz como nada mais poderia fazer.

— Isso é algo bom, certo?

— Sinceramente, as vezes que você me deixou em pedaços foram tantas que não sei quantas vezes teria que me colocar no lugar para concertar.

— Eu não sou boa em colocar as coisas no lugar, sou boa em ...

— Destruir as coisas, eu sei...–  interrompo enquanto observo o olhar da garota fugir do meu. – Eu só não sei até quando essa fase legal vai durar. Por muito tempo você me fez sentir como o chão que as pessoas pisam. Fui ensinada a ser uma pessoa boa, mas perdoar é mais fácil na teoria . Eu me afastei das pessoas porque realmente acreditava que não merecia tê-las ao meus lado, tantas vezes eu já deixei de usar roupas porque sabia que você sempre encontraria algum defeito nelas. Sempre que me elogiavam eu pensava e ainda penso que vem uma piada em seguida, porque era isso que você sempre fez comigo. Se você soubesse quantas vezes eu chorei escondido nos corredores daquela escola por culpa, saberia o quanto é difícil não te ver como alguém ruim. Mas algo dentro de mim me diz para te dar uma chance, porque quando eu olho nos seus olhos não consigo ver maldade, apenas uma garota assustada.

— Uma garota assustada que não sai da sua cabeça. – ela interrompe com tom de diversão.

— Depois de tudo que eu disse, essa é a única cisa que importa para você?

— Você pensar em mim agora? sim, essa é a única coisa que importa para mim de tudo isso que você disse. – ela diz com segurança enquanto minha mão caminhava por minha nuca.

— Para mim não, e sou uma pessoa menos feliz por ter te conhecido e a única coisa que tem para me dizer é que o que importa é o presente? Certo.– me levantou, largando o sanduíche bem onde estava.– Eu perdi a fome. vou para a cama.

Meu tom decepcionado era visível em minha voz. Por que minhas emoções ficavam tão abaláveis perto de Lauren?  Eu já havia estado triste antes, mas não desta forma. Conseguia sentir um gosto amargo em minha boca, algo bloqueava a passagem de ar por minhas vias respiratória, tornando o ar áspero. A sensação de que algo em meu peito se rasgava devagar me fazia ofegar. Subi as escada finalmente chegando ao quarto de Lauren, o cheiro dela estava impregnado no ambiente, o que me fez desejar não ter olfato. 

Ela simplesmente não se importava com a forma com que me fez sentir por todos esse tempo e pensa que palavras gentis podem mudas cada erro que já cometeu. Ela se quer sentia muito pelo mal que causou.

Escovo os meus dentes encarando meu rosto em frente ao espelho, meus olhos inundados significavam que algo acontecia ali. Por que eu me importava com o fato dela não se importar? Eu só queria que ela se importasse com as feridas que causou, mas não é isso o que acontece. Ela age como se nada nunca tivesse acontecido entre nós e como se sempre fossemos melhores amigas... 

Após acabar a escovação caminho para o quarto novamente, vendo o porta retrato com nossa imagem estava ao lado da cama e não significava nada para mim, assim como a dor que Lauren me causou não significava nada para ela. 

O que você tem feito comigo Lauren Jauregui? 

Por que eu estava tão frágil? Não posso deixar de rir ao me imaginar chorando por motivo nenhum... Lauren Jauregui era o motivo das lágrimas, mas por que isso importava agora?

Ainda me lembra da vez que Lauren espalhou montagens minhas nua por toda a escola, Dinah procurou por toda a internet até encontrar a foto original para esfregar na cara de Lauren e de todas as pessoas que ela havia feito enxergar Camila Cabello como uma vadia.

Abraçava o travesseiro com os pensamentos distantes quando ouvi a porta abrir. Os passos suaves de Lauren quase não podiam ser ouvidos pelo quarto silencioso no qual forçava minha garganta teimosa a interromper os soluços para manter, assim, um quarto silencioso e escuro.

— Camila?–  A garota se deitou ao meu lado.

— Não, Lauren, você não pode me abraçar esta noite. – meu tom seguro era a única coisa que conseguiria fingir naquele momento. 

— Eu sei que talvez o Justin seja o garoto número um da lista que você fez dos garotos que eu provavelmente gostaria, porque ele é popular, tem dinheiro, é bonito e bem sucedido. Ele é o cara mais desejado da escola...

— Lauren, por favor, já basta... Você já disse como se sente e tudo bem.

— É o badboy que você imagina perfeito para mim, que sou a garota problema. Mas talvez eu não seja tão clichê quanto pareço ser. Eu não sou boa com essas coisas de colocar sentimento para fora. A única a coisa que me saio bem é em ferir as pessoas, mas abriria mão da única coisa que faço bem se isso significasse nunca mais machucar você.

— Lauren... – sussurro odiando a parte de mim que implorava de forma irracional para deixar tudo de lado.

— Pois não?

— Você precisa abraçar alguma coisa para dormir, se quiser que essa alguma coisa seja eu... 

— Você vai ser a melhor alguma coisa que abraçarei. – ela sussurra aliviada enquanto seu corpo se aproximava do meu de maneira tímida.

Não posso conter o leve sorriso que escapa de meus lábios ao saber que mesmo que ainda estivesse machucada, não sentiria mais dor porque Lauren funcionava como morfina naquele momento. 

Adormeci de forma calma e tive um sono sem sonhos, porem muito tranquilo. As poucas horas que dormi pareceram dias nos braços de Lauren Jauregui.

— Meu amor, levante. –  a voz doce que ecoava no quarto era de Clara Jauregui. –  Vocês estão atrasadas. Camila, pode ir se aprontar enquanto tiro Lauren da cama? –  a mulher pergunta de forma doce ao perceber que os meus olhos estavam abertos.              

— Claro. – disse enquanto me levantava e caminhava em direção ao banheiro. O banho rápido que costumava tomar antes da aula era apenas para me despertar mais rapidamente. em menos de dez minutos já estava vestida e de volta ao quarto. Os cabelos molhados de Lauren denunciavam que ela já havia tomado banho em algum outro banheiro da casa.

Apenas trocamos algumas palavras durante o café da manhã. Clara se ofereceu para nos levar até à escola e Lauren não pensou duas vezes antes de aceitar. A garota dos olhos verdes aproveitou os minutos no carro para dormir um pouco mais, seu humor não era tão bom durante as manhãs.

Nos despedimos antes de sairmos do carro, faltavam apenas cinco minutos para o começo da primeira aula. Algo parecia errado comigo ou com todos à minha volta, olhavam para Lauren e eu como se fosse inacreditável estarmos lado a lado, talvez realmente fosse.

Por alguns breves instantes me senti tão poderosa ao lado de Lauren, senti a sensação de triunfar pela primeira vez em toda minha existência. 

— Mas o que é isso? – Austin que conversava com alguns garotos se perguntou ao me ver com sua namorada. 

— Estamos caminhando... – Lauren respondeu de forma simples.

— Por que com ela? – Ele ergueu uma das sobrancelhas.

— Eu não posso? – Lauren perguntou de forma desafiadora.

— o que Camila te disse sobre mim? – ele pergunta de forma prepotente.

— Ninguém tem que me dizer nada, eu já tenho um pensamento formado sobre você. – respondo no mesmo tom.

— Você contou sobre aquilo para ela, não contou? –  Austin se dirigiu a mim com arrogância.

— Vou deixar vocês dois conversarem. – digo de forma sensata antes de abandonar os dois ali, seja o que for, deixou de ser problema meu quando Austin e eu terminamos. Mas da mesma forma algo em mim implorava para saber o que falariam, Lauren estava com a expressão de quem explodiria a qualquer momento.

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