Paraísos Perdidos

wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... Еще

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 16.

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wantsilva

─ Todo dia, ele me fala a mesma coisa, que sou maravilhoso.

─ Ele, com toda a certeza, está mentindo.

─ Lara? Vai comer não? ─ Léo me grita.

─ Tô sem fome ─ digo pro mesmo quando aparece na sala.

─ E tu lanchou na escola? ─ pergunta e nego. ─ Se quiser comer tem lasanha no forno. Peter já está vindo, então come logo porque ele tem um buraco negro no lugar do estômago.

Dou um sorriso e assinto, ele pisca e volta a se arrumar pro serviço.

─ Não comeu por quê? ─ dessa vez Bruno pergunta, rolo os olhos, inconveniente.

─ Deve ser porque não quis.

─ Quer sumir é, garota? Se tu cair eu te enterro.

─ Obrigada.

Ele se levanta, pega o controle e muda a programação colocando no documentário que passava, e depois, esconde o controle.

Idiota!

Vou pra cozinha, vejo Léo já vestido na roupa preta e branca do restaurante dele, ele vem e me dá um selinho.

─ Come viu, vou fazer o que mais gosto ─ ele diz pegando as suas chaves, estava mais que cheiroso. ─ Ah, eu fiz gostoso...

Olho pra ele e dou um sorriso.

─ A lasanha ─ completa, manda beijo no ar e vai embora pro serviço.

Bebo só uma água e volto pra sala, só eu e aquele idiota no apartamento. Ele estava atento ao documentário e eu morrendo de sono, então só me aconcheguei no sofá e adormeço em imediato.

***

Acordo com um barulho alto, dou um pulo do sofá e vejo Bruno ouvindo aquela merda de rock no último volume e lendo um livro, ele estava de óculos e confesso que seu óculos lhe caia muito bem, mas isso não era hora pra reparar nele...

Vou até o mesmo e tomo o controle da sua mão, desligo a televisão e taco o controle com tudo nele. Ele me olha e cerra os olhos.

─ Nem vi você ali, priminha ─ diz com ironia e bufo.

Quando lhe dou as costas ele coloca aquela merda de música alta de novo e me viro o fuzilando. Se eu pudesse matar ele... iria o torturar de todas as formas, esse bastardo maldito!

Vou pro quarto, lavo o rosto e escovo os dentes, olho no celular e já são três da tarde. Ainda tinha atividade de física e química pra fazer e disposição estava lá em cima.

Olho pro quarto e procuro algo pra fazer. Logo me lembro das roupas, iria começar a separar elas pra doar, e faria isso agora. Fui atrás de algumas sacolas grandes e voltei. Joguei todo meu guarda-roupa no chão e na cama.

Ser filha de donos de uma empresa de roupa se resultava nisso, todo dia, era lei, mamãe tinha que comprar uma peça de roupa pra mim e como eu também desfilava com as roupas da empresa, eu ganhava toda a coleção. Muita das vezes nem usava as roupas.

Olhei pra toda aquela multidão de roupa e pensei comigo: mãos à obra!

Comecei a separar as roupas que iriam pra doação e as que eu deixaria. Foi quase meu guarda-roupa todo pra sacola, e quando terminei, estava suando mesmo com o ar ligado, e já tinha três sacolas grandes cheias. Fui ver as horas no relógio e eram cinco e meia.

─ Brunooooo! ─ gritei aquele idiota tentando puxar as sacolas pro meio do quarto, mas elas estavam lotadas, quase explodindo.

Ele chegou no quarto dentro de um ou dois minutos e parou na porta me olhando. Ele cruzou os braços na altura dos peitos e analisei aquele corpo dele sarado, ele vestia uma calça moletom que estava meia caída revelando sua cueca preta da CK, estava sem camisa, e contei cada gominho que enfeitava sua barriga seguindo as entradas da pélvis que eram bem marcadas.

─ Tá babando ─ ele disse e riu.

O sorriso branco, as covinhas, e o óculos no rosto que lhe deixava com um ar mais autoritário do que já tinha.

─ Me ajuda com essas sacolas... acha que essas roupas estão boas? ─ ele descruza os braços e caminha até mim, suspende as duas sacolas no ar e leva pra fora do quarto.

Não deixo de notar as veias em seus braços que eram bem visíveis.

─ Estão ótimas, priminha ─ colocou as sacolas em um canto e foi pegar a última. ─ Vai deixar as adolescentes felizes.

─ Muitas estão novas, nunca usei até ─ digo e ele assente.

─ O que foi isso? ─ tocou meu braço, bem onde o hematoma feito por Ruan estava, é, por conta da minha pele alva qualquer aperto já ficava o hematoma.

─ Nada ─ me jogo na cama e ele vem atrás e se senta na cama de Arthur.

─ Andou caindo por aí? ─ riu após falar.

─ Não te interessa.

─ Priminha vai comer, já está até caindo por aí de fraqueza, depois morre e ninguém sabe o porquê ─ ele diz mexendo nas minhas coisas e taco uma pelúcia minha nele.

─ Para de mexer aí ─ vi que ele pegou meu diário antigo. ─ Bruno!

Fiquei pulando e tentando alcançar ele, mas ele era um muro, bem mais alto que eu.

─ Querido diário... hoje eu brinquei com minhas barbies ─ nada sarcástico.

Chutei o joelho dele e o mesmo jogou meu diário no chão, peguei ele mas assim que o tive nas mãos ele me agarrou pela cintura e me jogou nas costas.

─ Vamos comer, priminha ─ foi me levando pra cozinha.

Eu tentava sair dos braços dele e esmurrava as costas dele, mas nada, ele nem me colocar no chão colocava, eu já estava tonta.

─ Me coloca no chão, Bruno ─ grito e ele ri divertido.

Mas até que essa visão não era ruim... olha essa bundinha dele.

Continuo batendo nas costas dele e ele me coloca no chão e me senta na mesa, vai pegar a lasanha e refrigerante e me serve.

─ Não tô com fome ─ bufo.

─ Claro que tá, não come nada desde de manhã, agora quero vê você comendo tudinho se não quiser que seu primo saiba de algumas coisas suas ─ me ameaça, cretino.

Ele coloca um pedaço gigante de lasanha e enche o copo com refri, rolo os olhos, e pego o talher comendo, ele me observa sério.

Como tudo, duas fatias, quando termino olho pra cara dele e levanto a sobrancelha.

─ Satisfeito? ─ ele assente.

─ Obrigado ─ diz e se levanta. ─ Agora lava a louça, empregada.

Ele vai pro sofá e bota aquelas músicas horríveis pra tocar, já estava morrendo de dor de cabeça, que gosto musical era aquele? Coitado.

Lavo as louças, guardo tudo e vou pegar meu caderno pra estudar, amanhã tinha que entregar meu caderno, ou seja, tinha que esforçar, não queria por nada repetir de ano.

Foda é que eu não entendia muito bem aquele assunto de espaço, tempo e velocidade de física, nunca havia entrado na cabeça.

─ Bruno? ─ o chamei, ele assistia seus documentários estranhos.

─ O que é?

─ Como saber a velocidade de algo? Como saber qual a velocidade de um ônibus pra uma pessoa na rua? ─ pergunto quase arrancando meus cabelos.

─ Física? ─ assinto. ─ Credo, terceiro ano e vocês ainda dão S.T.V? ─ nega com a cabeça.

Ele levanta e vem se sentar do meu lado. Sinto aquele perfume dele, aquele seu cheiro másculo que me inebriava.

─ Na física isso é relativo, digamos que temos um ônibus à 60km/h e um Arthur colado na traseira do ônibus. Pra Arthur, o ônibus não tem toda essa velocidade, ele está parado, mas se uma pessoa na rua ver ele esse ônibus ele estará à 60km/h. Entendeu?

Nego.

─ Num ônibus, existe um passageiro...

─ Só um? Por que não três? Pra não ficar solitário...

─ Cala a boca, tu não sabe resolver nem isso e quer dar palpite... deixe o professor aqui explicar.

─ Tá, professor Bruno.

─ Então, esse passageiro está andando no interior de um ônibus, ele está andando até o motorista, digamos que ele ande cerca de 1m/s, então a velocidade dele será 0,01km/h, mas se alguém visse da rua, seria de 60,01km/h... entende agora? ─ estava começando a clarear.

─ Mas por quê 60,01km/h? ─ pergunto e ele rola os olhos.

─ Se conta com a velocidade do passageiro, burra.

Ele continuou me explicando e explicou bem melhor que minha professora de 60 anos que tinha uma verruga na testa. Ele era bem inteligente e pelo visto, amava física, só podia ser retardado.

Ele me ajudou em química também e quando terminei fechei o caderno e balancei a cabeça doidinha da silva.

─ De nada ─ ele diz se levantando.

─ Fez mais que sua obrigação.

─ Já sabe que faculdade fazer? ─ ele pergunta e me agacho pegando meu lápis no chão, quando me viro vejo Bruno de olho na minha bunda. ─ Bonita calcinha de ursinhos.

Meu rosto se cora, sinto ele arder de vergonha, meu Jesus, ele havia visto minha calcinha. Sou muito desastrada!

─ Bem... eu... eu vou fazer administração... eu acho... moda? ─ digo rindo de vergonha.

─ E eu vou tomar banho, tchau ─ ele sai dali em passos rápidos e eu abro um sorriso tímido.

Imbecil, idiota!

Me abano também e vou guardar meu caderno. Mas então, me surge uma ideia de me pertubar Bruno e continuar com nossa brincadeira, ou melhor, nosso jogo de provocação. Mas não provocação no sentido bom, e sim no bem ruim.

Primeiro foram os pneus e agora... que tal uma comida com um pouco de laxante?!

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