Chyarah
Assim que o Pietro saiu, me levantei pra me arrumar também. Ansiedade me define para conhecer finalmente a Isa.
- chegamos. – Jorge anuncia quando estaciona o carro em frente a uma casa linda.
Quando estou descendo, percebo alguém na porta me observando e lá esta a tão falada Isabella Magalhães, futura sra Duran.
Mulher de sorte... Sorrio pelos meus pensamentos.
- Seja bem vinda a minha casa Chyarah.
- Obrigada Isa, é um prazer conhece - lá.
- O prazer é meu, venha vamos entrar.
Assim que entramos ela me guia para a sala, para conversarmos melhor.
- Nossa sua barriga está enorme menina.
- nem me fale, as vezes me sinto uma baleia... mas aí lembro que são dois, gêmeos. Por isso estava passando por uma bateria de exames, antes de viajar.
- Dois uau, acho que será o máximo os três terem contato.
- boa ideia, será maravi gold como o Pietro fala.
- Mas me fala conseguiu resolver tudo com seu pai?
- tudinho, tanto que ele não sai do meu pé. Ainda mais agora com esses dois aqui. – aliso minha barriga . meu pai não me deixa em paz, antes de sair me fez comer uma quantidade absurda de panquecas, com a desculpa que agora tenho que comer por mim e meus dois filhotes.
Obvio que não como, não aguento.
- Eu sei bem como é isso minha vida virou do avesso.
Ela me conta tudo o que descobriu, sobre seu verdadeiro pai e tudo mais... fiquei pasma, e eu achando que só minha história fosse louca.
***
Estou sentada na cozinha fazendo um lanche com a Isa, nossa uma coisa que descobrimos em comum foi a fome. Seu celular toca.
- Sim. – ela fala desconfiada e no mesmo momento fica um pouco pálida e uma coisa que meu pai me ensinou esses meses com ele, é que quando ficamos assim, boa coisa não é. Peço a Grace para chamar alguém por precaução.
- Sim. Aconteceu alguma coisa?
O suposto pai e motorista dela, aparece do nada e tira o celular das mãos dela.
Isa não desvia o olhar dele, prestando atenção no que fala. Sua reação me responde minha desconfiança, tem alguma coisa rolando.
Arthur se apresenta a quem seja que esta do outro lado da linha, e logo após ouvir algo informa que ira para lá, seja onde for.
Quando ele desliga, Isa e já tem os olhos cheios de lágrimas. Meu peito se aperta com seu desespero nítido em sua voz.
- O que aconteceu pai?
- Filha fique calma, pense na sua filha.
- Quero a verdade, cadê o Alex pai.?
- Eu não sei filha. O carro dele foi encontrado aberto no meio da rua. A polícia suspeita de...
- Suspeita do que? Ela já está aos prantos e a amiga dela me olha como se já soubesse a resposta.
- Isa calma olha o bebê. – tento a tranquilizar, sei o que esta preste a falar.
- Fala pai. - ela grita
- Eles acham que ele foi sequestrado...
Ela para como se absorvesse a informação... só em dele falar isso, meu instinto diz pra ligar pro meu pai.
- Sequestrado? Mas quem por que? – Isa pergunta atormentada
- Não sei minha filha, vou pra lá agora para tentar descobrir, vou ligar pro Renato do caminho. Mas quero que me prometa que não vai sair de casa!
- Eu não vou ficar aqui de braços cruzados.
- Vai sim. E não é um pedido é uma ordem. Não quero você é minha neta correndo riscos
- Eu fico com ela, vou pedir para meu segurança ficar aqui conosco. – digo.
Ele se afasta, não perco tempo.. pego meu celular para falar com meu pai logo. Apesar de terem seus recursos para encontra-lo, não custa nada chamar meu velho.
Isa desaba em lagrimas, a Grace tenta a acalmar.
- tudo bem filha ?
- oi pai, sim... quer dizer, comigo sim.
- como assim com você sim, com quem não esta ?
- uma amiga, lembra que falei que vinha vê a noiva do Alex Duran ?
- sim
- então, ela acabou de receber uma ligação... hum, ele foi sequestrado.
- puta merda, tem certeza ?
- infelizmente pai... o senhor pode ajudar ?
- claro, chego aí daqui a pouco.
De longe vejo Isa passar as mãos na barriga e cochichar algo. Essa pequena cena me quebra.
- corre pai, por favor.
Pietro
Vim correndo pra casa do Alex, não acreditei que ele foi sequestrado. Quando a Rah me ligou falando, falei que era mentira.
Não disse que tinha o visto, claro.
- Rah. – ela corre pros meus braços quando me vê, esta chorando. – calma.
Ela funga em meus braços, aliso suas costas.
- culpa dos hormônios. – sussurra
- eu sei.
- filha. – Ross entra.
- vem. – ela me beija rapidamente e se afasta puxando o pai pra algum comodo.
- Jorge. – o chamo.
- cara, isso vai dá treta. – fala se aproximando, mas baixo para a Isa não ouvir.
- o que houve ?
Ele me conta o que o sargento o passou, falei a ele que vi o Alex mais cedo na editora e até então não estava tenso ou preocupado com nada. Pelo contrário, queria ver a mulher para entregar uma surpresa.
Chyarah
- Com licença sr. Arthur - bato na porta do escritória, pelo que Malu falou, é o do Alex.
- Pode entrar menina, e me chame de Arthur. Algum problema?
- Acho que tá mais pra solução de todos os problemas. Quero te apresentar uma pessoa.
Saio e faço sinal para meu pai entrar junto comigo.
- Arthur esse é meu pai... Ross Lorenzo.
Pela reação dele, acho que sabe beeeem que é meu pai. Também vamos combinar, meu velho é o maior narcotraficante da história. Meu pai tenta se manter serio, mas perde feio.
- Prazer Arthur.
- Er... prazer sr. Ross.
- Nada de formalidades aqui estamos entre amigos.
Arthur fica em silêncio, não deve ter curtido meu pai falar que são amigos. Papai percebe e logo se manifesta pra adiantar o real motivo de eu ter o chamado aqui.
- vamos esquecer da minha suposta fama, e focar no sr. Duran. Quero ajudar e com meus contatos, sabemos que será mais rápido.
- Contatos? Como assim?
- Arthur, você já trabalhou como policial. Sabe que dentro há aqueles que felizmente no meu caso, ajuda pessoas como eu. Terei a ajuda deles e mais desses burros de carga que se acham traficantes aqui no Rio. Claro, isso se quiser minha ajuda.
- Eu não só quero. Como preciso. Qual seu plano?
- minha filha falou que tem uns suspeitos. Preciso dos nomes, pedirei aos meus homens para ir atrás e vê se descobrem algo... hum, uma pergunta. Posso matar o mandante ou preciso o entregar vivo?
Me arrepio toda, da cabeça aos pés com essa pergunta do meu pai. ele dá de ombros pra mim.
- Até agora temos 3 fortes suspeitos; Bárbara Martins; a ex mulher do Alex, Carlos Duran pai dele e Miguel Tavares um antigo "amigo" dele. Quanto ao que fazer com o mandante e seus ajudantes faço o que achar melhor. Tem minha autorização para fazer o que quiser, desde que traga meu genro vivo, não suporto mais o sofrimento da minha filha.
Meu pai acena e me puxa para fora da sala...
- fique aqui com a Isabella, deixarei alguns homens aqui também. Caso tentem pegar ela também. Não sai daqui, me entendeu ?
- sim, senhor. - ele me dá um beijo no topo da cabeça e sai andando me deixando pra trás.