Um Beijo Encantado

بواسطة callmerozz

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Emma é uma linda plebéia. Acostumada por toda sua vida a ter o mínimo e se contentar com isso, ela encara, ne... المزيد

Prólogo
Capítulo 1
Aviso
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Thank You!
Capítulo 11
Bryan & Gaia
Capítulo 12
Músicas!
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 19
Comunicado!!!
Capítulo 20
Capítulo 21
Vídeos das Músicas
Capítulo 22
Capítulo 23
AGRADECIMENTOS
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Epílogo- As Dez Cartas

Capítulo 17

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بواسطة callmerozz

*Emma narrando*
A viagem até Helsken era bem longa e a Rainha Catherine não gostava muito de parar no caminho com medo de possíveis assaltantes ou, até mesmo, homicidas.

Ela temia tanto tais acontecimentos que acabou deixando-me apreensiva quanto à eles também. Apesar de todos os caprichos de Catherine, consegui convencê-la a parar 4 vezes, devido às minhas necessidades fisiológicas.

Depois de, aproximadamente, 15 horas de viagem, adentramos o Reino de Helsken. O Castelo Bellair era avistado de longe e tinha uma arquitetura magnífica. Seus traços eram uma mistura de arquitetura grega e egípcia, o que fazia com que o Castelo fosse uma obra de arte.

-Gosta da vista, Emma?

-Sim senhora, Majestade. O Castelo é, realmente, uma obra-prima.

-Você gostará muito mais da arquitetura interna do Castelo.

-Eu não teria tanta certeza, Majestade!

No final, ela estava certa. O interior do castelo lembrava-me o Paraíso. Era tão dourado e calmo, cheio de obras de arte e artesanatos. As colunas de mármore dentro do castelo davam-lhe a aparência de um templo grego. Era ainda mais maravilhoso que o estonteante Palácio de Harry.

Quando lembrei-me de Harry minha mente girou. Ele tinha se esforçado tanto para melhorar. Tudo por mim. Coloco minha mão sobre o colar que Harry me dera e com a ponta dos dedos percorro o círculo que uma das esmeraldas formava.

Ele ficara tão feliz quando viu meu sorriso e perdoou-me quando eu lhe contei que havia beijado Charlie. Minha cabeça não conseguia pensar em nada que não fosse a tristeza no olhar de Harry quando disse-me que eu deveria partir. Aquela tristeza que eu não havia visto, nem no dia em que ele foi "amaldiçoado" pela velha oráculo.

Suas palavras repetiam-se eternamente em minha mente e isso só aumentava meu sofrimento. Eu era um ponto de tristeza em meio à calma e leveza do Castelo Bellair.

Catherine caminhava ao meu lado e estava falando sozinha, pois, apesar de eu estar presente com ela, minha mente vagava em outro lugar.

-Emma, você está ouvindo o que eu estou falando?

-Desculpe-me. Não ouvi uma única palavra. Você pode repetie?

-Emma. Eu sei que dói ter que partir. Eu já tive que fazer isso uma vez, se lembra?

-Prefiro não lembrar, Majestade.

-Mas você precisa seguir em frente. Pense que isso é o melhor para você! Não vai adiantar nada ficar lamentando-se continuamente pelos corredores do Castelo.

Ela olhou para mim. O seu olhar ostestava uma dureza que fez-me ter certeza de que aquilo não fora um conselho. Aquilo fora um sermão. A Rainha Catherine não era de brincadeira. Ela não seria a mãe que eu sempre quis ter, ela nem fingiria se importar comigo. Ela seria quem me ensinaria sobre como funcionava o Castelo, seu Tribunal e a Ordem Real.

Nós subimos cinco lances de escadas até que chegamos num andar que, segundo Catherine, só tinha quartos. Quase todos eles tinham grandes portas abertas, mas uma delas estava fechada, apesar de que um pequeno raio de luz saía por debaixo da porta.

-Por que aquele quarto está com as portas fechadas?

-É o quarto do Rei. Como ele caiu em uma doença grave e contagiosa só algumas pessoas entram lá e tentam, ao máximo, não sair. Para não espalhar a doença, entende!?

-Essa é uma situação muito triste. Saber que o Rei de um povo foi isolado e nem sua própria mulher entra no quarto com medo de cair doente. Isso me enoja.

Ela olhou para mim com ódio. Sem dúvida, esse comentário fora imperdoável. Naquele momento, ela se decidiu. Não valeria a pena tentar ser mãe de uma dama que ainda guarda mágoas. Eu não a perdoaria tão facilmente.

-Não me importo com o que as pessoas dizem, Emma. Esse é meu ponto forte.

-Não duvido. Mas isso não faz-te forte. Isso faz-te uma cretina.

-Como ousas!?

-Eu falo o que penso. Fui criada assim. Sou honesta e orgulho-me disso. Se você acha que ser uma rainha como você é o melhor para o povo, está equivocada.

Ela não respondeu. Não havia respostas. Ela não falou mais nada. Deixou-me na porta de meus aposentos e saiu em passos rápidos que batiam secos no piso do Castelo.

Eu entrei no quarto e surpreendi-me. Nunca havia visto algo mais bonito. As paredes eram cremes com detalhes em marrom e as cortinas balançavam exibindo o brilho dourado de seus panos. O teto era simplesmente magnífico, com uma abóbada de cristal que me permitia ver o céu daquela tarde.

O guarda-roupa era de cedro australiano com entalhes em ouro e os cabides ostentavam as peças mais belas que uma moça poderia vestir. Eram vestidos dignos de uma rainha. Tão nobres, cheios de encanto e eram tão modelados.

Uma criada adentrou o quarto no momento em que eu havia saído para a sacada. O vento batia em meu rosto, na pele nua de meus braços e fazia meu cabelo voar.

Eu dei meia volta e encarei a criada que havia entrado. Meu coração parou. Ela era ele. E ele tinha cabelos ruivos maravilhosos e olhos azuis hipnotizantes.

-Charlie...

-É muito bom ver-te, Emma. Principalmente sabendo que você não está mais presa à nenhum relacionamento.

-O que você está fazendo aqui, Charlie?

-Eu tive que vir com meu pai. Nós fomos convidados para a Coroação. Será daqui 5 dias.

-Eu sei sobre a Coroação, Charlie. Mas não entendo porque você teve que vir.

-Os governantes de todos os Reinos vizinhos foram convidados. Eu sou o próximo ao Trono. Não posso perder datas importantes como esta.

-Muito bem, Charlie. Eu não vou mandá-lo embora de Helsken. A viagem que fizeste é muito longa para ser desperdiçada. Mas eu quero que deixe meus aposentos. E não volte, por favor.

-Quer distância de mim? Mesmo que agora não esteja ligada a Harry?

-Não quero nenhum contato com você que não seja profissional. Eu decido meu próprio destino agora, Charlie.

-Ninguém decide o destino. Ninguém pode mudá-lo. Você pode tentar deter este sentimento, Emma. Mas você é minha e vai ter de aceitar isso mais cedo ou mais tarde.

Dizendo isso, ele saiu do quarto como eu havia pedido. Eu deitei-me na minha cama e lutei contra o sono até onde consegui. Mas, quando a noite caiu, eu olhei para as estrelas e elas trouxeram-me calma, paz. E assim, consegui adormecer.

*Charlie narrando*
Eu deixei o quarto de Emma furioso. Toda aquela felicidade da noite de ontem esvaecera-se. Eu não conseguia entendê-la. Ela estava livre. Livre para mim. Mesmo assim, continuou insistindo em negar o que sentimos um pelo outro.

Mulheres são tão confusas e indecisas. Mas eu não irei desistir. Eu irei lutar por ela até meu último suspiro de vida. Se não por ela, então por sua felicidade.

Caminhei pelo Castelo. Era enorme. Tinha cinco andares, cada qual com vários cômodos. O Castelo tinha dezenas de quartos e podia abrigar todos os mais importantes da Corte Real de Méssia.

Quando eu achei meu quarto, já estava cansado de perambular pelos corredores. Minha cama era larga e minhas bagagens já estavam devidamente postas em um canto do quarto. Dois criados entraram com baldes de água quente e eles iam e voltavam até que a banheira encheu-se.

Eu despi-me e tomei um banho relaxante. Aquele banho se mostrou ser tudo o que eu precisava. Depois que terminei meu banho, vesti outros trajes e desci para o jantar. A mesa já estava cheia quando eu cheguei. A comida eatava servida, então eu não tive de esperar para começar a comer.

Papai aproximou-se de mim e sussurrou:

-Você não se cansa de chegar atrasado?

-Não tive culpa. Eu perdi-me e quando achei meu quarto, tive de esperar os criados encherem minha banheira para tomar um banho.

-Isso é uma outra desculpa sua, Charlie! Pare de achar desculpas para suas escapadas.

-Não é uma desculpa. Estou falando a verdade. Pelo menos desta vez.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e depois voltou a atenção para seu prato. Deve ter percebido que eu estava falando a verdade. Todos nós estávamos comendo em silêncio, até que uma pessoa, que eu não reconheci, falou:

-Onde está a Princesa Emma?

A rainha supreendeu-se e quase engasgou. Foi quando ela reparou que a cadeira de Emma estava vazia. Todos esperaram por uma resposta, mas a Rainha simplesmente sacudiu os ombros levemente e continuou muda pelo resto da refeição.

O salão foi esvaziando-se e Emma não apareceu. O jantar acabou e ficamos somente eu a Rainha Catherine na mesa. Eu terminei minha comida rapidamente antes que a rainha pudesse começar alguma conversa constrangedora. Depois de finalizar meu prato, eu afastei-me da mesa e ia caminhando em direção à escada para subir até meu quarto, quando a mulher quebrou o silêncio:

-Você e Emma já se conheceram. Vocês são amigos?

-Não. Harry não gostava muito de ver Emma tornar-se próxima de cavalheiros, como eu. Ela poderia desistir dele.

-Ele era um homem ciumento. Entendo. Ele não queria perder Emma.

-Ela é uma jóia de mulher. Creio que a senhora descobrirá isso por si mesma se lutar um pouco contra a teimosia de Emma.

-Duvido, meu caro Príncipe. Ela não parece querer conversar cordialmente comigo.

-Ela só guarda algum rancor de você. Tem que entendê-la. Se conseguir compreender o que ela tanto pondera em sua mente, conseguirá conquistá-la.

-Obrigada pelo conselho, Charlie. Como sabe disso?

-É simples. Quase todas as mulheres funcionam desse jeito. É um manual geral de instruções.

Dizendo isso, saí do cômodo. Quando cheguei ao meu quarto, me deitei na cama e comecei a pensar. Aquela conversa com a rainha não fora um conselho para ela. Na verdade, fora um conselho para mim.

Minha mente girava e, logo, eu adormeci com uma dor de cabeça muito forte. Meus sonhos foram confusos. Eu parecia estar dançando, rodando pelo salão do Castelo Bellair e, a cada volta que eu dava, eu via os olhos castanhos inigualáveis de Emma. A cada giro, eles exibiam um sentimento diferente.

E, num momento especial, num certo giro, o último rodopio, os olhos de Emma perderam a cor e eu vi seu rosto desfalecendo. Ela perdera a respiração e não conseguia mais sustentar-se. Eu larguei minha parceira de dança e fui tentar ajudar, mas não cheguei até ela.

As pessoas todas foram ver o que havia acontecido. Um amontoado delas se prostrava sobre Emma. Eu desvencilhei-me de todas e venci a multidão que gritava e pedia socorro. Eu tomei-a em meus braços, aquela pele morena que já havia perdido todo o brilho. O calor que ela transmitia transformara-se numa frieza ilimitada e seus lábios desprovidos de sangue já não tinham o gosto de mel que antes ostentavam com orgulho.

Antes de morrer, Emma, que já não enxergava-me mais, disse:

-Harry. Diga a Harry...

E ela não conseguiu terminar. Depois de tudo que eu sabia que tínhamos passado juntos, pelo menos no sonho, se despedaçou quando Emma, em seu último suspiro, chamou por Harry e não por mim.

Acordei sem fôlego. Minha cabeça ainda doía e a dor havia piorado devido ao sonho. Tudo fora tão real. Quando olhei para o teto, vi que ainda era madrugada e tentei voltar a dormir, mas não consegui fechar os olhos.

E continuei ali, o resto da noite, a observar as estrelas e a Lua.

********************************************

Olá pessoinhas do meu coração! Esse foi mais um capítulo para vocês! Eu estou muito feliz com o feedback do livro. Agradeço a todos os votos e comentários e a todos que acompanham a história.

Espero que tenham gistado. Se gostaram, não se esqueçam da estrelinha, do comentário e compartilhem com os amigos também, que ajuda demais!

Eu vou ficando por aqui... Beijos de Nutella para vocês!

Fui!

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