Your Eyes Only (Larry Stylins...

By larrypsyche

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Com o anúncio do noivado de seu irmão, Harry Styles, ainda chocado e preocupado com a notícia e com a decisão... More

Prólogo
I. Capuccino
II. Em disparada
III. Amoras e bebidas
IV. Meggie
V. Lenço de papel
VI. Tão próximo
VII. Ternos
VIII. Conexão
IX. Curativo
X. Somente Louis
XI. Pequenos detalhes
XII. Orgulho ferido
XIII. Decisões
XIV. Exatamente como é
XV. Confuso
XVI. Pessoa favorita
XVII. Despedida de solteiro
XIX. Quarto de hotel
XX. Toques
XXI. O casamento
XXII. Não me deixe
XXIII. Aeroporto
Epílogo

XVIII. Tê-lo em meus braços

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By larrypsyche

Oláá! Depois de totó x pebolim, cá estou eu novamente. Espero realmente que gostem do capítulo. Boa leitura!

-x-

[Harry's POV]

Tomei um gole de café forte que estava na xícara em minha frente e repousei o utensílio de porcelana na pequena mesa da cozinha da casa de campo da despedida de solteiro de George. Após a festa, a maioria voltou para seus lares, restando no local eu, George, Tomlinson e Horan. Dormimos apenas por algumas horas em algum canto da sala e acordamos quase no horário do almoço.

Devido ao álcool e ao fato de não ter comido nada desde à tarde do dia anterior, eu já podia sentir os sinais de fome que meu corpo manifestava. Tomlinson afirmara que não sabia cozinhar muito bem, mas mesmo assim resolvera fazer ovos mexidos para todos.

─ Alguém tem um remédio para dor de cabeça? ─ Horan perguntou, esfregando as têmporas. ─ Minha cabeça está explodindo.

─ Veja se ainda tem na mochila que eu trouxe dentro do quarto repleto de caixas.

Louis explicou, fazendo um gesto qualquer com uma das mãos. No instante seguinte, colocou a mão na cintura e jogou o ovo um pouco para cima, virando-o na frigideira como um chef de cozinha. Sua risada pôde ser escutada por todo o cômodo e inconscientemente do ato sorri.

─ Já pode casar, Louis. ─ George brincou e Louis riu.

─ E você sabe cozinhar ou deixará minha irmã passando fome?

─ Acho que ela terá de se acostumar com lasanha congelada e pipoca de micro-ondas, se depender de mim.

─ Você sabe fazer mais do que isso. ─ Entrei na conversa, sorrindo para George e bebendo mais um gole de meu café.

Levantei-me de meu assento e passei por Louis, acariciando suavemente e de forma rápida sua cintura, apenas deslizando meus dedos por sua camiseta e me separando de seu corpo para deixar a xícara de café na pia. Notei o momento em que o nosso contato fez Tomlinson paralisar por segundos, porém decidi ignorar seu gesto e apenas sorrir para mim mesmo.

─ Certa vez fiz um ensopado para Fizzy quando estava doente. ─ Comentou distraído, mexendo na toalha de mesa. ─ Até que ela gostou, para falar a verdade.

─ Meggie gosta de seus waffles pela manhã quando vai visitá-la. ─ Comentei.

─ E vocês terão de gostar dos ovos mexidos que fiz. ─ Tomlinson interrompeu, segurando a frigideira de modo desajeitado e colocando o conteúdo que ali tinha em um prato.

Horan apareceu com a expressão desanimada, os ombros caídos e com passos lentos e arrastados. Sentou em uma das cadeiras que estavam de frente para a bancada e deitou sua cabeça em um de seus braços.

─ Minha cabeça está prestes a explodir.

─ Logo passa.

George deu batidinhas amigavelmente em seu ombro. O loiro levantou o rosto e o fitou por alguns segundos.

─ Não entendo como você não está de ressaca. ─ Disse. ─ Bebeu mais do que todos aqui.

─ Eu dei um remédio para dor de cabeça para ele, Niall, assim que acordou. ─ Louis explicou. ─ Agora coma alguma coisa. Só deve ter álcool em seu sangue.

─ Ok, mãe.

Tomlinson riu suavemente antes de se juntar a nós. Durante o café da manhã, George era o que mais falava. Comentava sobre os planos de casamento e sua proximidade. Aos poucos, Horan começou a comer o que tinha no pequeno prato em sua frente preguiçosamente, entrando na conversa e rindo vez ou outra do que Louis dizia.

Eu, no entanto, apenas observava o rapaz de cabelos castanhos e olhos azuis ao meu lado com seu bom humor e seu jeito divertido de entreter quem estive ao seu redor. Fiz alguns comentários para não demonstrar que minha atenção estava totalmente voltada para Tomlinson e tentei me concentrar nos ovos mexidos em meu prato.

Quando todos haviam terminado de comer, Niall e George já programavam uma partida de pebolim. Horan se animara um pouco após se alimentar e os dois caminharam em direção ao salão de jogos, deixando-me sozinho com Louis. Peguei os pratos e as xícaras, tirando-os da mesa e colocando na pia para lavar.

─ Deixe que eu lavo. ─ Louis se ofereceu, porém neguei rapidamente.

─ Não me importo de fazer isso.

─ Ok, então eu pelo menos enxugarei a louça. Passou a dor de cabeça?

─ Sim. E a sua?

─ Uhum. ─ Falou sorrindo. ─ Estou bem melhor agora. E ainda bem que escolhi um dos sofás para dormir, porque se tivesse sido o chão teria que me preocupar com minhas costas também. Gostou dos ovos mexidos que fiz?

─ Estavam muito bons. ─ Sorri.

─ É bom que tenha gostado mesmo, porque eu vou falar para todo mundo sobre esses elogios que estou recebendo. Ficarei me gabando.

Uma risada escapou por entre meus lábios e, com o canto dos olhos, notei Louis sorrir. Certo silêncio instalou-se entre nós por um intervalo grande de tempo. Não era incômodo de modo algum, porque, além de estarmos comprometidos lavando a louça, a companhia de Tomlinson era o suficiente para mim.

Por alguns segundos, ele cantarolou uma música que eu não conhecia. Por mais que soasse baixo, era notável o quanto a voz do de olhos azulados era bela. Fina e afinada.

─ Harry, eu sei que é um assunto complicado para vocês, mas... ─ Começou e parei o que estava fazendo para ouvi-lo. Louis parecia receoso para falar. ─ Não sei se lembra, quando estávamos juntos na festa, eu pedi desculpas pelo meu comportamento em relação a Zayn. Eu só queria reforçar mais uma vez o meu pedido...

─ Não se preocupe com isso, Louis, esse assunto por mim já está encerrado. Fico feliz que tenha compreendido melhor.

─ Sim, eu também. ─ Fez uma pausa. Continuei olhando para Tomlinson, esperando que se manifestasse, pois sabia que iria fazê-lo. ─ Ele foi tão idiota na última vez que nos vimos.

─ Malik?

─ Sim. Lembro que você estava lá na escola com Meggie quando Zayn resolveu me oferecer uma carona. Tentei mostrar minhas desconfianças de um modo discreto, mas ele acabou percebendo. Não sou tão bom com isso. ─ Ele disse com um sorriso triste no rosto e os olhos repletos de lágrimas. ─ Zayn entendeu o que eu queria e agiu de uma forma totalmente fingida.

Uma lágrima escorreu por sua bochecha suavemente e Louis limpou-a rapidamente, sorrindo fraco quando percebeu que eu ainda o observava.

─ Eu choro quando fico com raiva. ─ Falou fungando. ─ Eu devia ter acertado um soco nele quando tive oportunidade, porém acabei deixando passar e a perdendo.

─ Eu também deixei a oportunidade passar. ─ Confessei.

Tomlinson me fitou com os olhos arregalados por um momento.

─ Você já quis bater no Zayn?! ─ Concordei com um aceno e sorri, rindo um pouco, ao ver a expressão desacreditada de Louis. ─ Eu nunca pensei... Bem, sei o que ele fez e imagino a raiva que deve ter sentido, mas é que você parece alguém que resolve os problemas com a ajuda de advogados e não com um soco.

─ Eu tentei solucionar meus problemas com Malik tendo a ajuda de advogado, porém ele agiu de um modo muito esperto para que não fosse pego. Nós só tínhamos nossas suspeitas, que no fim foram provadas como verdadeiras, no entanto eram apenas suspeitas.

─ Pois eu acredito que você deveria acertar um soco em Zayn. ─ Brincou com um sorriso. ─ Por você e por mim.

Dei risada, negando com a cabeça.

─ Eu estou falando sério, por mais que esteja sorrindo.

─ Desejo fazer isso há tanto tempo, mas...

─ Mas?

─ Poderia ter consequências nada agradáveis. Eu poderia ser preso, por exemplo.

─ Oh, por favor, ele roubou de você! ─ Tomlinson deu um leve tapa em meu ombro, incentivando-me para que não desistisse da ideia de dar um soco em Malik. ─ E também tem tudo o que aconteceu com seu pai e-

Louis interrompeu imediatamente o que dizia ao notar o momento em que abaixei a cabeça e encarei o chão ao ser atormentado pelas lembranças terríveis de meu passado.

─ Desculpe, eu não queria-

─ Não se preocupe com isso, Louis. ─ Falei fitando seus olhos azuis límpidos e dando um pequeno sorrindo, estimulando-o a sorrir também. ─ A culpa não é sua.

─ E também não é sua. ─ Disse sincero. ─ Só há um culpado e o nome dele é Zayn Malik. Você sabe disso, certo?!

Sorri a ele. Nós estávamos tão próximos que se tornava difícil não querer tocá-lo e sentir o toque de sua pele na minha. Louis pareceu desejar o mesmo, pois seus olhos jamais deixavam os meus e sua boca se encontrava levemente entreaberta como um pedido silencioso por um beijo. E se era isso que ele também queria, eu não poderia ter total certeza. No entanto, pela razão de desejar matar a minha vontade, aproximei meu rosto o suficiente para nossos lábios se tocarem.

No primeiro toque, a eletricidade que percorreu meu corpo já era algo familiar na presença de Louis. Seu lábio superior ficou entre os meus possibilitando que eu aproveitasse a oportunidade para sugá-lo e mordê-lo. Tomlinson soltou um fraco gemido, quase inaudível se a proximidade entre nossos corpos não existisse. Minhas mãos molhadas e cheias de espuma correram para sua cintura, deslizando para dentro de sua camisa e agarrando a carne macia dali.

No mesmo instante, Tomlinson riu e separou nossos lábios.

─ Desculpe? ─ Disse meio incerto, sorrindo também.

Ele beijou meio queixo e soltou um riso suave.

─ Nós estamos com gosto de café e ovo. ─ Louis riu e escondeu o rosto em meu peito. ─ Não quero te afastar mais uma vez e dessa vez por causa do meu bafo.

A risada escapou por entre meus lábios novamente.

─ Eu tenho uma cartela de chicletes de hortelã.

─ Acho que servirá. ─ Louis estendeu a mão à espera que eu oferecesse a ele um chiclete.

Sentindo sua pele morena arrepiar, deslizei minha mão para cima e para baixo em suas costas, notando todas as curvas e as duas covinhas no final de sua coluna. Entreguei a ele um chiclete e coloquei em minha boca um, mastigando rapidamente para que o gosto de hortelã se tornasse permanente e eu pudesse voltar a beijar Louis.

Tomlinson segurou meu rosto entre suas mãos e levando seus lábios até os meus mais uma vez. Beijei-os com vontade, aproveitando cada segundo que o tinha em meus braços. Minhas mãos ainda deslizavam em suas costas carinhosamente enquanto nossos corpos tentavam desesperadamente se aproximar como se ainda sobrassem milímetros de espaço entre nós.

Pedi passagem para que minha língua explorasse a boca de Louis e quando ele a forneceu não perdi um segundo de meu tempo. Nossas línguas se entrelaçaram para um beijo mais íntimo e tempestuosamente que provocava o bambear de minhas pernas. O chiclete que Tomlinson mascava passara para a minha boca e ele ameaçou rir, mas não dei chance disso acontecer. Não queria que houvesse uma separação tão rápida novamente.

Mordi seu lábio inferior, deixando que minhas mãos escorregassem para fora de sua camisa e trilhassem o caminho até o meio de suas costas, trazendo-o ainda mais para mim.

─ Harry...

Foi apenas isso que Louis conseguiu sussurrar quando nossos lábios se separaram por instantes. As mãos de Tomlinson escorregaram em meus braços de modo lento e torturante, como se quisesse sentir cada músculo que havia por debaixo do tecido. Ainda durante nosso beijo, que se tornava cada vez mais intenso e vivo, ele abandonou meus braços e seus dedos trilharam o caminho até os botões de minha camisa. Ao tatear e notar que alguns dos botões se encontravam abertos, suas mãos não pensaram duas vezes antes de adentrar o tecido e começar a desenhar linhas imaginárias por minha pele.

Assim que senti a ponta de seus dedos contra a minha pele, meus pelos da nuca se arrepiaram assim como minha calça se tornou mais apertada. Apoiei o corpo de Louis contra a pia e deixei que sua língua passasse por meus lábios e explorasse cada canto de minha boca do modo torturante que ele sabia fazer. Suas mãos iniciaram uma subida até o meu pescoço ainda por dentro da camisa e, no minuto seguinte, nós já fazíamos o caminho para um dos quartos da casa de campo.

─ A c-chave. ─ Sussurrou apressado, tirando uma de suas mãos de meu peito e levando-a até o bolso de trás de sua calça skinny.

Assim que alcançou o molho de chaves, não perdeu tempo e as levou até minha mão, tateando até encontrá-la em suas costas. Quando as agarrei, nós nos separamos apenas o suficiente para descobrir qual era a indicada para aquela porta.

─ Tem um número em cada uma delas. ─ Louis explicou, tentando encontrar a determinada chave. Minhas mãos trêmulas também vasculhavam. ─ Deve ser a de número três. Aqui.

Ainda segurando a cintura de Louis, coloquei a chave na fechadura e a girei, destrancando a porta e adentrando o recinto com Tomlinson em meus braços. Rapidamente, tranquei novamente, com nós dois lá dentro e joguei a chave em um lugar qualquer que não era de meu interesse no momento.

Pressionei o corpo de Louis contra a parede ao lado da porta, sentindo no momento seguinte sua boca encontrar meu pescoço e iniciar uma trilha até minha boca. Seus beijos, além de molhados e gostosos, eram torturantes e meu interior seu contorcia com a necessidade de mais contato, de sentir sua pele morena contra a minha, sem um tecido fino nos separando.

Minhas mãos trêmulas adentraram novamente sua camisa e alguns dedos invadiram o cós de sua calça, descansando suavemente na barra da boxer fina e macia. Eu estava tenso com toda aquela situação. Por mais que eu desejasse veementemente que Louis estivesse em meus braços naquele momento, por mais que eu quisesse todos aqueles beijos, toques e carícias, um medo de não saber como agir caso nós avançássemos para algo mais íntimo me dominava.

Um gemido sôfrego escapara por entre meus lábios quando Louis mordeu um pedaço de pele em uma região sensível, deixando possivelmente uma marca avermelhada, e passou a língua rapidamente em um gesto carinhoso e torturante. Meu corpo inteiro já queimava em combustão somente por tê-lo ali comigo.

Em um movimento involuntário, meu quadril empurrou o de Louis contra a parede à procura de contato para um alívio imediato. Meu membro pulsante, dolorido e completamente duro se esfregou no dele ainda completamente vestido e ataquei seus lábios quando senti um prazer intenso ao fazer aquilo. Tomlinson soltou um leve resmungo com o nosso contato e investiu sua virilha contra minha também para aliviar sua ereção. Ao esfregar seu membro em minha coxa, pude sentir o quanto ele estava duro para mim. Em resposta, pressionei ainda mais nossos quadris, segurando sua cintura em um aperto forte e beijando seus lábios com vontade, sugando seu lábio inferior com um apetite insaciável.

O desejo de estar com Louis era quase instintivo, tornando-se assim difícil de dominar e clarear minha mente para qualquer rastro de razão que ainda pudesse existir.

Aproveitei o momento em que nossas bocas se separaram para beijar a pele completamente exposta do pescoço e ombro esquerdos de Louis. Pude sentir o gosto salgado de sua pele morena e notei o modo como minha boca deixava sua pele inteiramente arrepiada após o toque. Prazer e realização. Eram essas as palavras que poderiam descrever aquele momento.

Prazer por Louis ser o retrato daquele que eu desejava ardentemente dia após dia, noite após noite, mês após mês. Realização por ele estar em meus braços naquele precioso momento deslizando seus dedos de modo provocativo por dentro de minha camisa, acariciando meu abdômen e parecendo querer marcar em suas digitais todas as linhas daquela região.

Sem pensar duas vezes, fiz como ele e mordi suavemente a pele de seu ombro, sugando por segundos aquele pedaço de carne para deixar uma marca avermelhada e passando a língua pela região. Os dedos de Louis estavam completamente presos e embolados em meus cabelos e seus olhos me fitavam deixando todo o prazer que sentia transparecer assim que constatei como o rapaz em meus braços se encontrava.

Não pensei duas vezes antes de pressionar nossas virilhas mais uma vez roubando um gemido baixo e sussurrado de Louis. Seus lábios, mesmo finos, estavam tão avermelhados e inchados que se tornaram tão irresistíveis, provocando que eu os beijasse novamente.

Tomlinson não ficou para trás. Esfregou seu membro contra o meu de modo lento enquanto segurava meu quadril com força para que um pressionasse o outro e ajudasse a aliviar o estado de excitação. Minhas mãos escorregaram até sua bunda, mesmo ainda por cima da calça, e a apertaram para provar da maciez que era o local. Louis gemeu e pressionou o quadril ao meu assim que o fiz.

Enquanto eu provocava pressão em sua virilha, Tomlinson rebolava lentamente na tentativa de aliviar nossas ereções. Nossos gemidos já se misturavam e não eram apenas sussurros, ficando um pouco mais altos, mas não altos como um grito ou como se alguém pudesse escutar atrás da porta. Altos apenas para que um escutasse o do outro.

Com a calça ainda vestida, eu podia sentir o pré-gozo pingando de meu pênis, molhando toda a boxer escura que eu utilizava e tornando-a ainda mais grudada a mim.

Iniciei investidas fortes contra o quadril de Louis. Aqueles movimentos lentos não pareciam mais suficientes agora. Minha camisa já se encontrava praticamente aberta por inteiro e senti Louis deslizar suas mãos por minhas costas, tentando desesperadamente puxar ainda mais meu corpo para perto do seu. Eu também desejava mais. Desejava o alívio, por hora.

Segurei as duas pernas de Louis e ele as encaixou deliberadamente em minha cintura para que permitisse um contato entre nossos membros. Seus lábios procuraram os meus para um beijo misturado com ternura e repleto de desejo. Minhas mãos deslizaram até sua calça massageando seu pênis e suas bolas ainda cobertos pelo tecido. Ele gemeu arrastado, fazendo com que os pelos de minha nuca se arrepiassem mais uma vez.

Uma das mãos de Louis abandonou a pele de minhas costas e deslizou até a região de minha virilha, massageando meu membro assim como eu fazia com o dele. Seus dedos pareciam saber os pontos certos e o modo certo de me tocar para que eu me retorcesse em prazer. Eu não poderia mais segurar. Mesmo se quisesse e parecesse acontecer tão rápido. Nunca antes eu havia sentido tanto prazer apenas com o toque de alguém por cima de todo o tecido e Louis estava me provando que era possível sim gozar assim.

No momento em que Tomlinson sussurrou o meu nome em meio aos gemidos, não me segurei mais e gozei em toda minha boxer, tornando-a grudada em meu corpo. Beijei a bochecha avermelhada de Louis, tirando a franja molhada de seus olhos, e continuei massageando e investindo contra o mesmo para que ele também alcançasse o ápice. Não demorou muito para que eu percebesse que ele também já havia gozado, pois amoleceu em meus braços, curvou-se para mim respirando fundo e encostou a testa em meu peito exposto.

─ Louis! Louis! ─ Ouvi Niall gritar segundos depois, sua voz sendo abafada pela porta que nos separava.

Em meio a nossas respirações ofegantes, Tomlinson me fitou de um modo assustado e com os olhos levemente arregalados. Tentando acalmar sua respiração, ele deu um suspiro forte e soltou o ar calmamente.

─ Louis! ─ Chamou novamente.

─ E-Estou aqui! ─ Respondeu de volta com a voz suavemente trêmula.

─ Onde?

─ Em um dos quartos.

Ouvi os passos pesados de Horan se aproximarem e segundos depois ele mexeu no trinco tentando abrir a porta que felizmente se encontrava trancada.

─ Abre aqui.

─ Não posso. E-Eu... Eu estou meio ocupado.

─ Ok... Você viu o Harry?

Tomlinson simplesmente congelou por não saber o que dizer. Seus olhos azulados mais uma vez me encararam completamente arregalados, esperando que eu desse uma solução a ele. Passaram-se segundos sem que eu tivesse alguma ideia de mentira que pudesse ser utilizada.

─ Hum... ─ Disse maliciosamente e a voz mais uma vez sendo abafada. ─ Vocês estão juntos aí, não estão?!

─ N-Não. Ele está em-

─ Nem venha mentir para mim. ─ Falou, gargalhando em seguida. ─ O que estão fazendo?

─ Nada, Niall. É só-

─ Ok, ok. Já entendi tudo. ─ Interrompeu mais uma vez rindo e dizendo aquilo maliciosamente. Meu rosto queimava em rubor assim como o de Louis. Era completamente constrangedor aquela situação. ─ Eu só vim avisar que George está querendo voltar para casa. Como ele veio com Harry, acredito que quem terá de levá-lo será o Styles.

─ Avise-o que já estou indo. ─ Manifestei-me rapidamente.

─ Tudo bem. Terminem o que tenham começado aí e depois nos encontrem. Espero que eu não tenha atrapalhado em nada.

─ Niall! ─ Louis gritou de modo repreensivo, porém o loiro nem pareceu se importar. Afastou-se da porta em meio a gargalhadas.

**

Richard dirigia em direção ao lugar que eu havia apontado anteriormente. Mesmo com a insegurança que me tomava, eu estava quase decidido de que tinha de fazer isso. Por mim mesmo. Como um meio entre tantos outros para superar os fantasmas do passado que surgiam para me atormentar principalmente durante os sonhos. Louis havia me dado certa coragem para fazer isso. Incentivara-me mesmo em um tom de brincadeira para tomar uma atitude.

Afinal, o que poderia fazer? Era improvável que chamasse a polícia, especialmente depois de tudo o que fez. De todos os golpes que armou, trapaças que elaborou e pessoas que enganou.

─ Senhor, tem certeza de que isso é adequado? ─ Richard questionou assim que estacionou de frente para a bela e suntuosa casa. Ele parecia um pouco temeroso e preocupado por mim.

─ Adequado não é, porém necessário para que eu supere algumas coisas.

Ele riu um pouco.

─ Não consigo imaginá-lo fazendo isso.

Eu sorri e neguei com a cabeça.

─ Apenas esteja aqui esperando para ir embora. Deixe o carro ligado.

Richard concordou com a cabeça e desci do carro. Arrumei o paletó como sempre, talvez uma mania que tivesse adquirido após assumir os negócios de meu pai, e iniciei uma curta caminhada até a entrada da casa que mais poderia ser considerada uma mansão. Uma leve irritação ao constatar que aquilo tinha sido tudo conquistado através de mentiras e enganações me tomou.

Apertei a campanhia e uma dúvida pairou sobre minha cabeça. Era pouco provável que ele atendesse a porta, sendo muito possível que um dos empregados o fizesse. Se isso ocorresse, eu com certeza desistiria de meu plano, sentindo-me um idiota, e voltando para casa.

No entanto, no momento seguinte a porta se abriu, revelando quem eu gostaria de encontrar.

─ Styles? ─ Malik indagou confuso e com um tom levemente irritado.

Eu, porém, não dei muitas brechas para que uma conversa, ou possivelmente discussão, se iniciasse. Com os punhos fechados, acertei uma de direita em seu rosto, fazendo-o cair no chão de granito aos seus pés. Arrumei meus cabelos que caíram no rosto após meu movimento brusco e bati rapidamente em meu paletó para que se ajeitasse em meu corpo novamente.

Malik me encarou espantado, com os olhos extremamente arregalados. Sua mão foi de encontro ao rosto que já se encontrava muito avermelhado e um filete de sangue escorria de seu nariz. Eu não me importava. Depois de tudo o que ele fizera a minha família, aquela dor que ele provavelmente estava sentindo não era nada comparado a tudo pelo que meu pai passara.

─ Isso é por Desmond. ─ Falei de forma dura. Se ainda fosse possível, seus olhos se arregalaram ainda mais. ─ Por tudo o que fez a ele e a minha família. E também por Louis. Por ter mentido a ele e o enganado. Fique longe de nós! ─ Ordenei.

Sem desejar mais ficar ali, dei as costas a Malik e caminhei de volta ao carro onde Richard pacientemente me esperava. Assim que entrei, um alívio, mesmo que mínimo, já se fazia presente.

Talvez eu não fosse mais atormentado por lembranças ruins durante meu sono.

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