#SAM
Sou Samanta, tenho dezesseis anos, tenho pele clara cabelos castanhos e olhos verdes ,e hoje começa as aulas.
06:00 a.m
Hora de levantar, me levanto e tomo um banho de dez minutos. Visto o uniforme, calça jeans e meu all-star. Penteio os cabelos, e os deixei soltos. Desci para a cozinha, lá estava minha mãe tomando café, depositei um beijo em seu rosto e pego um pão de queijo encima da mesa.
-Iae Sam, não vai se atrasar! - diz Lucas meu irmão mais velho, ele desce as escadas rapidamente.
-Oi Lucas, vai trabalhar hoje? -pergunto. Lucas beijava o rosto da mãe enquanto roubava um dos bolinho do prato dela.
-Vou sim. Vem, eu te dou uma carona pra escola - ele jogou um capacete pra mim.
-Cuidado vocês dois! - diz minha mãe se levantando da cadeira - Lucas deixe-a no portão do colégio, e você mocinha, nada de sair com os amiguinhos. Direto pra casa - ela caminha até a sala e pega sua bolsa encima do sofá - Vou resolver uns assuntos com seu tio Robson, não demoro muito pra voltar.
Mamãe deposita um beijo na testa de cada um de nós e sai. Coloquei a mochila nas costas e fui para fora também, Lucas não demorou pra trancar a casa e pegar sua moto na garagem.
Lucas me deixou na escola e foi trabalhar, logo avistei meus amigos e fui cumprimentá-los.
-Oi Carla - digo abraçando-a.
-Olá Sam... - ela sorri. Seus cabelos dourados balançavam com o vento da manhã.
-Olá meninas... - um garoto alto e loiro, assim conhecido como Marcelo vem nos abraçando.
-Haha... Oi - digo logo me afastando de seu abraço.
-As aulas foram suspensas hoje. Algumas salas estão destruídas - avisa Marcelo colocando as mãos no bolso de sua calça.
-O que houve? - Carla pergunta já assustada.
-Ah, não sei bem. Falaram que invadiram a escola ontem a noite, e infelizmente a diretora está desaparecida - explica ele, parecia bastante incomodado com o assunto.
-Ham sim... Nossa, que triste - digo ajeitando minha mochila - Então o jeito é voltarmos pra casa.
-Bem... Então tá - Carla olha pra trás - Meu pai ainda está aqui, acho melhor eu avisar ele... Bom, já vou indo gente. Sam, você vem?
-Ah, claro... - respondo. Sinto a mão de Marcelo segurar meu braço, olhei em seus olhos e ele parecia bem estranho - Ham... Marcelo, tudo bem com você?
-Quero conversar com você... - ele me solta calmamente.
-Ham... Vou deixar vocês a sós - Carla foi até seu pai, logo foi embora com ele.
Em poucos segundos só estávamos nós dois, frente a frente. Marcelo respirava fundo e olhava para os lados, estava bem estranho mesmo.
-Fala. O que você tem pra me dizer? - pergunto cruzado os braços.
-V-você corre perigo... - gagueijou ele.
-Como assim? - arqueio a sobrancelha.
Vejo um garoto de capuz passar por mim, estava correndo bem rápido. Sua mão agarrou a corrente em meu pescoço, assim se arrebentando e indo embora com aquele ladrãozinho.
-Ei! - sai correndo atrás dele - Volta aqui! Seu ladrãozinho de merda!
-Sam não! - ouço Marcelo gritar. Logo o vejo vir atrás de mim.
Foquei em seguir aquele ladrão, acabei me enfiando em um parque ambiental. Olhei rapidamente para trás e não vi nem sinal do Marcelo.
O moleque que havia me roubado, o vi pular as cercas de divisão com a mata fechada, não tive escolha a não ser segui-lo, pulei a cerca atrás dele.
-VOLTA AQUI! - paro de correr ao olhar ao redor e me encontrar perdida, o moleque havia sumido.
O barulho dos pássaros começaram a ser arrepiantes, deixavam o local com um clima sinistro e pesado.
Sinto um puxão em minha camisa, cambaleei para trás quase caindo.
Olhei para ver quem me puxava, e me deparo com um garoto, aparentava ter uns dezenove anos, pálido com cabelos castanhos, usava roupas escuras e um capuz preto... Espera... É o ladrãozinho que me roubou!? Estávamos a dez metros de distância. Ele se encostava em uma árvore e brincava com minha corrente em suas mãos.
-Seu idiota! Quem você pensa que é pra me roubar!? - grito. Seu olhar era do tipo assassino, seus olhos, por incrível que pareça, reluziram em vermelho - Ham...?! - recuei quando ele sorriu, assim revelando dentes afiados.
-Nossa ! Como você cresceu, Sam- ele se aproxima dando alguns passo.
-Ham...? - recuo já ficando assustada.
-Você não vai se lembrar, era muito nova quando tudo aconteceu. Mais você minha querida esta aqui por causa de sua força, não vou deixar que ajude seus pais na guerra - ele da um sorriso maldoso, joga a corrente no chão e vem vindo mais rápido com os punhos fechados.
Sem pensar mais, me virei e sai correndo em meio a todo aquele mato. Tudo muito estranho. Um garoto me rouba, tem características bizarras de demônio e vem com umas conversas estranhas.
A minha frente havia uma árvore muito grande, seu tronco é enorme, de ambos os lados surgiram dois rapazes, um deles reconheci ser Marcelo. O outro garoto é moreno claro, seus olhos de um verde esmeralda, e seus cabelos negros como carvão. Marcelo deu um passo à frente, assim desafiando a aberração que me seguia.
-Marcelo! Ele é estranho... - grito assustada. Marcelo olha pra trás, pude ver seus olhos reluzindo em cor de sangue. Levei as mãos na boca, recuei alguns passos.
-Saia daqui! - rosnou ele, presas afiadas surgiram de repente. Eu quis correr, mas a árvore atrás de mim não deixava.
-Samanta venha! - o garoto moreno segura meu braço, porém recuo brutalmente.
-Quem é você? - me afasto até encostar minhas costas na árvore. Minha respiração está acelerada quase competindo com meu coração - O que é você?
- Sou Duca... - responde ele com a voz grave.
-Saia daqui seus intrometidos! - rosnou o garoto que logo a pouco havia me roubado - Eu só quero a garota...
-Esse é o problema... Agora some daqui Victor, a não ser que queira morrer - diz Marcelo.
O garoto sumiu em um segundo, apenas poeira havia sobrado em seu lugar. Sai correndo deixando aqueles meninos lá.
-Aí credo! Que estranho... - murmuro enquanto corro sem destino. Corri muito mesmo, parei quando não havia mais fôlego - Eu estou ficando louca... Eles, eles são vampiros. Não pode ser... - me encosto em uma rocha enorme, me sento no chão, minhas mãos tremia demais - Isso... É mito!
-Uou... Magoei - ouço alguém dizer. Olhei ao redor e me deparei com Marcelo encostado em uma árvore próxima - Acha mesmo que sou um mito? - me levanto assustada - Não vale a pena correr de mim... Acalme-se, não vou te fazer mal algum.
-Estamos aqui apenas para te proteger... - aquele garoto, Duca, estava sentado em galhos de uma grande árvore. Do nada ele se joga de lá de cima, e por incrível que pareça, ele não se machucou.
-Por que isso agora? - digo me levantando - Vampiros...
-Eu não sou vampiro... - protesta Duca se aproximando - Lobisomens também existem.
-Ah não, para! - fiz sinal de pare com uma das mãos e recuei - Eu quero ir embora!
-Se você deixar a gente te levar - Marcelo estende uma das mãos e vem ao meu encontro.
O medo me tomava por inteira, minhas mãos estavam geladas e trêmulas. Segurei a mão do Marcelo, apesar de não confiar tanto nele agora.
-Vamos logo Marcelo. A qualquer momento Victor chegará com reforços, ele não vai desistir tai fácil assim - Duca sai andando mais a frente. Marcelo apenas assentou e segurou minha mão com mais firmeza, seguimos caminho.
Em meu rosto suor escorria feito gelo, só de pensar de que meu amigo é um ser sobrenatural, já dá um arrepio na espinha.
Estávamos perto para entrar em uma caverna, quando me recusei a entrar.
-Esse não é o caminho para a minha casa - solto a mão do Marcelo e fico parada.
-Eu fico pra segurá-lo, ele sabe aonde estamos... Vou tentar acabar com tudo isso, uma mordida e pronto - diz Duca, ele me joga minha corrente - Acho que isso é seu... Use quando estiver em perigo - e assim ele nos deixou. Marcelo apenas assentiu.
-Vamos logo! - Marcelo tenta agarrar meu braço novamente, porém recuso - Sam... Para com isso, eu sei que é tudo muito estranho. Mas se não vê, estamos tentando salvar a sua vida e te levar para um lugar seguro.
-Eu não confio mais em você... - digo pasma.
-Normal... - ele me agarra pelo braço e sai me arrastando par dentro da caverna.