Save-me, Doctor! • JIKOOK [ON...

由 lovelybitch_44

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[CONCLUÍDO] "Pode um médico se apaixonar pelo próprio paciente?" Quando um jovem é diagnosticado com Leucemia... 更多

Me Salve, doutor!

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由 lovelybitch_44

Olá Leitores♡

Sejam bem-vindos(as) a minha primeira fanfic one-shot (um capítulo).

Quero ressaltar aqui que não é sad-fic, embora pareça, não precisam se preocupar.

Desde obrigada por estarem dando uma chance a "Save-me, doctor!" Espero que gostem da leitura e fiquem a vontade para darem suas opiniões.

Peço que votem (☆) e comentem muuito, amo ler os comentários de vocês e isso me ajuda a saber se vocês estão gostando da estória.

E sigam meu perfil aqui no wattpad: lovelybitch_44 clicar em cima do nome e seguir).

Então, sem mais enrolações, Boa Leitura!
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— De novo essa história de "minha vida é um tédio?" — Revira os olhos. — Cara, você é um médico! Não tem tempo pra ficar entediado, você precisa salvar vidas.

— Eu tô falando da parte amorosa, Jin, sabe que eu sou tão ocupado que não tenho tempo pra arrumar alguém, isso faz a minha vida ser entediante, eu amo meus pacientes, amo o que faço, mas eu preciso viver, entende?

Seokjin para de mexer nas planilhas e olha para o amigo.

— Você precisa de uma folga, tá trabalhando demais e tá começando a ter olheiras, mas agora você tá de plantão, então vai examinar seus pacientes! — Voltou a mexer nas pastas. — Achei! Paciente Choi Beomgyu, vai ter alta, finalmente!

— Ele já melhorou? — Jeon sorri para o amigo que assente. — Que bom, ele tinha me dito que queria passar o Natal com a família, ele vai conseguir, fico feliz por ele.

— Beomgyu lutou muito contra a covid, ele venceu e vai voltar pra casa, essa é a melhor parte da nossa profissão, saber que graças a nós, pessoas conseguem voltar a viver felizes e saudáveis.

— Você é um ótimo médico, Hyung.

— Eu sei. — Ri.

Jungkook nega com a cabeça e ri do amigo.

"ALERTA AMARELO!"

Os amigos viram quando uma enfermeira entra na sala de arquivos onde eles estão e grita o código de atendimento urgente.

Ambos médicos largam os papéis em mãos e vão até a área de entrada do hospital onde um paciente era trazido pelos socorristas em uma maca.

— Qual o caso? — Jeon chega ao lado de um dos socorristas e pergunta a causa da urgência.

— Paciente anêmico, foi socorrido com sangramento nasal, febre e dificuldade pra respirar, não conseguia andar e nem falar, a mãe está grávida e está vindo de táxi.

— Enfermeiras, levem-o para a sala de urgência e emergência, administrem oxigênio e sedativo.

— Sim, doutor! — A enfermeira chefe concordou e tomou as rédeas da maca junto de outra enfermeira.

— Você lida com isso? Tenho que dar alta para o meu paciente, ele tá agoniado pra voltar pra casa. — Seokjin pergunta para o moreno.

— Sim, deixa comigo. — Afirma e Jin agradece saindo dali.

Jeon foi até a recepcionista.

— Minji, uma mulher grávida está chegando, ela vai perguntar pelo paciente que acabou de chegar, tente acalmá-la e diga que estou cuidado bem do filho dela e em breve darei notícias, não a deixa ficar angustiada, pode ser prejudicial ao bebê. — Avisa.

— Sim, doutor, pode deixar.

Jungkook assente e vai até a sala de urgência e emergência.

◇◇◇

— Doutor, já sedamos o paciente, os sinais vitais estão estáveis. — Jihyo, a enfermeira chefe, diz.

— Obrigado, jihyo, vou examinar ele e quando a mãe chegar quero solicitar alguns exames, pode me avisar quando ela chegar?

— Posso, sim, com licença. — Sai da sala.

Jungkook fica ao lado do paciente e fecha a cortina em volta da maca para ter mais privacidade, pois havia mais pacientes na sala.

— Tão jovem.. o que será que você tem, garotinho? — O moreno tira o estetoscópio do pescoço e verifica os batimentos do menino. — Seu coração é bem calmo. — Deixa o aparelho em cima da maca e pega uma lanterna de bolso para avaliar as íris. — Hum.. olhos sem foco.

— Doutor, a mãe do paciente chegou, ele está inquieta e quer entrar. — Jihyo abre a porta da sala e avisa.

— Eu vou lá com ela. — Fala.

Jeon guarda os aparelhos no bolso e sai da sala indo até a recepção do hospital onde viu uma mulher baixa e grávida andando de um lado para o outro, realmente inquieta.

— Olá, sou o doutor Jeon, responsável pelo seu filho, senhora...

— Park, Park Minda, doutor, como meu filho está? Ele tá bem? — Ela segura o braço de jeon como apoio para si mesmo, pois se sentia fraca.

— Por favor, sente-se, a senhora pode passar mal, uh? Fique tranquila, seu filho está estável agora, dormindo, quero fazer algumas perguntas.

— Tudo bem... — Ela se senta em uma fileira de bancos e jeon se senta ao lado dela.

— Como o seu filho se chama? — Inicia o diálogo.

— Park Jimin.

— Idade?

— Ele acabou de fazer dezenove.

Ele é realmente muito jovem.

— Minda, pode me dizer o que aconteceu antes de jimin passar mal?

— Nada de mais, estávamos vendo umas roupinhas que eu comprei pro meu filhinho que vai nascer, jimin estava feliz, ele está muito ansioso pelo irmãozinho dele, então ele foi buscar um remédio pra dor de cabeça que ele começou a sentir do nada, como tava demorando muito eu fui ver, quando cheguei na cozinha ele estava no chão, não conseguia respirar e nem falar, o nariz dele começou a sangrar e ele estava muito quente, eu entrei em desespero e pedi ajuda ao vizinho, ele chamou a âmbulancia que o trouxe pra cá. — Explicou.

— Compeendo, jimin tem alguma doença? ou alguém na família dele tem?

— Bom, jimin foi diagnosticado com anemia ferropriva a três anos, mas estamos tratando com remédios e vitaminas, estava indo bem, não sei o que aconteceu..

— Ele estava tendo acompanhamento médico?

Ela nega.

— Não temos uma boa condição financeira pra ir ao médico regularmente, então jimin preferiu somente tomar os remédios.

— E o pai dele?

— Somos só jimin e eu, meu ex marido foi embora a dois meses e nos deixou sozinhos com todas as dívidas e comigo grávida de quatro meses, jimin teve que largar a faculdade pra trabalhar e me ajudar em casa. — Ela fala com pesar.

Jeon suspirou.

— A anemia explica o mal estar, febre e a falta de ar, mas o sangramento nasal, não. — O médico conta.

— Então o que pode ser? É grave? — A mulher começa a se alarmar.

— Não, não tenho certeza, várias coisas podem causar esse sangramento, como o ressecamento da mucosa nasal pelo frio, algum vírus, exposição a algum produto químico forte e até mesmo o uso de drogas.

— Meu filho não usa drogas!

— Eu não quis dizer isso, sinto muito, preciso da sua permissão para fazer alguns exames, entre eles um hemograma, quero saber o estágio da anemia dele e se precisa de um tratamento mais profundo. — Jeon levanta da cadeira e fica de frente para a mulher. — Por favor, vamos até a recepção para a senhora assinar a permissão.

Minda assente e se levanta seguindo o doutor.

— Minji, quero solicitar uns exames, essa senhora vai assinar a permissão para o filho dela. — Ele diz para a recepcionista.

— Sim, só um momento.. — Ela digita algo no computador. — Quais são os exames?

— Teste do covid e um hemograma.

— Certo. — Ela digita e imprime o papel o entregando para a mulher. — É só a senhora assinar em baixo.

Minda sem questionar pega a caneta e assina a folha.

— Obrigado pela cooperação senhora Park, vou cuidar do seu filho, fique tranquila.

— Por favor, doutor, ajude o meu filho, faça tudo que estiver ao seu alcance pra ele ficar bem, eu imploro.

— Eu prometo não desistir dele!

◇◇◇

— E então, como foi?

— Pedi uns exames, preciso saber o que ele tem, desconfio que não seja apenas anemia, mas não posso afirmar.

— Ele é tão jovem e já aparenta ter tantos problemas, é uma pena. — Seokjin senta na frente de jeon com seu almoço em mãos. — Não tá com fome? é hora do almoço, come alguma coisa ou vai passar mal.

— Não tô com fome agora, depois eu come uma maçã.

— Maça? Você é louco! — Olha estranho para o moreno. — Você parece inquieto, tem alguma coisa te incomodando?

— Só quero ver logo o resultado dos exames.

— Porque está tão interessado nesses exames? você geralmente não tem problema em esperar..

— Eu.. tô com pena da mãe do menino, ela é sozinha e está grávida, deve ser horrível ver o filho mal e não poder fazer nada, ela me implorou pra ajudar o jimin, agora eu me sinto responsável por ele, isso me deixa inquieto.

— É realmente uma coisa muito triste, mas você já lidou com coisas piores e nem por isso deixou de comer, algo nesse caso está te deixando aflito.

— Eu não sei, apenas quero resolver logo isso, talvez assim eu me sinta melhor.

— Você que sabe.

◇◇◇

Jeon entra no quarto do novo paciente às cinco da tarde, ele ainda dormia, respirava com auxílio de oxigênio e recebia soro glicosado, o médico se aproxima do leito e pega o prontuário do garoto de cabelo cinza.

— Park Jimin, dezenove anos...

— Doutor..

Jeon por estar distraído leva um pequeno susto quando o garoto o chama, o moreno nota quando ele abre os olhos lentamente tentando se acostumar com a iluminação do pequeno quarto.

— Olá, jimin, como se sente? — Indaga ao deixar o prontuário sobre a pequena mesa ao lado cama.

— Com.. sede.. — Murmura.

Jungkook vê que na mesa também havia uma jarra de água e um copo com canudinho, ele enche o copo de água e tira o aparelho de oxigênio do rosto do mais novo, aproximando o canudo da boca de jimin.

O garoto entreabre os lábios e suga o líquido gelado molhando sua garganta seca.

— Obrigado..

Jeon assente e pousa o copo na mesa, ele senta na cadeira disponível ao lado da maca e olha o menino.

— Meu nome é Jeon Jungkook, sou o médico que vai acompanhar você durante sua estadia aqui. — Sorri confortante.

Jimin o olha estranho.

— Estadia? Eu vou ficar aqui?

— Até eu saber o que causou seu mal estar, sim. — O médico informa.

— Eu tenho anemia, por isso passei mal, é normal. — Jimin diz.

— Isso acontece com frequência?

— As vezes, eu sempre fico bem, preciso que me dê alta, tenho que trabalhar amanhã. — Tenta se levantar, mas jeon segura suavemente seus ombros fazendo-o voltar a se deitar.

— Entendo que queira ir, mas ainda não tenho o resultado dos seus exames, espere mais um pouco, uh? Se for o caso eu posso te dar um atestado. — Jeon tenta convencê-lo.

— E a minha mãe?

— Ela está bem, mas ainda não pode te visitar, apenas amanhã de manhã, agora você precisa descansar, mas tarde seus exames ficam prontos e eu venho te informar o resultado, durma um pouco, qualquer coisa pode apertar esse botão vermelho que alguma enfermeira vem. — Explica, apontando para um botão grudado à maca.

— Você parece jovem pra ser um médico.. — Comenta, não querendo ficar sozinho no quarto.

— Agradeço o elogio, tenho vinte e oito, trabalho apenas um ano aqui.

— Humm.. então é um prodígio? — Ri fraco. — Que sorte.

— Não é bem assim, me esforcei muito pra estar aqui, minha família não tinha boas condições, então eu estudei o máximo que pude, entrei como bolsista na faculdade e me formei com louvor, um belo exemplo, uh? — Sorri, convencido.

— Ainda sim, teve sorte de poder estudar, tem muita gente que não pode estudar porque tem que trabalhar...

— Você é um deles, não é?

— Minha mãe contou? — Jeon assente. — Pois é, meu pai é um cretino que nos largou no nosso momento mais difícil, tranquei a faculdade de administração e agora trabalho como caixa de uma loja de conveniência.

Jeon se compadece do menino.

— Pense pelo lado bom, você ainda tem a sua mãe, ela te ama e em breve te dará um irmãozinho.

Jimin automaticamente sorri.

— Meu irmão é a única coisa boa que meu pai nos deixou, espero que ele nunca mais volte, vamos ser felizes, apenas nós três. — Jimin respira profundamente.

— Não tenho dúvidas disso, jimin, vocês são muito fortes, vão superar isso, assim como você vai se recuperar logo e vai pra casa em breve.

Jimin assente, esperançoso.

— Eu preciso melhorar logo, doutor, minha mãe e meu irmão precisam de mim, não posso ficar doente e deixar eles sozinhos.

— Eu vou te ajudar, fique tranquilo, não vou descansar enquanto não te der alta, prometo! — Diz, querendo conforta-lo.

— Obrigado.

— Agora durma um pouco, vou ver meus outros pacientes, até logo, jimin. — Fala e vai até a porta, saindo da sala e indo para a sala de descanso onde encontrou Seokjin.

— Ei, eu tava te procurando. — O mais velho diz quando o amigo se senta ao seu lado. — Toma, o resultado do exame do garoto, a enfermeira não te achou e pediu pra eu te entregar. — Estende o envelope amarelo para o moreno.

Jeon pega o envelope e suspira ansioso.

— Porque tá tão nervoso? abre logo!

Jungkook se recompôs e tirou a folha de dentro, leu detalhadamente a descrição do hemograma e o resultado dele, até que sua expressão pesou.

— E então? O que deu?

— Leucemia.. Ele tem Leucemia aguda. — Larga a folha no sofá e passa as mãos pelo cabelo, frustrado.

— Nossa, que pena.. vai contar pra ele ainda hoje? — Jin pergunta.

— Não sei, eu devo? A mãe dele só vem amanhã, devo esperar?

— Bom, ele é de maior, não precisa esperar a mãe, acho que deve contar logo, mas você que decide.

— Não sei o que eu faço, hyung, eu tinha esperança de dar alta pra ele logo.. como explico que ele vai precisar fazer quimioterapia e um transplante de medula? — Olha com pesar para o médico mais velho.

— É complicado, jungkook, mas é a realidade, dar notícias ruins também faz parte da profissão, apenas dê o seu melhor para ajudá-lo, isso é tudo o que você pode fazer por ele. — Diz.

◇◇◇

A noite se passou e jeon não voltou ao quarto de jimin, resolveu esperar a mãe dele chegar, assim não teria que dar a má notícia duas vezes e jimin teria sua mãe para apoiá-lo nesse momento difícil.

— Doutor Jeon, a mãe do paciente Park Jimin chegou para visita. — Jihyo informa.

— Já vou lá, obrigado.

O médico sai da sala de descanso e vai até o quarto 216, onde jimin estava, ele respirou fundo e balançou os documentos do hemograma em mãos afim de controlar o nervosismo de ter que dar uma notícia inesperada.

Abriu a porta do quarto e entrou já vendo Park Minda segurando a mão do filho enquanto conversava com ele.

— Bom dia, como dormiu, jimin?

— Acho que bem, não tive mais dores. — Responde o garoto.

— Que ótimo. — Jeon sorri.

— Doutor, e os exames? Já saiu o resultado? — Minda indaga, isso faz jeon engolir em seco.

— Sobre isso, preciso conversar com vocês, com calma..

— É algo ruim? — Jimin sente o coração palpitar.

Jeon suspira.

— É um assunto delicado, preciso que mantenham a calma e prestem muita atenção.. — Jungkook fala com suavidade e se aproxima de ambos, ficando ao lado da mulher qua estava sentada.

Ele entrega as folhas para Minda, já que jimin não podia levantar os braços por conta do soro.

— Eu realmente não entendo nada disso aqui, doutor, o que significa? — Minda mirou o médico, confusa.

— Jimin tem Leucemia aguda.. é um câncer que compromete a formação das células sanguíneas, isso dificulta o nosso organismo de combater infecções mais graves. — Explica.

— E-eu tenho.. câncer? — Jimin começa a respirar com dificuldade, a garganta fechando e a vontade de chorar se fazendo presente.

No mesmo momento Minda cai do choro, o desespero ao pensar que poderia perder seu filho lhe corroia.

— Existe tratamento! — Tentou acalmar.

— Qual? Quimioterapia? A única solução é raspar meu cabelo? — Jimin agora também chorava.

— É uma opção, mas também tem outra solução, um pouco difícil, mas tem chances. — diz.

— E qual seria? — Minda indaga, enxugando as lágrimas.

— Um transplante da medula óssea.. existe uma lista de doadores no hospital, jimin pode entrar na lista de espera e tentar um doador compatível com ele, a cirurgia tem altas chances de sucesso e jimin vai ficar saudável e sem sequelas.

— Isso não parece ser tão simples. — Jimin murmura.

— Não é, há vários pacientes esperando por um doador, mesmo se você entrar na lista agora, ainda terá que esperar sua vez chegar, mas não é impossível, precisa ter esperança, você vai conseguir, eu mesmo farei sua cirurgia e vou garantir que seja um sucesso! — Afirma, tentando passar positividade para ambos.

— Mas antes, vou precisar fazer uma tomografia pra avaliar o estágio que o câncer está, assim vou poder saber quanto tempo temos para o tratamento. — Jeon explica. — Vai dar tudo certo, confiem em mim.. — Ele sorri confortante e sai da sala.

Jungkook sabia que estava errado em afirmar a melhora de um paciente sem realmente saber se vai ter uma, mas o caso de jimin era especial, isso desencadeava um gatilho do seu passado que ele nunca contou a ninguém, por isso ele precisava fazer jimin melhorar, era uma necessidade.

— Oh, doutor, há um homem na recepção querendo visitar o paciente Park Jimin. — A enfermeira Jihyo conta.

— Obrigado, eu vou lá. — Afirma e vai até a recepção onde um garoto tão alto quanto si andava de um lado para o outro, nervoso.

— Bom dia, sou o Doutor Jeon Jungkook, médico responsável pelo Jimin. — Para em frente ao rapaz.

— Olá, sou amigo do jimin, Kim Taehyung, a mãe dele me ligou e contou o que aconteceu, posso visitar ele? — Indaga, esperançoso.

— O horário de visita é a partir das dez, espere um pouco mais, a mãe dele está lá, logo poderá vê-lo. — Diz.

— Ainda falta meia hora, droga. — Bufa. —  Tudo bem, eu espero, mas, vem cá, doutor.. pode me dizer o que ele tem?

Jeon suspende a sobrancelha.

— Creio que não, não posso dar informações do paciente para quem não é da família, pergunte diretamente a ele, uh? Tenho que ir. — Sorri educado e se retira da recepção.

Taehyung fica encarando as costas dele até jeon desaparecer de sua vista.

— Que doutor bonitão, jimin mesmo com azar, tem sorte. — Ri da própria fala e se senta em um banco para esperar o horário de visitas começar.

◇◇◇

— Ei, ji, até que enfim me deixaram entrar, essas Enfermeiras são uó. — Kim entra na sala onde o amigo estava. — Fiquei sabendo o que aconteceu.. como se sente? — Se senta na cadeira ao lado da cama já que a mãe de jimin saiu.

— "Bem" não seria a palavra certa..

— Então diz que se sente mal, ué. — Riu. — Mas, e ai, o que deu nos exames?

Jimin abaixou a cabeça e suspirou pesado.

— Vish, é algo ruim? É disfunção erétil? — Arregalou os olhos e isso fez jimin rir.

— Não, idiota, é pior que isso, disfunção erétil se resolve com viagra. — Diz.

— Então o que é?

— Leucemia..

Taehyung ficou em silêncio, processando a informação.

— Sinto muito, ji. — Falou com pesar, Taehyung não era bom consolando, por isso não soube bem o que dizer. — Mas tem tratamento, não é?

Jimin assentiu.

— Quimio.

— Puta merda! — Kim exclamou mais alto do que deveria. — Isso é um saco, porque logo você? poxa.

— Azares da vida, Tae.

— Mas.. pensa pelo lado bom, seu médico é bonitão! — Ri contido tentando animar o amigo de alguma forma.

— É?

— Claro! Vai me dizer que não reparou? — Franziu a testa.

— Não, eu não reparei, tava ocupado demais pensando em como minha vida é uma droga. — Respondeu sem ânimo.

Taehyung abaixou a cabeça, sentia pena do amigo, jimin tinha tudo para prosperar na vida, mas agora estava doente.

— Vai dar tudo certo, jimin, eu vou estar com você sempre, uh? Sabe que pode contar comigo pra tudo! — Se esticou para deitar a cabeça no peito do amigo em um abraço desengonçado.

Jimin sorriu.

— Eu sei, Tae, obrigado por isso.

◇◇◇

Uma hora depois Taehyung se foi, jimin disse a mãe que ela deveria ir para casa, pois o sofá do hospital era muito desconfortável para uma mulher grávida, então ela foi também, agora jimin tinha acabado de acordar em uma manhã quente, a barriga roncava e ainda não haviam trazido seu café da manhã.

Ele olhou para os lados, mas só via paredes brancas, estava sozinho, ele mesmo pediu por isso, mas agora se sentia solitário, Taehyung disse que passaria no hospital depois do almoço, pois tinha aulas pela manhã.

Então jimin decidiu dormir de novo para passar o tempo, mas quando fechou os olhos a porta do quarto foi aberta.

— Bom dia, jimin. — Jeon entrou sorrindo no quarto e foi verificar o soro que estava conectado na veia do menor.

Ali, finalmente, jimin reparou na aparência do médico, era como Taehyung havia dito, ele é bonito mesmo, jimin o achou muito atraente, mas dispensou os pensamentos quando Jungkook olhou para si.

— Se sente bem? — Perguntou.

— Acordei melhor hoje..

— Isso é ótimo, o dia está quente, o que acha de dar uma volta pelo jardim?

— Eu acho que não vou conseguir andar bem, ainda tô meio fraco. — Disse.

— Com isso não precisa se preocupar, eu vou te acompanhar, podemos tomar café da manhã na lanchonete do hospital, a comida lá é melhor. — Piscou para jimin, isso fez as bochechas do menor corarem levemente.

— Tudo bem, eu quero.

Jeon sorriu e saiu da sala por um instante, logo ele volta com uma cadeira de rodas e ajuda jimin a se levantar e sentar na cadeira, de início jimin se sentia desconfortável ali, se sentia inválido e impotente, mas conforme jeon foi conversando consigo, jimin foi ficando mais a vontade e ninguém ali no hospital parecia ligar por ele estar em uma cadeira de rodas, não se sentia julgado, então ficou mais confortável.

Outra coisa que notou é que o doutor jeon é bem famoso por ali, já que todas as Enfermeiras e médicas falavam com ele e sorriam, mas jimin sabia o porque disso, ele é muito bonito e podia deixar qualquer mulher tímida por isso.

— Do que está rindo? — Park voltou a realidade quando percebeu que já haviam chegado na lanchonete e agora jeon estava sentado na sua frente, havia uma mesa pequena entre eles.

— Ah, nada, só pensando.. a quanto tempo trabalha aqui, doutor?

— Um ano, ainda me considero novato. — Chamou um atendente. — E pode me chamar de Jungkook quando estivermos sozinhos. — Fez o pedido para ambos ao atendente.

— Certo, jungkook.. — Se sentiu estranho o chamando pelo nome. — Porque resolveu ser médico?

Jeon não respondeu imediatamente, ficou calado por alguns segundos pensando se deveria contar o que não tinha contado a ninguém ainda, mas no fundo sentia que deveria desabafar.

Talvez jimin fosse a pessoa certa para isso.

— Eu tinha um irmão mais novo, quando eu estava no ensino médio ele adoeceu, eu passava as noites no hospital com ele, fazia companhia e tentava animar ele, mas então, ele faleceu. — Deu uma pausa. — Eu fiquei desolado, ele era meu irmão, a pessoa mais importante da minha vida, eu queria protegê-lo, queria ver ele crescer e ensinar ele a jogar bola, essas coisas. — Outra pausa. — Mas a vida tirou ele de mim sem que eu pudesse me despedir, os médicos disseram que fizeram o possível, então eu decidi que queria ser um médico e ajudar a salvar as pessoas, como eu gostaria que tivessem salvado o meu irmão.

O atendente chegou e colocou os pedidos na pequena mesa, jimin ficou calado, não sabia o que dizer, era uma história triste, não sabia o que faria se perdesse seu irmãozinho, e ele nem havia nascido, deve ter sido muito difícil para Jungkook.

— A comida parece ótima. — Jimin disse, mudando de assunto.

— É, eu disse que é melhor que a do hospital, pedi mingual pra você, ainda tem que seguir a dieta.

Jimin provou o mingual e fez uma expressão satisfeita.

— Delicioso, me sinto nas nuvens. — Riu, acompanhado de jungkook. — O que é isso? — Apontou para a tigela na frente de Jungkook.

— Sujebi, sopa de massinha, é uma delícia, quer provar? — Ofereceu e jimin assentiu.

Jeon pôs a tigela na frente de jimin e o menor provou uma colherada.

— humm.. muito bom, mas prefiro o mingual.

— Então fiz a escolha certa. — Voltou a comer.

Ambos comeram tudo e jeon pagou a conta, logo depois Jungkook levou jimin para dar uma volta no jardim do hospital, o dia ainda estava quente, então o médico parou a cadeira debaixo de uma árvore que fazia sombra e tirou o jaleco branco para se sentar na grama ao lado de jimin.

— É permitido o médico levar o paciente pra passear? — Jimin perguntou, realmente curioso.

— Não existe nenhuma regra que proíba, aliás, estou de folga hoje, então posso fazer o que eu quiser. — Responde, simplista.

— Espera, de folga? — Jimin arregala os olhos. — Então porque está aqui? Deveria estar descansando em casa!

— Eu moro sozinho, não tenho nada pra fazer em casa, então resolvi te fazer companhia hoje, sua mãe deve descansar um pouco.

— Mas a folga não é pra se fazer nada, só descansar, você poderia dormir o dia todo.

— O que você fazia nas suas folgas? — Jeon indagou.

— Eu assistia filmes, comia muito e dormia também, as vezes saia com os meus amigos a noite.

— Amigos do trabalho?

— Da faculdade, eu mantenho contato com alguns. — Jimin admira a cena de algumas crianças brincando com seus pais no jardim mais a frente, os pequenos usavam a bata do hospital, assim como jimin.

— Tipo aquele que veio te visitar ontem? — Jungkook volta a perguntar, chamando a atenção do mais novo.

— Sim, aquele é o Taehyung, ele é meu melhor amigo, nos conhecemos na faculdade e mesmo depois que eu saí de lá ainda nos falávamos, ele virou a pessoa com quem eu mais posso contar depois da minha mãe, claro.

— Que legal, eu não tenho amigos, na verdade a única pessoa com quem eu converso é o Seokjin, ele é meu sunbae aqui no hospital.

— Médico também?

— Sim, tambem é cirurgião.

— Uau, se eu conseguir um doador de medula, ele quem vai fazer minha cirurgia? — Olhou para o moreno.

— Provavelmente, mas também tem outros cirurgiões aqui, então não tenho certeza. Mas Seokjin hyung é ótimo no que faz, confio cem por cento nele.

— Então por favor, faça o possível pra que seja ele a fazer minha cirurgia. — Pede.

— Vou tentar, se for ele, tenho certeza que será um sucesso! — Sorriu, orgulhoso do seu sunbae.

Eles passaram o dia todo no jardim, até chegar a hora do almoço, jimin precisava de um banho e jeon o levou de volta para o quarto, Taehyung chegaria logo.

◇◇◇

— Jeon, tá ocupado? — Seokjin chamou o moreno na sua sala.

— Não, hyung, o que houve? — O mais novo sentou na cadeira em frente a mesa do outro.

— Eu tenho uma notícia não boa pra ti dar sobre o seu paciente com Leucemia. — Informou, a expressão tensa.

— O jimin? o que tem ele? — Mostrou preocupação.

— Eu peguei os exames que você solicitou ontem, sei que não deveria, mas como você tá de folga hoje, a enfermeira me entregou, eu olhei porque fiquei curioso e bom..

— Hyung, o que deu? — Aquele papo estava deixando jungkook mais tenso do que deveria.

— A Leucemia aguda tá caminhando para a crônica, isso é muito grave, se acontecer não terá tratamento que faça melhorar, o câncer tá se espalhando muito rápido, tanto que eu diria que eles tem os dias contados.. — Falou com pesar.

— Co-contados..? — A voz tremeu, Jin assentiu. — Quanto tempo?

— Jeon..

— Quanto tempo ele tem de vida?!

— Noventa dias, ele tem mais 3 meses até a Leucemia ficar crônica e matar ele. — Contou.

Jeon ficou calado, tentou formular uma resposta, mais não conseguiu.

Ele não seria capaz de salvar jimin, assim como não conseguia salvar seu irmão?

— Jeon, não desista, ainda tem chances, ele precisa iniciar a quimioterapia e precisa arrumar um doador o quanto antes, você consegue! Sei que vai conseguir salvá-lo! Você é um médico incrível, uh? — Se levantou da cadeira e foi até jungkook o abraçando de lado.

— E se eu não conseguir? Eu prometi a mãe dele e a ele que eu o salvaria, mas agora eu já não tenho certeza. — Falou, a voz falhando.

— O que tanto te atormenta, jungkook? me conta.. sabe que pode me falar.

Jeon deixou cair uma lágrima e abraçou Seokjin de volta, se sentia frágil e deslocado, precisava falar.

— O meu irmão..

— Jung-hee? O que tem ele?

— Ele morreu porque tinha Leucemia.. — Finalmente pôs para fora o que tanto lhe corroia. — Ele fez a maldita quimioterapia, mas não conseguiu um doador, então ele foi morrendo aos poucos e eu não pude fazer nada.. eu me senti um lixo por não conseguir protegê-lo! E agora eu vejo ele no jimin.

Seokjin suspirou, não sabia que seu dongsaeng carregava esse peso.

— Você vai conseguir salvar ele, sei que vai, eu acredito em você, jungkook.

◇◇◇

— Jimin?

— Oh, doutor jungkook! É a segunda vez que vem aqui hoje. — Ri.

Jeon olhou para ele sorrindo, mas claro que estava fingindo, apenas não queria preocupá-lo.

— Vim te dar uma notícia..

— Qual? — Olhou para o médico curioso.

— Vamos começar sua quimioterapia amanhã.

— Mas já? Achei que era só daqui a alguns dias..

— Sim, mas quanto antes começar, melhor, assim pode melhorar mais rápido. — Disse tentando soar positivo.

— Você tá estranho, aconteceu alguma coisa?

Jungkook ficou tenso com a pergunta, sabia que tinha que contar, mas não tinha coragem.

Mas devia..

— Jungkook, pode me falar, seja o que for, eu já sou adulto! — Disse com confiança.

Aquela foi a confirmação que jungkook precisava para finalmente contar.

— Saiu o resultado dos exames, foram mais profundos e claros, já sabemos o estágio do câncer.

— E.. e qual é? — Tentou se manter firme.

— Está caminhando para o estágio crônico, significa que as células estão quase todas danificadas, e não vão conseguir se renovar, então tratamento nenhum vai adiantar.. — Contou, dando um suspiro.

— Isso quer dizer que eu vou morrer? — Jimin sentiu a garganta arder, inevitavelmente seus olhos encheram de lágrimas, tornando seu rosto vermelho.

— Eu queria dizer que não, mas as chances de cura estão regredindo, não há muito o que fazer a não ser iniciar o tratamento para atrasar a danificação das células, você tem três meses pra melhorar, ou a Leucemia vai entrar no estágio blástico, que é o final, nele as células já não se regeneram e vai te... matando aos poucos. — Engoliu a saliva presa na garganta.

— E o que eu posso fazer?

— A única saída é o transplante de medula, mas só pode ser feita antes desses três meses, a quimioterapia, como eu disse, só é pra atrasar o avanço do câncer, por isso é extremamente necessário que comece logo.

Jimin assentiu, as lágrimas descendo sem controle, jeon não aguentou e foi até o pequeno lhe abraçando, ele sabia que nesses casos, um abraço era mais do que bem vindo.

Mas o que jimin não imaginou era que seu coração agora tão fraco começasse a acelerar por causa da proximidade do médico.

Porque isso?

— Nós vamos dar um jeito.. eu não vou desistir de você! — Jeon afirmou, aquilo passou um conforto inimaginável a jimin, o menor não sabia explicar, mas confiava cegamente no médico, isso era o suficiente para acalmá-lo.

— Devo contar a sua mãe? — Se afastou do paciente e enxugou as lágrimas do rosto dele.

Jimin negou.

— Não quero que ela sofra, isso pode fazer mal ao meu irmãozinho, certas coisas não devem ser ditas pra evitar tragédias. — Disse.

— Tudo bem, a decisão é sua, descanse um pouco, vou atrás de soluções. — Sorriu confortante e deu um beijo na testa do menor, logo que percebeu o que fez ficou sem reação, então apenas sorriu e saiu do quarto.

Quando entrou no corredor bateu na própria cabeça.

— Que merda foi essa, jungkook? — Perguntou a si mesmo. — Porque beijou ele? Enlouqueceu? É o seu paciente!

Dentro do quarto jimin estava totalmente ruborizado, seu coração ainda batia forte e não sabia explicar o porquê, será que estava morrendo?

Meu Deus!

Batidas na porta soaram.

— Jimin, tô entrando, se tiver pelado se cobre. — Taehyung entrou no quarto com uma cesta de frutas em mãos. — Misericórdia, porque você tá vermelho? Tá passando mal? Quer que eu chame o médico?

— Não! Eu tô bem.

— Sério, você tá parecendo o seu siriguejo! — Sentou na cadeira e deixou a cesta em cima da mesinha. — Trouxe umas frutas pra você, mas comi as uvas.. foi mal.

— Você e sua obsessão por uvas. — Riu.

— Eram as roxas, e eu adoro uvas roxas. — Se defendeu.

— Eu sei disso, relaxa.

— Mas o que aconteceu pra você ficar vermelho desse jeito? — Abriu a cesta e pegou uma maçã na cara dura, jimin riu de novo.

— Na verdade eu não sei, tô meio confuso..

— Com oque? Me conta, talvez eu possa te ajudar a entender.

Jimin pensou bem e resolveu contar, bem.. não tudo.

— O doutor jeon tem me tratado muito bem ultimamente, sabe? Tipo, a gente conversa bastante, ele me levou pra passear no jardim e comemos juntos, ele se abriu comigo e me contou coisas pessoais da vida dele.. — Pausa. — E.. agorinha ele veio aqui e me deu um beijo na testa, acho que foi por isso que fiquei vermelho.

Olhou para Taehyung e viu que o amigo estava paralisado de boca aberta, o que achou meio nojento, pois a boca dele estava cheia de maçã mastigada.

— Ele te beijou? — Foi só isso que ouviu.

— Na testa! Foi na testa.

— Tanto faz o lugar, ele te beijou! Acha normal um médico beijar o paciente?

— Bom.. não?

— Claro que não. — Bateu na própria testa. — Cara, ele tá tão na sua.

— Nada haver, tae.

— Tudo haver, médicos não são tão próximos de pacientes assim, você mesmo disse que ele te leva pra passear e comer e agora até te beija na testa, isso é obviamente uma forma de flerte, só você não percebe! Nossa, como é inocente. — Nega com a cabeça. — Mas e você, como se sentiu?

— Meu.. coração acelerou e minhas orelhas ficaram quentes demais, eu achei que ia morrer.

Taehyung gargalhou.

— Você tá tão na dele também, aí aí.

◇◇◇

— Hyung, preciso de ajuda..

Jungkook entrou - invadiu - o escritório de Seokjin sem bater, sorte que o cirurgião estava sozinho.

— O que houve?

— Eu acho que tô ficando louco!

Jin o olhou estranho. — Como assim?

Jeon se sentou na cadeira em frente a mesa e olhou o amigo.

— Eu beijei o jimin..

— O QUÊ? — Gritou sem perceber e Jungkook fez sinal de "shhh" com o dedo. — Foi mal, mas que história é essa?

— Foi na testa! E eu não pensei antes de fazer isso, foi natural, sabe? Por isso acho que enlouqueci.

— Mas como foi pra isso acontecer? Quer dizer, não deve ter sido do nada, não é?

— Bem, não foi, eu contei o resultado do exame pra ele, claro que ele ficou triste e começou a chorar, eu fiquei triste também, então eu o abraçei, mas foi pra consolar ele, foi aí que eu beijei a testa dele, foi tão natural que eu nem percebi que tinha feito isso.

— Você é maluco? Sabe que se alguém tivesse visto podia te denunciar por assédio? Quer dizer, o próprio jimin pode fazer isso.

— Ele não vai.. ele não faria isso.

— Pro seu bem espero que não mesmo, caso contrário pode dizer adeus ao seu emprego. — Suspirou. — Acho que vai ser melhor se você conversar com ele sobre isso, esclareça as coisas pra ele não pensar besteira.

Jungkook assentiu, seu sunbae estava certo.

Ou não.

No dia seguinte jimin foi levado a sala de quimioterapia, a mãe dele estava triste e tentava consolar o filho ficando sempre ao lado dele, jimin conheceu a máquina que iria usar por duas horas três vezes na semana.

Depois foi levado para cortar o cabelo, foi um momento muito difícil, Taehyung e Minda ficaram com ele, seguraram as mãos do menor e choraram junto com ele enquanto a enfermeira passava a máquina de cortar deixando seus fios pequenos.

Minda foi a que mais chorou, era desesperor ver o filho passar por algo horrível assim e não poder fazer nada, tudo o que podia fazer era ficar ao lado dele a todo o momento e jamais soltar sua mão.

Passaram-se dias e jimin não havia mais visto o doutor jeon, estava preocupado, talvez jungkook estivesse ocupado com outros pacientes, mas jimin sentia falta dele, queria poder conversar com ele e ir passear como fizeram antes, mas não o viu mais e se passaram duas semanas.

Por outro lado jeon caminhava até a sala de arquivos onde Yeji havia lhe chamado.

— Boa tarde, Yeji, me chamou?

— Boa tarde, doutor, tenho uma ótima notícia. — Ela sorriu.

— Ótimo, estou realmente precisando de uma boa notícia, qual é?

— Eu verifiquei o histórico de doação de órgãos e encontrei um com o "HLA" compatível com o paciente Park Jimin!

Os olhos de jeon brilharam e seu sorriso foi se abrindo instantaneamente, ele atravessou o balcão da sala e abraçou Yeji a levantando do chão, a garota riu animada e foi colocada no chão de volta.

— Isso é maravilhoso, Yeji, a melhor notícia em meses! Como estão os trâmites?

— O doador concordou em fazer a doação se necessário, basta falar com o diretor do hospital pra ele solicitar a doação, então o doador fará a cirurgia de retirada e a medula será enviada para cá em até sete dias. — Explicou.

Jungkook só sabia sorrir com a notícia, abraçou novamente a mulher e agradeceu inúmeras vezes, depois foi correndo até a sala do diretor do hospital para conversar sobre isso.

No fim do dia jeon estava mais feliz do que nunca, as pessoas com o nome na lista de espera de doação na frente de jimin não eram compatíveis com esse doador, o que colocava jimin como o próximo receptor.

O diretor Shin concordou em solicitar a doação em pelo menos quinze dias, então jimin poderia fazer o transplante em menos de um mês.

No dia seguinte jungkook entrou no quarto de Park com um grande sorriso no rosto.

— Bom dia, jimin!

— Doutor! Bom dia. — O menor também sorriu, feliz em vê-lo. — O que aconteceu? Você sumiu por dias..

— Ah, é que eu fiquei ocupado, mas agora estou de volta e com uma ótima notícia! — Se aproximou da cama e sentou na cadeira, sem pensar muito segurou a mão de jimin. — Encontrei um doador de medula pra você!

Jimin abriu a boca em choque e sorriu abertamente, ele esticou os braços pedindo um abraço ao médico, jeon não sabia se devia, mas aquele momento era tão bom que não ligou muito para as regras do hospital, se levantou e abaixou o torço para abraçar jimin como podia.

— Isso é maravilhoso.. — Jimin chorava de felicidade. — Eu vou ficar bom!

— Vai, você vai, sim.. — Quando se afastou um pouco, seu rosto pairou sobre o rosto de jimin, a centímetros de distância, agora estava claro que sentia alguma coisa pelo seu paciente, mas não podia prosseguir com isso, então apenas beijou a testa dele outra vez e se afastou.

Jimin mordeu os lábios, ansioso.

— Quando eu vou poder fazer a cirurgia?

Jeon olhou para ele e notou seu cabelo, agora raspado, sentiu uma ponta de tristeza por ele, nem sequer ficou ao seu lado durante a quimioterapia, se julgou por isso, mas agora não sairia mais de perto do menino.

Passou a mão na cabeça de jimin em um carinho genuíno e sorriu.

— Em menos de um mês, então você terá alta e poderá viver sua vida normalmente.

Jimin sorriu, aliviado e as lágrimas voltaram a descer, jeon enxugou cada uma delas e continuaria fazendo isso.

Não se afastaria mais de jimin.

◇◇◇

Três semanas se passaram, jeon agora participava das sessões de quimioterapia com jimin, Minda e Taehyung, levava jimin para passear no jardim todos os dias e conversavam muito.

O menor estava cada vez mais apegado ao médico e jeon finalmente entendeu que estava se apaixonando pelo seu paciente, embora lutasse contra isso, era antiético e contra as regras do hospital se envolver com os pacientes.

Faltando dois dias para a cirurgia de jimin, a medula já havia chegado e jungkook estava cheio de esperanças. Ele foi até a sala do diretor para confirmar a cirurgia de transplante.

Entrou na sala depois de bater e se sentou.

— Bom dia, doutor Jeon, o que deseja? — O velho diretor sorriu educado.

— Bom dia, senhor Shin, vim apenas confirmar a cirurgia do paciente Park Jimin para daqui a dois dias.

— Só um momento.. — Ele mexeu em algo no computador e então olhou com pesar para o médico.

— Infelizmente não será possível fazer a cirurgia, doutor, sinto muito. — Falou.

O sorriso de jungkook sumiu e uma expressão confusa tomou conta do seu rosto.

— Como não? Já estava tudo certo! O que aconteceu?

— A medula será doada a outro paciente.

— O que? Que paciente? Não tem ninguém na lista de espera compatível com essa medula! Eu já verifiquei.

— O receptor da medula não está na lista de espera, ele foi incluso recentemente.

— Isso não é justo, jimin já tá na lista de espera a um mês, é a vez dele! Não pode dar essa medula a outra pessoa que nem está registrada na lista de doação.

— Eu entendo a sua frustração, doutor, mas o receptor é conhecido do governador, ele pagou por essa medula, por isso será dada a ele ainda hoje.

Jeon abriu a boca em choque, parente do governador?

— Essa medula é uma doação, não está a venda! — A voz se alterou.

— Peço que abaixe seu tom, doutor jeon, entendo a sua indignação, mas não cabe a mim decidir quem irá receber essa medula, sou apenas o diretor, não o dono, peço que compreenda minha posição no meio disso, eu realmente sinto muito, não há nada que eu possa fazer além de aceitar as ordens dos meus superiores. — Exclareceu.

Jeon esfregou os olhos totalmente frustrado e saiu da sala sem falar mais nada.

◇◇◇

— Porra! filho da puta! CARALHO! — Socava a parede do banheiro da própria sala enquanto se martirizava por acreditar na ética de um hospital corrupto.

Seokjin que havia acabado de entrar na sala do amigo foi até o banheiro e ficou horrorizado com a cena, foi até jungkook e segurou seus ombros o tirando de dentro do banheiro.

— Jungkook, para com isso, vai se machucar! Para! — Arrastou o moreno até o sofá onde o fez se sentar. — O que aconteceu? Porque você tá assim?

— Aqueles desgraçados! Jin, eles acham que podem fazer tudo só porque são ricos? São uns idiotas, que raiva! — Cobriu o rosto com as mãos.

— Calma, me explica direito!

— Jimin não vai receber a medula por que ela foi comprada para outra pessoa, pura corrupção!

— Que merda, cara. — Jin bufou e se sentou ao lado do amigo.

— E agora, hyung? como vou dizer isso ao jimin? Ele tá tão feliz que vai poder fazer a cirurgia, essa era a única esperança dele! — Fungou.

Jin não sabia o que dizer, essa situação era uma droga.

— Isso é tão injusto, eles venderam a vida de alguém como se não fosse nada! Espero que a cirurgia dê errado e esse receptor morra! — Disse, irado.

— Jungkook! Não fala uma coisas dessas! Sei que está irritado, mas não se deseja o mal de alguém assim, mesmo eles estando errados, quem vai receber essa medula precisa dela tanto quanto o jimin.

— Desculpa, hyung, eu só estou com raiva, nunca pensei que algo iria me atingir assim..

— Eu sei, você tem todo o direito de ficar chateado, mas pense com racionalidade, você é um médico. — Lembrou. — O que nos resta é ter esperanças de que vai aparecer outro doador para o jimin.

— As chances são quase zero, hyung, jimin tem menos de dois meses.. — Fungou passando a mão no cabelo.

— Mais não é impossível, uh? Tenha esperança, vai dar certo.

◇◇◇

Jungkook não sabia como dizer a jimin que ele não iria mais fazer a cirurgia no dia seguinte, ele iria tirar a esperança do menor, isso era horrível, desumano.

Se sentou na sala de arquivos onde Yeji trabalhava, a garota olhou para ele com pena, mas não podia ajudar.

O médico pegou a pasta onde continha o hemograma de jimin e olhou tudo de novo, apenas para se distrair, até que seus olhos pararam no tipo sanguíneo do menor.

AB+

O mesmo que o meu. — Jungkook pensou.

Espera.. uma teoria maluca passou pela cabeça de jungkook.

Era quase nulo, porém, não impossível, nunca fez para saber, mas não custava tentar, era uma possibilidade.

Largou a pasta sobre a mesa e foi até Yeji, alarmado, torcia para que desse certo.

— Doutor, o que houve? — Ela ficou assustada ao ver jungkook tão agitado.

— Preciso que faça um exame pra mim!

— Que exame?

— Histocompatibilidade, quero fazer um exame de HLA!

◇◇◇

— Você é maluco! As chances são quase nulas, jungkook! — Seokjin estava cético.

— Mas não é impossível, você mesmo me disse isso, lembra?

— Mas era uma situação diferente, eu me refiro a possibilidade de uma em pelo mesmo mil pessoas, mas depositar esperança em apenas uma é pedir para se decepcionar. — Diz.

— Eu preciso tentar, hyung, só assim vou me conformar que não tem mais jeito..

Seokjin suspirou, porém, assentiu.

— Tudo bem, só não quero que se culpe se der errado, uh? Boa sorte, amigo.

◇◇◇

No dia que seria a cirurgia de jimin, jungkook não apareceu, o menor ficou apreensivo, estava feliz que finalmente tudo iria se resolver, mas ninguém veio lhe dizer nada, sua mãe e Taehyung estavam ao seu lado esperando por notícias junto com ele.

A enfermeira jihyo entrou no quarto com uma prancheta na mão.

— Olá, bom dia, paciente Park Jimin?

— Sou eu..

— Você tinha uma cirurgia marcada para hoje as duas da tarde, mas foi adiada por problemas internos, por favor, espere por notícias e um reagendamento. — Informou com cautela.

— Mas como assim? estamos esperando a um tempão! — Minda se exaltou.

— Mamãe, calma.

— Sinto muito, estou apenas passando um recado, logo o médico irá explicar melhor, com licença. — Se curvou em respeito e saiu.

— Mas porque será que foi cancelada a cirurgia? já tava tudo certo. — Taehyung questionou.

— Bom, vamos esperar o médico aparecer pra explicar, não se preocupe, filho, vai dar tudo certo.

Jimin assentiu, jungkook havia lhe garantido que ele iria receber o transplante, e jimin confiava nele.

◇◇◇

Três dias depois.

Jungkook andava de um lado para o outro e roia as unhas em puro nervosismo, estava esperando a horas o resultado do exame, mas ainda não haviam chegado do laboratório.

— Doutor, quer um café? — Yeji ofereceu, ela estava preocupada que jeon abrisse um buraco no chão de tanto que andava de lá para cá sem parar.

Mas o médico negou, ele não iria conseguir engolir nada enquanto não tivesse os papéis em mãos.

Um som de notificação saiu do computador de Yeji e ela verificou o e-mail.

— Doutor, os resultados chegaram. — Avisou.

Jungkook foi correndo até o balcão em frente a mulher.

— Deixa eu ver!

— Só um momento, vou imprimir.

Jeon revirou os olhos, não aguentava mais esperar, já não tinha mais unhas para roer e sua cabeça doía como o inferno pois ainda não tinha se alimentado.

Yeji pegou os papéis agora impressos e foi grampear.

O médico batucava os dedos no balcão já sem paciência e quando a mulher lhe estendeu os papéis ele pegou rapidamente a assustando.

Suspirou audível antes de olhar os resultados.

— HLA, HLA, cadê? HLA!

Positivo.

Yeji deu um grito quando escutou o corpo de jeon cair no chão de joelhos, ela correu até o homem e se abaixou.

— Doutor, meu Deus, o que aconteceu?

Ela notou que ele estava chorando enquanto abraçava os papéis contra o corpo.

— Jeon, está passando mal? — Ela estava visivelmente preocupada com o homem.

Mas jungkook negou, ele olhou para ela com os olhos brilhantes e sorriu.

— Obrigado, Yeji, Obrigado. — A abraçou e beijou sua bochecha.

Yeji não entendeu nada, mas assentiu aceitando o agradecimento.

Logo Jeon se levantou e saiu correndo até a sala de Seokjin, entrou novamente sem bater.

— Jungkook, que susto.. — Pôs a mão no peito sentindo os batimentos acelerados. — Ei, porque tá chorando? o que houve? — Se aproximou do amigo.

— Deu positivo, hyung. — Chorou ainda mais. — Deu positivo! — Mostrou os papéis para Seokjin.

— Aí meu Deus! Jeon.. isso.. isso é um milagre! — Abraçou o mais novo e sorriu orgulhoso.  — Você conseguiu, vai salvar ele como prometeu.

◇◇◇

Dois dias depois do dia que seria a cirurgia de jimin, estava Minda no quarto junto com o filho, estavam tomando o café da manhã em silêncio quando a porta foi aberta.

— Doutor! — Jimin sorriu alegremente, isso fez sua mãe o olhar desconfiada. — Que bom que veio.

— Bom dia, jimin, como se sente? — Ele caminhou até o menino e beijou-lhe a testa, Minda o olhou surpresa, mas não disse nada, pois jimin não pareceu incomodado com o ato.

— Melhor agora, você sumiu.. de novo.

— Desculpe, mas foi por uma boa causa, uh? Quanto a sua cirurgia, foi remarcada para daqui a uma semana!

— É sério? — Ele sorriu grandemente.

— Graças a Deus! — Minda disse, aliviada, ela já estava ficando sem esperanças. — Obrigada, doutor, muito obrigada.

— Não precisa agradecer, senhora Park, faço com muito gosto. — Olhou para jimin. — Quer dar uma volta?

O menor assentiu sem nem pensar.

◇◇◇

— Está pronto?

— Sim, por favor, hyung, cuide bem pra que ela não seja danificada. — Pediu, fazendo seokjin rir.

— Prometo cuidar bem dela, uh? Vou aplicar a anestesia e começar a cirurgia de retirada, quando você acordar vai estar tudo feito.

Jeon concordou.

— Obrigado, hyung.

◇◇◇

Uma semana se passou, era finalmente o dia da cirurgia de jimin, ele estava radiante, mas não havia visto jungkook a alguns dias, ele sempre sumia sem dizer nada e isso deixava jimin triste.

— Park Jimin? — Jihyo entrou no quarto onde estava jimin, Minda e Taehyung. — A sala de cirurgia está pronta, podemos ir?

Minda começou a chorar de felicidade e abraçou o filho, finalmente iria dar certo.

Jimin enxugou as lágrimas e assentiu para a enfermeira.

— Sim, estou pronto!

◇◇◇

— Olá jimin, sou o doutor Kim Seokjin, vou ser o seu cirurgião a pedido do doutor Jeon. — Jin sorriu para o menino.

— Oh, o doutor jeon foi quem pediu? — Questinou curioso.

— Sim, ele mesmo, aliás, ele não pôde vir te ver hoje, mas te desejou boa sorte e disse que vai dar tudo certo. — Piscou para o menor. — Fighting!

Jimin sorriu confiante depois das palavras do médico e se ajeitou na maca para começar a cirurgia.

◇◇◇

Uma semana depois.

— Como vai meu paciente saudável? — O médico entrou no quarto de Jimin sorrindo.

— Muito bem, doutor, quando vou ter alta? — Perguntou esperançoso.

— Hoje mesmo, é exatamente disso que vim falar, hoje a noite poderá ir pra casa, seus exames deram que você está completamente bem, meus parabéns.

— Obrigado doutor Seokjin, o senhor teve uma grande participação nisso tudo. — Sorriu agradecido.

— Foi um prazer te ajudar, jimin, e espero não te ver aqui de novo, uh? — Ambos riram. — Sua mãe vem te buscar a noite, desde já boa sorte na sua nova vida, e cuida bem disso aí. — Apontou para o quadril de jimin onde foi recebida a nova medula.

— Pode deixar, vou cuidar muito bem, é uma pena eu não conhecer o doador, queria poder agradecer pessoalmente a ele. — Disse.

Seokjin riu contido.

— Talvez você conheça. — Disse baixinho para jimin não escutar e saiu da sala.

Mas tarde, as sete da noite a enfermeira foi no quarto de jimin entregar a alta e dizer que ele já podia ir, desejou boa sorte e saiu.

Jimin estava muito feliz de poder voltar para casa, mas ainda faltava algo.

Jungkook.

Jimin ainda não o havia visto desde a cirurgia, será que teria que ir embora sem vê-lo e agradecê-lo por tudo o que fez? seu coração estava triste, queria tanto ver ele de novo.

Todo o seu corpo clamava por isso.

— Filho, está pronto? — Minda entrou no quarto sorrindo e abraçou o filho. — Meu bebê, eu tô tão feliz que tudo deu certo, logo, logo seu irmão vai nascer e vamos ser muito felizes.

Jimin a abraçou de volta.

— Mamãe.. e o doutor jeon? Viu ele por aí? — Pergutou esperançoso.

— Não, filho, não vi, não o vejo a dias. — Olhou para jimin. — O que está acontecendo entre vocês dois? Eu não ia perguntar porque não queria me intrometer, mas fiquei curiosa quando vi a interação de vocês da última vez.

— Ah, mãe, acho que gosto dele, mas não sei se ele sente o mesmo.. — Contou, não queria mais esconder, havia recebido outra chance de viver, queria aproveitar ao máximo.

— Ah, com certeza gosta, dá pra perceber pelo jeito que ele te olha, filho, porque não fala com ele, uh?

— Eu não sei, se ele não veio me ver até agora, então talvez ele não queria.

— Oh, meu bebê, não fique assim, pergunte ao doutor seokjin por ele, talvez ele saiba onde o doutor jeon está, não perca essa oportunidade, pelo menos o agradeça por tudo.

Jimin assentiu, sua mãe tinha razão, ele deveria pelo menos agradecer ao médico e se despedir.

Mãe e filho saíram do quarto, jimin já conseguia andar, eles foram até a recepção e jimin viu Seokjin saindo de uma sala.

— Mãe, eu já volto. — Apontou para o cirurgião e Minda assente.

— Vai lá, filho, eu vou esperar aqui, sem pressa.

Jimin sorriu para a mulher e andou o mais rápido que pode até o médico.

— Doutor Seokjin! — Chamou o homem que estava um pouco mais a frente.

Jin se virou e viu que era Jimin.

— Oi Jimin, já está indo?

— Sim, na verdade eu queria perguntar se você sabe onde está o doutor Jeon.. eu queria me despedir dele.

Jin mordeu o lábio inferior, indeciso se contava ou não, mas sabia que era justo jimin saber a verdade, Jungkook merecia os créditos pelo que fez.

Por fim, decidiu contar.

— Ele está internado aqui no hospital.

— O que? Internado? Porque? Ele tá doente? — Jimin se alarmou.

— Não, não, está apenas se recuperando da cirurgia. — Explicou.

— Cirurgia? Que cirurgia?

Jin sorriu.

— A cirurgia de retirada de medula que ele fez pra doar pra você. — Soltou.

— C-como? — Olhou incrédulo para o médico a sua frente.

— A medula que você recebeu, foi o Jungkook que doou.

Os olhos de jimin encheram de lágrimas, jungkook havia salvado sua vida, literalmente.

Seokjin se comoveu com a reação de jimin e se aproximou do ouvido do menino.

— O quarto dele é o 420, terceiro andar. — E saiu.

◇◇◇

Jimin não ligou para a dor que sentia em seu quadril, apenas correu até alcançar o quarto de jungkook, ao ver o número 420 entrou sem bater.

Jeon estava deitado na cama, dormindo, e recebia soro.

O menor se aproximou do mais velho e segurou sua mão, o contato fez jeon acordar.

— Jimin?.. O que faz aqui? — Murmurou sonolento.

O menor sorriu e se abaixou, aproximando seu rosto do rosto do médico e beijou-lhe os lábios suavemente.

O sono de jeon foi embora no mesmo momento e ele olhou nos olhos de jimin.

— Obrigado.. por salvar minha vida.

Jeon ficou calado, estava sem reação.

— O doutor Seokjin me contou tudo, você é um anjo.. o meu anjo.

Os olhos de Jungkook se encheram de lágrimas, jimin enxugou cada uma delas.

— Jimin.. — Murmurou. — Eu te amo..

Jimin fungou e começou a chorar junto com ele, se deitou sobre o peito de jeon sem fazer força para não machucá-lo.

Eu também..

Jeon não se importou se seus braços estavam doloridos, os ergueu e abraçou jimin como deu.

Ambos ali, se abraçando e chorando juntos, porém, felizes.

Jungkook sentiu seu coração leve, ele conseguiu salvar jimin como prometeu.

Jung-hee devia estar orgulhoso dele lá no céu, jeon sentia isso.

Estou orgulhoso, hyung.. — Jungkook conseguia ouvir a voz do irmão.

Chorou ainda mais.

Finalmente se sentia verdadeiramente feliz.

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Eu chorei e vocês?

Obrigada por lerem tudo, me contem aqui o que acharam.

Thank you♡

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