Arregalei os olhos sem entender tudo que tava se passando. Entendia que era errado a forma em que Zayn tava levando as coisas antes de Rebecca chegar. Mais nossos seguranças praticamente o levaram como um cachorro e eu muito menos entendia o que ele tinha dito. Rebecca trancou a porta notando minha confusão e se sentou no sofá, me puxando para sentar em seu colo, vi ela analisando meu corpo.
-Ele fez algo demais com você?-Ela perguntou, sentia sua pele quente.-Te machucou?
-Não amor.. o que está acontecendo?-Perguntei confusa, ela suspirou pegando seu celular e me mostrando uma foto. Era foto da tela do telefone de Zayn, mostrando a mensagem que ele tinha recebido de acordo com Rebecca, ontem mesmo.-Por que esta me contando só agora, amor?
-Não queria estragar com nossa noite. Com a comemoração de aniversário.- Ela disse suspirando ainda olhando pelo meu corpo, um pouco preocupada. -Essa casa tem câmeras, estava trabalhando e surtei ao ver pelas câmeras esse homem quase em cima de você. Tira minha sanidade, Freen.
-Ele ter sido um traidor ou por minha causa?-Perguntei, ela ergueu a sobrancelha.
-Claro que é por você.-Ela disse apertando um pouco minha cintura. -Fico louca.
E de fato ficava.
Voltamos para Nova York dois dias depois, Rebecca estava concentrada em seu trabalho, eu entendia, ja que abdicou muitos días para ficar comigo e sua família e tinha muita coisa acumulada.
Fiquei pensativa durante um tempo quando estava assistindo aula sobre as coisas que Zayn falava. Será que Rebecca pensava que eu estar junto a ela seria interesse? Pois eu nunca fui e eu nunca seria desta forma. Aceitava as coisas que Rebecca me dava e olhe la, por necessidade ou por que é importante pra ela eu aceitar e compreender sua riqueza e capacidade de fazer tudo. Rebecca poderia ser pobre e eu ainda sim a amaria acima de tudo. É de fato uma falta de noção alguém pensar que eu estaria com aquela mulher por puro dinheiro.
Quando chegou a noite, eu estava estudando em meu quarto, concentrada em uma revisão que ja estava dando nó em minha cabeça. Ate que vi a porta do meu quarto abrir e vi Rebecca botar somente a cabeça pra dentro.
-Desculpa te incomodar amor, posso voltar outra hora. Ou amanhã.-Ela disse orgulhada em me ver estudando, sorri negando. Ela entrou e fechou a porta.
-Não precisa, eu ja estava parando mesmo. Estou com a cabeça fervendo em tanta coisa.-Falei, ela concordou me dando um beijo carinhoso.
-Pode descer comigo? Queria te dar seu presente.-Ela disse, revirei os olhos
-Amor, não quero mais presentes. Você ja me deu muita coisa, Rebecca. -Falei me levantando quando ela pegou em minha mão.
-Não o bastante.. você é a minha princesa Freen, logo será rainha. Você merece tudo que te dou 100%.-Rebecca disse, suspirei acabando por aceitar.
Descemos pelo elevador e logo estávamos la em baixo e do lado de fora. Rebecca parou de andar e eu franzi o cenho não entendendo. Logo ela apontou para um carro a minha frente
Não entendi.
-É seu carro novo?-Perguntei admirando a beleza do lindo carro, nem parecia o estilo de carro que ela gosta de utilizar. Ate que arregalei os olhos.- Rebecca, pela amor de Deus.. não me diga que..
-Teste ai..é seu.- Rebecca disse jogando a chave em minhas mãos. Abri a boca perplexa passando a ponta dos dedos pelo carro,
-Rebecca, não. Eu não posso aceitar.-Falei tentando lhe devolver a chave, ela sorriu negando.
-Ja esta em seu nome, amor. É seu presente de aniversário, 22 anos só fazemos uma vez.- Rebecca tentou argumentar, passei a mão pelo rosto.
Eu achei lindo é claro, eu sonhava com algo assim. Mais era demais, custou sem dúvidas uma fortuna.
-Assim como todas as outras idades.-Falei meio nervosa, ela sorriu beijando meus lábios.-Estou envergonhada.
-Não se sinta, todo meu dinheiro é seu também Freen.-Ela disse puxando meu lábio inferior entre seus dentes.-E logo será uma Armstrong.
Meus olhos brilharam.
Acabei por ceder e não fazer mais cu doce à Rebecca. Entrei no carro com a mulher e literalmente voamos pela cidade, testando e aproveitando a primeira volta com o carro. Quando estacionei em uma praça um pouco mais distante do hotel, suspirei olhando para carro. Rebecca sorriu e tirou seu cinto, se sentando no meu colo, franzi o cenho.
A mulher subiu um pouco seu vestido e eu sorri percebendo o que queria. Ela nem precisou pedir para que eu arrastasse minha para o meio de suas pernas notando que ela estava sem calcinha. Deixei a mulher sentar em meus dedos ali durante um bom tempo, ate que ela gozasse e estivesse mais relaxada.
-Estou criando um monstrinho.-Falei colocando os dedos que antes estava nela em sua boca, vendo Camila segurar em minha mão e chupar enquanto me olhava. Sorri. -Não a quero sem calcinha, Rebecca. Em hipótese alguma.
-Eu sei o que faço Freen. Estava apertando, tirei na reunião hoje a tarde e fiquei sem. -Ela disse voltando para seu banco e se ajeitando, fechei a cara na mesma hora.
-Tirou a calcinha no meio daquele monte de homem sem noção que são loucos pra comer você?-Perguntei, ela deu de ombros. -Você esta ficando doida?
-Relaxe amor.-Ela disse dando de ombros.-Não ligo pra eles.
-Mais eu sim Rebecca. E se um deles estivessem visto algo seu. Rebecca, você esta de vestido, não é mais uma adolescente.-Falei, ela me encarou confusa, como se eu fosse doida por estar brigando.
-Acabei de sentar em você. E você vai ficar brigando comigo?-Ela perguntou.-Sou inteiramente sua Freen, pare.com isso.
Não a respondi mais, segui para o hotel com Rebecca e assim que chegamos, trancamos o carro e entramos no prédio depois de eu o admirar mais um pouco.
Eu e Rebecca dormimos juntas depois de ter visto Lucca dormir. Ainda estava um pouco estressada pela situação que passei, mais agradeci a ela pelo presente e sem dúvidas ela retribuiu meu carinho e amor à ela.
Na manhã seguinte, Rebecca já não estava na cama. O que me causou o grande mal humor. Era insuportável não acordar ao seu lado. Peguei o telefone e liguei para a recepção.
-Bom dia Carlos. Aonde minha mulher se encontra agora?-Perguntei para o rapaz da recepção
-A senhora Armstrong esta em reunião, pediu para não ser incomodada. Esta com alguns representantes.-O rapaz disse, sorri travessa.
-Aonde fica a sala de reuniões, Carlos ?-Perguntei.
-Não sei se posso te passar essa informação agora senhorita Chankimha.-Ele disse meio nervoso. Sorri.
-Serei sua chefe também em breve. Quero a resposta para minha pergunta, por favor.-Falei, ele sorriu nervoso e logo me passou a resposta que eu precisava.
Corri para o banho, tomei banho. Me arrumei como nunca, estava um pouco demais ? Sim. Atrevida? Muito, Mais ia dar o troco para aquela mulher.
Vesti uma saia justa, com aberturas de ambos os lados.
O melhor viria depois.
-Ixi, vai gostosa assim pra onde ?-Ouvi a voz de Irin assim que estive no corredor.
-Nada demais. -Falei dando de ombros.-Irei ver Rebecca rapidamente.
-Ah preciso ir com você então, sou do setor responsável financeiro do hotel.-Irin disse.-Vem ca.. mais Rebecca sabe que você ira aparecer la.. com essa roupa??
-Não sabe.-Falei no elevador com Irin, ela concordou, ja entendendo.
-Ela vai matar você.-Irin disse, sorri sentindo o calor entre minhas pernas. -So falta você me dizer que ta sem calcinhas.
Nada respondi, dando a entender a resposta positiva para Irin. So a escutei sussurrar meu deus
Quando chegamos no andar, vi uma porta enorme no final do corredor.
-Ja pensou o que irá dizer quando do nada a mulher dela chegar na sala de reuniões.- Irin perguntou, mordi o lábio sem ter pensado nisso.-Aproveitando que você tá gata desse jeito, vou te levar a um lugar depois daqui. Você vai gostar, irei dizer que você vai sair comigo depois e como estamos atrasadas, você ja veio comigo.
-Obrigada mesmo -Falei me sentindo por um momento, envergonhada.
Quando chegamos na sala de Rebecca, e Irin abriu a porta, a atenção das pessoas velo pra nos duas. Rebecca abriu a boca sem entender e me secando, praticamente me comendo da cabeça aos pés.
O que a fez explodir a mente foi quando viu seus colegas de trabalho fazendo o mesmo que ela. Parecia que nunca tinham visto uma mulher na vida, Deus sabe como estava a calça daqueles homens.
Por um momento senti nojo.
Mantive minha pose de desentendida e safada e caminhei ate um sofá próximo da mesa e me sentando dobrando as pernas, aonde só Rebecca tinha como olhar pra mim da melhor maneira. Ela me fuzilava com os olhos.
Estava possessa e louca de ciúmes.
Sorri pra ela, piscando pra ela. Ate que um dos homens pigarreou dando continuidade ao assunto deles.
Pelo menos não perguntaram motivo da minha presença.
Vi Rebecca me olhar de canto de olhos diversas vezes e eu apenas a admirava o tempo todo. Ela estava completamente alheia ao assunto na mesa. Sua concentração toda em mim.
Quando ela me olhou de maneira correta, reparei que ninguém além dela me olhava. Abri um pouco as pernas e deixei que Rebecca olhasse. Eu vi a mulher perder a cor, a respiração, sorri
fechando as pernas novamente.
Ela ia me matar, sem dúvidas.
Vi a mulher se levantar rapidamente, atraindo a atenção das pessoas.
-Por favor, não estou me sentindo muito bem. Prefiro dar continuidade amanhã.-Rebecca disse, ninguém contestou, se levantaram saindo logo. Irin passou a mão no ombro e sorriu saindo da sala depois de dizer que me aguardaria fora.
Vi Rebecca ir ate a mesa pequena próxima de nós, ela colocou a bebida quente com gelo em seu copo e me sorriu meio descontraída.
-Você aceita, meu bem?-Ouvi ela falar baixo, sorri passando a ponta da minha unha pela minha pele.-Odeio quando não me responde.
-Não. Obrigada. -Falei baixo, vi ela virar o rosto e me encarar.
-To tentando entender você tirar meu controle. Minha sanidade Freen.-Rebecca disse andando ate mim. -Você coloca essa roupa, o que de fato nunca vai ser incomodo pra mim. Mais aparece aqui na frente de um monte de homem e velho que ficaram praticamente te comendo, e ainda vem sem calcinhas Freen? Com esse monte de abertura quase em sua buceta ?
-Que tem mi amor?-Perguntei dando de ombros.-Não achei nada demais, vi apenas com Irin.. daqui irei sair com ela... inclusive to atrasada.
Me levantei e ia para a porta, mais senti a mão dela passar pela minha cintura e me puxar de volta para ela. Suspirei quando senti sua mão agora livre do copo em minha bunda, apertando. Ela ia passar a mãos por baixo da barra da saia e eu sorri, me afastando.
-Te vejo a noite.-Falei, ela negou com a cabeça, me olhando mais séria.
-Faz assim mesmo. Me deixe molhada assim e vai embora.-Ela disse concordando com a cabeça. -Não teste mais minha paciência Freen... espero que passe agora em seu quarto e coloque ao menos uma calcinha Freen..
-Você tem dedos querida, utilize em você também..-Falei abrindo a porta e piscando pra ela.-Te garanto que eles são maravilhosos..
Irin tinha me levado simplesmente para tirar fotos a tarde toda. Fiquei morrendo de vergonha e ate mesmo meio desconfortável, a fotógrafa não parava com elogios um pouco exagerados e passados do limite.
-Você é maravilhosa Freen.-A mulher disse enquanto me admirava. Eu peguei minha bolsa ja para ir embora com irin que ja desconfiava também da amiga dela.-Vem ca... não gostaria de tomar uma cerveja comigo?
-Calma ai criança.-Irin disse dando dois tapinhas na costa da mulher sorrindo.-Rebecca e ela namoram. Aquiete a língua..
-Você namora a Rebecca?-A mulher perguntou. Apenas concordei entrelaçando meus braços nos de Irin, como se aquilo fosse me deixar mais segura.-Desculpe.
-Esta tudo bem. Obrigada pelas fotos, tenho certeza que ficou ótimas.-Falei, ela apenas concordou e de repente não era mais gentil. Apenas fui embora com Irin.
-Não ligue para isso. Eu nem me lembrava dessa situação.-Irin disse, franzi o cenho enquanto
caminhávamos para o carro de Irin.-Ela era apaixonada doente pela Rebecca, Freen. Rebecca dava cada fora na menina, chega eu sentia pena. Ate que ela criou uma raiva por Rebecca, inexplicável.
Quando chegamos no hotel, vi dois carros de polícia acionados, Irin achou melhor ficarmos no carro ate Rebecca confirmar pra ela no telefone de que estava seguro entrarmos.
Minha mulher e meu filho estavam ali dentro.
-FREEN.-Ouvi a voz de Irin me gritar quando sai do carro sem ela permitir.
Ora porra me permitir.
Vi que o tumulto estava todo em torno do estacionamento, andei sobre os meus saltos de forma rápida, ate ver o casaco da minha mulher chamar minha atenção. Sua pose chamava atenção, era claro que era Rebecca.
Quando me aproximei de Rebecca, foi inevitável não olhar o que todos estavam em torno.
Meu carro.
Estava todo pinchado de vermelho. Tinha coisas horríveis escritas, senti só o corpo de Rebecca me abraçar e me puxar para longe do carro, enquanto eu chorava em desespero.
O vermelho estava estampado em palavras
Seu pai, sua mãe. Ja foram.
Primeiro o garoto, depois a puta da sua mulher.
E sua vez chegará Freen.