SECRETS Vol.02 (Série: Grecos)

נכתב על ידי Sicilu

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Dark Romance. 🔞 (SÉRIE GRECOS) ❤️ Vol.02 SECRETS Heitor Greco cumpre sem a menor dificuldade o propósito par... עוד

Nota da Autora
Introdução
Personagens
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39

Capítulo 09

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נכתב על ידי Sicilu

Aurora Serrano

Sei que eu não deveria ouvir a conversa alheia. Sim, eu sei que não. Mas a minha curiosidade sempre parece mais forte que a minha moralidade. Eu não saberia dizer se isso se configura como um desvio de caráter, ou não.

No momento em que ouvi vozes, uma clara interação entre duas pessoas, eu parei e aguardei. Talvez eu devesse ter voltado para o meu quarto, pois não desejo nem um pouco ser vista por outras pessoas, exceto meu pai e os poucos funcionários com os quais já estou acostumada.

O meu pai, cujo tom de voz é costumeiramente branda, parece hostil no momento.

__ Qual a razão da sua visita? __ Ele questiona.

__ Você simplismente sumiu há mais de um mês. Não deu qualquer notícia. Não acha que como sua filha, eu me preocuparia? __ A voz de entonação acusatória, é feminina.

Natalie

__ Você não está aqui porque sentiu minha falta querida, ambos sabemos disso. O que você quer Natalie?

__ Sempre desconfiando de mim, das minhas intenções, não é pai?

O papai já havia me dito algumas coisas sobre ela, a minha irmã. Conversar sobre ela foi desagradável, confesso. Ele me disse o seu nome e o quanto ela é bonita, mas difícil de lidar, difícil foi a única coisa que soou como crítica a ela.

Eu não sou ciumenta. Nunca senti isso, e nunca tive razões para ser. Mas por que então sinto esse desconforto tão parecido com ciúmes? Não tenho certeza, só sei que é desagradável.

__ Eu não tenho tempo pra você agora, Natalie, mesmo para discutir. Apenas diga o que quer, acredite eu preciso voltar a trabalhar. __ Ele não parece amistoso com ela.

Por que?

Meu pai é, inegavelmente, um homem de natureza terna. No entanto, nos últimos tempos, tenho notado nele uma mudança sutil. Ele parece mais incisivo, sério e menos compassivo ao interagir com outras pessoas.

A dureza contida na sua voz e dirigida a ela, me surpreende, pois ela também é sua filha, eu não podia imaginar que ele a trataria assim.

__ A minha mãe solicita uma reunião, é importante pai, caso queira manter o equilíbrio na relação de vocês. Palavras dela.

__ Você virou garota de recados da sua mãe agora, Netalie? Se ela deseja uma reunião, ela pode perfeitamente resolver isso por outros meios, nossos assistentes servem pra isso.

__ E se eu apenas o quisesse ver, pai? __ O tom de voz dela parece ser tomado por um certo sentimentalismo.

__ Tudo bem filha, se veio porque deseja me ver, então olhe pra mim, olhe nos meus olhos, ao invés de vasculhar o ambiente com um olhar investigador. Está especulando, e não fazendo uma visita despretensiosa.  __ Ele não parece disposto a ser menos hostil.

__ Elas estão aqui?

A pequena interrogação é carregada de ironia, com um toque de desprezo. Esse era o tom terrível que Caroline e Bethany, as garotas malvadas da escola, usavam quando resolviam me importunar.

__ Isso não é da sua conta filha. Esse assunto não pertence a você. Pode ir!

__ Então a vagabunda e a bastarda estão mesmo aqui? __ Fala com evidente rancor, um toque de ira.

__ Não fale assim delas! __ Vocifera.

Os sentimentos borbulham no meu estomago. Uma raiva repentina e intensa me faz querer reagir, e reajo.

__ A minha mãe não é vagabunda. Não ouse falar assim dela. Talvez você é quem seja uma vagabunda. __ Saindo de onde estou, entro na sala, no campo de visão deles, me manifestando com um grito de fúria.

Como essa mulher se atreve a chamar a minha mãe, de algo que ela jamais foi?

__ Aurora, fique calma. __ O meu pai se aproxima.

__ Devo dizer que você é bem mais feia pessoalmente. Esse tom de cabelo lastimável de tão brega, é ainda pior do que eu imaginava. __ Ela me dirige um olhar nem um pouco surpreso, está mais para um olhar entediado de completo desdém.

__ Chega Natalie! Eu não quero ouvir mais uma única palavra de você. __ A voz do meu pai soa surpreendentemente autoritária.

A raiva ainda queima dentro de mim, causada pela palavra ofensiva dela e dirigida a minha mãe, que jamais foi algo do tipo, ou mesmo pode se defender dada a sua condição atual.

__ É claro, não me surpreende que ponha o seu manto da proteção nessa bastarda tão rápido. __ Ela pronúncia as palavras de forma venenosa e como elas são dirigidas a mim com tanto amargor, parece que o impulso que me levou a reagir em nome da minha mãe, não existe em se tratando de mim mesma.

Ela está me ofendendo, sendo que nem mesmo nos conhecemos. Eu não havia tido qualquer tipo de ilusão quanto a sermos amigas de alguma forma, ou próximas, mas tanta raiva me surpreende.

Ela é sim lindíssima. A minha aparência não se compara a sua, há um enorme contraste. Ela tem um belo rosto, um belo cabelo, corpo. Impressionantemente elegante, mas má. Ela é má, e ninguém me convence do contrário.

__ Se retire, agora! __ Papai vocifera.

__ Está me expulsando, por causa dela? Acho que a minha mãe tem razão o senhor torna-se cego em se tratando da sua amante e dessa bastarda imunda...

Mais um insulto dirigido a mim, e eu não reajo..

__ Estou expulsando você por sua causa, droga. Você é sempre desagradável, arrogante. Você que não passa de uma marionete adulta, não sabe nem o que está dizendo, apenas cospe veneno sem pensar.

__ Se é ela que prefere, fique com ela então... __ Me dirigindo um olhar que eu só poderia nomear como mortal, e pegando a bolsa sobre o sofá ela anda em direção a saída.

__ Ah, antes que eu me esqueça, trouxe a fatura do meu cartão. Ela precisa ser paga, pai, para isso o senhor sempre foi útil na minha vida. __ Com um toque de sarcasmo, ela diz isso antes de sair.

Heitor Greco

Eu sabia que não poderia evitar discutir sobre a proposta do Francesco por muito mais tempo, mas evitei o máximo que foi possível, até ele mesmo ousar entrar em contato comigo e me questionar, quanto a demora e deixando assim, muito óbvia a sua urgência em obter uma resposta.

Ao abrir o contrato e lê-lo, não fiquei surpreso. Tudo está bem elaborado, e altamente estratégico, o que é uma característica do Francesco. Eu o considero um fraco pela forma como lida com a vadia da esposa, mas nos negócios ele é inteligente, e sabe como sair ganhando, não posso negar. Ele claramente tem planos muito mais amplos com essa proposta, e admito que fico curioso pra ver o que ele fará.

Está evidente a urgência do homem, em assinar esse acordo, em garantir a proteção da filha. Ele reconhece que a equipe de segurança que dispõe não é tão boa quanto a que temos. Temos uma equipe de elite que ultrapassa gerações.

Não é segredo que o Francesco Serrano, trava, à sua maneira, uma guerra pessoal contra a Alessandra, e várias das cláusulas desse contrato me diz que ele irá muito mais longe com isso. Eu não acredito que o meu pai concordou em ser tutor da garota, caso haja a necessidade. Eu preciso tomar cuidado com os próximos passos, não posso permitir que as consequências dessa guerra pessoal respingue sobre nós, sobre mim.

Eu estou protelando, não acredito nisso.

Esse não é meu comportamento habitual, tampouco algo que faço ocasionalmente.

Eu levo acordos a sério, submetendo-os a uma análise rigorosa, realizando cálculos estatísticos das possibilidades de sucesso ou fracasso, estudando-os com cuidado e só então tomo a decisão de aprová-los ou rejeitá-los. É assim que eu trabalho, e ao fazer isso em relação a proposta do Francesco, está óbvio os resultados.

Será um verdadeiro erro, eu reconheço. Um erro não pelos ganhos financeiros, longe disso, o que o homem oferece chega a ser absurdo de tão vantajoso, mas a perturbação pessoal que isso representa pra mim.

Eu não sou dado a piedade e se aquela garota me olhar com aquela expressão novamente, eu não vou pensar duas vezes antes de tomar dela o que eu desejo e dar a ela o que ela nem deve compreender que deseja.

Aurora.

Eu gosto do nome dela, Aurora. Combina de fato com o que ela é, com a sua aparência delicada e calorosa. Calorosa como raios de sol em um alvorecer...

Ah não fode! Eu sempre preferi a penumbra, é nela que eu me sinto mais confortável e não com a droga da claridade, iluminação intensa me irrita, por isso eu aprecio as noites, os dias nublados, as tempestades...

Eu estou tenso? Não, algo muito pior, receio. Eu me sinto receoso, porque não terei que proteger ela apenas de terceiros, mas de mim.

Eu devo rejeitar a proposta, é o mais sensato. É impossível que eu seja o responsável pela segurança dela.

Eu tentei afastar a pequena ruiva da minha mente suja nos últimos dias, expulsar ela da minha imaginação... foi em vão, eu não consigo e isso também me faz sentir raiva dela. Preciso culpar alguém que não eu mesmo por esse descontrole, pois que seja ela, aquela maldita ruiva que eu só vi uma vez, uma única vez. O que é um sinal claro de que eu imbecilizei de vez.

__ E então? __ A voz do Nicolas funciona como uma espécie de gancho que me puxa para a superfície. __ Não gosto de demonstrar curiosidade, mas estou muito interessado em saber exatamente qual é a proposta do Francesco. Eu pensei e pensei, e não faz sentido que ele faça uma proposta a você. Que eu saiba ele tem dinheiro o suficiente pra investir em qualquer negócio que resolva criar.
__ Sentado de forma relaxada em uma das poltronas disponíveis a frente da minha mesa, no escritório da presidência no banco, ele me olha com evidente interesse. __ Até onde eu sei, ele é tão rico quanto qualquer um dos associados, ele é o cara que também sede empréstimos, e não os pede.

__ O que ele nos pede não é dinheiro, Nicolas. __ Digo voltando o meu olhar mais uma vez aos papéis.

__ Tem haver com a segurança da garota, não é? __ O Nicolas é muitos mais sagaz do que demonstra.

__ Você está parecendo o Adam com esse comportamento curioso infantil.

__ Por que você não pode dividir a droga da informação comigo? __ Ele me encara com uma expressão desafiadora.

__ Porque eu não cheguei a qualquer decisão ainda, e não darei a você a chance de interferir nisso.

__ Concordo com o Adam, você é insuportável.

A distância de uma torre para a outra não é tão longa. Ambas as construções foram reformadas há alguns anos e dividem um explendor arquitetônico único.

Utilizamos os tuneis bem construídos e seguros para nos deslocar de um prédio para o outro. A ideia de criar essa ligação subterrânea, pensando na nossa  segurança partiu do meu pai, e funcionou muito bem. É possível deslocar-se a pé pela via lateral, ou mesmo de carro, dependendo da urgência, pela via central. A paisagem é a mesma do início ao fim, paredes devidamente sinalizadas em setas amarelo fluorescente, é isso.

Eu prefiro a caminhada, sempre me ajuda a por em ordem alguns pensamentos, o que não está funcionando com eficácia agora.

Ele chegou antes de mim, antecedendo o horário que marcamos. O acesso a sala de reuniões sempre foi livre para ele, assim como para os poucos associados, aqui na Olympus.

__ Francesco, vejo que antecedeu sua chegada. __ Ele se põe de pé ao ouvir a minha voz.

A poucos passos o alcanço e o cumprimento.

__ De fato. Eu não acho que preciso dissimular a urgência que eu sinto em fechar esse negócio com você. __ Ele é direto nas palavras, a postura parece mais firme do que já foi algum dia. Uma confiança e certeza que eu jamais atribuiria a ele.

__ Parece certo de que eu irei concordar com a sua proposta.

__ As vantagens são óbvias, como você bem deve ter visto no contrato.

Não há como negar, as vantagens financeiras para nós são absurdas de tão extraordinárias, mesmo para o que ele pede em troca. No entanto há controvérsias.

Sento-me e diminuo o nível da iluminação através da tela compacta na mesa.

__ Você sabe perfeitamente Francesco, que não fazemos esse tipo de acordo. Você está tirando uma extensa vantagem do favoritismo do meu pai por você. Sem falar na obviedade do problema que isso gera, caso eu aceite. __ Falo com clareza e de forma direta.

Eu não preciso fazer uso de palavras enfeitadas para não ofendê-lo, ou a qualquer outro.

__ Tem razão, eu estou sim. Arrisco a dizer inclusive que ele faria o que eu peço de graça. __ Responde, me olhando nos olhos. Ele profere as palavras de forma tão direta quanto eu.

Tem algo diferente nele. Sua aparência parece ter melhorado consideravelmente, as roupas antes largas pelo emagrecimento, agora estão alinhadas, o peso habitual para um homem da sua estatura parece ter voltado, o cabelo está bem cortado, ele parece muito confiante.

“ o que está havendo? ”

__ Mas como bem sabe Heitor, eu respeito muito o seu pai, a nossa amizade, eu nunca tive a intenção de tirar vantagem dele, no entanto, eu preciso proteger a minha filha e isso é o mais importante pra mim. Seu pai compreende a situação.

__ Até hoje eu não conheci nenhum homem tão disposto e conformado em ficar praticamente em ruina. Você está oferecendo praticamente toda a sua porcentagem de fortuna pra garantir a proteção da sua filha, isso é muito desproporcional ao serviço que você pede.

__ Você acha? __ Ele esboça um sorriso irritante, porque parece indecifrável.

__ Eu não acho, está óbvio. Ou você queria mesmo transformar isso em algo irrecusável, ou é apenas louco. Se tivesse oferecido metade do que lhe pertence, eu não teria ficado tão desconfiado. Está claro que você ama a bastarda.

__ Não chame a minha filha de bastarda. __ Sua expressão torna-se dura, quase ameaçadora.

__ É o que ela é, segundo os nossos padrões, ou você esqueceu esse fato.

__ Dane-se os padrões. __ Fala com certa dureza.

__ Você não deveria dizer isso pra mim, ou esqueceu quem eu sou aqui?

__ Não garoto, eu não esqueci. __ Ele curva o corpo um pouco para a frente e isso tá começando a me soar como uma afronta. __ Acha que eu não sei o que você é? Eu vejo com clareza o que você se tornou Heitor. O seu nome provoca um pouco mais de pavor por aí do que o do seu pai.

Que porra é essa? Ele enlouqueceu. ”

__ Não preciso que faça uma avaliação ao meu respeito.

__ É claro que não, mas eu espero que você tenha a sorte de um dia amar uma mulher, Heitor, amar tanto que você verá nela o seu coração pulsando fora do seu corpo, e então você compreenda, que nada no mundo é mais importante que isso. A minha filha não é bastarda, porque a única mulher que eu amei e amo, se chama Grace. No fundo, e para todos os efeitos ela sempre foi a minha esposa.

Tento ignorar os efeitos das palavras apaixonadas e ditas com tanto fervor. Impeço elas de chegarem a uma parte em mim, com aqual em nem sei se algum dia tive contato.

A capacidade de compreender como um homem pode se deixar depender a tal ponto por uma mulher.

__ Eu não posso concordar com a sua proposta. __ Declaro.

Um silêncio nada agradável se faz presente. Ele pisca aturdido, os olhos confusos, porém, focados em mim.

__ Heitor, eu estou fazendo uma proposta irrecusável a você e eu não sei porque, você não está aceitando. Admita, proteger a Aurora é algo que você e os seus farão com as mãos nas costas.

__ A questão não é a capacidade de protegê-la.

__ Então qual é? __ Questiona como se pudesse fazer isso.

__ Ao aceitar essa sandice, eu estaria cuspindo nas regras que mantém as coisas em ordem, aqui. Temos regras, Francesco, e elas existem pra serem seguidas. Você e o meu pai parecem querer ignora-las nesse momento, mas eu não irei.

__ Ah meu Deus. __ Ele solta uma espécie de resfolego. __ Eu não estou pedindo que se case com ela, Heitor.

Os meus músculos parecem retesar, imediatamente, ao ouvir a insinuação jocosa.

O maldito comentário me faz prender a respiração. Nem em mil vidas eu poderia imaginar que algo assim passaria pela minha mente.

__ Muito bem, já que você não parece disposto a negociar, então eu farei negócios com Elijah Halle, transferirei a proposta a ele.

Elijah não!

Eu odeio aquele merda, aquele verme tem uma cadeira aqui graças a sucessão, mas se eu pudesse fuzilava ele. Tenho minhas razões pra odiar esse filho de uma puta.

Como ele se atreve, a ter tal ideia.

Esse acordo deixaria aquele parasita tão rico quanto eu jamais desaria ve-lo. Pior, muito pior, seria ele a estar perto dela, próximo.

Não!

__ Você está me provocando cacete. __ Praticamente rosno.

Segura a onda Heitor! Você não pode perder o controle.

Ele sabe, o Francesco sabe que eu odeio os Halle e o fato de que o meu pai cumpre os acordos com eles. Ele sempre bate na mesma tecla, Jack Halle o pai do Elijah, sempre cumpriu com os acordos dentro da organização, portanto não há razões plausíveis pra que eu resolva o meu desafeto matando todos eles.

Pensa Heitor! Pensa! Pensa!

Francesco é um desgraçado muito esperto, ou louco. Ele não sabe o que está fazendo me incitando a aceitar esse acordo.

__ Não que seja um problema meu, mas vai mesmo por a segurança da sua filha tão amada filha, nas mãos de alguém como o Elijah?

__ Se há alguém que a maldita da Alessandra teme, é você e o seu pai, Heitor. Eu só quero a minha menina segura, enquanto eu pago pelas minhas escolhas covardes. __ Suas palavras são claras, e sem resquícios de alguma vergonha. __ Se você não aceitar, farei essa proposta a outros, e você sabe que isso dará a qualquer outra família do conselho que aceite essa proposta, um poder muito além das demais, e essa desproporção pode ser um problema pra você.

__ Certo! Eu concordo, faço o acordo com você, mas com uma condição. __ Ignoro as últimas palavras dele, que evidênciam exatamente o que eu estava imaginando, ele tem planos muito mais amplos ao desejar com tanto afinco que a filha bastarda, esteja protegida.

__ Diga.


Um mês após o acordo...

Aurora Serrano

Eu diria que houveram mudanças significativas durante o último mês, mas não com relação a minha mãe, é mais um terrível mês que ela permanece em coma.

Como eu sinto falta da voz dela, do seu riso, da alegria contagiante, e até das suas broncas...

Eu passei a ter aulas em casa, o que ela odiaria, pois iria usar o discurso de que eu tenho que me socializar...

Admito que é terrivelmente constrangedor quando tenho aulas de matemática. Parece que os números têm algo contra mim, ou talvez a minha mente seja simplesmente limitada. A mistura de números e letras na equação é algo que não consigo compreender, parece impossível.

Houve também uma mudança notável na segurança. Os homens posicionados como soldados na saída e até mesmo na cozinha são tão ameaçadores e imponentes que sinto meu próprio tamanho diminuir ao passar por eles.

Eu também não esqueci a Natalie, aquela mulher desagradável, por mim eu nunca mais a veria. O que ela disse, suas ofensas, e a minha falta de reação aos insultos proferidos a mim, ficaram marcados em mim.

Ela disse que o meu tom de cabelo é brega. Quem insulta alguém assim, sem nem mesmo conhecer, ou ter uma razão. Me senti tão menor do que de fato sou, me senti insignificante, e eu detesto me sentir assim, só que eu não consigo evitar... me traz lembranças ruins.

__ Miau, eu acho que você está engordando demais, e a culpa é minha.  Eu não tenho a disciplina alimentar da mamãe. Ela ficará brava quando acordar e ver você gordo como está. __ Acaricio a pancinha dele, afastando um pouco o sentimento de inferioridade que começa a me invadir.

__ O nome do seu gato, é Miau? __ A voz de tonalidade aveludada, contém um toque de sarcasmo.

Heitor Greco, o homem absurdamente lindo, eu me recordo da sua voz.

Levanto meu rosto encarando a figura masculina imponente e poderosa, fitando-me intensamente.

__ Não é muito criativo. __ Acrescenta diante da ausência de uma resposta.

Mais um capítulo concluído ✅

Mores, votem e comentem. 🌹

Beijos e até o próximo 🥰😘

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