1º de agosto de 2003
"Tem certeza que é isso que você quer?" Hermione perguntou pela maldita milionésima vez.
Harry se virou e olhou para seu novo lugar.
Dele. Casa.
Uma casa com pintura nova, móveis novos, em um novo local e sem nenhuma lembrança do passado de Harry.
Uma casa que Hermione e Ron o ajudaram a comprar quase legalmente .
Ele pagou por isso, em dinheiro na íntegra. Mas nenhum corretor de imóveis trouxa venderia uma casa para um jovem de dezessete anos, e foi aí que Hermione veio em seu socorro.
E agora ele pagaria por esse resgate hospedando ela e Ron por alguns dias enquanto eles 'o ajudavam a se instalar'.
Também conhecido como: Harry babá. Porque eles estavam 'preocupados'.
"Onde você quer, senhor... aquela bicicleta?" Ron perguntou, suas orelhas ficando vermelhas quando ele quase trouxe um 'tabu de Harry'.
"Garagem", Harry sentiu sua empolgação por estar em um novo lugar diminuir enquanto considerava o quanto Sirius adoraria estar aqui com ele. Vivendo perto do último dos Black (além de Narcissa que Harry não contava), o ramo de sua família sobre o qual Sirius nunca falou. A família que talvez ele nem soubesse.
Harry estava organizando a papelada do cofre de Sirius em junho, depois que Gringotts o 'baniu'. Ok, tecnicamente Hermione estava organizando a papelada e Harry a observou e fez comentários rudes enquanto bebia.
Sem considerar.
Hermione encontrou a carta em uma caixa de lembranças pessoais e forçou Harry a lê-la.
Caro Alphard,
Você está cordialmente convidado para o casamento de Ephraim Black e Martha Young. Seus votos serão feitos no dia 15 de abril às 3 horas em La Push Beach, WA.
Por favor, escreva para nos informar se você pode fazer isso.
-Os Futuros Mr & Mrs Black
Ps: venha ser meu irmão padrinho.
"Legal," Harry murmurou em aborrecimento. "'Estou tão feliz por Ephraim e Martha. Apenas ... simplesmente adorável estar apaixonado, não é?"
"Seu idiota," Hermione revirou os olhos para o beicinho obviamente ciumento de Harry. "Eu não estava esfregando o casamento deles na sua cara, estou dizendo que há mais Black's nos Estados Unidos! Você poderia fazer uma viagem até lá e conhecê-los!"
"Por que ele iria querer fazer isso?" Ron perguntou de seu lugar na cadeira ao lado de Harry.
"Por que Harry iria querer ir visitar sua família extensa?" Hermione repetiu incrédula. "Você não é tão idiota, Ronald."
Harry ouviu enquanto seus amigos discutiam por alguns minutos, seus pensamentos focados no cartão amarelo desbotado em suas mãos.
"Está quente nos Estados Unidos?" ele perguntou abruptamente a Hermione.
"Eu acredito que Washington fica bem ao norte dos Estados Unidos," Hermione torceu o nariz enquanto pensava sobre isso. "Então, imagino que seria muito mais quente no sul, como na Flórida, mas Washington não deveria ser mais frio do que Londres."
"'Estou indo'", afirmou Harry resolutamente. "Sempre frio aqui, não é?"
"Não," Hermione e Ron disseram simultaneamente.
"Talvez se você comesse em vez de beber todas as suas calorias, não sentiria tanto frio." Hermione lançou um olhar desagradável para a garrafa ao lado da cadeira de Harry.
"Eu comi hoje", disse Harry. "Pergunte a Monstro."
"O Mestre comeu uma fatia de torta de melaço e depois chorou porque diz que não merece comer guloseimas saborosas", Monstro murmurou distraidamente enquanto cavava ansiosamente nas caixas da história negra.
"Ta, Monstro," Harry fez uma careta. "Traidor."
"Monstro não vai mais arrastar o Mestre do telhado", disse Monstro. "Mestres Weasley e Mione irão mantê-lo seguro enquanto Monstro não pode."
"O telhado?!" Hermione sibilou.
Foi assim que Harry acabou aqui. Comprar uma casa a vinte minutos de onde os parentes de Sirius moravam e ficar com babás para 'mantê-lo fora do telhado'.
Como se um único salto de um telhado fosse matá-lo.
Ele desejou que pudesse ser tão simples.
Harry ansiava pelo sono tranquilo da morte. Ele sonhava com isso durante o dia; a pedra da ressurreição mostrou a ele o que estava perdendo e ele ansiava por isso como qualquer viciado faria com sua droga. Suas mãos tremiam quando ele pensou sobre isso, e sua mente girava em torno da ideia constantemente.
Mas ele suspeitava que fosse outra coisa destinada a outras pessoas, nunca a ele mesmo.
"Quanto tempo você pretende ficar?" Hermione perguntou, seus olhos astutos enquanto Harry guardava suas roupas com um aceno descuidado de sua mão.
"Não sei," Harry deu de ombros. Ele realmente não tinha um plano, ele só queria uma pausa de tudo. Grimmauld. Londres. Tudo. E este parecia um lugar tão bom para se levar quanto qualquer outro.
E aparentemente 'alugar é um conceito bárbaro que perpetua um ciclo de pobreza', de acordo com Percy Weasley, então Harry acabou de comprar a casa em Washington. Quando, se Harry decidisse voltar para a Inglaterra, ele simplesmente manteria este lugar como uma casa de férias ou algo assim.
Não que a pequena cidade que ele escolheu fosse realmente uma cidade tradicional de férias. Mas Harry gostou. 'Forks' (um nome que Ron achou hilário) era uma pequena cidade, cercada por uma floresta verde, repleta de árvores que eram tão diferentes daquelas com as quais Harry estava acostumado-
tropeçando pela Floresta Proibida.
Eu abro no fechamento.
'Você está quase terminando Harry'.
- que eles dificilmente drogam quaisquer memórias miseráveis. E Harry gostava do cheiro da chuva, era reconfortante.
Voar era uma merda, mas ele descobriria isso quando/se decidisse voar novamente.
Malfoy agarrado a ele. O cheiro de cinzas, calor em sua pele. Morto. Crabbe está morto. Ele mereceu embora.
Não é?
"Quando vamos ver os índios?" Ron perguntou, tentando tirar Harry do 'episódio' que parecia que ele estava tendo. O que funcionou, porque Hermione imediatamente começou a repreender Ron e Harry dificilmente poderia ter um ataque de pânico durante uma palestra de Hermione.
"Ronald Bilius!" Hermione deu um tapa forte no braço de Ron. "Você não pode simplesmente chamá-los de 'índios'! Meu Deus, você tem alguma ideia de como isso soa terrível?
Ron lançou um olhar confuso e em pânico para Harry, mas Harry, escondido com segurança nas costas de Hermione, murmurou para ele, 'sua namorada'.
"Mas... mas você disse que são índios?" disse Rony. "Ela não foi, Harry? Ela disse que são nativos americanos, índios! Como isso é terrível?
Harry não apoiou seu amigo, embora ele estivesse absolutamente correto, pois Hermione chamou essa linha de Black de isso. Harry era um grifinório, mas não era corajoso o suficiente para ficar entre Hermione e um palanque. Não quando ela estava com as mãos nos quadris como agora.
"Porque você não pode simplesmente se referir a um grupo de pessoas por sua herança," Hermione disse irritada. "É como 'nascido trouxa' e 'sangue puro' por toda parte."
"Oh." Ron e Harry assentiram, ninguém entendendo por que esses termos poderiam causar problemas mais do que eles. "Sim, tudo bem, então", disse Ron, "desculpe."
"Eles estão me esperando às cinco", disse Harry, verificando novamente a carta que recebeu de Billy Black. "Suponha que revelaria toda a coisa mágica se aparatássemos no jardim da frente deles?"
Hermione disse que Billy descendia de um ramo de aborto da família Black, e é por isso que ele não estava presente na tapeçaria em Grimmauld Place, e nenhum deles tinha ideia se ele sabia sobre magia ou não.
"Bem, nem todos cabem na sua bicicleta," Ron riu. "Como você acha que chegamos lá então? Andar?"
"Oh meu Deus." Harry e Ron deram a Hermione um olhar curioso enquanto uma espécie de energia maníaca iluminava seu rosto.
"Tive uma ótima ideia!"
E foi uma ótima ideia.
Foi uma ideia brilhante.
Hermione os aparatou para Seattle, uma cidade enorme e barulhenta com mais opções de compras do que a minúscula Forks oferecia, e os levou direto para...
Uma concessionária de carros.
"Escolha um carro, qualquer carro," Hermione riu.
E Harry teve o que provavelmente foi a maior diversão que teve no último ano enquanto escolhia um carro com seus melhores amigos. Ron, que nunca tinha realmente conhecido todas as diferenças que os carros trouxas tinham, era um parceiro extremamente ansioso em compará-los todos.
"Este diz 35 milhas por galão, isso é muito rápido?" ele perguntou a Hermione enquanto corria suas mãos amorosamente sobre um pequeno carro prateado.
Os vendedores trouxas estavam dando a eles olhares sujos com seu entusiasmo infantil, mas Hermione viu o quanto Harry estava se divertindo, então ela sutilmente acenou com a varinha e os mandou em uma direção diferente.
Se Harry estava se divertindo, então Hermione estava disposta a quebrar as regras um pouco para incentivá-lo. Ela tinha feito muito pior do que isso para Harry antes de tudo.
"Este é o único", disse Harry decididamente enquanto quase babava sobre o carro que escolheu. "Mione, posso pagar?"
Hermione revirou os olhos enquanto considerava o conteúdo do cofre de Harry e a pilha de dinheiro que eles haviam trocado em ouro no American Bank for Wixen.
"Sim Harry," ela disse pacientemente. "Se você quiser, é seu."
Foi assim que Harry se tornou o orgulhoso proprietário de um Dodge Charger 2003 novinho em folha.
Que ele não tinha ideia de como dirigir.
"Desacelerar!" Ron gritou quando Hermione os levou para La Push, a cidade onde Billy morava e onde ele os convidou para jantar. "Dentes de Merlin Mione, você está tentando nos matar??"
Harry ignorou Ron e soltou um alto grito de felicidade pela janela do passageiro, amando a velocidade com que Hermione fazia as curvas sinuosas.
"Vá mais rápido!" ele a incentivou. Harry olhou para o painel e viu que a agulha grande apontava para 60 ('milhas por hora, Harry', explicou Hermione). "Você pode fazer isso ir mais rápido?"
"Só se você quiser que eu enrole seu carro novo em uma árvore," Hermione disse secamente. Embora ela olhasse para Harry e visse sua onda de prazer ao encontrar uma nova fonte de adrenalina que ele amava, uma sem nenhum trauma anterior ligado a ela, e pressionou o pé no acelerador um pouco mais.
"Acho que não quero mais um carro," Ron gemeu quando eles pararam na pequena casa e ele saiu do banco de trás com as pernas trêmulas. "Isso foi assustador."
Harry ia lembrar a Ron que ele uma vez voou de carro pelo Reino Unido quando tinha apenas 12 anos, mas antes que ele tivesse a chance, um menino saiu correndo da casa de Billy.
"Eitaaa," o menino assobiou enquanto olhava o carro de Harry apreciativamente. "Se você estiver perdido, sinta-se à vontade para deixar este bebê aqui enquanto recebe instruções, provavelmente não vou roubá-lo."
Harry, Hermione e Ron trocaram olhares confusos enquanto estudavam o menino, que ignorou os três adolescentes mágicos para praticamente babar no carro novo de Harry.
O menino era alto, pelo menos a altura de Ron, e se comportava com a estranheza que indicava que sua altura havia sido obtida recentemente. Ele tinha uma pele ruiva lisa e longos cabelos negros puxados para trás com uma faixa de couro em um rabo de cavalo baixo. Seu rosto tinha um arredondamento juvenil, mas Harry podia ver o início das maçãs do rosto de um homem começando a tomar conta de seu rosto.
"Er, você não é Billy, é?" Harry perguntou hesitante. Ele não achava que Billy Black, o neto do distante tio-avô de Sirius, Ephraim, fosse tão jovem, mas...
Mas Harry havia aprendido a não presumir nada quando se tratava de magia e famílias mágicas.
"Eu?" O menino olhou para cima, finalmente percebendo os três. "Oh! Você deve ser Harry, eu sou Jacob, Billy é meu pai. Ele ofereceu uma mão para Harry, que a agarrou apenas uma vez-
todos os trouxas eram tão quentes ao toque? Ele achava que não, seus parentes não, mas ele não precisava tocar suas mãos há mais de um ano.
- e solte rapidamente.
"Este é Ron e Hermione," Harry apontou para seus amigos enquanto todos piscavam um para o outro. Jacob deu a Hermione um olhar franco de apreciação que fez Ron se irritar imediatamente e envolver um braço em volta da cintura dela.
Hermione revirou os olhos, mas Harry achou que ela parecia satisfeita também.
"Papai está lá dentro," Jacob estendeu um braço acolhedor e sorriu para eles.
sorriso de Sirius. Dentes brancos retos. Olhos brilhando de alegria.
"Entre."
Ron deu um tapinha consolador no braço de Harry, tendo reconhecido o sorriso fácil de Jacob tão abruptamente quanto Harry.
"Se estiver ruim, vamos embora," Ron sussurrou enquanto eles seguiam Jacob pela rampa de madeira e entravam na casa de painéis vermelhos.
"Está bem."
Ron e Hermione reviraram os olhos um para o outro. Se eles nunca ouvissem Harry dizer a palavra 'bem' novamente, seria muito cedo.
Harry olhou ao redor da casa de Billy, imediatamente comparando-a com a Toca e achando que era uma comparação adequada. Era pequeno, um pouco apertado com todos eles dentro, mas tinha um calor e um charme que o tornavam aconchegante, como um lar.
Harry daria sua vida apenas para ter um lar de verdade como este.
Claro, Harry daria sua vida por qualquer coisa hoje em dia.
"Você deve ser o Harry!" Billy Black saiu da cozinha, e Hermione rapidamente pisou no pé de Ron para impedi-lo de comentar sobre a estranha cadeira de metal com rodas em que Billy estava sentado. "Bem-vindo!"
Harry decidiu que, apesar de Billy se parecer com Sirius - nariz reto e forte, olhos escuros com um brilho de alegria, um sorriso branco e uniforme - ele era alguém que Harry achava que ele gostaria.
Billy, apesar da cadeira em que se apoiava para se movimentar, parecia poderoso. Ele tinha o tipo de confiança em si mesmo que Harry invejava. Ele se parecia muito com Jacob, mesmo tom de pele e cabelo preto sedoso, mas seu rosto estava mais marcado por uma experiência de vida que faltava a Jacob.
"Obrigado", disse Harry educadamente. "Este é Ron Weasley-"
"Irmão de Harry", disse Ron, oferecendo a mão a Billy. Uma mão que parecia quase comicamente pálida em comparação com a mão morena uniforme de Billy.
"Er, e Hermione Granger," Harry disse, seu pescoço quente quando Ron o reivindicou como seu irmão.
Harry sempre quis irmãos.
"É maravilhoso conhecer todos vocês," Billy disse, olhando como se realmente falasse sério, depois de apertar a mão de Hermione. "Venha se sentar, deixe-me conhecer meu..." Billy esfregou o queixo pensativamente enquanto considerava Harry. "Meu sobrinho," ele finalmente disse decisivamente.
Aparentemente Harry tinha um irmão e um tio agora.
"Isso nos torna primos?" Jacob perguntou ansiosamente.
E um primo.
Harry, Ron e Hermione seguiram os Black até o quintal onde eles tinham uma mesa arrumada.
"Sentem-se, sentem-se", Billy acenou para que todos se sentassem nas cadeiras de madeira enquanto se movia para um espaço aberto na cabeceira da mesa. "Conte-me tudo sobre você, Harry."
Harry hesitou, sem saber por onde começar ou o que compartilhar. Felizmente, Hermione sabia exatamente o que dizer.
"Harry acabou de se mudar para uma casa em Forks", disse ela. "Até agora ele estava morando em Londres."
"Londres?" Jacob franziu suas grossas sobrancelhas negras com isso, seus sotaques estranhos finalmente fazendo sentido. "Caramba. O que o trouxe aos Estados Unidos?"
"Er..." Harry olhou suplicante para Hermione, não querendo admitir que estava fugindo do Reino Unido.
"Ele sempre teve curiosidade sobre a cultura americana," Hermione disse tão rapidamente que Harry se perguntou se ela já havia inventado desculpas em seu nome.
Ela provavelmente tinha.
"Bem, estamos felizes em conhecê-lo", Billy sorriu do outro lado da mesa para Harry. "Vocês vieram aqui sozinhos? É uma longa jornada para três adolescentes."
"Temos todos dezoito anos, Harry fez aniversário ontem", disse Hermione com sinceridade. "E meus pais e os de Ron ficaram muito satisfeitos com nossa oportunidade de conhecer os Estados Unidos."
O que era uma mentira sangrenta.
Molly explodiu em um ataque de preocupação e pânico quando Hermione e Ron disseram que viajariam com Harry para os Estados Unidos. Os pais de Hermione também não ficaram emocionados, já que a última vez que sua filha desapareceu, ela alterou suas memórias e quase morreu em uma guerra.
Várias vezes.
Culpa de Harry.
Sempre culpa de Harry.
"E seus pais, Harry? Eles vieram com você?
"Eles estão mortos", disse Harry sem rodeios. "Sirius foi o último da minha família."
Harry havia escrito para Billy, tecnicamente ele escreveu para o avô de Billy, Ephraim, mas aparentemente o homem muito mais velho estava morto há anos, e contou a ele sobre a morte de Sirius e como eles eram as últimas pessoas que carregavam o nome Black. Ele disse a ele que era o afilhado de Sirius, e que sua avó tinha sido uma Black antes de ser uma Potter. Sua carta desencadeou a correspondência que levou Harry a Washington.
Os olhos de Billy se suavizaram ao considerar o estado de órfão de Harry, não era preciso ser um gênio para perceber que o garoto ruivo não era seu verdadeiro irmão, mas ele achava que nunca havia conhecido uma criança que parecesse precisar de uma família tanto quanto Harry.
"Bem, nós somos uma família," Billy disse rispidamente. "E eu gostaria de ouvir mais sobre Londres. Eu mesmo nunca consegui sair de Washington.
Harry escolheu a refeição que Jacob ofereceu a todos, peixe frito e 'batatas fritas' (o que fez Jacob rir quando Ron os chamou de batatas fritas), como Hermione basicamente descreveu Londres para Billy, já que Harry nunca tinha visto muito disso.
"E vocês são todos veteranos?" Billy perguntou a eles.
"Sim senhor," Hermione sorriu educadamente. "Vamos voltar para o nosso internato no dia primeiro de setembro."
Harry zombou levemente, ele certamente não voltaria para o internato. Hermione estreitou os olhos para ele, assim como Billy, embora os de Billy parecessem mais pensativos do que irritados.
"Forks tem uma escola decente," ele disse. "Ou você seria mais do que bem-vindo para se formar na La Push High. Geralmente é apenas para crianças de La Push, mas o conselho abriria uma exceção para a família. Jake vai ser um calouro lá este ano.
"Sim!" Jacob deu um sorriso brilhante para Harry, relutantemente tirando um de Harry também. Era difícil não sorrir perto de Jacob, ele simplesmente irradiava tanta energia feliz e brilhante.
Como Sírius.
Sirius rindo uma última vez antes de cair através do véu.
Caiu da vida. Longe de Harry.
Em um lugar que ele não poderia persegui-lo.
"Você deveria vir para La Push! Você pode me buscar e nós levamos o seu carro."
Harry riu do entusiasmo de Jacob por seu carro e encolheu os ombros timidamente.
"Você teria que dirigir", disse ele, sem ter ideia de que Jacob não tinha idade suficiente para fazê-lo legalmente. "Não sei como."
"Você..." Jacob parecia engasgado com a admissão de Harry. "Você comprou aquele carro e não sabe dirigir?!"
Quando Harry, Ron e Hermione partiram algumas horas depois, foi com uma firme promessa de Jacob de que ele ensinaria Harry a dirigir.
Aparentemente, 'nenhum primo dele teria um RT especial com motor hemi e não saberia como dirigi-lo'.
O que diabos isso significava.
Harry passou as duas semanas seguintes tendo o que Ron chamou de "férias merecidas". Hermione comprou mapas dos Estados Unidos e os aparatou nos vários pontos de aparições que os bruxos e bruxas americanos haviam criado.
Eles visitaram uma praia na Flórida, onde Harry se recusou terminantemente a nadar, pois sabia que suas cicatrizes prateadas enojariam qualquer trouxa que as visse.
Especialmente o raio que se espalhou pelo centro de seu peito. Prova de que ele havia sido condenado à morte duas vezes e ainda andava na Terra.
Eles foram para 'Las Vegas', mas saíram rapidamente assim que Hermione viu que Harry só ficava cada vez mais pálido com os ruídos altos constantes e abruptos.
Ron queria visitar a 'Disneylândia', então eles foram para a Califórnia e sofreram com o calor e as multidões para fazê-lo.
O que quase valeu a pena quando Harry andou em sua primeira montanha-russa.
Rony vomitou.
Eles passaram a maior parte de seus dias viajando, ajustando o que deveria ter sido uma vida inteira de aventuras normais em duas semanas. Mas eles também foram visitar os Black pelo menos duas vezes por semana para jantar, e uma vez Harry os convidou para sua casa desde que Hermione disse que era apenas educado fazê-lo.
Jacob fez o possível para ensinar Harry a dirigir, embora não esperasse que seu 'primo' fosse tão imprudente ao volante.
"Você mora a um quarteirão de distância de um policial, tente seguir o limite de velocidade", ele disse.
Harry não estava preocupado com o 'Chefe Swan', ele simplesmente adorava a sensação de abrir as janelas e voar imprudentemente pelas ruas pavimentadas.
E à noite, enquanto Hermione estudava freneticamente, em pânico com seu próximo ano de NIEM ('perdemos tanto no ano passado!') e Ron se afeiçoou à TV trouxa, seu interesse rivalizando com o de seus pais enquanto ele passava rapidamente pelos canais coloridos, Harry bebia. Harry bebeu até conseguir dormir (desmaiar) e tentou fugir dos pesadelos que despertavam Hermione e Ron de seu próprio sono.
Não que tenha funcionado. Tudo o que fez foi impedir que Harry acordasse nesses pesadelos e deixasse seus amigos loucos de preocupação.
Mas quando meados de agosto chegou, Hermione decidiu que Harry precisava 'fazer um plano'. O que era realmente estúpido, porque Hermione sabia que Harry sempre fizera seu melhor trabalho sem um plano.
"Você não pode simplesmente ficar sentado em casa sozinho, Harry," Hermione disse gentilmente durante o café da manhã. Harry tomou um gole de café e deu de ombros.
Ele também poderia.
"Não é saudável, companheiro", disse Ron. "Fale com Kingsley, tenho certeza que ele conseguirá um lugar para você no DMLE sem o seu NEWTS. Ou ele pode até falar com o MACUSA e conseguir uma vaga aqui, aposto.
"Não," Harry cruzou os braços teimosamente. "Não vou entrar para o Ministério."
"Então volte para a escola conosco," Hermione implorou gentilmente. "Por favor, Harry, eu não gosto que você fique sozinho sem nada para fazer o dia todo."
"Eu vou ficar bem, ainda não estou pronto para voltar," Harry disse evasivamente, tentando pensar em um motivo que Hermione aceitasse. "Vou encontrar algo para fazer aqui, tenho certeza."
Ele não iria. Ele bebia e espiralava. Mas ele faria isso em Londres também.
"Você poderia ir para o ensino médio," Ron riu. "Perto de todos aqueles no-majs." Ele mexeu as sobrancelhas zombeteiramente com o termo que o americano usou para trouxas.
Harry riu também, embora não se divertindo com a sugestão de Ron.
"Isso é brilhante, Rony!" Hermione sorriu para Ron, cujas orelhas ficaram vermelhas como sempre ficavam com seus elogios. "Você deveria ir para a escola Harry! Experimente a cultura, faça novos amigos!"
"Para que ele precisa de novos amigos?" Rony exigiu. "Ele nos pegou!"
"Porque Harry não vai para casa conosco," Hermione explicou pacientemente. "Então ele precisa de amigos aqui e algo para preencher seu tempo. Está perfeito!"
"Er..." Harry ergueu as sobrancelhas para Hermione em surpresa. "Acho que não quero ir para o ensino médio..."
Harry nem tinha certeza se poderia usar um lápis trouxa com alguma habilidade real, já que havia se acostumado com penas nos últimos sete anos.
"Ou você vai se matricular na escola ou eu vou largar Hogwarts e ficar aqui." Harry viu o brilho determinado nos olhos de Hermione, e a viagem de culpa implícita que viria por ser a razão pela qual ela não obteve seu NEWTS, e soltou um suspiro pesado.
"Yay", disse ele categoricamente. "Ensino médio aqui vou eu."
E no final, depois de pensar cuidadosamente, Harry decidiu que, por mais que gostasse relutantemente de Jacob, não queria passar todo o seu tempo perto de alguém tão dedicado a forçar Harry a sorrir.
Definitivamente não perto de alguém cuja personalidade explodiu dele tão intensamente quanto a de Sirius.
Foi assim que Harry se viu fazendo careta em 20 de agosto enquanto olhava para a placa azul e amarela que dizia com orgulho:
ESCOLA DE FORKS.