Perspectivas do destino

Thata_Sthefy tarafından

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Nesse conto irei mostrar como uma simples olhada poderia marcar a vida de Aurora para sempre, contarei um pou... Daha Fazla

Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 2
Agradecimento.

Capítulo 3

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Thata_Sthefy tarafından

— Ah! Pela sua reação eu imaginei mesmo, parece que esse ônibus sempre demora a passar, certo? — Se endireitou em seu lugar me olhando com mais atenção enquanto segurava sua mochila preta em seu colo.

Sorri tentando parecer um pouco bem humorada e nada nervosa com aquele súbito diálogo. — Sim, demora bastante, e não haveria outro nesse horário se ele tivesse passado, então já sabe. —

— É... Posso ter uma ideia mesmo, você trabalha ali naquela lanchonete, certo? Eu ouvi falar que é ótima, mas não tive tempo de ir ainda. — Falou indicando com o queixo a direção de onde havia acabado de sair.

"No entanto, como ele sabe? Nunca o vi olhar naquela direção. Me senti ansiosa com tal pensamento, não sabia como ele poderia ter notado isso uniforme talvez? Quem realmente saberia dizer, claro eu mesma que não iria perguntar."

— Trabalho, sim, a dona Cinthia realmente faz lanches maravilhosos, sempre temos muitos clientes. — Respondi com um sorriso sem graça, acredito que dava para notar que estava morrendo de vergonha naquele momento.

— Então deveria ter entrado lá, há muito tempo já. — Parecia um pouco pensativo, fiz um som em concordância com o mesmo e olhei para a rua vigiando se meu ônibus já estava chegando, na verdade, estava torcendo para ele demorar o máximo possível.

— Bom, falando nisso, acredito que não me apresentei, me chamo Nicolas, como pode ver trabalho ali dentro. — Chamou minha atenção enquanto estendia a mão em minha direção.

"Meu Deus! Agora sei o nome dele! AH! Melhor dia da minha vida! Comemorei em pensamento para não parecer uma completa maluca."

Estendi a mão aceitando o gesto. — Ah! Certo... Muito prazer Nicolas me chamo Aurora. — No entanto, assim que senti seu toque parecia que, havia levado um choque, os pelos de todo o meu corpo haviam se arrepiado naquele momento, ele sorriu para mim, ele estava realmente sorrindo para mim, nossa acho que vou desmaiar!

— Nossa... Que nome lindo! Aurora! O significado também deve ser incrível. — Nicolas falava enquanto ainda segurava minha mão, e nossa como estava quente.

— Bom, minha mãe realmente escolheu um nome com um significado bonito, mas não sei se é realmente tudo isso. — Respondi constrangida, já que ele ainda mantinha o contato físico, mas sua mão trazia um conforto tão bom naquela noite, era quente, e como o frio já estava chegando ao meu corpo, já que estava finalmente parada, dando tempo para me incomodar com a brisa gelada, aquela realmente era uma boa forma de me manter aquecida, sou o tipo de pessoa que sente muito frio mesmo em dias quentes como aquele, sempre que chegava a noite já estava procurando em ficar no aconchego da minha casa.

— Tenho certeza de que ela escolheu justamente para combinar com a dona do nome. — Naquele momento seu sorriso se tornou sedutor e impressionantemente bonito, fazendo meu coração dar um grande salto em meu peito, senti meu rosto aquecer e não consegui manter o contato visual por muito tempo, e parece que o mesmo havia notado, já que soltou minha mão delicadamente.

— Parece que hoje terá muitas estrelas. — Sua voz foi ouvida novamente, olhei para o céu escuro e sem nuvens, dando uma visão completa das estrelas brilhantes.

— Realmente, hoje está ainda mais bonita. — Concordei enquanto sorria e sentia uma enorme paz em meu coração, observar as estrelas realmente trazia uma enorme paz.

— Seria incrível se estivesse em um acampamento, com um lago enorme, com o reflexo das estrelas na água tranquila. — E enquanto Nicolas falava, o mesmo olhava para o céu com um olhar pensativo, o observei timidamente tentando guardar aquela imagem em minha memória.

— Você gosta de acampamento Aurora? — Assim que ele perguntou, seus olhos desceram para os meus, sendo pega no flagra, mas apenas o que ele fez foi sorrir, mas largamente, concordei com a cabeça voltando a olhar para o céu.

— Mas nunca estive em um. — Revelei, meu pai morreu cedo e minha mãe nunca tinha tempo para esses assuntos, nem mesmo em passeios de escola pude ir, então nunca me envolvi com essas atividades.

— Acredito que você deveria ir, então, te garanto que você vai gostar. — Sua cabeça tombou para o lado e naquele momento ouvi o barulho de um ônibus, meu coração disparou, olhei rápido no mesmo momento que ele também olhou, olhei atentamente para o nome que passava no letreiro constatando que não era o meu, me sentindo aliviada, mas, ao mesmo tempo, fiquei preocupada se aquele era o dele já que nunca vi ao certo qual era o ônibus que o mesmo pegava.

— Parece que ainda temos um bom tempo juntos. — Ouvi sua voz, e realmente me senti feliz por aquilo parece que os céus estavam me abençoando justamente hoje.

— E isso é bom ou ruim? — Indaguei com um tímido sorriso no rosto.

— Claro que é bom, hoje o dia estava tão entediante, conversar assim, livremente é agradável. — Sorriu enquanto se remexia no banco virando o tronco um pouco para mim, sorri concordando parece que não havia sido apenas o meu dia que passou tão devagar.

— Voltando ao que você havia falado antes, acho que não será possível ir ao acampamento ver as estrelas. — Falei voltando a olhar para o céu.

— Por quê? Você é muito ocupada? — Senti seu olhar sobre mim, sorri com aquilo.

"Não pude evitar um pensamento triste. Quem dera se isso fosse o maior dos meus problemas."

— Mais ou menos, em termos sim por conta do trabalho, mas também não tenho companhia para ir, e provavelmente nem com quem deixar minha mãe. — Expliquei, mesmo que não houvesse necessidade.

— Por que ela não pode ir, ela não gosta? — Assim que ouvi sua pergunta, me endireitei no banco.

— Ah! Não é isso, ela só teria muita dificuldade em andar e dormir, a cadeira de rodas iria dificultar muito, e penso que não consigo fazer isso sozinha. — Por algum motivo me senti à vontade com ele, não falava da minha vida tão facilmente com as outras pessoas e mesmo que o homem ao meu lado me despertasse um sentimento agradável ainda não teria motivo para falar sobre, nunca falei nem mesmo com algum amigo da escola naquele tempo do acidente, imagine depois que sai da mesma.

— E se eu levasse vocês? Iriam? — Sua pergunta me fez olhar um pouco assustada, não imaginava esse tipo de pergunta.

Indaguei surpresa. — Como!? —

— Ha! Ha! Não se preocupe, não sou nenhum doido, não vou sequestrá-las... Mesmo que eu quisesse. — Sua última frase foi quase como um sussurro inaudível, e não sei se foi proposital para mim, ouvir e nem se deveria achar aquilo bom ou ruim, se deveria ou não ficar com medo.

— Entendo! Ha! Ha! Mas... Ainda assim, tenho que ter cuidado porque sou muito jovem para sumir no meio da floresta. — Brinquei disfarçando o nó que se formou em minha mente.

— Muito jovem? Quantos anos você tem? Espero que não esteja cometendo um crime ao falar com você, também sou muito jovem para morar na cadeia! — Ralhou rindo no final.

— Que isso! Ha! Ha! Tenho vinte e um, não sou adolescente não! — O vi arregalar os olhos antes de se pronunciar.

— Nossa, você tem quase a minha idade, tenho vinte e três, que bom que não estou cometendo um crime, estou realmente aliviado. — Falou com um olhar impressionado no rosto.

— Então fico feliz também de saber que estou conversando com um semelhante em idade. — Sorri enquanto cobria a boca envergonhada, claro não queria pensar em alguém muito nove e nem muito velho, seria estranho gostar de alguém que teria a idade de um irmão, mas novo ou a idade da minha mãe.

— Bom estou impressionado, muitos jovens com a nossa idade não têm um trabalho e pelo, o que vejo, você vem trabalhar cedo e só volta a noite, deve ficar cansada né. — Apoiou o braço no encosto do banco enquanto apoiava a cabeça me olhando.

— Na verdade, é um pouco cansativo mesmo, mas nada que seja impossível. Às vezes quero largar tudo e às vezes só quero um abraço, mas no fim das contas apenas sigo pela minha estrada acidentada. — Respondi com sinceridade.

— Parece que você está bem cansada. — Sorriu gentilmente, parei um pouco para pensar, realmente, estava cansada por, mas que minha mão estivesse ali, eu ainda estava sozinha, o dinheiro que minha mãe tinha, eu fazia questão de gastar apenas com ela já que era seu dinheiro do acidente que não era muito e o das suas vendas, e no fim das contas meu salário estava todo na casa, mas não estava reclamando disso, podia cuidar dela, ela ainda estava viva, e eu estava eternamente grata por isso, mais... e quando ela me deixar? Quando ela não puder mais nem levantar da cama? O que eu vou fazer? Só pagar um cuidador não vai ser o suficiente, o dinheiro que guardei um dia vai acabar.

— Talvez... Esteja mesmo. — Sorri cansada enquanto abaixava a cabeça.

— Eu te entendo, algumas pessoas têm uma responsabilidade maior que as outras, para alguns, os fardos são leves, enquanto para outros é como carregar um carro no ponto morto, mas não parece, sabia? — O olhei sem entender a última parte.

— Não parece que você carrega isso tudo sozinha, sempre quando te vejo entrar ou sair do seu trabalho, você sempre está sorrindo ou cumprimentando alguém com um sorriso, você sempre parece leve, seus olhos continuam leves, te ver caminhar com tranquilidade todo esse tempo muita das vezes deixou meu dia, mas feliz. — Seus olhos estavam brilhantes, ele falava como se estivesse descrevendo a coisa mais bonita que já tinha visto em sua vida, mas ele claramente falava de mim, como isso é possível? Ele estava falando de mim, logo eu que pensava estar integralmente invisível.

— Ah... Você deve esta me achando louco por falar assim, mas acredito que não posso esperar mais para falar com você, não sei o que vai acontecer amanhã ou nos próximos dias, e apenas te ver passar, pode ser um pouco torturante, me desculpe por te assustar assim. — Nicolas endireitou a postura e me olhou firmemente nos olhos, meu coração estava a mil, como um cavalo de corrida em seu auge.

— Prazer, me chamo Nicolas Fernandez, tenho vinte e três anos, sou solteiro, tenho mãe e pai, trabalho nessa enorme empresa atrás de mim com mecânica industrial, não sou nenhum doido, sempre te via passar de manhã sentada no ônibus e se sentar nesse banco esperando o mesmo ônibus para voltar para casa, não sabia como falar com você antes, então estou tomando coragem para fazer isso agora, porém, gostaria de levar essa conversa, mas adiante. — Seu olhar demonstrava o quanto ele falava sério, no entanto, minha mente havia congelado com aquilo, ninguém jamais havia falado comigo assim, muito menos tão abertamente, não sabia o que deveria responder, seria prudente aceitar? Não era isso que fantasiava todo esse tempo?

— É... — O olhei sem saber o que dizer enquanto o mesmo me olhava com expectativa, e estava esperando uma resposta, mas não sabia realmente o que responder, e ouvir o ronco de um ônibus se aproximando não me ajudava em nada naquela decisão tão importante, nós dois olhamos ao mesmo tempo, apenas para constatar que era justamente o meu ônibus chegando.

"Justo agora senhor Heitor! Revirei os olhos internamente com aquele pensamento, não queria ir embora não agora."

— Aurora, sei que é repentino, então você pode responder amanhã, estarei aqui no mesmo lugar te esperando. — Nicolas segurou minha mão me chamando a atenção. "Ele realmente quer uma resposta? Justo naquele momento quando não estava preparada."

— É... Eu... — Não conseguia falar, não saiam estava engasgada, o susto foi maior quando ele se aproximou e segurou meu rosto, se aproximou rápido, senti seu cheiro invadir minha narina, como um cheiro fresco de natureza, me deixando absolutamente embriagada.

"Ele vai me beijar? Mas assim que ele se aproximou beijou minha testa."

— Seu ônibus chegou. — Seu sussurro me deu arrepios, enquanto seu sorriso invadia minha visão, Nicolas levantou enquanto fazia sinal para o meu ônibus parar, fiz o mesmo ainda atônito com tudo o que tinha acontecido, o tempo havia passado tão rápido, e conversamos tão pouco, assim que o mesmo parou, o olhei ao lado da porta como se estivesse me esperando para subir, ele sorriu para mim e sussurrou novamente.

— Estou esperando por você. — Foi a última coisa que ouvi quando o mesmo me ajudou a subir no ônibus e me lançar um tchau, assim que a porta se fechou senti o ônibus começar a andar deixando o homem que ansiava por conhecer e que finalmente pude conversar ficando para trás.

— Seu namorado? — Ouvi a voz do senhor Heitor me despertando daquele transe.

— Ah? O quê? Não... não é isso, eu não sei. — Peguei o dinheiro da passagem e paguei minha passagem, caminhei até o meio do ônibus ainda olhando para trás e me sentei quando não podia, mas o enxergar na parada de ônibus, assim que me ajeitei no banco e olhei para a janela, ainda digerindo o que havia acabado de acontecer.

"O que eu deveria fazer? OU MELHOR, O QUE ACABOU DE ACONTECER! Naquele momento estava sorrindo como uma idiota, pois, de repente, as minhas fantasias e cenários com aquele homem havia acabado de se tornar realidade."

"Eu encontrei meu amor da parada de ônibus!"

No final de tudo Aurora também era vista, as viagens em sua mente, não eram apenas situações de uma imaginação fértil, talvez seja um amor verdadeiro um amor encontrado em um momento improvável, eu acredito em uma paixão à primeira vista afinal o amor só vem depois que essa paixão se acalmar, e ela merecia ser amada, merecia ser vista, merecia ser cuidada, aproveitar algo que infelizmente a sua vida não pode lhe dar, algo que ela infelizmente estava perdendo, assim como Nicolas disse a fardos maiores do que se pode suportar, fardos tão grandes e pesados que alguns carregam que nos faz pensar como essa pessoa soube continuar? Como ela consegue? Porque ela é tão forte, e parece tão bem com isso, parece que algumas coisas não podem ser explicadas, assim como a ciência do amor é relativa para cada pessoa, nada é (100%) eficiente ou exato.

A única dúvida que tenho, é se isso tudo realmente aconteceu, ou foi apenas fruto de sua imaginação fértil, talvez. Aurora estava tão apaixonada que inventou tudo isso, e ainda usou o pretexto que a mesma merecia toda essa atenção, o narrador vulgo eu mesma, pode apenas ter incentivado essa ideia e no final de tudo isso. Aurora entrou no ônibus ouvindo e vendo o que queria, afinal quem nunca criou uma história de amor tão fascinante a ponto de sorrir pelas ruas e parecer que realmente vive aquilo, nada é descartado na teoria do amor, afinal Aurora passou tanto tempo sozinha e cansada que o seu maior desejo naquele momento é viver bem e ser amada incondicionalmente. Bom, espero que eu o narrador esteja enganado, espero que aqui tenha realmente nascido uma história louca de amor.

Mas espera! Parece que ainda não terminou, algo em mim diz que precisamos ter uma continuação dessa história, então esse capitulo, eu dedico aos meus dois amigos, os mesmos que quase me enforcaram pedindo por mais, amo muito vocês, pessoas irritantes que não me deixam desistir nem por um decreto.


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