DARK TOWN

Camila_Simplicio द्वारा

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Dark Town é uma cidade pacata, considerada segura e popularmente conhecida pelo evento Dark Day, no qual o di... अधिक

AVISOS!!!
PERSONAGENS ❤️
BOOK TRAILER
PRÓLOGO
BEM VINDOS A DARK TOWN
01. STANFORD
02. LINDA
03. DESCULPAS
04. CORAÇÃO PARTIDO
05. VOCÊ VAI PARA O INFERNO!
06. QUERIDO DIÁRIO
07. SENTIMENTOS CONFUSOS
MENTIRAS E TRAIÇÕES [PARTE 1]
MENTIRAS E TRAIÇÕES [PARTE 2]
MENTIRAS E TRAIÇÕES [PARTE 3]
MENTIRAS E TRAIÇÕES [PARTE 4]
08. MAL-ENTENDIDO
09. O VÍDEO
10. POR BAIXO DOS PANOS
11. O PLANO
12. VAI SER O NOSSO SEGREDO
13. SEUS PECADOS VÃO TE MATAR
14. VERDADE OU CONSEQUÊNCIA
15. ESSA HISTÓRIA ACABA AQUI
16. UNS PELOS OUTROS
17. O NADA
19. EU ODEIO VOCÊ!
20. DESAPARECIDA
21. QUE COMECEM AS BUSCAS
22. SANGUE NAS MÃOS
23. TÉRMINOS
24. VOCÊ NÃO A CONHECIA
25. O QUE É AMOR PRA VOCÊ?
26. ELE NÃO SERIA CAPAZ
27. A FESTA
28. SOCORRO!
29. ELA SENTIU PAZ
30. SOMOS MELHORES JUNTOS
POR TRÁS DAS CORTINAS [PARTE 1]
POR TRÁS DAS CORTINAS [PARTE 2]
POR TRÁS DAS CORTINAS [PARTE 3]
31. CUMPRINDO ORDENS
32. TODOS NÓS PECAMOS
33. MEMÓRIAS DESCARTADAS
34. CONHECENDO O DESCONHECIDO
35. DARK DAY
36. MINHA ÚNICA CERTEZA É VOCÊ
37. PRONTA PARA LIDAR COM AS CONSEQUÊNCIAS?
38. É APENAS O INÍCIO
NOTAS FINAIS!!

18. DIA DIFÍCIL

37 2 16
Camila_Simplicio द्वारा

"Este capítulo contém cenas que podem ser gatilhos para alguns leitores, se for sensível a temas como abusos recomendo que não leiam."

Após a tarde no lago, Nick deixou Beverly em casa e foi embora. Ela abriu a porta olhando para os lados e entrou em silêncio. Ouviu seu pai falando ao telefone no escritório, parecia estressado, e falava com um tom elevado.

Andou agitada, da sala à cozinha procurando sua mãe, vendo que ela não estava em casa subiu correndo para o quarto. Fechou a porta encostou as costas e respirou fundo.

Rapidamente tirou as roupas e entrou no banho. Um banho rápido que não durou mais que 5 minutos, enrolou uma toalha no corpo e ao sair do banheiro encontrou seu pai parado em frente à porta.

— Querida, eu não vi você chegar — disse John com um sorriso maléfico no rosto.

— Eu precisava de um banho — respondeu nervosa com a presença do pai em seu quarto.

— Onde você estava? — mediu-a de cima a baixo.

— Fui ao lago com alguns amigos.

— Que ótimo. Hoje o dia estava realmente incrível para nadar — aproximou-se dela com passos leves e precisos. — Pegou um bom bronze?

— Cadê minha mãe? — deu passos para trás evitando uma aproximação maior dele.

— Ela foi ao mercado — respondeu com os olhos vidrados nela.

— Acha que ela vai demorar? — perguntou nervosa.

— Quem sabe?! — deu com os ombros e parou em frente a ela. — Você está a cada dia mais bonita — passou o polegar levemente no braço dela. — Você ficou com uma cor maravilhosa.

Ela se encolheu com medo daquela aproximação, aqueles dedos ásperos tocando seu corpo deixava-a com nojo. Ficou olhando para baixo evitando o contato visual. Nem parecia a Beverly que sempre era firme e demonstrava ser tão forte e não ter medo de nada. Naquele momento era apenas uma garota assustada.

— Eu preciso colocar uma roupa — ela falou com a voz baixa que mal dava pra ouvi-la.

— Pode colocar agora. Eu não me importo — sentou na cama cruzando as pernas e ficou esperando.

— Eu não me sinto confortável em fazer isso na sua frente.

— Para de bobagem. Sou seu pai. Até parece que não te vi assim 1 milhão de vezes.

— Eu preciso mesmo que você saia...

— Porquê? — franziu a testa mudando totalmente sua expressão que antes era calma, tornou-se de irritação.

— Porque não quero ficar sem roupa na sua frente.

— Mas na frente dos garotos da cidade você não se incomoda, não é mesmo?

— Pai, por favor — implorou com lágrimas nos olhos.

— O que foi, Beverly? Hã? Porque está chorando? O que acha que vou fazer com você? — a alteração na sua voz deixava claro o quanto aquilo o irritou. — O que acha que eu quero fazer com você? — foi até ela novamente e puxou a toalha com grosseria deixando-a nua.

— Para, por favor — tentou cobrir partes do seu corpo com as mãos.

No mesmo instante eles ouviram um barulho de carro do lado de fora. Era a mãe dela que tinha voltado do mercado. Ele a olhou de cima a baixo, jogou a toalha no chão e saiu do quarto furioso.

Beverly correu para fechar a porta, que não podia ser trancada pois o próprio pai tinha tirado deixando apenas a maçaneta, impedindo que pudesse trancá-la e evitar que ele entrasse quando fosse preciso em seu quarto.

Encostou na porta descendo até sentar no chão onde desabou em lágrimas. O medo que estava sentindo era visível, e por algumas horas continuou ali tentando recuperar as forças para levantar novamente.

(...)

Ellie após chegar do lago tomou um bom banho, passou um tempo em frente ao computador. Não conseguia parar de pensar em tudo o que aconteceu. Os momentos de desespero quando sentiu seu corpo sendo levado ao fundo daquele vasto lago. O que realmente significava? Aquilo não podia ter acontecido, estava apenas sobrecarregada de remorso, e culpa.

Desceu até a sala e viu sua mãe fazendo o jantar. O peso que seu coração ficou foi desolador, queria poder confessar a ela o erro que cometeu. Encostou a cabeça no batente da porta que dava para a cozinha e ficou apenas observando-a preparar a refeição, era tudo tão sincronizado, tudo preparado com tanta perfeição. Será que ia conseguir ter isso um dia em sua vida?

Katherine percebeu a presença da filha, e olhou aquele semblante de tristeza em seus olhos com dor.

— Pode vir me ajudar? — perguntou a ela tentando amenizar o clima ruim que pairava sobre as duas.

Ellie assentiu e foi em sua direção.

— Estou preparando um ensopado. O preferido de seu pai — disse enquanto mexia os ingredientes na panela. — Prove, e me diga se está bom — pegou uma colher com um pouco da comida, soprou para que esfriasse e deu na boca dela.

— Está uma delícia... — respondeu lambendo os lábios.

— Fico feliz que gostou — sorriu satisfeita e continuou a mexer os ingredientes - Pode cortar o resto dos legumes pra mim?

— Claro — pegou algumas batatas, colocou sobre uma tábua e começou cortá-las.

— Lembra que sempre costumávamos fazer isso? Você adorava me ajudar na cozinha, ficava super empolgada — relembrou em um tom melancólico.

— É... Eu me lembro — respondeu com tristeza ao lembrar que aquela época boa não existia mais. Agora tudo estava diferente. — Quando foi que tudo isso mudou?

— Acho que foi quando entrou na puberdade. E sair com garotos se tornou algo mais divertido que cozinhar com a mãe — sorriu. — E eu não te julgo, acredite, fiz o mesmo quando era mais jovem.

— ... — olhou para mãe com os olhos marejados. — Mãe... Me desculpa. Eu nunca quis decepcionar você. Mas, parecia que agir de forma diferente estava tão longe do meu alcance — limpou a lágrima que desceu pelo seu rosto.

— Ah, querida — foi até a filha e a abraçou com carinho. — Eu sei que fazemos escolhas erradas. Eu fiz algumas ao decorrer de minha vida, não sou perfeita, ninguém é. Mas, o que não podemos evitar é as consequências... E um dia ela chega. Não quero vê-la sofrendo.

Deu um beijo na testa dele e continuou abraçada a ela por alguns minutos. Ellie chorou, não era apenas lágrimas de arrependimento, era de saber que seus pais tinham esperanças que ela seguiria o rumo e teriam o futuro que não tiveram naquela cidade. E tudo podia ser arruinado a qualquer momento.

(...)

Charlie chegou pouco tempo depois, e ao ver esposa e filha juntas na cozinha, sentiu felicidade. Era um homem sortudo por ter tudo o que tinha.

— Boa noite — Charlie cumprimentou a esposa lhe dando um beijo nos lábios e beijou a testa da filha.

— Boa noite querido — Katherine respondeu.

Charlie respirou fundo parecendo cansado e sentou à mesa.

— Dia difícil?

— Sim...

— Mesmo? — olhou para ele preocupada, era estranho ouvir que o dia tinha sido difícil pois sempre costumava dizer o quanto estava tranquilo. — O que aconteceu?

Ellie continuou ajudando sua mãe colocando a comida que já estava pronta na mesa enquanto prestava atenção na conversa em silêncio.

— Uma garota "desapareceu"... Linda Carter.

Ao ouvir aquele nome Ellie sentiu seu coração acelerar, não queria parecer preocupada ou suspeita, mas era inevitável não sentir sensações horríveis ao ouvir sobre ela.

— A filha da Abigail? — perguntou confusa.

— Ela mesma. A senhora Carter ocupou o meu dia inteiro com isso.

— É horrível. Não devia estar mais preocupado com isso? Uma garota sumiu, Charlie.

— Katherine, ela é só uma garota que fez uma escolha errada. Deve estar com medo de voltar pra casa sabendo bem a mãe complicada que ela tem...

— E se aconteceu algo pior com ela? — Katherine interrompeu seu esposo.

— Katherine, trabalho nisso há anos. Sei bem como lidar com esse tipo de coisa.

— Mas nunca tivemos um caso de desaparecimento na cidade. Não se preocupa se isso não for um caso isolado? — sentou ao lado do esposo e o encarou.

— Querida, já vimos isso outras vezes. Você mesmo sabe o que sua prima fez. Sumiu por meses e depois apareceu grávida.

— Eu não sei, Charlie. Algo me diz que isso não é apenas uma fuga — colocou a mão sobre a dele. — Promete que vai ter mais tato para lidar com este caso? Não trate como se fosse apenas mais uma adolescente em fuga.

— Não tem com o que se preocupar. Você vai ver, amanhã vai estar tudo resolvido — colocou o guardanapo sobre o colo. — Agora vamos comer estou faminto e o cheiro está maravilhoso — sorriu despreocupado.

Elas se juntaram a ele, passaram o resto do jantar conversando sobre o dia. O que fez, e como sempre, sobre Stanford. Mas Ellie não podia deixar de sentir-se acuada, tinha medo pois sabia que a qualquer momento a verdade viria à tona, e estavam bem ferrados se isso acontecesse.

(...)

Molly estava lendo na varanda de sua casa. Olhou para o céu, e em como ele estava bonito, tanto quanto o dia que quase beijou Clover à beira da piscina na festa do Rick. Como teria sido se realmente o beijo tivesse acontecido? Estaria odiando-se agora?

Dispersou os pensamentos, e começou a pensar com preocupação dos motivos de sua amiga não ter ido à aula. Linda não tinha o costume de faltar, não lembrava um dia sequer que ela não tivesse ido, qualquer oportunidade que tivesse de ficar longe da mãe ela aproveitaria.

Respirou fundo, e fechou o livro. Gwen foi até a irmã e sentou na escada que ficava em frente a casa.

— Qual o problema? — Gwen perguntou preocupada.

— A Linda não foi à aula hoje.

— E o que tem demais nisso? — deu com os ombros e perguntou indiferente.

— Gwen, estamos falando da Linda. Já viu ela faltando na escola? Ela nunca fez isso.

— Deve ter acontecido algum imprevisto. Ou, deve estar doente. Não devia se preocupar tanto — respondeu enquanto digitava no celular.

— Já vi a Linda indo para a escola com 38° de febre só para poder evitar de ficar em casa com a mãe.

— Se está tão preocupada porque não vai amanhã até a casa dela? Então, ficará tranquila.

— Tem razão. É, vou fazer isso — forçou um sorriso tentando disfarçar a preocupação.

Gwen continuou digitando no celular com seus olhos vidrados na tela.

— Está falando com ele? — Molly perguntou chateada.

— Com quem? — bloqueou a tela do celular e guardou no bolso da blusa de frio.

— Você sabe de quem eu estou falando. O Nick.

— Não... Não estou falando com ele.

— Não mente pra mim, Gwen. Você é sempre tão esperta. Mas quando precisa lidar com o Nick parece uma idiota.

— Isso não é verdade.

— Eu realmente não consigo entender o que vocês vêem nele. Não consegue perceber o quanto ele é um babaca?

— Você diz isso porque nunca gostou de ninguém, Molly. O amor faz a gente agir como idiotas.

— Desculpe. Mas isso é tudo menos amor. Ele não ama você. Não sei como pode pensar nele depois do que fez naquela festa.

— Estávamos bêbados. Ele não queria agir daquele jeito. Ele não é assim.

— Isso é ridículo, é claro que ele queria agir exatamente da forma que agiu. Como não consegue enxergar? O Nick não é uma boa pessoa, Gwen.

Gwen ficou cabisbaixa, sabia que no fundo sua irmã tinha razão. Nick sempre mentiu sobre suas reais intenções com ela. Prometeu diversas vezes deixar a Beverly e assumi-la para todos, o que nunca aconteceu.

— Precisa encontrar alguém que realmente goste de você, Gwen. É uma garota incrível, não devia implorar por migalhas. Qualquer garoto seria sortudo demais por ter você — falou empática, realmente se preocupava com esse "amor" que ela dizia sentir pelo garoto.

— Eu odeio que você tenha razão...

— Devia esquecê-lo e seguir em frente —  levantou, pegou seu livro e entrou para dentro da casa.

Gwen pensou nas palavras sinceras e preocupadas da irmã. Mas era difícil negar o que sentia pelo garoto, estava se iludindo e sabia exatamente que essa era a verdade. O melhor que podia fazer era tirá-lo de sua vida.

Mas os pensamentos logo passaram quando recebeu uma mensagem do garoto em seu celular.

" Eu te amo. Queria te ver."

Um sorriso bobo se formou em seus lábios. Sua irmã tinha razão, ele mentia. Mas aquela mentira era tão verdadeira, que era melhor fingir que acreditava do que ficar sem ele.

Flashback

Gwen entrou na festa, e olhou tudo ao redor. Seus olhos percorreram cada canto daquela sala, não conseguiu avistar quem ela procurava. Estava muito lotado e era difícil de poder vê-lo no meio de tanta gente.

Encontrou alguns amigos da escola, perguntou sobre o Nick, se alguém tinha visto ele em algum lugar. Poucos souberam responder, e outros disseram que estava na festa, mas não sabia dizer exatamente onde.

Não demorou muito para vê-lo sentado no sofá, aos beijos com a Beverly. Sentiu seu coração ser despedaçado, não era como se já não esperasse por isso. Porém, sempre era muito difícil ver os dois juntos. Ele sempre disse que tudo não passava de fingimentos, e mesmo sabendo que não era verdade se esforçava para acreditar.

Nick ao perceber que ela observando os dois, apenas a ignorou e fingiu não vê-la ali. Percebendo a frieza que foi ignorada pelo garoto saiu aborrecida. Ele disfarçou conversando um pouco com os outros, e logo em seguida saiu do grupo onde estava.

Passou pelos outros convidados procurando por ela. Em todos cômodos que passou foi parado por uma garota ou outra que fazia parte das suas puladas de cerca. E claro, não podia deixar de estufar o peito e agir com seu jeito galanteador.

Por sorte, Gwen passou por ele, e agiu da mesma forma que o garoto fez pouco tempo antes. Nick pediu licença às garotas, e saiu atrás dela. O corredor do andar de cima estava mais tranquilo, mas não vazio. Apenas algumas pessoas conversavam tranquilamente.

— Gwen — puxou ela pelo braço para que parasse de andar.

— Me larga — soltou-se e o empurrou para que se afastasse.

— O que tá fazendo?

— Você disse que queria me ver aqui hoje. E então, quando chego está lá com ela?

— Gwen... A Beverly é minha namorada. Quando quis dizer que queria te ver, não significa que vamos sair andando de mãos dadas — respondeu tentando fazê-la entender a situação.

— Eu não tô acreditando no que eu estou ouvindo.

— Ainda não podemos fazer isso. Não por enquanto. Eu já te expliquei o quanto tudo é complicado. Não precisamos ter essa conversa novamente — passou as mãos nos cabelos arrumando ele para trás e suspirou fortemente.

— Estou cansada de ver você mentindo pra mim. Quando vamos poder realmente ficar juntos?

— Não vai demorar, ok? — tocou o rosto da garota com delicadeza. — Só precisa ter um pouco de paciência. Eu já disse que amo você.

— Eu sei — respondeu relaxando o corpo aliviada. — Eu também amo você.

— Não precisa se preocupar. Não vai demorar muito, e logo você será a minha namorada. Oficialmentedisse dando ênfase à palavra.

Ela assentiu e foi beijá-lo. Ele recuou, olhou ao redor, percebeu que ninguém estava se importando com os dois e deu um selinho, apenas para não deixá-la triste e se afastou.

— Eu preciso voltar. A gente vai se falando.

— Tá bom — sorriu genuinamente.

Ele forçou um sorriso e desceu para ficar com a namorada e os amigos. A festa continuou frenética, a bebida rolava solta, deixando-os embriagados.

Principalmente Gwen, que não conseguia deixar de virar copos e mais copos de bebida, estava feliz, mas odiava ver o seu amado com a outra. Queria estar no lugar dela, sentada ali com os amigos dele, ele apresentando a todos como sua namorada, andando de mãos dadas e dançando.

Gwen segurava um copo de bebida na mão quando um dos convidados passou por ela e a derrubou em sua roupa.

— Olha por onde anda idiota — alertou o garoto irritada. — Que droga! — passou as mãos na blusa tentando de alguma forma amenizar o problema.

Sua amiga a chamou para tentar limpar no banheiro, ela concordou. E Nick não pode deixar de prestar a atenção em tudo, e assim que as viu subindo disse que ia ao banheiro.

No andar de cima, as garotas foram ao banheiro dos convidados, mas estava ocupado. Então, resolveram ir em um dos banheiros da suíte. Gwen, entrou no banheiro e trancou a porta.

— Tem certeza que não precisa de ajuda? — A amiga perguntou do lado de fora do banheiro.

— Não. Eu consigo fazer isso sozinha — respondeu com a voz embriagada.

— Vocês precisam de ajuda? — Nick perguntou entrando no quarto.

— Não. Não precisamos da sua ajuda — respondeu ignorante.

— Sabe?! Acho que posso ajudá-la...

— Ah é?! E como pretende fazer isso, espertinho? Dá o fora daqui! — colocou as mãos na cintura e o encarou curiosa.

Gwen saiu do banheiro, e ao vê-lo no quarto sorriu. Caminhou até Nick indo abraça-lo, mas acabou tropeçando de bêbada, e felizmente ele conseguiu segurá-la.

— Você é meu herói, Nick — colocou os braços ao redor do pescoço dele.

— Gwen, você está bêbada. Melhor irmos embora — disse a amiga preocupada com sua embriaguez.

— Não precisa. Eu já disse que vou cuidar dela. Quer que eu fique para te ajudar, Gwen?

— Sim — respondeu mordendo os lábios.

— Não é uma boa ideia — ela balançou a cabeça se negando a sair do quarto.

— Vai embora, ele pode cuidar de mim. Eu quero que ele cuide de mim — Gwen falou apontando o dedo para a porta indicando que a amiga saísse e os deixasse a sós.

A amiga dela encarou o Nick que tinha um sorriso presunçoso no rosto, estava satisfeito como se tivesse ganhando alguma batalha. Aborrecida por ter sido quase expulsa pela Gwen decidiu ir embora.

Nick sentou a garota na cama e foi até a porta, olhou para os lados e fechou. Preocupada com que ele pudesse fazer a Gwen, a amiga ligou no número de Molly, não sabia o que o garoto podia fazer naquele momento de fragilidade dela.

Nick deitou Gwen com calma na cama, e ela o olhava com admiração. Estava muito feliz pela atenção que estava recebendo. Agora tinha certeza que ele realmente a amava.

— Eu amo você, Nick.

— É. Eu sei — respondeu indiferente.

— Você também me ama?

— Eu já disse que sim — impaciente, beijou os lábios dela não queria ouvi-la dizer mais uma palavra sequer.

Sem poder resistir muito ela retribuiu o beijo. Aproveitando que estavam a sós naquele quarto, ele colocou a mão debaixo de sua blusa, acariciando seus seios. A garota sentiu-se incomodada, mas não tinha forças alguma para evitá-lo, só deixaria rolar. O que poderia fazer se ela mesma pediu para que ficasse?

Sem pudor algum, e sem se importar com a embriaguez da garota, deitou-se sobre ela, e distribuiu beijos no seu pescoço ao mesmo tempo ia desabotoando a blusa dela deixando-a com o sutiã a mostra.

— Você é incrível... — elogiou enquanto abria o short jeans dela.

Quando estava pronto para tirar o short e iniciar a relação sexual. Molly entrou no quarto furiosa.

— Que merda que você tá fazendo?

Nick levantou assustado, e olhou para Molly que o encarava furiosa. Sua irmã deitada sobre a cama, sem conseguir se defender de qualquer coisa que seja, e ele se aproveitando disso lhe deixou enojada.

— Não está vendo que ela não está bem? — foi até a irmã e verificou como ela estava, podia sentir o cheiro de bebida de longe. — Você estava tentando se aproveitar dela nessa situação? — levantou e o empurrou.

— Calma, tá legal?! Não é nada disso que você está pensando. Estávamos curtindo juntos.

— Juntos? — olhou para o corpo dela deitado sobre a cama e o encarou desacreditada de ouvi-lo dizer que estava sendo recíproco. — A minha irmã está bêbada. Estava tentando transar com uma garota de 16 anos bêbada? — aumentou o tom de voz, estava com tanta raiva que poderia grudar em seu pescoço e esgana-lo.

— Eu já disse que não foi isso que aconteceu!

— Acha que sou idiota? Eu te vi com ela. Como pode ser tão mentiroso? — A garota perguntou aos gritos.

— Para de gritar. Alguém pode ouvir a gente aqui.

— Dane-se! Quem se importa? Espero que eles ouçam mesmo. Eu quero que ouçam. Quero que todos saibam o que está acontecendo aqui dentro desse quarto. Sabe o que você é? É um...

Nick tapou a boca dela e a empurrou contra a parede. Seus olhos estavam vermelhos de raiva, uma veia saltava em sua testa, e respirava ofegante. Mesmo que aquele momento estivesse saindo do controle, estava tentando manter a calma.

— Se disser mais uma palavra, eu juro que acabo com você aqui mesmo — sussurrou para ela enquanto a encarava furioso. — Você vai sair daqui, e vai ficar calada. Está entendendo? Eu não tô brincando.

Molly ficou estática, nunca tinha estado tão acuada e assustada. E os olhos dele, a maneira como eles a encarava, deixava tudo pior.

— Agora, eu vou te soltar. Você vai pegar a vadia da sua irmã e vai levar ela embora daqui. Sem dizer um piu a ninguém. Se caso fizer o contrário do que estou dizendo, sua irmã vai sofrer as consequências disso.

— Está nos ameaçando?

— Ameaça? Não. Não é uma ameaça, é um aviso, Molly — sorriu e apertou o queixo dela como se estivesse brincando.

Molly virou o rosto evitando olhar no rosto dele.

— Eu tenho que ir. Mas, foi bom ver você, Molly. Diz pra sua irmã que amanhã eu ligo pra ela — piscou um olho para ela e saiu como se nada tivesse acontecido.

Molly olhou ele ir embora de estômago embrulhado, sabia que o garoto não tinha escrúpulos nenhum. Mas chegar a esse ponto? Era demais, até para alguém como ele. Foi até a irmã, fechou o seu short, abotoou a blusa e passou a mão no rosto dela, tentando tirar alguns cabelos que estavam bagunçados.

Gwen apenas dormia tranquilamente, como se estivesse em sua cama, vivendo mais um dia normal em sua vida. Molly agradeceu a Deus que pôde chegar a tempo de salvá-la de algo que podia ser um trauma para a vida inteira. Morreria tentando protegê-la.

Era sua irmã, e se fosse preciso daria sua vida por ela.

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